Tratamento personalizado para síndrome nefrótica na infância

16 de fevereiro de 2018

Noêmia Lopes  |  Agência FAPESP – Um estudo feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) reúne esforços de pesquisa clínica e básica em síndrome nefrótica na infância com foco em pacientes submetidos a transplante renal. O objetivo é identificar o perfil de mutações genéticas relacionadas à doença e, a partir daí, antecipar diagnósticos, fornecer bases para decisões médicas mais precisas e aprimorar o aconselhamento familiar.

Os primeiros resultados da investigação, que integra um Projeto Temático apoiado pela FAPESP, foram publicados na revista Transplantation. O trabalho foi comentado na mesma edição, com os editores destacando características do estudo, entre as quais a opção por trabalhar exclusivamente com casos em que a síndrome evoluiu para doença renal crônica terminal e houve necessidade de transplante.

Segunda causa mais frequente de doença renal crônica em crianças, a síndrome nefrótica costuma ser tratada com corticoides, mas 15% dos pacientes infantis não respondem a esse tipo de medicamento. Esses casos podem evoluir para doença renal crônica terminal, exigindo procedimentos de diálise ou transplante.

“Se a porcentagem não parece alta, as consequências podem ser devastadoras. Em 40% das crianças transplantadas, há chance de perda do enxerto renal por recidiva da doença. No retransplante, a recidiva é praticamente certa, o que as torna dependentes de diálise para sobreviver”, disse Luciana Feltran, nefropediatra da Unifesp e primeira autora do artigo, à Agência FAPESP.

Sabe-se que uma parcela dos casos córtico-resistentes tem origem genética, o que torna primordial a identificação de mutações para melhor atender e tratar cada caso.

Feltran e grupos de pesquisa da Escola Paulista de Medicina (EPM), da Unifesp, liderados por Paulo Koch e João Bosco Pesquero – este último, coordenador do Temático apoiado pela FAPESP –, sequenciaram 24 genes relacionados à síndrome nefrótica, utilizando sequenciamento de nova geração. As amostras foram coletadas de 95 pacientes que passaram por transplante de rim antes dos 19 anos, excluídos os casos congênitos (em que os sintomas aparecem antes dos três meses de idade).

Foram identificadas 149 variantes em 22 dos genes sequenciados: 5 patogênicas, 20 possivelmente patogênicas, 80 possivelmente benignas e 44 benignas. Os genes PDSS2 e LMX1B não apresentaram variantes. O NPHS2, por sua vez, foi o gene com maior coeficiente de mutação.

“Verificamos que a síndrome nefrótica teve origem genética [hereditária ou por mutação] para oito pacientes [8,4%] e origem provavelmente genética para outros cinco [5,2%]. Os números estão de acordo com os dados mundiais para locais onde a consanguinidade entre pais não é grande, como Europa e Estados Unidos”, explicou Feltran.

O gene APOL1 foi analisado à parte dos demais, uma vez que não é tradicionalmente vinculado ao aparecimento da síndrome nefrótica, mas tem importância significativa na progressão da doença para o estágio terminal. Considerando as mutações de APOL1, mais oito casos (8,4%) seriam classificados como de origem provavelmente genética.

De acordo com Feltran, quanto mais se entender o que cada mutação causa ao paciente (a correlação entre genótipo e fenótipo), melhor. “Por exemplo, se determinada variante provoca síndrome nefrótica precoce que evolui lentamente para doença renal crônica – sendo que na literatura científica nenhum paciente com tal mutação respondeu ao tratamento com corticoides, não há registro de recidiva após transplante e a transmissão é recessiva –, nesse caso podemos evitar o uso de medicamentos com inúmeros efeitos colaterais e planejar um transplante de provável sucesso, inclusive considerando os pais como eventuais doadores renais.”

A pesquisadora conta que, hoje em dia, sem esse apoio da genética, todo o tratamento e o preparo do transplante é feito “às cegas”. Sabe-se apenas que, de um lado, há a possibilidade de não haver resposta à terapia com medicamentos e, de outro, chances de recidiva após o transplante, incertezas que afligem famílias e equipes médicas.

