Wienbier amplia portfólio de cervejas em lata

A Wienbier amplia seu catálogo de cervejas. Além dos rótulos já conhecidos – Wienbier 55 Pilsen, 56 Black e a 58 Wine Bier (mistura de cerveja e vinho) – os consumidores poderão encontrar mais três rótulos da marca em latas: a 55 Pilsen Sem Glúten, 57 Weissbier e a 59 India Pale Ale (IPA). As embalagens de 710 mililitros, com acabamento em verniz fosco, que atribui a ideia de que a lata está gelada, são produzidas em Pouso Alegre (MG) pela Ball Embalagens para Bebidas.

“A Wienbier já possui rótulos de qualidade e buscou ampliar a experiência dos consumidores ao lançar os novos rótulos, todos desenvolvidos pelo nosso mago inspirador Der Alchimist”, comenta Edison Nunes, gerente comercial da NewAge, fabricante da bebida. “Com essas novidades, queremos evidenciar a qualidade superior, as embalagens em latas e o melhor custo benefício das cervejas especiais”, completa.

Brasil recicla 280 mil latas em 2016

09.11.2017 – 10:39

em Negócios

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) divulgaram o Índice de Reciclagem de Latas de Alumínio para Bebidas de 2016 e o resultado da Campanha Digital realizada em parceria com o Hospital Infantil do GRAACC. No último ano o Brasil reciclou 280 mil latas de alumínio para bebidas, das 286,6 mil toneladas disponíveis no mercado. Isto corresponde a um índice de reciclagem de 97,7% das latinhas de alumínio, o que mantém o Brasil entre os líderes mundiais desde 2001. De acordo com o coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da Abal, Mario Fernandez, este é um segmento cada vez mais representativo para a indústria, sociedade e meio ambiente. ?A lata de alumínio para bebidas, que chega a 110 unidades por ano consumidas por cada brasileiro, responde por quase 50% do volume de sucata de alumínio recuperada anualmente?. O presidente-executivo da Abralatas, Renault Castro, comentou o sucesso da estabilidade do índice ? próximo dos 100% – nos últimos dez anos. ?Em tempos de aquecimento global, quando se busca uma economia de baixo carbono, esta é uma grande vantagem?. Já a Campanha Digital realizada com o Hospital Infantil do GRAACC promoveu em 2016 a ação inédita com oito influenciadores digitais no mês de outubro. O chef dos restaurantes Mocotó e Esquina Mocotó, Rodrigo Oliveira, foi o embaixador do projeto em que outras sete personalidades do mundo digital deveriam engajar os seus seguidores para alcançar 30 mil curtidas, por meio das hashtags #desafioaluminio #eurecicloaluminio. Durante a cerimônia, a coordenadora do Comitê de Comunicação e Marketing da Abal, Eunice Lima, entregou o cheque simbólico no valor de R$ 25 mil ao coordenador de Captação de Recursos e Desenvolvimento Institucional do GRAACC, Sérgio Degang. ?A campanha teve um resultado tão positivo que o engajamento definido para realizar a doação ao GRAACC foi atingido duas semanas antes do previsto. Ultrapassamos a meta de curtidas em mais de 40%, além de chegar a mais de 1 milhão de alcance nos posts da ação. O incentivo à reciclagem e o apoio às crianças do GRAACC contribuem para um futuro melhor de toda a sociedade?, completa Rafael Torres, diretor de Comunicação da Abal.

Pague Menos inaugura 25 lojas em 15 dias

On 9 novembro, 2017

Entre os dias 16 e 31 de outubro, as Farmácias Pague Menos bateram recorde de inaugurações com a abertura de 25 novas lojas em todo o País. No Ceará, a rede abriu duas unidades em Fortaleza. Até o m deste ano, a rede, que hoje tem 1.046 unidades, pretende chegar a mais de 1.100 lojas.

Fonte: Portal Panorama Farmacêutico

Relatório mostra crescimento do setor de farmácias em Americana

Dados apresentados pela Federação do Comércio do Estado nesta quarta-feira apontam melhora do setor nos últimos dez anos

Depois de um período preocupante de crise, o mercado varejista mostra estabilidade e já faz projeções de crescimento na região de Americana. Um relatório da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) apresentado nesta quarta-feira, que analisou a evolução de estabelecimentos entre 2007 e 2016, destaca, por exemplo, o setor de farmácias e perfumaria, que cresceu 21% no período.

Outro destaque foi setor supermercadista, que se mantém como o maior empregador do varejo, oferecendo 66% das vagas de trabalho disponíveis no segmento no mesmo período. O relatório apresentado ontem a empresários foi elaborado com dados fornecidos pelo Sincomércio regional, que representa empreendedores de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara.

