Usuários apontam saga por medicamentos
Usuários da Ucaf (Unidade Central de Assistência Farmacêutica) se queixam da dificuldade em obter os medicamentos. Além da espera para ser atendido, por vezes a alegação é de que é necessário se deslocar para outros serviços para conseguir os remédios. E também há as faltas pontuais que geram necessidade de compra ou causam interrupções em tratamentos. “Antigamente era mais rápido, mas nos último
08/11/2017
Usuários da Ucaf (Unidade Central de Assistência Farmacêutica) se queixam da dificuldade em obter os medicamentos. Além da espera para ser atendido, por vezes a alegação é de que é necessário se deslocar para outros serviços para conseguir os remédios. E também há as faltas pontuais que geram necessidade de compra ou causam interrupções em tratamentos.
“Antigamente era mais rápido, mas nos últimos anos a gente sempre tem que esperar quase uma hora pelo atendimento aqui na Assistência Farmacêutica (Ucaf)”, disse a dona de casa Aparecida Francelino.
Já a aposentada Maria da Conceição Eleutério disse que vive uma saga para conseguir todas as medicações que precisa tomar. “Vou à unidade de saúde do Chico Mendes. O que não acho lá, venho procurar na Ucaf. Nem sempre tem. Daqui, é comum me darem uma parte e me mandarem pra UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que acaba me arrumando mais algum. E o de diabetes pego na farmácia comum, pelo programa Farmácia Popular. É um monte de lugar”.
Maria Conceição conseguiu parte dos remédios ontem, mas saiu da Ucaf sem o Selozok, para o controle da hipertensão. “Talvez eu tenha que comprar, porque não posso ficar sem. E tem mais remédio que nunca acho na rede pública e acabo tendo que pagar”.
A aposentada Maria Tereza Menoqui deixou a Ucaf mais animada ontem porque pega apenas uma medicação e tem encontrado todos os meses. “Pego o remédio há cinco anos e já houve muita falta. Felizmente ultimamente não tem faltado”. Mas ela também comentou que a centralização de remédios facilitaria a rotina de quem faz tratamentos contínuos.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que não há orientação para nenhum usuário procurar assistência farmacêutica na UPA ou Farmácia Popular (programa extinto). “A UPA não faz dispensação de medicação para uso domiciliar”.
Funcionamento da
Assistência Farmacêutica
Quanto à assistência farmacêutica de competência do Município, a pasta mencionou que a instalação da Farmácia Municipal da Zona Norte faz parte do Plano Municipal de Reestruturação da Assistência Farmacêutica, que contempla aspectos técnicos e de qualidade, visando a oferta de medicamentos com gratuidade e atendimento qualificado.
A secretaria admitiu que, nos dias de maior movimento, a espera pode ser maior que a desejável. “Isso ocorre em função da disponibilidade de servidores, problema que está sendo sanado gradativamente pela Administração, mediante a gestão de Recursos Humanos”. A rede conta também com a Farmácia Municipal do Distrito de Padre Nóbrega. “Nos demais distritos, a assistência é garantida por equipes volantes. Em todas as regiões onde o plano de reestruturação ainda não foi implementado, as farmácias instaladas nas unidades de saúde atendem normalmente”.
De acordo com a pasta, Marília terá, ainda este ano, a Farmácia Municipal da Zona Sul. E em 2018 será instalada a unidade central. Por fim, a Secretaria Municipal da Saúde considera que todas as medidas adotadas (incluindo a recuperação de créditos com fornecedores), já impactaram na melhoria da oferta de medicamentos e no controle da dispensação.