Grupo singular de pacientes

Os 95 casos que integraram o estudo foram acompanhados por no mínimo seis meses no Hospital Samaritano de São Paulo ou no Hospital do Rim da Unifesp. Os arquivos médicos forneceram aos pesquisadores informações demográficas e clínicas, posteriormente checadas em entrevistas realizadas com as famílias.

Entre os dados coletados estão idade do surgimento da síndrome nefrótica, momento em que a doença atingiu a fase crônica terminal, ocorrência de anormalidades extra-renais associadas, histórico familiar, biópsia renal (se realizada), data do transplante, tipo de doador (vivo ou falecido), recorrência da doença e perda do enxerto.

O passo seguinte foi coletar amostras de sangue dos pacientes, para a realização de sequenciamento genético, análises de bioinformática, validação e análises estatísticas.

“O grupo reuniu casos em que a doença foi mais grave, com perda de função renal, e sobre os quais se tem o histórico da síndrome. Foi um grupo ideal para a correlação genótipo-fenótipo”, disse Feltran.

De acordo com a pesquisadora, tal correlação foi o que permitiu que se conhecesse e estudasse muitas das proteínas envolvidas na barreira de filtração glomerular – estrutura agredida nos casos de síndrome nefrótica, tenha ela origem genética ou não –, fator que, no futuro, deve auxiliar na busca por tratamentos mais eficazes para a doença.

Outra singularidade do grupo estudado foi o fato de reunir um grande número de crianças transplantadas. “Isso porque São Paulo recebe pacientes de vários estados do Brasil para a realização do procedimento. Com apenas dois hospitais de referência, conseguimos uma quantidade de casos superior à de muitos trabalhos multicêntricos internacionais”, disse Feltran.

Rede nacional

Os resultados obtidos no estudo com crianças submetidas a transplantes em breve integrarão uma rede nacional voltada ao diagnóstico da síndrome nefrótica na infância.

“A ideia é que o Projeto Temático dê origem a um centro capaz de criar pontes como essa, entre pesquisa clínica e básica, notadamente em biologia molecular e genética”, disse Pesquero.

O lançamento da Rede Brasileira de Síndrome Nefrótica na Infância (ReBraSNI) está previsto para o próximo Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica, que será realizado em Curitiba, em abril.

“Queremos atrair outros pesquisadores brasileiros da área de nefropediatria e compor uma facility não apenas em termos de estrutura e serviços, mas principalmente para colaboração em pesquisa”, disse Pesquero.

O artigo Targeted Next-Generation Sequencing in Brazilian Children With Nephrotic Syndrome Submitted to Renal Transplant (doi: 10.1097/TP.0000000000001846), de Luciana Feltran, Patricia Varela, Elton Dias Silva, Camila Lopes Veronez, Maria Carmo Franco, Alvaro Pacheco Filho, Maria Fernanda Camargo, Paulo Cesar Koch Nogueira e João Bosco Pesquero, pode ser lido por assinantes da revista Transplantation em journals.lww.com/transplantjournal/Abstract/2017/12000/
Targeted_Next_Generation_Sequencing_in_Brazilian.17.aspx.

Governo estabelece diretrizes para Análise de Impacto Regulatório

Nova ferramenta vai orientar e subsidiar a tomada de decisão de todas as agências reguladoras do país.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 15/02/2018 16:04
Última Modificação: 15/02/2018 18:32

A Casa Civil divulgou, na última sexta-feira (9/2), o resultado final da consulta pública sobre orientações e diretrizes para a implementação da Análise de Impacto Regulatório (AIR), um instrumento que auxilia a construção de propostas regulatórias mais qualificadas e eficientes pelas agências reguladoras do país. Para a Anvisa, que participou ativamente das discussões de elaboração dos documentos sobre a AIR (Diretrizes Gerais AIR e Guia AIR), as recomendações trarão para o setor regulado e para a sociedade mais previsibilidade, mais transparência aos processos e mais segurança para a tomada de decisão da Diretoria Colegiada do órgão.

De acordo com a Casa Civil, a AIR “é o processo sistemático de análise baseado em evidências que busca avaliar, a partir da definição de um problema regulatório, os possíveis impactos das alternativas de ação disponíveis para o alcance dos objetivos pretendidos, tendo como finalidade orientar e subsidiar a tomada de decisão”.