De acordo com o economista da Fecomércio, Jaime Vasconcellos, a retomada efetiva do crescimento econômico talvez demore três a cinco anos. Mas é fato, para ele, que o País “parou de cair”.

Os números atuais, diz Vasconcellos, são positivos, apesar de tímidos. E representam o primeiro passo para a recuperação plena. “A inflação controlada e a retomada da estabilidade econômica são essenciais para mantermos essa reação”, comentou.

O relatório da Fecomércio mostrou um saldo de fechamentos, desde 2007, em Americana, de 349 empresas. Cenário que, para o economista, não vai se repetir.

Para Vasconcellos, as farmácias são o exemplo de como os empreendimentos precisam renovar. O setor, explicou, diversificou o portfólio de artigos comercializados. Além disso, recorreu aos clubes de desconto, e levou vantagem ao oferecer serviços à população que envelhece e precisa das mercadorias. No fim de 2016, o setor tinha 272 estabelecimentos abertos. Em 2007, eram 225 em Americana.

Para o empresário Edílson Fabri, há 26 anos no setor farmacêutico, os números revelados pela Fecomércio mostram que os estabelecimentos se desdobraram para manter as portas abertas. Mas ele acha que os empresários não devem se iludir, e considerar que a crise acabou.

Na opinião dele, o setor se “estabilizou, por baixo”. No entendimento do proprietário, o consumidor perdeu poder de compra, e os empresários hoje trabalham com estrutura enxuta, inclusive demitindo funcionários.

‘ATACAREJOS’
O desempenho dos grandes supermercados na oferta de empregos em 2016 (eram 2.505 vagas de trabalho), citado na pesquisa da Fecomércio, comprova um fato curioso. Este foi, na década, o segmento que mais teve estabelecimentos extintos. Eram 895 em 2007. Só 702 resistiam em 2016.

Mas se mantiveram o faturamento e o número médio de empregos oferecidos. Aconteceu, segundo Vasconcellos, um fenômeno de mercado. O desempenho das grandes redes, aliados à chegada dos “atacarejos” transformaram o perfil do consumo, com a ampliação das ofertas. Perderam no processo os pequenos empresários, que não resistiram à concorrência dos gigantes.

O relatório técnico também mostra bom desempenho das lojas de materiais de construção e de móveis e decoração. Ao mesmo tempo, caiu o número de estabelecimentos que vendem eletrodomésticos e eletrônicos.

Para o economista, na crise o consumidor deixa de investir em artigos caros, e opta pelo que é imprescindível.

Estudo apresenta categorias de farmácias e suas práticas replicáveis

O Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) realizou o Estudo do Mercado Farmacêutico e as Categorias de Farmácias, buscando analisar o varejo farmacêutico nacional e categorizar os tipos de farmácias de acordo com o posicionamento estratégico.
O estudo que foi apresentado pelo Instituto na última Assembleia Febrafar – ocorrida em abril – oferece importantes diretrizes a serem tomadas pelas farmácias diante o posicionamento estratégico de suas categorias.
Para a realização dos estudos, foram definidas, primeiramente, cinco categorias de farmácias e selecionadas as estratégias de negócios que possam ser tomadas e que atendam o requisito de replicação, a fim de ver quais os motivos de serem utilizadas (ou não) em cada categoria, chamadas de Práticas Replicáveis.
As categorias de farmácias estabelecidas no estudo foram: Farmácias Independentes, Franquia/Licenciamento de Marca e Associativismo, Farmácias Populares, Grandes Redes e Redes Regionais.
As práticas foram:
•Estratégia de precificação para Medicamentos Propagados;
•Estratégia de precificação para Medicamentos Genéricos e Trade Equivalente;
•Gestão dos principais indicadores de desempenho;
•Layout interno e externo da farmácia atualizados;
•Sortimento de medicamentos completo (Propagados, Trade Equivalente e Genéricos);
•Sortimento de produtos de higiene e beleza compatível com posicionamento estratégico;
•Programa de fidelização e de relacionamento;
•Instrumentos de comunicação com consumidores (tabloide/banners/ofertas);
•Serviços de delivery;
•Modernas técnicas de merchandising e de gerenciamento de espaços;
•Setorização de produtos com espaço dedicado (infantil/diabetes/suplementos);
•Setorização de produtos de nicho com alto valor agregado (dermo);
•Serviços farmacêuticos (pressão/aplicações/orientação farmacêutica).
Assim, para cada tipo de farmácia, foram estabelecidas práticas que condizem ou não com a sua característica, definindo farmácias em dois tipos: “com estratégias”, como as que adotam as práticas compatíveis com a categoria que pertencem, e as “sem estratégias”, como as que não adotam as principais práticas de sua categoria. O estudo também teve como conclusão que, dentre as 14 práticas replicáveis identificadas, todas as categorias de farmácia que possuem estratégia bem definida possuem sete atributos em comum.
São eles: Estratégia de precificação para Medicamentos Propagados; Estratégia de precificação para Medicamentos Genéricos e Trade Equivalente; Gestão dos principais indicadores de desempenho; Layout interno e externo da farmácia atualizados; Sortimento de medicamentos completo (Propagados, Trade Equivalente e Genéricos) e Sortimento de produtos de higiene e beleza compatível com posicionamento estratégico.
As demais práticas variam de acordo com cada categoria. O estudo foi realizado com o apoio do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT), do Instituto de Economia da UNICAMP.

