ONU lança publicação sobre uso racional de medicamentos em congresso farmacêutico no Paraná

Publicado em 16/11/2017 Atualizado em 16/11/2017

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) lançou nesta quarta-feira (15) a versão completa da publicação “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”, durante o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, que ocorre até sábado (18) em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Entre os tópicos da publicação estão tratamento da dor lombar, novas opções terapêuticas para artrite reumatoide, tratamento da doença do refluxo gastrintestinal em crianças, uso de insulina para tratar diabetes melito, prevenção primária de cardiopatia isquêmica, utilização de medidas medicamentosas no caso de depressão em idosos, utilização do misoprostol em hemorragias pós-parto e opções de contracepção na adolescência.

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) lançou nesta quarta-feira (15) a versão completa da publicação “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”, durante o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, que ocorre até sábado (18) em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Os fascículos do livro, que foram divulgados ao longo dos últimos dois anos pela OPAS/OMS, buscam fornecer aos profissionais, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informações confiáveis e isentas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

Entre os tópicos estão tratamento da dor lombar, novas opções terapêuticas para artrite reumatoide, tratamento da doença do refluxo gastrintestinal em crianças, uso de insulina para tratar diabetes melito, prevenção primária de cardiopatia isquêmica, utilização de medidas medicamentosas no caso de depressão em idosos, utilização do misoprostol em hemorragias pós-parto e opções de contracepção na adolescência.

A publicação, fruto de parceria com a pesquisadora Lenita Wannmacher, também aborda os principais aspectos relativos ao uso racional de medicamentos nos macroprocessos da assistência farmacêutica, como formas adequadas de armazenamento, o que levar em conta na hora da prescrição, análise crítica para incorporação de tecnologias e monitoramento farmacoterapêutico, entre outros.

A escolha dos temas sobre condutas terapêuticas baseou-se, principalmente, nas dez maiores causas de morte apontadas pela OMS.

A publicação está disponível para download gratuito na página da representação da OPAS/OMS no Brasil e exemplares impressos serão distribuídos durante o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, no estande do organismo internacional.

A OPAS/OMS coordenou uma oficina sobre o que é necessário para que o trabalho em rede na área de ciências farmacêuticas seja efetivo e eficiente. Durante o evento, foram apresentadas experiências bem-sucedidas na América Latina e instrumentos internacionais para subsidiar a tomada de decisões e garantir a segurança e o uso racional de medicamentos.

Inscrições para programa de desenvolvimento científico da Novartis

Por Regina Ielpo-Conteúdo Comunicação

16 de novembro de 2017

Até o dia 30 de novembro, estudantes de mestrado e doutorado podem se inscrever para participar do programa Next Generation Scientists, uma parceria entre a Novartis e a Universidade da Basileia (Suíça) que oferece a oportunidade de um estágio de três meses para que jovens cientistas de países emergentes desenvolvam suas habilidades científicas e profissionais. As inscrições estão disponíveis no site  pelo qual o candidato deve enviar todos os documentos solicitados em um único arquivo PDF (de até 3MB) usando o Job ID 226212BR. Confira abaixo os documentos necessários para que o estudante se candidate a uma das vagas do programa:
CurrículoCarta de recomendação/suporte de um membro da faculdadeCarta de motivação e benefício ao participar do programaQuestão de pesquisa de interesse do candidatoResumo do projeto atual de mestrado ou doutoradoHistórico escolar

As oportunidades de estágio podem ser nas áreas de oncologia, neurociências, doenças cardiovasculares, imunologia e dermatologia, respiratória e oftalmologia. Os estudantes selecionados para o programa de três meses de estágio no site de pesquisa da Novartis permanecerão na Basileia entre 1º de junho a 31 de agosto de 2018. Lá, estarão em contato com mentores da Novartis e trabalharão em um projeto de pesquisa científica ou clínica conjuntamente acordado, além de participarem de um programa de desenvolvimento de liderança destinado a aprimorar suas habilidades de tomada de decisão e comunicação. O programa oferece a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do projeto, viagem, acomodação, solicitação de visto de estudante às autoridades suíças em nome dos participantes selecionados, seguro de saúde e um salário mensal para cobrir despesas básicas.