Apesar de não vinculante, as Diretrizes têm como foco a construção de padrões gerais mínimos para a efetiva implementação de AIR de maneira uniforme, transparente e participativa, ao passo que o Guia se destina a orientar e auxiliar os servidores responsáveis pela elaboração da AIR.

“A Análise de Impacto Regulatório é um instrumento que tem o objetivo de qualificar a atuação das agências, agregando dados e informações absolutamente necessários ao processo de construção de uma norma, além de dar mais transparência e aprimorar o diálogo entre governo, setor regulado e a sociedade em geral. Uma AIR bem executada traz precisão à regulação, de modo que as decisões da agência se tornam mais vinculadas às necessidades da população e ao desenvolvimento do país. Portanto, esse é o caminho correto para a melhoria do bem-estar social. O Estado deve ter limites, especialmente nas intervenções no mercado, e uma AIR deve demonstrar exatamente a medida da necessidade dessa intervenção”, afirma o diretor de Regulação Sanitária da Agência, Renato Porto.

AIR na Anvisa

A realização de AIR já é prática na Anvisa desde de 2008. Contudo, apesar dos evidentes avanços obtidos na melhoria na gestão da regulação na Agência nos últimos anos, muitos desafios ainda são apresentados para a efetiva incorporação das etapas da AIR no processo de regulamentação, e para o aprimoramento das ferramentas de AIR e qualificação da sua utilização.

Nesse sentido, alinhada às diretrizes e orientações publicadas pela Casa Civil, a Anvisa tem trabalhado na elaboração da proposta de um novo modelo para o processo de regulamentação que fortalecerá a realização da AIR na Agência. O objetivo é possibilitar a construção de propostas regulatórias alicerçadas em um processo com maior participação e robustez.
Consulta Pública

De acordo com a Casa Civil, foram recebidas 538 contribuições durante o processo de Consulta de Pública, sendo 304 relacionadas às Diretrizes Gerais da AIR e 234 sobre o Guia elaborado para orientar as agências reguladoras. Após a análise, foram acatadas 105 sugestões, total ou parcialmente, o que equivale a 20% do que foi recebido. Esses números sinalizam o grande interesse pelo tema e o efetivo aprimoramento dos documentos como resultado do processo de consulta à sociedade.
Grupo técnico

As Diretrizes Gerais e o Guia AIR resultaram das discussões de um grupo técnico (Grupo AIR) coordenado pela SAG e composto por representantes das Agências Reguladoras Federais, dos Ministérios da Fazenda, do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e do Inmetro. No âmbito da Anvisa, a discussão do tema é conduzida pela Gerência-Geral de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias (GGREG/Direg).

*Com informações da Anvisa e Casa Civil/Presidência da República.

Priorização de análise de medicamentos: norma entra em vigor dia 26

Pedidos de priorização de análise de medicamentos deverão seguir os critérios estabelecidos pela nova normativa.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 15/02/2018 14:34
Última Modificação: 15/02/2018 16:30

No dia 26 de fevereiro deste ano, entrará em vigor a RDC 204/2017, a nova norma que dispõe sobre priorização de análise de registro, pós-registro e anuência prévia em pesquisa clínica de medicamentos. Com isso, os pedidos de priorização de análise de medicamentos deverão seguir os critérios estabelecidos pela nova normativa.

A forma de solicitar uma priorização de análise também sofrerá mudança. A partir do dia 26, estará disponível para peticionamento eletrônico o assunto 11317 – Aditamento Priorização de Análise. A norma prevê que o pedido de priorização seja feito no momento do protocolo da petição, conforme artigo 10 da Resolução. A Anvisa está aprimorando o Sistema de Peticionamento para que, em breve, isso seja possível.

Portanto, neste momento, a empresa que desejar solicitar priorização de análise para alguma petição, primária ou secundária, deverá fazê-lo por meio desse Aditamento (11317), em até cinco dias úteis após protocolo da petição a ser priorizada, anexando justificativa que aponte qual petição é objeto do pedido de priorização e em qual critério da RDC 204/2017 está enquadrado o pedido.

