Seguridade debate preço e validade de medicamentos

A Comissão de Seguridade Social e Família realiza audiência pública nesta terça-feira (7) para discutir o preço e a validade dos medicamentos comercializados no País.

Os deputados Mandetta (DEM-MS) e Toninho Pinheiro (PP-MG) solicitaram o debate para obter esclarecimentos sobre algumas questões: possíveis descontos fornecidos pela indústria e não repassadas ao consumidor final, suficiência dos índices de reajuste aplicados e validade dos medicamentos.

Foram convidados para a audiência o secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), Leandro Safatle; o representante da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo; e representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Conselho Federal de Farmácia e do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sindusfarma).

O debate está previsto para as 16 horas, no plenário 7.

Da Redação – MB

CRF-RS presente em importante Congresso que conecta a Saúde com a Justiça no País

On 6 novembro, 2017

Realizado entre 27 e 29 de setembro, no Espírito Santo, o 5º Congresso Brasileiro Médico e Jurídico buscou a integração entre operadores da Saúde e do Direito no Brasil. O sistema CFF/CRFs esteve representado pelo Grupo de Trabalho de Farmacêuticos que atuam no Sistema de Justiça, entre eles o farmacêutico Everton Borges, assessor de Relações Institucionais do CRF-RS. No dia em que o Congresso debateu o “financiamento e gerenciamento de recursos públicos, desvios e regulação na prestação dos serviços públicos de saúde”, para uma plateia formada por agentes e gestores públicos, juristas e magistrados, Borges apresentou uma exposição a respeito das ordens judiciais e medicamentos de alto custo, destacando a economia que a assistência farmacêutica é capaz de proporcionar aos cofres públicos.

Na ocasião, através do seu GT de judicialização, o CFF oficializou solicitação para obter assento no Fórum Nacional da Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O documento foi recebido pelo Coordenador do Fórum Nacional, Arnaldo Hossepian, e pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto e Renato Dresch. “Na oportunidade, tivemos o apoio do juiz federal Clenio Schulze e da coordenadora executiva do 5º Congresso, Clenir Sani Avanza”, informa Borges, que completa. “O Fórum Nacional da Saúde é um significativo espaço de discussões, onde os profissionais farmacêuticos devem se fazer presentes, por meio dos seus representantes. Os medicamentos são o que mais impacta na judicialização da saúde, e neste debate o farmacêutico deve ser ouvido”.

Em sua exposição, Borges também trouxe reflexões sobre os efeitos positivos da assistência farmacêutica nos municípios, ilustrando o cenário atual e o que deveria ser o ideal. O assessor ainda ressaltou as possibilidades oferecidas pelo assessoramento técnico do profissional farmacêutico à Justiça, citando o caso do convênio estabelecido entre o CRF-RS e a Defensoria Pública, que proporcionou a redução e qualificação das demandas judiciais em saúde no RS, além de um concurso público que prevê a contratação de farmacêutico para o órgão.

“Desde 2012, a diretoria do CRF-RS possui o entendimento de que o Conselho precisa ocupar espaços relacionados às questões de saúde e medicamentos, inserindo e valorizando o profissional farmacêutico nos debates. Através da criação e manutenção de um núcleo estratégico/institucional do CRF-RS, é possível fortalecer o relacionamento com o Judiciário e o Legislativo, assim como outros órgãos profissionais e instituições”, analisa Borges, enfatizando que a plena autonomia deste núcleo resultou na inserção dos farmacêuticos no sistema de Justiça, levando o CFF a unificar outras experiências e instituir o GT de Farmacêuticos no Sistema de Justiça, com novas possibilidades de ações e mais resultados positivos aos profissionais e à sociedade. Também esteve presente no 5º Congresso Brasileiro Médico e Jurídico a assessora de Assuntos Estratégicos do CRF-RS, Zelma Padilha.