“Esses jovens cientistas serão expostos a uma gama de metodologias de última geração e têm a oportunidade de desenvolver um projeto em um ambiente ideal, ao lado de especialistas que são líderes em suas áreas de atuação”, explica Caroline Demacq, gerente médica de pesquisa clínica da Novartis no Brasil. “Fomentar um programa como o Next Generation Scientists, ajudando a desenvolver jovens cientistas brasileiros que têm o potencial de aplicar o conhecimento adquirido nas universidades do país e para as necessidades locais, é algo que vai ao encontro da nossa missão que é descobrir novas formas de melhorar e ampliar a vida das pessoas. ”, lembra a executiva.

Possível evolução do vírus zika movimenta atenção do mercado farmacêutico

16 de novembro de 201716 de novembro de 2017 Ray Santos

Virologista alerta para novos sorotipos da doença que impactariam possíveis diagnósticos

No ano de 2015, o Brasil registrou seu primeiro caso do vírus da zika, uma doença até então desconhecida e que gerou intensa preocupação nos brasileiros, mais especificamente na região Nordeste, onde os primeiros diagnósticos foram realizados. Dois anos depois, a ciência nacional e internacional ainda luta para a criação de uma vacina que possa proteger definitivamente a população. Apesar de ainda não concluída, as pesquisas na área continuam avançando e apresentando novos cenários.

Um deles, projetado pelo professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Edison Luiz Durigon, é de que podem surgir, em um futuro próximo, sorotipos diferentes do vírus zika, pois o patógeno em pacientes brasileiros está se modificando rapidamente. Segundo os pesquisadores, atualmente só existe um tipo de zika e, se infectada, a pessoa se torna imune. Porém, caso a mutação persista, podem surgir o zika 2,3,4 e assim por diante. Isso pode dificultar a obtenção de uma nova vacina e ainda comprometer a eficácia dos testes de diagnósticos já desenvolvidos.

Atualmente, os pesquisadores já conseguiram desenvolver um teste molecular para diagnóstico e a comprovação de que o vírus é o responsável por causar uma síndrome congênita, que pode causar, em alguns casos, a microcefalia. Também já foi possível desenvolver vacinas experimentais e validar um teste sorológico que consegue detectar anticorpos contra o vírus no sangue, mesmo passada a infecção.

“Finalmente, depois de dois anos, podemos dizer com orgulho que nós conseguimos um teste sorológico realmente eficaz para detectar o zika. Já validamos em mais de mil amostras da população de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e em 800 amostras de pacientes de Salvador (BA), entre eles mulheres que tiveram filhos com e sem microcefalia, pacientes que já tiveram febre amarela e dengue”, afirmou Luiz Durigon, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em entrevista ao portal da Agência Fapesp.

A zika, assim como a dengue, é um assunto sempre em pauta no cenário de pesquisa na área da saúde e impacta de diversas maneiras a comunidade farmacêutica que é acionada para buscar soluções que auxiliem a população. Na opinião da Sindusfarma, a indústria farmacêutica tem como foco pesquisar e descobrir novos produtos que reduzam ou eliminem doenças causadas pelo desenvolvimento natural das grandes metrópoles.

“No caso do vírus transmitido pelo mosquito aedes aegypti temos algumas empresas que estão pesquisando vacinas e tratamentos para combater essas doenças. O laboratório Sanofi Pasteur lançou no ano passado uma vacina que se mostrou promissora. Já o Butantan, laboratório público do Estado de São Paulo, está em fase adiantada de pesquisas”, comentou Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

Durigon afirma que o próximo passo é coletar amostras no estado de São Paulo, que possam mostrar o real número de infectados até o momento. “Como até 80% dos casos podem ser assintomáticos, sem o teste sorológico torna-se impossível saber o real tamanho da epidemia e a porcentagem da população que ainda é suscetível ao vírus”, pontua.

Como está a indústria?
Para se conseguir avanços nos resultados de pesquisa, é fundamental contar com soluções tecnológicas que complementem o que já foi encontrado na área acadêmica. Uma das empresas que está pronta para absorver essa demanda, quando houver, é a Steq, que possui em seu portfólio um variado número de soluções alinhadas às demandas farmacêuticas.

A empresa conta que alguns dos aparelhos utilizados em pesquisas são racks ventilados, gaiolas e micro isoladores, para alojamento especial de animais, utilizados nas fases iniciais e finais no desenvolvimento de novas vacinas.  Isoladores que protegem os animais infectados com algum tipo de microorganismo; freezers para conservação de amostras, além de geradores de vapor de peróxido de hidrogênio para sanitização de diferentes áreas, auxiliando no controle ambiental e autoclaves com métodos de desativação, assegurando a descontaminação de todo o material utilizado em laboratórios antes do descarte.

