Codex exigirá maior rigor na informação de componentes de alimentos vendidos na internet

Brasília – Está sendo formulada no âmbito do Codex Alimentarius regulamentação voltada para informar aos consumidores o conteúdo detalhado de rótulos de alimentos quando comercializados pela internet. A decisão foi tomada pelo Comitê de Rotulagem de Alimentos (órgão subsidiário do organismo internacional), que reuniu-se em Assunção, no Paraguai, no último mês.

De acordo com o presidente do Codex, Guilherme Costa, a preocupação com a rotulagem de produtos alimentícios nas vendas on line se deve ao aumento observado nesse segmento no mundo todo, desde que grandes redes de supermercados aderiram ao e-commerce. “Nosso compromisso é com a segurança alimentar. E as vendas pela web devem obedecer à mesma determinação que rege as vendas físicas, informando dados como composição, data de validade, presença de alergênicos”, explicou.

O modelo de regulamentação a ser submetido à Comissão do Codex será apresentado em 18 meses, na próxima reunião ordinária do Comitê de Rotulagem, prevista para o Canadá. A responsabilidade do tema ficou com integrantes do Codex do Reino Unido, assistidos por colegas do Chile, Japão, Índia e Gana.

Também foi decido pelo comitê aprofundar legislação acerca de produtos que contém alergênicos, sobre o uso de novas tecnologias na produção de rótulos e definição do que são teores elevados de açúcar, sódio e gordura contidos em alimentos e bebidas.

“São medidas que afetam diretamente os consumidores e que exigem adaptações da indústria do setor e que têm repercussão econômica. Mas toda a base de exaustiva discussão é científica”, observou o presidente.

O Canadá normalmente hospeda as reuniões desse comitê, mas uma das estratégias da nova direção do Codex Alimentarius, presidida pelo brasileiro, que é também servidor do Ministério da Agricultura, é “a maior inserção de países em desenvolvimento no organismo”, conforme afirmou Costa .

O Codex Alimentarius é reconhecido pela Organização Mundial do Comércio como referência internacional para a solução de disputas sobre segurança e manutenção de práticas leais no comércio internacional de alimentos. Foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) e elabora padrões que são reconhecidos internacionalmente, códigos de práticas, orientações e outras recomendações relativas a alimentos, produção de alimentos e inocuidade alimentar.

Fruki entrará no mercado com cinco cervejas em 2018

Lançamento já havia sido antecipado
03/11/2017 – 09h38minAtualizada em 03/11/2017 – 09h56min

Giane Guerra

Se é para entrar, que seja rachando. Assim que a Fruki ingressará no mercado de cervejas em 2018. Serão, de cara, cinco tipos diferentes de cervejas.

Segundo o presidente da empresa, a ideia é abranger todos os gostos e bolsos. Nelson Eggers explica que haverá um tipo mais popular e com preço acessível.

A entrada neste mercado está sendo bem trabalhada. O presidente destaca a parceria com o filho, Júlio Eggers, gerente de marketing da Fruki, e que contou sobre a antecipação do lançamento das cervejas para o ano que vem.

Inicialmente, as cervejas serão feitas em outra fábrica, escolhida com muito cuidado. Em 2021, a produção será em Paverama, onde a Fruki, que tem sede em Lajeado, construirá uma nova planta.

— Somos conhecidos pelo guaraná, mas a Fruki começou produzindo cerveja, lá em 1924. Agora, voltaremos com força, conquistando nosso espaço — lembra o presidente, Nelson Eggers.

A área tem 90 hectares e foi negociada com 19 proprietários. Quando a nova unidade estiver pronta, a produção da Fruki será duplicada.

Atualmente, a empresa consome 1,5 milhão de litros de água por dia, o que também será dobrado com a fábrica de Paverama. A Fruki deve fechar 2018 pagando R$ 110 milhões de ICMS.