Conheça o GT de Farmacêuticos no Sistema de Justiça do CFF:

Coordenadora Rossana Freitas Spiguel (Conselha Federal pelo Acre)

Angela Cunha Castro Lopes (Conselha Federal pelo Acre)

Everton Borges (CRF-RS)

Junia Célia Medeiros (CRF-MG)

Douglas M. Costa (CRF-AP)

Zelma Padilha (CRF-RS)

Gilberto Dutra (CRF-ES)

Fonte: SIS Saúde

DESVENDANDO MEDICAMENTOS – SAIBA TUDO SOBRE ELES

6 de novembro de 2017 Ray Santos

Por trás de uma indústria que faturou 49 bilhões no ano passado existe uma certeza: cedo ou tarde todo mundo acaba precisando do produto. Trata-se da indústria de medicamentos, que viu um aumento de 42% nas vendas de remédios em farmácias nos últimos quatro anos, segundo levantamento da Interfarma/QuintilesIMS. Embora seja um item comum na prateleira de quase todo mundo, é importante se atentar ao fato de que remédio é coisa séria. E deve ser tratado como tal. Por isso é importante conhecer mais sobre os diversos tipos de remédios, como tomar, onde guardar, entre outras coisas. E quem responde essas dúvidas é a farmacêutica da Rede Compre Certo, Mirna Alves Silva Pires.

Para começar, a principal dúvida: o genérico tem realmente a mesma eficácia do remédio de marca? “É importante salientar que não existe diferença entre um e outro. O medicamento genérico tem a mesma eficácia terapêutica do medicamento de referência. Ele é submetido a testes de bioequivalência e biodisponibilidade justamente para verificar essa questão”, explica a especialista. O que acontece é que os genéricos geralmente são produzidos após a quebra da patente ou de outros direitos de exclusividade. Após aprovação da comercialização – que é feita pela ANVISA – o medicamento fica à disposição do consumidor, geralmente a um custo menor.

Já o remédio similar, como o nome indica, tem algumas diferenças. Entre as diferenças entre um e outro estão as características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo (substâncias que completam a massa ou volume do medicamento). “Desde 2003, os similares precisam apresentar testes de biodisponibilidade e equivalência farmacêutica para comprovar que o medicamento possui o mesmo comportamento no organismo e as mesmas características de qualidade do de referência”, explica Pires.

Medicamentos de referência, por sua vez, são remédios que possuem eficácia terapêutica, segurança e qualidade comprovadas cientificamente. Eles só são lançados no mercado após anos de pesquisa e desenvolvimento para comprovar a eficácia e segurança no tratamento das doenças indicadas.

E quanto aos homeopáticos e fitoterápicos? Dá para confiar? A filosofia da homeopatia é utilizar, em pequenas quantidades, substâncias que causam sintomas parecidos com os que paciente apresenta para que o corpo potencialize a capacidade curativa e seja capaz de combater a doença. Já a fitoterapia utiliza plantas para tratar os problemas. “Mas vale lembrar que os homeopatas não descartam o uso de medicamentos alopáticos. Pelo contrário, eles encorajam que o uso da homeopatia seja complementar ao tratamento tradicional”, explica a farmacêutica.

Quanto à forma de administração, os remédios que se apresentam na forma líquida, como xaropes, gotas, suspensão, comprimidos efervescentes ou em pó possuem efeito mais rápido no organismo. Já os comprimidos não podem ser partidos e devem ser tomados com um copo de água. “Quando são partidos podem perder o revestimento protetor, comprometendo sua ação terapêutica, principalmente, se os princípios ativos forem sensíveis ao ácido do estômago”, explica. As cápsulas não devem ser abertas, com exceção daquelas que contém indicação para isso. Quanto ao armazenamento, o ideal é manter os remédios em ambiente seco, longe do calor, umidade, sem exposição solar, e guardados na própria embalagem. E, claro, deixá-los sempre longe do alcance das crianças e animais.

Sobre a Rede Compre Certo

A Compre Certo é uma rede de farmácias que tem mais de 150 unidades em seis estados brasileiros. Sua principal atuação é em Minas Gerais. Criada em 2010, possui um amplo e personalizado mix de produtos, além de marca própria e serviços para a população, como a Blitz de Saúde e o Saúde Certa – Consultório Farmacêutico, com 25 serviços de saúde a preços acessíveis, como avaliação de problemas de sono e depressão, risco cardiovascular, entre outros.

Fn | Markable Com,.