Na opinião de Priscila Mellone, gerente de marketing e vendas da Steq, “o mercado farmacêutico é beneficiado quando existe expressiva demanda global por medicamentos, mas só é efetivamente impactado quando o governo apoia a intensificação das ações de prevenção e combate às doenças”, conclui.

Todas estas tendências do mercado e da indústria farmacêutica serão apresentadas na FCE Pharma, que acontece entre os dias 22 e 24 de maio de 2018, no São Paulo Expo. Credencie-se para evento e tenha acesso a conteúdos exclusivos e de relevância para o setor.

Site | www.fcepharma.com.br

Fn | Comunicação FCE Pharma

Assaí Atacadista abre unidade em Piracicaba

A loja demandou investimento de R$ 18 milhões e gerou aproximadamente 500 vagas de empregos diretos e indiretos

O Assaí Atacadista, bandeira de atacarejo do GPA (Grupo Pão de Açúcar), inaugurou hoje (14/11) unidade na cidade de Piracicaba, no interior do Estado de São Paulo, localizada na Rua Regente Feijó nº 823, no Centro. De acordo com dados da varejista, a nova loja demandou investimento de R$ 18 milhões e faz parte do projeto de conversões que o GPA, dono das marcas Extra e Assaí, tem realizado desde o ano passado.

A unidade, que é 123ª loja do Assaí no Brasil e 61ª no Estado de São Paulo, possui 3,5 mil m² de salão de vendas, mais de 240 vagas de estacionamento, 26 check-outs e gerou aproximadamente 500 empregos diretos e indiretos.

Vigilância Sanitária apreende 500 produtos em dois supermercados de São Sebastião

Novembro 15, 2017 – 12:39
Vigilância Sanitária apreende 500 produtos em dois supermercados de São Sebastião

Problemas foram as geladeiras e freezers que não estavam mantendo a temperatura adequada para a conservação dos alimentos armazenados

Fiscais fizeram uma vistoria técnica nos supermercados da região central da cidade na manhã desta terça-feira (14); nos dois estabelecimentos as equipes vistoriaram os prazos de validade e acondicionamento correto de perecíveis e não perecíveis

Fiscais da Vigilância Sanitária de São Sebastião fizeram mais uma vistoria técnica nos supermercados da região central da cidade na manhã desta terça-feira (14). Nos dois estabelecimentos as equipes vistoriaram os prazos de validade e acondicionamento correto de perecíveis e não perecíveis. Um dos estabelecimentos foi autuado e o outro notificado para efetuar algumas adequações.

No estabelecimento autuado os problemas foram as geladeiras e freezers que não estavam mantendo a temperatura adequada para a conservação dos alimentos armazenados. Como prevê a legislação, foram descartados cerca de 550 itens entre massas, conservas, peixes, pizzas e produtos congelados.

De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Fernanda Paluri, a má conservação dos alimentos danifica e compromete a qualidade e pode causar um risco à saúde da população. “Os produtos foram descartados por problemas relacionados às condições inadequadas de armazenamento”, explicou.

Aos fiscais, o gerente da loja informou que o local passou por um balanço de estoque na noite anterior e que por conta disso as geladeiras não teriam chegado à temperatura ideal para a conservação dos alimentos.

No outro estabelecimento os fiscais fizeram uma notificação para adequação a alguns detalhes tendo em vista que o estoque e a forma de armazenamento dos produtos estão sendo feitas de maneira correta e adequada. “A notificação serve para o supermercado ficar atento aos prazos de validade e se adequarem a pequenos detalhes que observamos”, frisou.

Esta é a terceira vistoria feita pela Vigilância Sanitária em menos de uma semana nos supermercados da região central da cidade. De acordo com o setor a fiscalização nos estabelecimentos comerciais será feita em outros estabelecimentos de Costa Norte à Costa Sul.

Carrefour é o primeiro grande varejista alimentar a aceitar pagamento via Android Pay na AL

Novembro 14, 2017 Publicado por Marina Shimamoto Publicado em Negócios Carrefour é o primeiro grande varejista alimentar a aceitar pagamento via Android Pay na AL

A partir de hoje (14), de forma pioneira no Brasil e América Latina, mais de 130 lojas do Carrefour nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro passam a aceitar pagamento via Android Pay, sistema de pagamento lançado pelo Google nesta terça-feira.