Para os registros de medicamento novo sintético, quando a empresa desejar solicitar priorização de análise, o peticionamento da petição primária deverá ser feito somente pelo Datavisa, pelo código 11306, e, logo em seguida, o peticionamento do respectivo Aditamento (11317).

A justificativa de enquadramento deverá ser embasada nos critérios dispostos na RDC 204/2017, para que a área técnica tenha subsídios suficientes para avaliar o pedido. É importante destacar que se o enquadramento na categoria prioritária não for confirmado a petição objeto do pedido de priorização será indeferida, conforme dispõe o artigo 11 da RDC 204/2017.

Assim, a partir de 26 de fevereiro deste ano, não serão mais aceitos os pedidos de priorização de análise excepcional peticionados na forma de carta.

Bristol-Myers paga a maior taxa na história da biotecnologia

Por Fernanda Fortuna• 15 de fevereiro de 2018

O mercado de biotech está cada vez mais quente. A Bristol-Myers pagará US$ 1,85 bilhões por uma promissora droga contra o câncer. A desenvolvedora, Nektar Therapeutics é uma pequena empresa de biotecnologia de São Francisco e vendeu a participação de exploração da droga experimental NKTR-214.

Como parte do acordo firmado nesta quarta-feira, a Nektar receberá US$ 1 bilhão em dinheiro antecipadamente e a Bristol-Myers comprará o equivalente a uma participação acionária de pouco menos de 5% da empresa. A Nektar terá direito a 65% dos lucros globais sobre a droga, quando chegar ao mercado, e a Bristol obterá os outros 35%. Além disso, a Nektar também ficará elegível para receber outros US$ 1,78 bilhões em pagamentos de marcos de desenvolvimento e regulatórios, e marcos em vendas, ou seja, US$ 3,6 bilhões no total. Essa é uma enorme quantia, considerando que a Bristol-Myers terá uma participação minoritária no produto. Uma das maiores ofertas de colaboração de drogas unitárias da história.

Além da Bristol receber uma parte da receita na comercialização, ela terá direito exclusivo de combinar a NKTR-214 com seus medicamentos, Opdivo e Yervoy, para 20 usos diferentes em 9 diferentes tipos de câncer, incluindo mama e rim. Bristol-Myers reterá 100% das receitas para seus próprios medicamentos.

“O que você está vendo com este acordo é um casamento forte entre uma ciência excepcionalmente robusta para uma empresa que é líder no espaço de imunomatologia”, diz Saurabh Saha, diretor de medicina translacional global de Bristol.

Apesar dos primeiros resultados que combinaram Opdivo e NKTR-214 se mostrarem promissores, com redução e até desaparecimento de tumores, não houve grupo de controle de pacientes que receberam Opdivo sozinho. Com isso, não é possível determinar ao certo a eficácia dos resultados.

Em sua defesa, Fouad Namouni, chefe de oncologia da Bristol disse que a porcentagem de pacientes cujos tumores encolheram é claramente maior do que seria com o Opdivo sozinho. “Não é apenas como se pegarmos qualquer agente que tivéssemos e misturado com qualquer outro agente”, diz Steve Doberstein, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Nektar. “Realmente não há outras [combinações] que tenham o mesmo tipo de lógica por trás delas”.

Para se comparar a precedência do negócio, quando a Johnson & Johnson fez parceria com Pharmacyclics, um fármaco de câncer de US$ 2,6 bilhões, recebeu 50% das vendas por US$ 150 milhões pagos.

“Nós mantemos uma colaboração clínica com a Nektar desde 2016. Esta parceria foi um próximo passo natural”, disse Paul Biondi, chefe de desenvolvimento de negócios para Bristol-Myers. A transação deve ser concluída no segundo trimestre de 2018, e ambas as empresas são livres para desenvolver a NKTR-214 com outras drogas para usos não estabelecidos no negócio.

Convenção ABRAS começa no dia 19 de março no RJ

A 52ª Convenção ABRAS acontece de 19 a 21 de março, no Riocentro, na capital fluminense. O evento será realizado em parceria com a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), durante a 30ª edição da Super Rio Expofood.