Produtores nacionais investem em cervejas acrescidas de frutas

Maracujá, caju, cajá-manga… confira alguns exemplos de sucesso

Por Redação VEJA São Paulo

3 nov 2017, 06h00

Não faz muito tempo que, na hora de comprar uma cerveja no bar ou no supermercado, bastava decidir a marca. Hoje o cenário é outro: há uma profusão de estilos que pode deixar indeciso até um entusiasta da bebida. Entre os produtores nacionais, um movimento que vem chamando atenção é a adição de frutas na cerveja (confira exemplos na galeria abaixo).

“O brasileiro é criativo e tem usado diferentes ingredientes de maneira bem sóbria”, afirma Paulo Leite, proprietário do Empório Sagarana. Segundo ele, dos cerca de 100 rótulos disponíveis em seu bar, todos nacionais, 20% levam frutas na composição. “Algumas são bem brasileiras, caso da goiaba.”

Para a beer sommelière Carolina Oda, a cerveja está utilizando a linguagem da gastronomia ao investir em variadas combinações. “Os processos de produção evoluíram muito no Brasil e atualmente são elaboradas bebidas ótimas”, diz.

Empresa faz barras de cereal com resíduos da produção de cerveja

Empreendedores de San Francisco fazem parceria com cervejarias artesanais para reduzir o desperdício e lucrar com os restos da bebida

06.11.2017|Por Marisa Adán Gil

A ideia surgiu quando Daniel Kurzrock tinha 19 anos e estudava economia da Universidade da Califórnia. Para animar as festas da fraternidade, ele fabricava cervejas artesanais no seu dormitório e vendia para os amigos. Logo, porém, descobriu um problema: para cada galão de cerveja produzida, gerava quilos de resíduos. “Fiz uma pesquisa e vi que esses grãos eram usados, normalmente, como ração de animais ou adubo para fazendas. O problema é que não tinha nenhuma fazenda por perto”, diz Kurzrock, em entrevista a PEGN.

Curioso, decidiu experimentar os grãos que sobravam ao final da produção de cerveja, e descobriu que o gosto era bom. Ao lado do colega Jordan Schwartz, que viria a se tornar seu sócio, teve uma ideia: e se fabricassem pão com aqueles grãos e vendessem aos colegas? Passaram a fabricar cerca de 20 bengalas por dia: com o lucro, fabricavam mais cerveja.

Em 2012, os dois amigos decidiram fundar a ReGrained: a ideia era deixar para trás a fabricação de cerveja e se concentrar apenas nos produtos derivados da sua produção. Em vez de pão, decidiram fabricar barras de cereal, que consideravam mais escaláveis. Para conseguir matéria-prima, fariam parcerias com as dezenas de cervejarias artesanais da região. “Quando começamos a conversar com os donos das cervejarias, eles adoraram a ideia. Eles costumavam jogar fora os grãos que sobravam, e sempre imaginaram se haveria um jeito melhor de resolver isso”, afirma Kurzrock.

Para alavancar as vendas, adotaram um slogan forte: “Eat Beer”, ou, em bom português, “Coma cerveja”. Os sócios se apressam a dizer, porém, que o gosto das barras não lembra nem de longe a bebida, e não há adição de álcool ao produto. “Alguns clientes ficam confusos, achando que se trata de cerveja em barra”, diz Daniel. “A cerveja tem quatro ingredientes: malte, água, lúpulo e levedura. Nossas barras usam o malte que sobra depois da fermentação. Então essa é a única conexão.” Os outros ingredientes, como quinoa e amêndoas variadas, vêm de produtores ambientalmente responsáveis, alguns deles orgânicos.

Já consolidados em sua área de atuação – eles não revelam o faturamento -, os sócios sonham agora em diversificar os negócios e contribuir mais ainda para preservar o meio ambiente. “Dentro da indústria da alimentação, há vários segmentos que geram toneladas de resíduos comestíveis. Precisamos de mais pessoas com ideias eficientes para criar novos produtos e evitar o desperdício."