Ao todo, 64 hipermercados Carrefour, 18 supermercados Carrefour Bairro e mais da metade das lojas de proximidade do Carrefour Express estão habilitados para realizar as operações de pagamento de maneira ainda mais simples, segura e rápida. O total de lojas que já aceitam o novo sistema de pagamento do Google representa mais da metade das lojas físicas de varejo da companhia em operação no Brasil. A previsão é de que, entre o final de 2017 e início do próximo ano, todas as demais lojas de varejo do Grupo Carrefour aceitem pagamento via Android Pay.

Para dar suporte à iniciativa, os colaboradores da rede passam por intenso treinamento e as lojas recebem comunicação visual a fim de estimular e orientar os clientes a utilizar a nova tecnologia. O sistema de pagamento digital do Google, que adota a tecnologia Near Field Communication (NFC), vai de encontro com a estratégia omnicanal do Grupo Carrefour, que coloca o cliente no centro de tudo, oferecendo cada vez mais serviços que facilitem o seu dia a dia. Sobretudo nos últimos anos, o Carrefour tem investido cada vez mais em tecnologia e inovação para oferecer agilidade e a melhor experiência de compra aos seus clientes.

Recentemente, além da inauguração do seu hipermercado flagship no Brasil, que adota e oferece diversas tecnologias de ponta aos clientes de São Paulo (SP), o Carrefour lançou seu programa de benefícios Meu Carrefour, plataforma que integra as operações de varejo físico e online, além do seu e-commerce não alimentar e alimentar – este via aplicativo e inicialmente para São Paulo (SP) –, ambos a partir da estratégia mobile first na qual a rede investe no Brasil.

(Redação – Investimentos e Notícias)

Adoçados com Sucralose Panettones Lowçucar chegam ao mercado

Terça, 14 Novembro 2017 13:54 Escrito por Eleonora – Matéria Primma
Empresa oferece o tradicional pão recheado com frutas ou gotas de chocolate elaborados com fermentação natural

O Panettone Lowçucar Zero Açúcares com Frutas e o Panettone Lowçucar Gotas Sabor de Chocolate possuem, menos gorduras e calorias, por isso são indicados para diabéticos e consumidores que preferem uma alimentação saudável, sem o consumo de açúcares.

Além de serem adoçados com sucralose, são elaborados com fermentação natural, obtida a partir da associação de leveduras que proporcionam mais sabor e textura.

Panettone Lowçucar Zero Adição de Açúcares com Frutas possui 51% menos gorduras totais e custa, em média, R$ 22,90. Já, o Panettone Lowçucar Zero Adição de Açúcares com Gotas Sabor de Chocolate tem 37% menos gorduras totais, e preço médio de R$ 24,90.

Comercializados em embalagens de 400 gramas, podem ser encontrados em super e hipermercados, lojas especializadas e também pela loja virtual www.compredietlight.com.br.

SOBRE A LIGHTSWEET

Sediada em Marialva (PR), a Lightsweet foi fundada há mais de 28 anos pelo pesquisador Amaury Couto, agraciado pelo Governo do Estado de São Paulo com o título de inventor do ‘Processo de Fracionamento das Folhas da Stevia Rebaudiana’ Bert’ Bertoni.

Hoje, a empresa é reconhecida por desenvolver produtos diet, light e zero açúcares tornando-se líder na produção destes alimentos e referência em qualidade de vida e responsabilidade social.

Detentora das marcas Lowçucar e Magro, a Lightsweet tem um mix com 150 itens e está presente nas principais redes varejistas e atacadistas de todo País atendendo a demanda de consumidores finais e profissionais que atuam no Food Service.

O portfólio é composto por uma variedade de produtos que inclui achocolatados, cappuccino, chás, refrescos, wafers, biscoitos recheados, misturas para bolo, doce de leite, creme de avelã, pó para leite condensado, gelatinas, mousses, pudins e manjar, além de adoçantes líquidos, em sachês e potes.

Atualmente, a indústria possui aproximadamente 250 colaboradores e seus produtos são exportados para o Paraguai, Uruguai, Bolívia, República Dominicana e Panamá.