Farmarcas fatura R$1,2 bilhão e cresce 48,6% no último ano com modelo inovador

6 de novembro de 2017 Ray Santos

Dados da QuintilesIMS apresentados recentemente com os resultados do último ano das lojas das redes administradas pelas Farmarcas demosntraram um crescimento muito acima do mercado. No período de um ano, findado em junho de 2017, o faturamento da rede cresceu 48,6%, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, o valor saltou de R$ 800 milhões para, aproximadamente, R$1,2 bilhão.

O dado impressiona ainda mais se considerar que, no mesmo período, o mercado farmacêutico cresceu apenas 13%. Segundo o diretor operacional da Farmarcas, Ângelo Vieira, existem alguns fatores que explicam os resultados.

“Como mostra o estudo da QuintilesIMS, aceleradores do crescimento da Farmarcas foram o aumento no volume de vendas das farmácias e o aumento no número de lojas. Na composição do aumento de faturamento, 17,5% é representado por volume de vendas, 20,6% é representado por novas lojas e 10,5% por aumento do preço médio do mix de produtos”, explica Vieira.

Análise dos dados

O modelo desenvolvido, priorizando preços acessíveis, fez com que a Farmarcas se destacasse com um crescimento intenso nas vendas, principalmente em relação ao volume, perante todo o mercado no período farmacêutico. O mercado cresceu nesse ponto 1,2%, frente os 17,5% da Farmarcas no período.

Outro ponto destacado foi o aumento no número de lojas, uma vez que, em 2016, a administradora de redes era responsável por cerca de 500 unidades e, neste ano, o estudo da QuintilesIMS considerou 639, mas o número já é maior.

“Os números demonstram que estamos no rumo certo, mas ainda temos um longo caminho para percorrer, pois estamos em constante transformação, aprimorando nossos principais diferenciais, como é o caso de ferramentas de gestão e da padronização nos layouts e atendimentos de todas as lojas”, explica Vieira.

Outro diferencial é o trabalho desenvolvido pelos chamados “anjos”, um grupo de profissionais responsáveis pela gestão do relacionamento entre a Farmarcas e as farmácias. Eles possuem um painel de lojas e, a partir das ordens de serviço registradas no sistema de controle do cadastro de associados, monitoram e acompanham para que todas as demandas sejam resolvidas com rapidez e eficiência.

Eles também são responsáveis por orientar as lojas quanto ao correto preenchimento das ferramentas disponibilizadas, como correções e ajustes nos relatórios de lucratividade, e também na divulgação das inúmeras campanhas promocionais desenvolvidas pela equipe comercial.

Sobre a Farmarcas

A Farmarcas é uma associação criada para administrar agrupamentos farmacêuticos e redes associativistas, tendo como foco a capacitação dos empresários e a excelência na gestão das lojas. Atualmente, fazem parte da empresa as redes Drogarias Ultra Popular, Farmácia Super Popular, Farma100, Entrefarma, Drogarias Maxi Popular, Farmácias BigFort, AC Farma, Megapharma e Farmaestra.

Na Farmarcas, uma equipe de especialistas dispõe de ferramentas gerenciais exclusivas, desenvolvidas e testadas pela Febrafar (federação que reúne mais de 9 mil farmácias independentes em todo o Brasil), e todos possuem o compromisso de orientar, apoiar e servir os associados, para que atuem com alta eficiência operacional e se tornem cada vez mais competitivos e prósperos. A equipe trabalha para fazer com que a empresa seja reconhecida como a melhor e mais eficiente na gestão de agrupamentos de farmácias do Brasil.

Fn | Dsop Educação Financeira

Chapa 2 tem propostas inovadoras para os farmacêuticos do Acre

Assessoria
06/11/2017

No próximo dia 8 de novembro, quarta-feira, os farmacêuticos do Acre vão eleger a nova diretoria do Conselho Regional de Farmácia – CRF/AC que terá dois anos de mandato, e pela primeira vez há duas chapas concorrendo. Em todo Acre, atuam 360 farmacêuticos em unidades de saúde públicas e na rede privada.