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PRF apreende centenas de caixas de remédios controlados sendo transportados de forma irregular

09/11/2017 11:56

PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na tarde de ontem (08) uma pessoa por realizar o transporte de medicamentos controlados de forma irregular. A ocorrência aconteceu na BR 101, em São Miguel dos Campos, durante uma abordagem de rotina. Milhares de comprimidos de remédios controlados foram apreendidos e suspeita-se que um dos medicamentos era falsificado.

Os policiais rodoviários federais fiscalizavam a BR101, trecho de São Miguel dos Campos, quando decidiram parar um Honda/ Civic, placa de Aracaju/SE. Dentro do veículo havia motorista e passageiro. Os policiais observaram que os bancos de trás do carro estavam cheios de caixas e questionaram os indivíduos sobre o conteúdo delas. Eles afirmaram tratar-se de remédios que haviam sido comprados numa farmácia em Maceió e seriam vendidos em Aracaju. De imediato os policiais solicitaram a nota fiscal do material e autorização para transporte dos medicamentos, mas os homens disseram não possuir tais documentos, o que já configurou crime.

Ao fazer a checagem os policiais encontraram centenas de caixas de medicamentos sendo transportados de forma ilegal. Um total de 9460 comprimidos de remédios controlados como Sibutramina, Uni-Diazepam, Cloridrato de Sertralina e Cytotec estavam sendo transportados. Para este último – Cytotec – há uma suspeita de falsificação, pois o remédio não possuía laboratório definido e não poderia ser vendido.

O passageiro, de 41 anos, que já possuía passagem pela polícia por descaminho e por transportar remédios de forma ilegal, assumiu a posse das mercadorias e foi preso em flagrante. Ele e todo material apreendido foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil da cidade.

PRISÃO POR TRÁFICO DE DROGAS

Na madrugada de hoje (09), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou mais uma prisão. Dessa vez a ocorrência se deu na BR 104, em São José da laje, e o crime em questão foi tráfico de drogas.

Passava da meia-noite, quando policiais rodoviários federais faziam rondas pela BR 104 e decidiram abordar o Ford/Focus, de cor cinza, que transitava pela rodovia federal. Durante a fiscalização os policiais sentiram no veículo um forte cheiro de maconha e questionou o motorista sobre o transporte da droga. Ele negou levar algo ilícito, mas os policiais fizeram buscas pelo carro e encontraram debaixo do tapete cerca de 100gramas de maconha “in natura”. O condutor afirmou ter comprado a droga por R$500,00 no bairro do Vergel, em Maceió. Também foi encontrado com ele R$704,00 em espécie.

O homem, de 40 anos, foi preso e encaminhado junto com a droga apreendida para a Delegacia de Polícia Civil daquela cidade.

Fonte: PRF

Em audiência na Justiça, Estado se compromete a regularizar abastecimento de medicamentos e insumos nos hospitais

09/11/2017 – 18:46 Por: Rose Dayanne Santana

Em audiência de conciliação realizada na Justiça Federal, em Palmas, o governo do Estado firmou alguns compromissos considerando as obrigações já contidas no acordo homologado por sentença, ainda no ano de 2013, no que se refere à regularização do abastecimento de medicamentos e insumos nos hospitais da rede pública estadual. A Ação Civil Pública (ACP nº 0006650-45.2013.4.01.4300) foi ajuizada na 1ª Vara da Justiça Federal em 2013, fruto da atuação conjunta entre a Defensoria Pública do Estado (DPE-TO), Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF).