MAIS INFORMAÇÕES:
SAC 0800 642 8182
www.lightsweet.com.br / www.compredietlight.com.br

MÍDIAS SOCIAIS:
LOWÇUCAR
https://www.facebook.com/lowcucarzero
www.instagram.com/lowcucar

Canal Receitas do Bem Lowçucar
https://www.youtube.com/channel/UCBBvstdgHqrGHXsOurjq0aA

Agroindústria com sabor italiano em Ibarama

Quadro Café na Roça visitou a família Bonadeo, que vem se tornando referência na produção de massas caseiras

Produção de massas caseiras chega a 900 quilos por mês

Cuidar da plantação de milho para que as galinhas façam uma boa produção de ovos é apenas um das preocupações da família de Volmir Bonadeo, 46 anos, em Linha Azevedo, interior de Ibarama. A agroindústria familiar Bonadeo produz massas caseiras diversas. É a nova alternativa de renda da família, que conta com a ajuda da esposa Cleusa, 42, há dois anos. Mas foi em julho de 2017 que construíram um prédio de 90 metros quadrados e investiram R$ 160 mil.

O local está 100% dentro das normas exigidas pela Vigilância Sanitária, com banheiros e vestiários masculino e feminino, sala de limpeza, processamento, embalagem, matéria-prima e sala de expedição. Eles também adquiriram um veículo para entregar o produto refrigerado. É notória a preocupação com a higiene e qualidade do produto. Os agricultores atém aos mínimos detalhes, principalmente por se tratar de um gênero alimentício.

O casal se dedica à função diariamente e concilia com as demais atividades na propriedade. A produção tem uma média de 1.800 bandejas de meio quilo, ou seja, 900 quilos por mês. As vendas, por unidade, custam R$ 4,50 e são feitas em restaurantes, supermercados e eventos gastronômicos de Ibarama, Sobradinho e Segredo.

A produção contempla o tipo espaguete fino, médio e grosso, talharim, macarrão e massa para lasanha. Os ingredientes são bem simples: ovos e farinha. A escolha pela atividade se deu devido a uma produção em que o casal se identifica e gosta de fazer, já que são de origem italiana. “Nossa massa é de qualidade. Tivemos uma ótima aceitação e já recebemos muitos elogios”, comenta. Um dos grandes diferencias dos produtos Bonadeo é que a massa, depois de pronta, não gruda na panela.

Direto da propriedade

Grande parte da matéria-prima vem da propriedade. Tanto que eles pensam, para o futuro, implantar também uma agroindústria de ovos para utilizar na produção. O casal realizou cursos de Boas Práticas para aprimorar a fabricação. A família conta com a ajuda dos pais dele, Romeu e Nilza. “Nos ajudam dentro das condições deles, pois já têm bastante idade”. Romeu também se dedica à piscicultura. Na propriedade há quatro açudes com carpa capim, húngara e tilápia.

Além da agroindústria, são plantados 50 mil pés de fumo, três hectares de milho e feijão, e batata para consumo. “Pretendemos continuar com o fumo, mas vamos diminuindo aos poucos”, disse. A ideia da família é parar de plantar o tabaco, tendo em vista que na época da colheita o serviço é terceirizado. A agroindústria também conta com assessoria técnica da Emater/RS-Ascar.

A reportagem foi bem acolhida pela família, que também está à disposição para mostrar sua infraestrutura e o produto. A pretensão é expandir as vendas para os municípios de Lagoa Bonita do Sul e Arroio do Tigre já nos próximos meses.

Vinícolas participam de feira na China

Por Imprensa – 14/11/2017 – Breaking News

BRASÍLIA – Seis vinícolas integrantes do projeto setorial Wines of Brasil estão no continente asiático para participar da ProWine China, que ocorre de terça (14) a quinta-feira (16), em Shangai. A projeção é de ampliar o mercado para os vinhos brasileiros num dos países que mais cresce em consumo, inserir a categoria dos sucos de uva 100%, além de se posicionar estrategicamente em um dos países-alvos da iniciativa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Estarão no estande coletivo as vinícolas Aurora, Miolo Wine Group, Mioranza, Peterlongo, Salton e Vinhos Canção.