Os profissionais que moram e trabalham no interior do Estado poderão votar da mesma forma que os colegas da Capital: por meio do site www.votafarmaceutico.org.br, mediante senha individual e intransferível. A votação será das 12h (meio-dia) do dia 08/11/2017 até às 12h (meio-dia) do dia 10/11/2017 (conforme o horário da localidade do CRF).

Entre as atribuições do Conselho está a fiscalização do exercício da profissão, de modo que o profissional exerça seu ofício de acordo com as normas do Conselho Federal de Farmácia, evitando qualquer tipo de exploração da categoria.

Os farmacêuticos podem atuar em mais de 70 áreas, como farmácias e drogarias particulares, unidades públicas de saúde, nas indústrias farmacêuticas e de alimentos, nas análises clínicas, perícia criminal e na área de estética. Somente os profissionais farmacêuticos podem fazer a dispensação de medicamentos controlados e antibióticos  nas farmácias e nas unidades públicas de saúde.

Chapa 2, um novo tempo

A Chapa 2 tem como slogan “Um novo tempo”.  O candidato a presidente da Chapa 2, João  Vítor, ressalta que a formação da chapa atendeu a pedidos dos colegas farmacêuticos, pelo anseio de mudança “ que não querem mais do mesmo”, ressalta ele. “Nossa categoria não se sente mais representada pela atual diretoria, que precisa ser renovada.  Por isso, nos pediram e colocamos nosso nome para disputa”, cita.

A Chapa 2 é formada por profissionais farmacêuticos que  atuam em várias áreas, como em unidade de saúde municipais e estaduais e empresas da iniciativa privada. “Formamos uma chapa com profissionais comprometidos com a defesa da categoria, com a vontade de avançar mais ainda nas conquistas e acima de tudo: querem mudanças”, explicou Luana Esteves, candidata a Conselheira Regional.

“Juntos iremos discutir e aprovar regulamentações, que valorizem as atribuições da profissão farmacêutica. Vamos fiscalizar as ações do Conselho Regional, diminuindo conflitos, garantindo qualidade e agilidade na prestação dos serviços. Zelaremos pela saúde pública e pela inserção do farmacêutico nas equipes multiprofissionais”, explicou Romeu Cordeiro, candidato a Conselheiro Federal da Chapa 2.

A descentralização é uma das grandes metas. O objetivo é ampliar o trabalho de forma a garantir à sociedade o direito ao atendimento em farmácias e drogarias por profissional qualificado em todo o Estado. A ideia é intensificar a ida da equipe do CRF AC ao interior para reuniões com gestores públicos e empresários do ramo de farmácias e drogarias, de forma a assegurar aos inscritos – os farmacêuticos, e à sociedade, que o mercado do medicamento, está em conformidade com a lei.Uma aproximação cada vez maior dos alunos do curso de Farmácia, também é objetivo da direção do CRF AC.

Propostas da Chapa 2

Entre os objetivos da Chapa 2, para o Conselho Regional de Farmácia do Acre – CRF/AC, estão: a construção de forma participativa do Plano Anual de Fiscalização, incentivo  ao empreendedorismo na profissão farmacêutica, priorizando atividades educativas e preocupando-se com as condições de trabalho do profissional farmacêutico, inovação dos métodos e procedimentos internos, buscando agilidade e qualidade na prestação dos serviços, reaproximando o CRF da classe farmacêutica, ampliação  de forma participativa das ações educativas e capacitações, parcerias com outros Conselhos de Classe e Instituições de Ensino Superior, com intuito de melhorar a qualidade das prescrições realizadas e implementar ações educativas, valorização das atribuições essenciais da profissão, nas diversas áreas de atuação (análises clínicas, estética, farmácia comunitária, farmácia clínica, farmácia magistral, pesquisa, docência, etc), implantação da Comissão de Assuntos Jurídicos, com intuito de acompanhar e reverter ações judiciais em desfavor da categoria, implantação de seccionais em regionais do Estado, assegurar melhor direcionamento dos recursos oriundos do pagamento de anuidade de acordo com a definição do orçamento participativo e democrático.