Água de coco Obrigado quer ampliar presença na Europa e Estados Unidos

Fabricante projeta obter cerca de 50% de sua receita com as operações internacionais, em um período de cinco anos; intenção é aumentar a produção conforme avance a plantação própria

São Paulo – Das fazendas da Bahia deve vir boa parte da água de coco para abastecer o varejo europeu e norte-americano nos próximos anos. Após ganhar espaço no Brasil, a bebida da marca Obrigado pretende atingir em cinco anos metade de sua receita com o exterior.

"Atualmente, exportamos 10% da nossa produção. Mesmo com o crescimento no Brasil, acreditamos que possamos atingir uma participação de 50% com as exportações", conta o vice-presidente da marca Obrigado, controlada pelo Grupo Aurantiaca, Ronaldo Lessa.

Segundo ele, as fazendas com as plantações de coco da empresa devem encerrar este ano com uma colheita de 26 milhões de frutos, ante 11,5 milhões do ano passado, o que, caso se confirme, representará uma alta de 126%. No entanto, as fazendas da empresa têm potencial para elevar este número a 87 milhões de frutos. "A produção vai aumentando gradativamente, conforme as plantas vão crescendo", acrescentou. A expectativa, diz ele, é de que a Obrigado possa atingir a capacidade máxima até 2025.

Como a produção própria ainda está maturando, a demanda da empresa vem sendo abastecida com a compra de terceiros. Dos 12,5 milhões a 13 milhões de litros que a empresa deverá envasar este ano, 9 milhões virão das fazendas do grupo, enquanto entre 3,5 milhões a 4 milhões serão encomendados de fora.

O executivo destaca que, quando a produção das fazendas estiver a pleno, a Obrigado poderá fornecer aos mercados cerca de 108 milhões de litros.

"Nossa capacidade instalada está entre 12% e 13%. Estamos crescendo aos poucos no Brasil e no exterior", explica, pontuando que os maiores investimentos da empresa, como a compra de terras, construção das fábricas e compra de equipamentos, já foram feitos. Esse valor, desembolsado nos últimos dez anos, chegou a R$ 600 milhões, tudo com recursos próprios, conta. O Grupo Aurantiaca é controlado pela norte-americana Cilento.

Demanda

A perspectiva de crescimento no exterior vem da capacidade produtiva do Brasil, que é beneficiada pelas condições favoráveis da terra e do clima. A maior concorrência aos produtos brasileiros nas prateleiras ao redor do mundo vem de países como Indonésia, Índia e Filipinas. De acordo com Lessa, diferentemente da fruta colhida no Brasil, na Ásia o coco é seco e a água mais salgada.

"O consumidor sente a diferença [no sabor]. A bebida brasileira acaba sendo mais fresca e com menos gordura", observa o executivo.

Os compradores no mercado dos Estados Unidos demandam de cerca de 200 milhões de litros ao ano, abastecida por importações. "Estamos começando por lá, com uma pequena fração, mas nossa intenção é a de sermos agressivos", reforça ele. A empresa desembarcou nos Estados Unidos há um ano e já conta com um escritório na Califórnia.

Já na Europa, a demanda é por aproximadamente 90 milhões de litros, dos quais 38 milhões vêm do Reino Unido. Especialmente no continente europeu, a empresa tem uma representação em Amsterdã, já que a Holanda serve distribuidora para os demais países da região. A partir do escritório europeu, a empresa embarca seus produtos para a Inglaterra, França, Bélgica e Luxemburgo. Além de ampliar presença onde já está, Lessa antecipou que a meta é expandir as exportações também para o Canadá, Alemanha, Espanha e Portugal.

No front interno, a empresa atingiu 12,5% de fatia de mercado em água de coco envasada, em agosto, informou a empresa com base em dados da Nielsen. Para este ano, a projeção é encerrar com uma média de participação de cerca de 8,5%. Apesar de estar no mercado há apenas três anos, a empresa já está entre as três maiores do mercado.

No Brasil, a demanda pela água de coco em caixa é maior nas regiões Sul e Sudeste, já que no Nordeste a bebida é mais consumida na própria fruta. Em 2016, a empresa encerrou como quinta marca do mercado e 6% de fatia.