Segundo estimativas do Wines of Brasil, a presença na ProWine China deve resultar em US$ 500 mil em vendas. O desempenho deve superar a performance comercial da primeira participação na feira, em novembro de 2016, quando as empresas brasileiras estimaram US$ 410 mil em vendas nos 12 meses seguintes. Entre novembro de 2016 e setembro deste ano já foram comercializados US$ 403 mil em produtos vinícolas nacionais, com 128,5 mil litros exportados. De janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras cresceram 132% em volume e 38% em valor, se comparado ao mesmo período de 2016, quando foram vendidos 43,5 litros, atingindo US$ 230,8 mil em negócios.

“Estamos buscando prospectar distribuição no mercado chinês, agregar valor aos rótulos brasileiros, em especial aos espumantes, e buscando uma nova entrada com a categoria do suco de uva 100%. Quatro vinícolas estarão presentes com empresários do Brasil e duas através de importadores. Para 2018, esperamos crescer 30% em valor nossas exportações para o país”, assinala o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini.

Além da presença na ProWine China, o Wines of Brasil articulou reuniões estratégicas em Shangai. A agenda, desenvolvida com o apoio dos Escritórios da Apex-Brasil (EAs) na China e dos Setores de Promoção Comercial do Brasil no Exterior (Secom), iniciou nesta segunda-feira (13), no consulado do Brasil em Shangai, com troca de informações e preparação da equipe brasileira e dinâmica do mercado chinês. Na sexta-feira (17), as vinícolas integrantes do projeto visitarão supermercados, restaurantes e redes para entendimento de negócios, além de prospectarem espaços para venda dos sucos de uva 100%.

Sobre o Wines of Brasil

Criado em 2002, o Wines of Brasil (WoB) é uma iniciativa de promoção comercial dos vinhos, espumantes e suco de uva brasileiro no mercado externo, desenvolvido entre o Ibravin e a Apex-Brasil. O projeto conta atualmente com a participação de 40 vinícolas e tem como mercados-alvo os Estados Unidos, Reino Unido e China. Nos últimos anos, cerca de 95% das empresas que aderiram ao WoB conseguiram dar continuidade em suas exportações, devido ao suporte e aos programas de capacitação oferecidos, entre outras ações. Mais informações podem ser obtidas nos sites www.winesofbrasil.com e www.ibravin.org.br.

Fonte: Apex-Brasil

Alimentos processados: qual o rótulo da Anvisa?

por João Peres* — publicado 15/11/2017 00h30, última modificação 14/11/2017 12h31
As propostas em debate sobre rotulagem frontal de alimentos são antagônicas. Ou a agência desagrada a sociedade civil, ou a indústria

Tânia Rego/Agência Brasil

A rotulagem dos produtos confunde ou esclarece?

Mariângela Almeida, da Confederação Nacional da Indústria, apresentou sua visão da percepção dos consumidores sobre os sinais de advertência na parte frontal das embalagens de alimentos: medo, afastamento, desinformação. Em seguida, Carla Spinillo, da Universidade Federal do Paraná, descreveu a sua: esclarecimento, educação alimentar, mudança de hábitos.

A divergência sintetiza as posições da sociedade civil e da indústria a respeito do tema. O seminário realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 9 de novembro para discutir a rotulagem frontal de alimentos processados e ultraprocessados funcionou como um resumo público das crescentes tensões em torno do tema. Não há possibilidade de consenso à vista entre dois modelos antagônicos.

A indústria propõe um sistema de semáforos com as cores verde, amarelo e vermelho para calorias, açúcares, gordura saturada e sódio. Trata-se de uma adaptação da ideia de adesão voluntária criada na década passada no Reino Unido.

A proposta da sociedade civil, encabeçada pela Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, é incluir na parte frontal das embalagens um triângulo preto com alertas sobre o excesso desses mesmos nutrientes. É uma referência ao padrão chileno, pioneiro no mundo ao adotar sinais de advertência, e não mensagens positivas, e ao obrigar a rotulagem de todos os produtos.

Por enquanto, a pressão da indústria funcionou. A Anvisa reforçou durante o seminário em Brasília que pretende dar um ritmo mais lento ao debate do que o esperado pela sociedade civil. A alegação de que não há evidências científicas suficientes para adotar um dos modelos causou insatisfação nas entidades de defesa do consumidor e de saúde pública. A agência quer a realização de pesquisas que meçam a reação da sociedade às diferentes propostas, intenção que recebeu elogios públicos da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia).