Após homologação de convenção coletiva, farmacêuticos vão receber quase R$ 3,2 mil de retroativos

06/11/2017 – 22:38 Por: Assessoria de Comunicação

Os cerca de 180 farmacêuticos que trabalham nos hospitais particulares, clínicas e unidades de saúde privadas do Estado vão receber, a partir do próximo mês, pelo menos R$ 3.195,08 de valores retroativos da reposição salarial do acordo 2016/2017. O pagamento é resultado da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada entre Sindifato (Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins) e o Sindessto (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Tocantins), com a mediação do Ministério do Trabalho, nesta segunda-feira, 6 de novembro.

A demora para a assinatura do acordo, ocasionada por causa da contrariedade inicial do representante dos hospitais e estabelecimentos de saúde, provocou a acumulação desse passivo de quase R$ 3,2 mil. “No fim, houve um duplo prejuízo. Primeiro, o trabalhador que deixou de receber a reposição prevista em lei já em novembro de 2016. Agora, dos próprios hospitais, que terão que desembolsar tudo de uma vez só”, destacou o presidente do Sindifato, Pedro Henrique Goulart Machado Rocha.

Horas-extras

O acordo também mantém o valor para pagamento de horas extras, que deverão ser discriminadas nos contracheques. As duas primeiras horas-extras do dia valem 50% a mais do que a hora normal de trabalho. Depois, o percentual sobe para 75%. As horas extras em feriados, domingos e dias de folga valem 100% a mais.

Para quem trabalha 12 horas por 36 horas, os plantões extras valem 50% a mais que o normal e 100% a mais em caso de coincidir com folgas.

2017-2018

O acordo de reposição salarial 2017-2018 já deveria ter sido assinado e validado, pois a data-base da categoria, por lei, tem que ser acrescida em novembro. O presidente do Sindifato disse esperar uma postura mais conciliadora dos hospitais e estabelecimentos de saúde. “Eles sabem da importância da nossa categoria para o bom funcionamento do sistema. Sem farmacêuticos, não há administração correta de remédios e nem cura. Esperamos que possamos fechar essa nova data-base o mais rápido possível”, destacou o presidente Pedro Henrique.

MPE investiga ex-prefeito por falta de remédios na rede pública

Ex-prefeito e ex-secretário devem prestar esclarecimentos

Após a conversão de um procedimento preparatório em inquérito civil durante a apuração do desabastecimento do estoque de remédios da rede municipal, o MPE – MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) notificou o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) e ex-secretário municipal de saúde Ivandro Correa Fonseca para prestar esclarecimentos. A notícia foi publicada nesta segunda-feira (6), no site do MPE – MS.

O Promotor de Justiça Adriano Lobo Viana de Resende, titular da 29ª Promotoria de Campo Grande, levou em consideração os documentos encaminhados pela 32ª Promotoria de Justiça da Capital, indicando eventual ato de improbidade administrativa por omissão do ex-prefeito e do ex-secretário da pasta na regularização dos estoques de medicamentos da Remume (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) para distribuição na Rede Pública Municipal diante da decisão de uma ação civil pública.

Conforme o promotor, o procedimento preparatório foi prorrogado por 90 dias para a conclusão, prazo que venceu em 27 de setembro deste ano.

De acordo com Resende, os agentes públicos foram notificados para justificarem o motivo da não aquisição de medicamentos necessários para a rede pública de saúde. Foi constatado, durante a investigação preliminar, que não foram adquiridos medicamentos nos últimos meses de 2016, incluindo o estoque necessário para os meses seguintes, o que gerou uma um desabastecimento e prejuízo à população.

Acesso a medicamentos pauta a 11ª edição do ENIFarMed

Ante a atual crise econômica e política do Brasil que reverbera fortemente no sistema público de saúde, o ENIFarMed elege como pauta para a discussão do fórum de 2017 o acesso a medicamentos e a Farmácia Popular, como um de seus mecanismos mais eficazes. O anseio é o de que o resultado das discussões sirva de guia nas formulações setoriais de plataformas políticas, considerando que o tema dominará a agenda das eleições em 2018.

O Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos, a ser realizado nos dias 4 e 5 de dezembro, no Rio de Janeiro, será um fórum de debates sobre políticas públicas de fomento à inovação da indústria farmacêutica como base para os programas de acesso universal aos medicamentos do sistema público de saúde, além de colocar em discussão meios de incentivo ao setor produtivo para que este eleve a sua competitividade, assegurando o desenvolvimento da oferta local de medicamentos.