Com o tema "ABRAS Essencial" a Convenção 2018 debaterá a essencialidade do setor de supermercados, e reunirá empresários do autosserviço de todo o País para novos conhecimentos estratégicos sobre tendências de consumo e desafios do varejo de alimentos.

"Temos um cenário econômico favorável, o Brasil está voltando a crescer, e essa parceria com a ASSERJ vai favorecer a realização de um grande evento que fará história na vida dos supermercadistas", destaca o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto.

Palestrantes
O empresário Abilio Diniz já confirmou presença na Convenção 2018. No dia 19 de março, ele fará palestra especial em comemoração aos 50 anos de fundação da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). "Acompanhei a fundação da ABRAS, tudo começou muito pequeno, eram poucas lojas de supermercados no País, um mundo completamente diferente, e vejo agora como somos grandes. Estou muito honrado de fazer parte da Convenção 2018", destaca Diniz.

Anthony Hucker, CEO da Southeastern – uma das maiores redes de supermercados dos Estados Unidos – também será palestrante da 52ª Convenção ABRAS. No dia 20, o executivo falará em sua palestra sobre o mercado de comidas frescas e de marcas próprias, e também de adaptação cultural no autosserviço. O evento contará ainda com outros importantes nomes do varejo nacional e internacional.

Redação Portal ABRAS

Loja física engaja mais do que e-commerce

Por Redação SM – 15/02/2018

Não é à toa que Amazon e Alibaba estão investindo nesse modelo

Há esperança para as lojas físicas: consumidores que visitam o ponto de venda compram mais do que aqueles que só consomem online. Essa foi uma das conclusões da quarta edição do The Everywhere Store, evento que reúne varejistas do mundo inteiro em Nova York para discutir as maiores tendências do setor no Brasil e no mundo. A proposta do encontro, realizado pela multinacional Tlantic, em parceria com Wharton School, IE Business School e Porto Business School, é antecipar parte dos debates que irão ocorrer, a partir de amanhã (14/01), no NRF Retail's Big Show, maior encontro do varejo mundial, também em Nova York.

Neste ano, o tema principal do evento foi "Criando Mundos de Experiência". "Quando o cliente vai à loja física pelo menos uma vez, passa a comprar 40% a mais do que fazia antes, quando era apenas um usuário online da loja", disse David R. Bell, professor da Wharton School, citando estudo encomendado pela rede americana de moda masculina Bonobos. "A loja física energiza o consumidor de uma maneira que a virtual não é capaz."

Amazon e Alibaba, gigantes do e-commerce, perceberam isso e estão investindo no offline
A Amazon comprou a rede de supermercados Whole Foods em 2017, em uma operação avaliada em US$ 13,7 bilhões, inaugurou uma unidade da Amazon Go sem caixas registradoras em Seattle, e direcionou esforços para o mercado de livrarias. O Alibaba, por sua vez, anunciou parcerias com 600 mil pequenos comércios familiares na China, dentre eles supermercados, segundo artigo do CBInsights. Além disso, está construindo um shopping de cinco andares.

“As lojas físicas exercem um papel indispensável durante a jornada do consumidor para a compra e deveriam ter tecnologias direcionadas a partir de dados e serviços personalizados”, disse Daniel Zhang, CEO do Alibaba Group à Reuters, após outra operação de inserção no mercado varejista offline, em que o grupo gastou quase US$ 3 bilhões por ações da Sun Art Retail Group Ltd, focada em mega lojas.

Mais vantagens das lojas físicas
Segundo censo do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, apenas 9% das vendas do varejo local no terceiro trimestre de 2017 foram por e-commerce. Na China, segundo a PwC, apenas 17% das pessoas afirmam que suas compras são realizadas apenas na Amazon ou Tmall (varejista do Alibaba Group). Esses dados demonstram a importância que o offline ainda tem sobre o setor.

Além disso, as lojas físicas funcionam como uma vitrine do que existe online. Nelas, os consumidores têm contato com os produtos, e os espaços criam lealdade dos consumidores com a marca. Ainda, segundo a Fortune, o CFO da Amazon Brian T. Olsavsky disse a seus investidores que as lojas físicas são "uma maneira diferente de se aproximar dos consumidores e saber o que tem bons efeitos sobre eles".