“A Anvisa não está apoiando nenhum modelo. Até o momento não existem evidências para a agência que demonstrem que um modelo é mais eficiente do que outro”, afirmou Thalita Antony Lima, da Gerência Geral de Alimentos.

Acima dela, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, tem defendido a adoção da rotulagem frontal proposta pela indústria. Abaixo do ministro, mas ainda acima de Thalita Lima, Michele Lessa, coordenadora de Alimentação e Nutrição do ministério, defende que os sinais frontais são uma das medidas mais baratas e eficazes de se adotar no combate à obesidade. No fim do seminário, ela afirmou enxergar mais “robustez” nas evidências apresentadas pela sociedade civil.

A indústria, de fato, passou quase à margem do debate científico durante o encontro. Segundo Lincoln Seragini, especialista em design de embalagens que representou a Abia, o consumidor deveria levar o produto para casa e só depois lê-lo, defendendo que ninguém vai tomar uma decisão importante em poucos segundos, na prateleira do supermercado. “Não pode ser antagônico. O mundo está cansado do ‘cada um defende o seu’. O radicalismo”, disse. “É conquistar os indivíduos pela empatia, e não pela dureza.”

Há uma janela política de curto prazo que a Anvisa dá sinais de deixar passar. Barros deve deixar o ministério no primeiro semestre para se candidatar nas eleições de 2018. E é improvável que qualquer medida seja tomada na reta final de um governo debilitado e conhecido pela submissão geral ao empresariado.

Seragini apresentou durante o seminário um slide no qual colocava uma lupa sobre o modelo de rotulagem da indústria. Foi um prato cheio para Fábio Gomes, da Organização Pan-Americana de Saúde. O semáforo sobre calorias, sal, açúcar e gorduras saturadas, disse, leva a 81 combinações possíveis. Entre um produto com a cor vermelha sobre o açúcar e outro com a cor vermelha sobre o sódio, qual você levaria? E, com produtos com um mesmo número de cores vermelhas, você se decide entre calorias, sal, açúcar ou gordura? Você lerá todos durante a compra? Quanto tempo levará para percorrer todo o supermercado?

“A Abia utiliza uma lupa para poder identificar o semáforo nutricional. Justamente porque é difícil identificar. O consumidor precisaria ter uma lupa, além de uma calculadora”, ironizou Gomes. “Esse ícone precisa ser de fácil interpretação, de fácil uso. Se a gente tiver um sistema difícil de se entender, não vai ser efetivo.”

Gastón Ares, da Universidade da República do Uruguai, afirmou que o semáforo envia sinais contraditórios ao consumidor. Entre uma luz verde no sódio e uma luz vermelha no açúcar, é difícil saber qual deve prevalecer na escolha. Um refrigerante, por exemplo, poderia ter luz verde em gorduras e sódio, o que está longe de indicar que se trata de um bom produto. “Isso é importante quando pensamos no objetivo dessa política para o consumidor. Incluir esse tipo de informação contraditória não ajuda no cumprimento desse objetivo.”

Diante da alegação da Anvisa de que faltam evidências científicas, Gomes respondeu que desde a década de 1970 há pesquisas sobre os critérios de escolha dos consumidores, e desde os anos 1980 há estudos que mostram que a cor preta oferece o melhor contraste ao olho humano. “O semáforo, por ser colorido, seduz e gera impulso, como a própria indústria demonstrou. Se for essa a intenção, o semáforo é um bom sistema.”

Do outro lado, Mariângela Almeida afirmou que os sinais de alerta são um erro, pois induzem à redução do consumo de determinados produtos. Esse é exatamente o objetivo das entidades da sociedade civil: ao reduzir esse consumo, melhorar os índices de obesidade e diminuir o risco de doenças crônicas não transmissíveis associados a ela. Um parêntese: segundo o Ministério da Saúde, três em cada quatro mortes no Brasil são causadas por enfermidades associadas aos hábitos de vida.

“O preto afasta. A partir do momento em que eu afasto, não vou querer ter nenhuma informação. Qual o aprendizado que vou ter no longo prazo?”, perguntou a representante da CNI. O sobrepeso, disse, pode ser uma opção individual e a reformulação de produtos deixaria os consumidores irritados. “Levam a alimentação para o campo da doença. Você está mais informando que pode ficar doente com isso, pode ficar doente com aquilo, e não o contrário.”