O programa está dividido em dois dias de intenso e rico debate entre indústria, cadeia produtiva de fármacos e medicamentos, governo e suas agências reguladoras e de fomento, além da academia, com universidades e centros de pesquisa. O evento é uma oportunidade para estruturar o crescimento dos setores farmoquímico e farmacêutico com fabricação própria, com vistas à redução de dificuldades regulatórias, legais, patentárias e de oportunidades em subvenção, bem como a oferta de fortalecimento e valorização de todas as instâncias do poder público e suas iniciativas de discussão com o setor privado.

Tradicionalmente o IPD-Farma (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento em Fármacos e Medicamentos), em parceria com a Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica), realiza o encontro na capital paulista, mas, para marcar o extraordinário avanço alcançado ao longo dos últimos 10 anos, esta edição conta com a correalização da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e será realizada na capital fluminense, para propiciar interação ainda mais profunda entre todos os setores e atender a uma antiga demanda do estado.

O 11º ENIFarMed conta com o oferecimento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), patrocínio ouro das empresas Biolab e Blanver e patrocínio prata da Eurofarma e do Grupo FarmaBrasil, além do apoio da Abifina (Associação da Indústria Brasileira de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades) e do Governo Federal.

Simpósio discute portaria sobre práticas de transporte

On 6 novembro, 2017

O Grupo Polar reuniu profissionais da indústria farmacêutica, distribuidores e operadores logísticos no III Simpósio Grupo Polar, que aconteceu no fim de outubro em São Paulo. O encontro teve como foco discutir soluções para a cadeia fria e a perspectiva regulatória do setor a partir da Consulta Pública nº 343 e da Portaria 802 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem e de Transporte de Medicamentos.

Além de dirigentes da própria autarquia, a programação mobilizou entidades como o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), o CECMED – autoridade reguladora de medicamentos de Cuba –, além das empresas internacionais Biocen e DuPont. O gerente de Boas Práticas e Auditorias Farmacêuticas do Sindusfarma, Jair Calixto, abriu o evento discutindo as características da indústria 4.0 e como as novas tecnologias têm impactado a indústria farmacêutica.

A palestra mais aguardada foi a do Felipe Gomes, da Gerência de Inspeção e Fiscalização de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos da Anvisa, que esclareceu a proposta da consulta pública. “Nosso objetivo é fazer com que a portaria esteja alinhada com as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, com a publicação, o Guia de Qualificação de Transporte deixa de ser uma referência para o mercado e passa a ser obrigatório, e a cadeia farmacêutica ganha mais um ente – o distribuidor”, avalia.

Ainda segundo Gomes, isso significa que as empresas responsáveis pela distribuição de medicamentos passam a ser obrigadas a controlar as condições de transporte relacionadas às especificações de temperatura, acondicionamento, armazenagem, umidade e fotossensibilidade.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Anticorpo criado em Ribeirão pode auxiliar tratamento do câncer

Anticorpo desenvolvido em laboratório no campus de Ribeirão Preto já teve sucesso em modelo animal para tumor de mama e ovário

Por Redação – Editorias: Ciências da Saúde

Combinação da droga hoje utilizada com o novo anticorpo foi mais eficiente na redução do tumor do que quando as drogas foram utilizadas isoladamente

Cientistas desenvolveram um tratamento coadjuvante para barrar o avanço do câncer de mama. Uma empresa startup que começou suas atividades no campus da USP em Ribeirão Preto, com apoio do Supera Parque de Inovação e Tecnologia, produziu um anticorpo monoclonal (proteína criada em laboratório para atingir alvo específico) que mostrou eficiência nos testes em animais. Com resultados promissores, os pesquisadores depositaram, em nome da startup Veritas, patente desse novo anticorpo nos Estados Unidos.

O descobrimento de moléculas biológicas que posteriormente possam ser interessantes para as empresas farmacêuticas desenvolverem novos medicamentos precisa passar e ser aprovado em vários testes, e as pesquisas ainda estão em fase pré-clínica, que são os testes em modelos animais, explica Sandra Faça, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Veritas. Desde 2009, contudo, os estudos com a nova molécula para terapia e diagnóstico do câncer vêm avançando com sucesso.