Entre os compromissos assumidos no acordo, o Estado irá incluir no orçamento de 2018 da saúde uma rubrica específica no valor mínimo de R$ 2,5 milhões mensais, no orçamento, para execução exclusivamente em medicamentos, materiais e insumos da rede hospitalar, assistência farmacêutica, órteses e próteses, inclusive para o cumprimento de demandas judiciais de medicamentos dentro da padronização e fora da padronização, limitados estes últimos ao valor individual mensal que não ultrapasse 0,5% de R$ 2,5 milhões. A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) deve fazer o repasse mensal no valor de R$ 2,5 milhões para a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau).

O Estado também se comprometeu a regularizar o abastecimento de medicamentos, materiais e insumos hospitalares em todos os hospitais vinculados à Sesau, no prazo de 12 meses, sendo a análise do cumprimento realizada de acordo com o relatório trimestral, que deverá constar medicamentos adquiridos e entregues, bem como os itens em desabastecimento, esclarecendo o motivo.

A Sesau deverá promover a atualização da Portaria nº1.432, de 30 de novembro de 2015, no prazo de 60 dias, incluindo a obrigatoriedade dos médicos que atuam na rede pública de saúde de prescreverem medicamentos, materiais, insumos, órteses e próteses incorporadas no âmbito no SUS e, em caso contrário, que haja a prescrição médica acompanhada de relatório minucioso, justificando a assistência prescrita e a ineficácia da disponibilizada pelo SUS. A portaria preverá, também, que as prescrições sejam escritas em letra legível, em conformidade com o Código de Ética Médica.

Foi acordado, ainda, que no prazo de seis meses, o Estado/Sesau deverá regularizar a elaboração dos protocolos assistenciais básicos, assim entendidos protocolos que atendam todas as unidades hospitalares do Estado (médicos e da enfermagem). Já os protocolos das mais frequentes patologias de alta complexidade assistidas no SUS, devem ser elaboradas no prazo de dois anos.

Decisão

Em sua decisão, a Juíza Federal considerou o cumprimento de alguns itens do acordo homologado e extinguiu a execução. A Magistrada também deferiu a juntada dos documentos apresentados pelo Estado em audiência e o prazo de 15 dias para que sejam juntados documentos que comprovem o cumprimento da regularização da demanda reprimida para cirurgias eletivas por especialidade médica.

A audiência de conciliação foi realizada no último dia 6 com a participação de representantes da DPE, DPU, MPF, Procuradoria Geral do Estado e Advocacia Geral da União (AGU), assim como os secretários estaduais da Saúde, da Fazenda e do Planejamento.

Em falta há 2 meses, remédio para esquizofrenia deve ser disponibilizado na sexta

O medicamento para esquizofrenia Clopixol (Dicloridrato de Zuclopentixol) está em falta na rede municipal de saúde de Londrina há mais de dois meses.

O secretário municipal da saúde, Felippe Machado, disse que o remédio faltou devido a uma necessidade de adequação burocrática em relação à ata de registro de preço do produto.

"A empresa que venceu a ata de registro de preço, na hora de formalizar o contrato, houve uma alteração de endereço comercial da empresa. Considerando as exigências da Anvisa e da vigilância sanitária foi necessário cancelar a ata confeccionada e fazer outra. Por isso houve esse período de desabastecimento", explicou.

O secretário disse ainda que os medicamentos já chegaram à rede municipal e devem estar disponíveis até esta sexta-feira (10).
Redação Bonde

Empresa farmacêutica suspende fornecimento de insulina para unidades de saúde por falta de pagamento

falta quitar notas referentes aos meses de junho, julho, agosto e setembro
Postado por DM em 9 de novembro de 2017 às 11h49

A empresa farmacêutica FBMFarma informou que não pode mais fornecer insulina para pacientes diabéticos de Goiânia. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, o motivo é a falta de pagamento da prefeitura.

A falta de pagamento inviabiliza o fornecimento de bombas e insumos para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em nota ao Jornal Opção, a empresa FBMFarma afirmou que está com notas fiscais referentes aos meses de junho, julho, agosto e setembro em aberto e aguarda a regularização dos pagamentos para voltar a fornecer a insulina.

A empresa afirmou ainda que o serviço prestados aos pacientes diabéticos, realizado por uma enfermeira e uma nutricionista contratados pela farmacêutica continua sendo prestado à SMS

Ao Diário da Manhã, a Secretaria Municipal de Saúde, informou que as unidades de saúde não estão desabastecidas. A SMS informou ainda que estão procurando alternativas para garantir o fornecimento dos insumos para os pacientes.