Fonte: Época Negócios

Páscoa mais farta deve elevar vendas em 15%

Supermercados já se preparam para atender à demanda dos consumidores pelos produtos

01:00 · 16.02.2018 por Levi de Freitas – Repórter

Os supermercados do Ceará projetam ter, em 2018, um cenário melhor nas vendas de ovos de Páscoa, em comparação com o ano passado. As projeções são de crescimento entre 10% e 15% no produto, que já pode ser visto exposto nas tradicionais parreiras montadas nos principais estabelecimentos do Estado. No todo, o setor espera ter resultados pelo menos similares aos de 2017, durante o período.

O presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Gerardo Vieira Albuquerque, é otimista quanto à venda do principal item da época. "Esse ano, estamos com uma previsão de vender de 10% a 15% a mais que ano passado, em termos de chocolates, de ovos. A indústria teve retração grande em 2016-2015 e 2017-2016, e estamos voltando a acreditar mais um pouco", disse.

Conforme Albuquerque, o cliente já pode, inclusive, comprar o produto nas principais redes e supermercados do Estado. "O ovo de Páscoa já está sendo exposto, parreiras estão sendo montadas nas lojas. Os clientes que quiserem comprar, já tem à venda. Essa semana, concluem a montagem das estruturas expositoras", projetou o presidente da Associação.

As redes Pão de Açúcar e Extra, por exemplo, já estão com ovos (50g) e coelhos (60g) de chocolate da Qualitá nas prateleiras. A marca, neste ano, informou ter incrementado os produtos, com a adição de mais cacau à fórmula.

Vinhos e peixes

Também importantes para o comércio e presentes na maioria das residências e confraternizações, o vinho e os pescados já estão nos estoques das lojas.

"A situação do vinho, cada vez melhora. E os peixes, outro produto que vende bem, estamos relativamente bem abastecidos. A expectativa é de um ano melhor que o passado, em vendas", projetou.

Dentre os vinhos, tem bom espaço nas gôndolas e no gosto do público aqueles de marcas importadas. Estes, também já estão em estoque. "Fortaleza está com abastecimento muito bom desse produto. E cada dia, com preços mais acessíveis", disse.

Apesar do sentimento de boas vendas nos itens específicos do período, o presidente da Associação Cearense de Supermercados acredita que, no geral, o setor consiga igualar os números de vendas na comparação com igual período do ano passado. Ele utiliza a manutenção dos preços dos produtos sazonais e a queda no valor dos itens da cesta básica como principais argumentos para tal previsão.

"Desde outubro do ano passado, estamos vendendo menos, proporcionalmente, ao ano anterior. Esse número tem sido dado ao longo da situação econômica, e produtos baixaram de preço. Os itens básicos permanecem no mesmo preço ou baixaram. Derivados de trigo, de soja, arroz, feijão, todos baixaram os preços. E os produtos de Páscoa, estão com o mesmo preço do ano passado, podendo vir até alguma promoção", destacou.

Supermercados fecham 2017 com o maior número de empregos formais já observado

15/02/2018 17h39 Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

A previsão é de sejam criados 12 mil empregos novos empregos neste anoArquivo/EBC

O setor de supermercados em São Paulo fechou o ano de 2017 com o maior número de empregos formais já observado. Segundo levantamento divulgado hoje (15) pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o setor contratou  530.233 colaboradores no período. Só em 2017, foram criadas 8.592 vagas, número duas vezes superior aos 3.992 empregos que foram criados no ano anterior.

Para Thiago Berka, economista da APAS, o número deve ser comemorado, embora ainda esteja abaixo da média de 2010 a 2014. “Os números passam confiança ao setor para seguir investindo e gerar cada vez mais empregos. A média de 2010 até 2014 foi de 18.915 postos líquidos positivos de trabalho, isso demonstra que há uma grande lacuna de avanço e crescimento para o setor buscar novos profissionais”, disse.

Quem mais contratou no período foram supermercados e hipermercados, com 5.289 empregos formais, o que corresponde a 62% do total dos empregos criados no ano passado. Nos minimercados e mercearias, no entanto, a situação não foi tão positiva, uma vez que fecharam o ano com a contratação de apenas 292 pessoas, no pior resultado desde 2010.