Rodrigo Petry

Profissionais alertam para os riscos da automedicação

Matéria publicada em 4 de novembro de 2017, 08:50 horas

Volta Redonda – Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada. Os números compravam um risco que vem aumentando com a internet, segundo especialistas, a automedicação.
Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), da Fundação Oswaldo Cruz, o uso de medicamentos é a principal causa de intoxicação no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados.

A farmacêutica Malú Correia Mansur, que trabalha em uma rede de farmácias em Volta Redonda, contou que é cada vez mais comum clientes adquirirem remédios sem uma prescrição médica, esses em quantidades cada vez maiores.

– Medicamentos como antiácidos, antitérmicos e anti-inflamatórios e alguns xaropes são os que mais são procurados por pessoas que buscam se automedicar. Até os medicamentos considerados naturais, como os para a flora intestinal se consumidos em excesso podem causar diversos problemas de saúde. Os da flora intestinal, por exemplo, podem mascarar alguma inflamação intestinal – afirmou.

O hábito de se automedicar pode gerar outro problema ao organismo: a dependência química. Um caso comum é o uso de descongestionantes nasais, muito procurado por pessoas que sofrem de sinusite ou rinite.

– No caso do uso em excesso desses descongestionantes nasais, pode aumentar a pressão arterial. Isso é um risco para quem sofre com alterações dela. O mesmo ocorre com medicamentos usados no combate a dor de cabeça. Muitas pessoas não obedecem à prescrição médica e aumentam a dose, abaixando a pressão, além de provocar inflamação gástrica – comentou a farmacêutica, acrescentando: “Até um paracetamol faz mal. Em excesso a substância é tóxica ao fígado. Algumas pessoas podem ter choque anafilático e causar alergia. No caso de uso sem orientação médica, o ideal é que na dúvida sempre procure um profissional”.

A médica Mônica Campbell alertou que os efeitos colaterais podem ser causados por todos os tipos de medicamentos.

– O uso contínuo de anti-inflamatórios causa problemas renais e gástricos, podendo, em casos mais graves, levar ao hospital. No caso dos analgésicos, as chances de intoxicação são os efeitos mais comuns, mas podem acontecer reações alérgicas também – destacou.

por taboola

TARJA-PRETA: Estudantes encontram facilidade para comprar medicamentos de alto controle pela Internet

Juana Castro e Cris Almeida, com colaboração de Cássia Carolina e Pablo Santana

Atualizado em 05/11/2017 às 22:27

A facilidade e a velocidade com que as coisas acontecem na Internet dão a impressão, muitas vezes, de que tudo é possível através da ferramenta. Até mesmo a venda de remédios de alto controle, cuja prescrição de receita é obrigatória por lei – e sujeita à retenção nas farmácias – acontece no mundo virtual.

Não é difícil encontrar usuários na busca por medicamentos tarja-preta na rede. E as respostas costumam aparecer rapidamente. Em grupos de discussão sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), pessoas comercializam drogas como Ritalina — bastante utilizada no tratamento do referido problema — abertamente, a exemplo das imagens abaixo, coletadas pela equipe de reportagem do Aratu Online.

Sobre o medicamento

A Ritalina  estimula o cérebro, através da metilfenidato, substância que facilita a circulação da dopamina, neurotransmissor responsável pela excitação do sistema nervoso central. Este, por sua vez, transmite informações para todo o organismo.

Não à toa, o medicamento é conhecido como ‘pílula do conhecimento’ ou ‘droga dos concurseiros’, por ser utilizada por muitos estudantes para se manter alerta e focado, principalmente às vésperas de provas importantes. Nas redes sociais, ofertas do remédio sob a premissa de ‘incentivo para os estudos’ são comuns. Uma até possui imagem da contagem regressiva para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para ilustrar.

“Quem tiver precisando de incentivo para os ESTUDOS, só chamar inbox”, diz a publicação

Infiltrada no grupo e por meio de um aplicativo de conversa, a reportagem do Aratu Online procurou mais informações sobre a compra da Ritalina, com a pessoa que publicou o anúncio anterior. O(a) vendedor(a) fala em promoção e frete gratuito para o produto, o qual comercializa por R$ 190 (caixa).