“É preciso paciência, uma vez que, de forma geral, o tempo para o desenvolvimento de um novo medicamento pode chegar a 14 anos. São cinco anos de pesquisa básica, dois anos de testes em modelos animais e cinco anos de desenvolvimento clínico”, diz a pesquisadora, ao explicar que, na fase de desenvolvimento clínico, serão avaliadas a segurança e a eficácia dos anticorpos em pacientes. “Depois disso, ainda serão necessários mais dois anos para que o medicamento chegue ao mercado”.

Apesar do longo tempo de desenvolvimento, os resultados têm sido promissores: o novo anticorpo inibe uma proteína alvo envolvida em metástase e evita a migração celular para outras partes do corpo. “Além disso, o anticorpo reconhece o alvo na superfície das células de câncer de mama, e também de ovário, obtidas de tecidos tumorais de pacientes”.

Nos estudos in vivo realizados em camundongos de laboratório, o anticorpo não apresentou toxicidade e mostrou-se eficiente na redução do crescimento de tumores pré-existentes. “Ele também potencializa a ação da droga que já é utilizada, atualmente, no tratamento de pacientes”, comemora Sandra.

Em modelo animal, continua a pesquisadora, foi verificado que “a combinação da droga hoje utilizada com o nosso anticorpo foi mais eficiente na redução do tumor do que quando as drogas foram utilizadas isoladamente”. Sandra prevê que este é o futuro das terapias contra o câncer: as combinações de drogas e uma medicina mais personalizada.

De acordo com a cientista, nos últimos anos, o tratamento do câncer com anticorpos monoclonais tem sido uma das estratégias mais bem sucedidas e importantes. “Os anticorpos são reconhecidos por terem alta especificidade ao alvo e baixa incidência de efeitos colaterais”, diz.  “Exemplo disso são os anticorpos utilizados para o tratamento do câncer que incluem a Herceptin, que é um anticorpo para o câncer de mama dirigido à proteína HER-2”.
Futuro de nova droga depende de mais parceiros

A ideia da pesquisa surgiu a partir de experiência pessoal de Sandra. Após o nascimento de seu primeiro filho, a pesquisadora notou um nódulo grande na mama. Felizmente não era maligno, mas se fosse, garante que  haveria pouco a ser feito pois a progressão desses tumores “é realmente rápida”. Por isso, alerta para a importância do diagnóstico precoce, quando é possível ainda tratar e curar a doença. “Retirei o nódulo mas o susto foi muito grande”.

Sandra então se uniu a outros dois pesquisadores e criou a Veritas. Diz que o trabalho também conta com apoio de agências de auxílio para as atividades de pesquisa, entre elas a Fapesp, o CNPq e a Fineop. Além desse aporte, sua empresa conta com recursos próprios gerados a partir de prestação de serviços na área de pesquisa e análise de proteínas.

Mas alguns estudos ainda precisam ser realizados antes que a nova molécula seja testada em pacientes, ou como se diz na área médica, atinja o estágio de pesquisa clínica. “Considerando que encontremos um parceiro para viabilizar esse processo em breve e que os resultados apresentem benefícios aos pacientes tratados, acreditamos que levaria mais cinco ou sete anos para atingir a etapa de comercialização para tratamento de seres humanos”, ressalta.

O próximo passo será identificar os pacientes mais indicados para o tratamento com o anticorpo e expandir o estudo para outros modelos de câncer mais letais, como os de ovário, cervical, pulmão e pâncreas. “Esperamos fechar com sucesso um ciclo de desenvolvimento de um produto biotecnológico inovador no país e conseguir parcerias com uma grande empresa farmacêutica e um hospital para seu desenvolvimento clínico e comercial”.
Supera Parque de Inovação e Tecnologia

Instalado no campus da USP em Ribeirão Preto, o Supera Parque de Inovação e Tecnologia é resultado de parcerias da própria USP com a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.

Gerido pela Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase), o Supera abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (PISO), além do Supera Centro de Negócios.

Com informações de Ana Cunha / Assessoria de Comunicação do Supera Parque