Diálogo pode reduzir medicamentos em pacientes psiquiátricos

Luiza Medeiros (CEE/Fiocruz)

O diálogo, a escuta compreensiva e a valorização das experiências sócio-interacionais podem ser grandes aliadas do tratamento de pessoas que apresentam comportamentos psicóticos, favorecendo a redução do uso de medicamentos e a compreensão das causas do problema. Este é o fundamento do Diálogo Aberto, abordagem apresentada pelo psicólogo finlandês Jaakko Seikkula, no segundo dia do seminário internacional A Epidemia das Drogas Psiquiátricas: Causas, Danos e Alternativas, realizado entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2017, na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). O pesquisador abordou o comportamento psicótico e os atuais desafios para o tratamento, dizendo que o comportamento psicótico é mais comum do que se pensa.

“Não acredito na existência da psicose enquanto categoria clínica.  Não há nada que defina que essas pessoas que apresentam comportamentos psicóticos sejam qualitativamente diferentes das pessoas que não apresentam”, afirmou Jaakko. Ele defendeu que os sintomas psicóticos muitas vezes podem não estar associados a uma doença, mas a uma estratégia psicológica para enfrentar uma situação de estresse. “A psicose pode ser um comportamento reativo natural. O importante é entendê-la como uma reação a algo que aconteceu na vida do paciente, que, por não encontrar outros meios de lidar com aquilo, desencadeou aqueles sintomas”.

Uma abordagem clínica inadequada, segundo o pesquisador, pode prolongar os sintomas psicóticos. “A maioria dos tratamentos começa tardiamente. O nosso sistema de cuidados não está organizado de modo a tratar os pacientes precocemente. Geralmente, a pessoa fica psicótica dois ou três anos antes do primeiro diagnóstico. Dessa forma, a mente dela começa a criar estratégias de sobrevivência que, muitas vezes, a isolam”, explicou Jaakko. Ele observou que, além do diagnóstico tardio, muitos tratamentos partem de um entendimento inadequado da vida humana, o que pode levar a uma resposta insatisfatória do paciente. “É errado pensar que podemos reduzir os problemas mentais ao reduzir as funções mentais. Não é assim que nós seres humanos somos construídos. Somos construídos para viver em uma interação contínua com parte do nosso corpo, nossa mente e o ambiente social”, afirmou.

Pacientes retornam ao trabalho 

Essa visão de que o comportamento humano é um reflexo da interação social fundou, nos anos 90, uma nova forma de abordagem clínica do paciente psiquiátrico: o Diálogo Aberto. Por meio de uma escuta ativa e recíproca, o método tem como princípios ajudar imediatamente o paciente, na tentativa de evitar os diagnósticos tardios; a perspectiva em rede, em que psicólogos, pacientes, familiares e amigos interagem com vistas à condução do tratamento; a flexibilidade e a mobilidade, para adequar o tratamento a cada caso; e o dialogismo, que é apostar na escuta compreensiva e garantir que todas as vozes da rede sejam ouvidas.

Na abordagem do Diálogo Aberto, convida-se a família e outras redes sociais dos pacientes para aumentar os dados sobre ele e tentar compreender as origens das reações psicóticas. “Nos concentramos na geração de diálogo para fazer ouvir todas as vozes nas reuniões terapêuticas. Os clientes são abordados como seres humanos em sua plenitude e não como sintomas”, disse o pesquisador, explicando que o encontro pode ser conduzido por um terapeuta ou por todos.

“De forma concreta, significa que quando alguém começa a apresentar ideias psicóticas em uma reunião, é necessário observar o problema mais importante relacionado a essa resposta de comportamento psicótico. O psicólogo para tudo, observa e, em seguida, pergunta: O que você disse? Você pode me ajudar a entender um pouco mais sobre o seu problema? Dessa forma, há um diálogo sobre este problema, no qual se tenta explorá-lo”, explicou Jaakko. O papel da medicação que altera o sistema nervoso central pode ser reduzido, o que, segundo o pesquisador, evita os efeitos nocivos dos remédios usados no tratamento de psicose e de depressão.

Uma pesquisa sobre a efetividade da abordagem do Diálogo Aberto em pacientes de Tornio, na Finlândia, mostrou que, em um período de cinco anos, 81% deles não apresentavam sintomas psicóticos persistentes e retornaram ao emprego integral. Citando o filósofo russo Mikhail Bakhtin, Jakko ressaltou a importância do diálogo na constituição do ser humano. “A vida humana é um diálogo aberto. Viver significa participar de um diálogo. Nele, as pessoas participam de forma completa com olhos, lábios, mãos, alma, espirito, corpo e ações. O diálogo é a primeira e última coisa que fazemos. O diálogo não é somente comunicação, é o processo pelo qual nos tornamos humanos em relação a outros, e em relação às respostas do outro”, concluiu Jakko.

Na AFN