Confira, abaixo, a conversa na íntegra:

Ao ser questionado(a) se o remédio chegaria mesmo em sua casa, o(a) vendedor(a) pareceu não gostar da abordagem e afirmou não ter motivos para ‘sacanear’ seus clientes. Ele(a) revela, ainda, que a cada cinco mil interessados, dois ou três mil compram o produto em sua mão. Se necessário, inclusive, em caso de transferência, pode passar o próprio CPF.

Riscos

O uso indiscriminado da Ritalina e outros remédios estimulantes podem trazer sérios danos à saúde e vida do indivíduo, como explica a psiquiatra Lívia Castelo Branco, especialista em psiquiatria pela Associação Brasileira da área: “Quem tem maior vulnerabilidade a ter transtorno psicótico ou alteração de humor grave pode ter esses problemas desencadeados”.

Além disso, como a droga também estimula o corpo, pode provocar taquicardia, insônia e agitação psicomotora. “Quadros mais graves, a exemplo da arritmia cardíaca, crise convulsiva, epilepsia e até uma morte súbita também podem ser causados”, afirma a médica.

Perguntada sobre o motivo de muitos estudantes recorrerem a esse tipo de estímulo, Lívia foi direta: “Muitas vezes, as pessoas escolhem o caminho mais fácil, sem levar em conta o perigo”. A orientação que a profissional faz, então, é “se organizar” e não “deixar tudo pra em cima da hora”, a fim de evitar o uso de uma espécie de “dopping” na tentativa de correr atrás do prejuízo.

“Ter uma vida saudável, com horas regulares de sono, e praticar atividade física adequadamente pode parecer mais complicado, porém é muito melhor a longo prazo. Se, ainda assim, sintomas e problemas persistirem, é preciso buscar ajuda profissional”, explica a médica.

Tipo “B”

Além dos estimulantes (psicotrópicos), classificados como “A”, em relação ao controle dos tipos de receita médica, outros medicamentos bastante prescritos por psiquiatras são os “B”, para tratar ansiedade e insônia, como é o caso do (famoso) Rivotril, Diazepam (Valium) e Alprazolam.

Assim como a Ritalina, são tarja-preta e sua comercialização deve seguir normas rígidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para verificar os procedimentos de venda desses remédios, o Aratu Online passou por 11 farmácias de Salvador, do Centro ao bairro da Graça. Em todas, a receita foi exigida e a compra não efetuada.

No entanto, ao ligar para um estabelecimento, também no Centro, que entrega em domicílio, o vendedor – falando em tom mais baixo – disse que poderia ‘dar um jeito’, caso a cliente/repórter não tivesse a receita, e entregar uma caixa de Rivotril na casa dela. “A gente tem como conseguir um aqui pra ti. Se precisar, é só falar que a gente consegue te mandar”, diz.

Confira abaixo:

Perigos

O uso crônico desses remédios pode causar quadros demenciais, de acordo com a psiquiatra Lívia Castelo Branco. “Quem usa Rivotril todos os dias, há anos, tem mais chance de ter demência, principalmente o Alzheimer. Já a curto prazo, pode causar o atraso dos reflexos, o que pode gerar quedas e até um acidente de trânsito”, explica.

Há ainda, risco de depressão/parada respiratória, em casos de mistura com o álcool, por exemplo. Para reforçar o alerta, Lívia relembra o caso da cantora norte-americana Whitney Houston, morta em 2012. “Ela utilizou Alprazolam, ingeriu bebida alcoólica, deitou na banheira e se afogou, porque não conseguiu levantar para respirar”, diz a médica.

Fatores de risco

Mesmo que não misturado ao álcool, se o usuário da droga benzodiazepínica – nome dado ao fármaco do grupo dos sedativos e relaxantes musculares, entre outros – tiver um problema respiratório e “de base”, como apneia do sono ou obesidade, também pode sofrer uma parada respiratória, de acordo com Lívia.