Dois modelos em debate

Este é o rótulo proposto pela sociedade civil…

… E este pela indústria

Desde a metade do século passado, a indústria fez um grande esforço de homogeneização de hábitos alimentares para poder exportar os produtos. Barreiras comerciais foram derrubadas, muito se gastou em publicidade, mais ainda se investiu na formulação de ultraprocessados altamente atraentes ao paladar.

Agora as empresas se apegam à diversidade: o que funciona no Chile pode não funcionar no Brasil. Em nossas terras, não gostamos de sinais de alerta, segundo a interpretação que se fez de uma pesquisa encomendada pela Abia ao Ibope. “E o analfabeto? Ele entende as cores. Agora, ele vai ler o símbolo preto todo?”, pergunta. Tente imaginar, no entanto, o analfabeto fazendo contas em calorias, gramas e miligramas, e comparando até 81 embalagens diferentes.

Apesar do discurso sobre diversidade, a estratégia da indústria ao lidar com a rotulagem tem sido a mesma mundo afora. No Uruguai, que está a uma assinatura de ter um sistema similar ao chileno, também se elenca a questão da falta de evidências científicas. A isso se soma o discurso de que os sinais provocam o “terror” e afetam a liberdade de escolha do consumidor. E há a ideia de que nenhuma medida é uma bala de prata porque a obesidade é causada por vários fatores, entre eles o sedentarismo.

As peças do tabuleiro são iguais em qualquer lugar. A indústria mobiliza a área econômica, tradicionalmente sensível ao argumento da arrecadação e de eventuais sanções pela adoção de um rótulo que afete o livre mercado, e o agronegócio.

“Nossa proposta é baseada no modelo de advertência no sentido de permitir que a população tenha informação para tomar decisão. Ninguém será impedido de comprar. Não afeta a liberdade de escolha”, rebate Ana Paula Bortoletto, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. "Espero que a Anvisa considere também as certezas que a gente tem sobre a necessidade de regulação."

Em outubro, durante o Congresso Internacional de Nutrição, em Buenos Aires, um simpósio comparou os modelos de rotulagem existentes. Michael Rayner, da Universidade de Oxford, afirmou que o sistema adotado no Reino Unido em 2006 de forma voluntária parecia o mais interessante para o momento – tanto soava eficaz que a indústria trabalhou para derrubá-lo quando proposto, no Brasil e no Chile, e agora se convenceu de que é um problema menor.

Hoje, segundo Rayner, está claro a existência de modelos melhores. O britânico, ressalta, é o que tem menor capacidade de afetar a percepção do consumidor, no extremo oposto daquele do Chile. Resta, porém, entender qual deles tem o melhor impacto sobre a saúde. É a isso que a indústria se apega para afirmar que o Brasil não deve adotar as mesmas regras chilenas.

É óbvio que uma medida adotada na metade do ano passado ainda não pode ser totalmente mensurada em termos de impacto sobre a saúde. Mas todos os indícios dão conta de que os sinais de alerta têm alterado os hábitos de compra em relação a salgadinhos e doces, o que deve contribuir para frear a obesidade.

Marcela Reyes, do Instituto de Nutrição e Tecnologia de Alimentos da Universidade do Chile, esteve à frente do desenvolvimento dos octógonos pretos. Durante o seminário em Brasília, ela mandou uma clara mensagem à Anvisa: “Não avançar é uma ação ativa.” Para ela, o que está em jogo é uma decisão de caráter político e não de falta de evidências. “Não fazer nada tem custo. A evidência existe.”

Durante o encontro, integrantes do Conselho Federal de Nutricionistas, da organização Põe no Rótulo e da Universidade Federal de Santa Catarina clamaram por uma ação da Anvisa. Paula Johns, da ONG ACT Promoção da Saúde e conselheira nacional de saúde, afirmou que a indústria com capacidade para fabricar produtos saudáveis também não deveria temer a proposta. Ao contrário. “O objetivo de saúde pública é diminuir o consumo de determinados produtos e estimular o consumo de outros”.

É “elementar”, declarou, que as evidências apresentadas pela sociedade, cujo objetivo é a saúde pública, não deveriam ser colocadas pela Anvisa no mesmo patamar dos dados trazidos pela indústria, cujo objetivo é sempre aumentar os lucros. Mas para a agência nem tudo parece tão elementar.

* Editor do site “O Joio e o Trigo”