Por isso, a indicação de remédios ansiolíticos e/ou estimulantes deve ser muito bem estudada, com uma avaliação psiquiátrica completa e exames complementares – como eletrograma e eletroencefalograma – que possam excluir doenças associadas, até porque essas drogas causam dependência e  tolerância, quando são necessárias doses cada vez maiores para fazer efeito. “É preciso checar se o benefício é maior que o risco de usá-las”, conclui Lívia.

Dados

No Brasil, o Rivotril e similares são muito utilizados no tratamento da depressão e ansiedade, problema este que já afeta 9,3% da população, o equivalente a mais de 18 milhões de brasileiros, segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em fevereiro deste ano. Assim, o país lidera o ranking da América Latina no que diz respeito ao transtorno.

Legislação

De acordo com a legislação, prevista no artigo 273, parágrafo 1º-B, do Código Penal, é entendida como prática criminosa o comércio de substância expressamente proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pena prevista é de três meses a um ano e “na mesma pena incide quem vende, entrega ou fornece medicamentos”.

O texto base do projeto leva em conta a potencialidade prejudicial que os efeitos colaterais dos medicamentos possam trazer ao usuário e problematiza a venda indiscriminada, sem prescrição médica.

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*Publicada originalmente às 22h27 (5/11)

Farmácias do RS têm 1 mil vagas de emprego com salário de até R$ 5 mil

Pessoal pode se candidatar no site Adzuna
31/10/2017 – 08h50minAtualizada em 31/10/2017 – 08h51min

Giane Guerra

Quem nunca disse que tem farmácia abrindo em cada esquina de Porto Alegre? É um setor que cresce bastante. Inclusive, durante o auge da crise, foi o único segmento a sustentar crescimento de vendas nos indicadores.

No Rio Grande do Sul, há mais de 5,3 mil farmácias. É o dobro do que há 20 anos, segundo o Conselho Regional de Farmácia.

Quase 700 delas ficam em Porto Alegre. Detalhe observado pelo site Adzuna: é uma farmácia a cada 2 mil habitantes da Capital.

É um setor que gera uma quantidade interessante de empregos. Em parceria com a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, o portal Adzuna tem mais de 1 mil vagas de emprego em farmácias do Rio Grande do Sul. Algumas das vagas disponibilizam o nome da empresa que está buscando o trabalhador.

No levantamento enviado para a coluna Acerto de Contas, foi identificada uma média de salário de R$ 1.696. A remuneração mais alta atinge R$ 5 mil.

Além da tradicional vaga de farmacêutico e do auxiliar de farmácia, que exigem formação superior ou técnica na área, as grandes redes varejistas têm buscado profissionais capacitados em vendas, tecnologia, marketing e gestão de negócios para aumentar o faturamento e expandir presença nacional. Muitas empresas buscam um gerente de compras preocupado com produtos importados para diversificar o mix nas prateleiras.

Panvel começa venda do autoteste para HIV. Action! tem precisão de 99,9% e resultado em 20 minutos

02/11/2017 Saúde

A Panvel Farmácias passou a comercializar o primeiro autoteste para HIV aprovado no Brasil. O Action!, desenvolvido pela OrangeLife, identifica a presença de anticorpos associados ao vírus com precisão de 99,9% e resultado em 20 minutos.

O kit conta com um dispositivo de teste, líquido reagente, lanceta específica para fazer o furo no dedo, sachê de álcool e tubo para coleta de sangue. O produto pode ser utilizado por quem busca agilidade ao suspeitar de infecção e favorece para o diagnóstico precoce em caso de exposição a situações de riscos.

O teste deve ser realizado em casa, de forma que o procedimento não deve ser realizado na farmácia. Como é um teste de triagem, exames complementares podem ser indicados para o diagnóstico.

A novidade está disponível em todas as lojas da rede Panvel no RS, SC, PR e SP, Alô Panvel, APP e também pela loja online www.panvel.com, com entrega para todo o país.