“O primeiro ponto foi a maior deflação histórica dos alimentos, que acelerou no segundo semestre e chegou ao menor valor da história do Plano Real, que, para o pequeno varejista, pressiona suas margens já apertadas. Outro ponto foi a intensificação das promoções de final de ano pelas médias e grandes redes, que tornou a competição ainda mais acirrada. E a possível antecipação da demissão dos funcionários temporários, de janeiro para dezembro, em virtude do desempenho abaixo do esperado para o Natal”, disse.

Os atacados e atacarejos encerraram 2017 com a criação de 2.292 vagas, resultado parecido a 2016, mas abaixo da média histórica. Já o comércio hortifrutigranjeiro criou 713 vagas, melhor desempenho desde 2013.

Previsão

A expectativa da Apas é que o setor encerre este ano com 12 mil empregos novos empregos, ou seja, número 25% maior do que no ano passado. “Com a queda da inflação, da taxa básica de juros e a consequente retomada da economia esperado para 2018, o setor supermercadista dá sinais de que pode recuperar suas vendas em faturamento e volume. Isso resulta diretamente no crescimento do emprego, já que a demanda tende a ser maior”, disse o economista.
Edição: Maria Claudia

Arroz: setor investe em variedade para aumentar consumo

Bruna Essig | Porto Alegre (RS)Canal RuralAtualizado em: 15 de Fevereiro de 2018 às 20:20

Alimento básico do brasileiro, grão não apresenta resíduos de agroquímicos e vem sendo “reinventado” pela indústria

O arroz é um dos alimentos básicos da dieta do brasileiro. Mas esse setor produtivo tem buscado alternativas para aumentar o consumo do grão. E variedade é o que não falta para o produto.

Ele é um dos alimentos mais antigos e completos para a alimentação humana. Entre os componentes do arroz, estão carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais, lembra a nutricionista Carolina Pitta. E a indústria vem “reinventando” o produto ao longo dos anos, com oferta para atender a diferentes gostos. Há o arroz negro, o vermelho, o integral, misturas multigrãos, entre outros.

O arroz é ainda um valioso aliado dos celíacos, pessoas que têm intolerância ao glúten, presente em grãos como trigo, aveia, cevada e centeio. O principal substituto desses produtos é o arroz, de acordo com a vice-presidente da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra) no Rio Grande do Sul, Ester Benatti. “O celíaco é o consumidor número 1 do arroz, porque ele não tem outra opção”, diz.

A farinha de arroz, feita a partir do grão branco ou do integral, é utilizada pelos celíacos no preparo de receitas. “Quanto mais triturar, mais fininha ela ficar e mais fácil vai ser de trabalhá-la, para fazer um bolo, uma torta salgada, um quiche”, afirma a nutricionista Carolina Pitta.

A empresa de sementes RiceTec está atenda às novas exigências do consumidor final, que busca os chamados “alimentos verdes. A RiceTec aposta na sustentabilidade da lavoura como forma de ter um arroz mais seguro, além de buscar, através da genética, variedades com maior tolerância a doenças e, assim, com menor exigência de agroquímicos.

“Se você consegue consegue colher um pouquinho a mais com a mesma água, com o mesmo fertilizante, no longo prazo você é mais sustentável, e isso vai ser um grande diferencial da lavoura e das indústrias que levarem isso para o consumidor”, diz o diretor de marketing da RiceTec, Leandro Pasqualli.

Além do volume de produção, o Rio Grande do Sul se destaca pela controle de procedência do arroz, o que se reflete no varejo.  Independentemente do tipo ou da marca, o consumidor confia nesse alimento essencial da cesta básica.

O setor afirma que essa “tranquilidade” do consumidor tem motivo. O produto que chega à mesa do brasileiro está livre de resíduos de agroquímicos, o que já aconteceria há bastante tempo. De acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, desde 2002 não são encontrados traços de agroquímicos no arroz produzido no estado. “Isso tem sido comprovado tanto Anvisa quanto pelo próprio Ministério da Agricultura”, diz ele.

Suco de Maçã da Yakult ganha nova embalagem

Quinta, 15 Fevereiro 2018 17:09 Escrito por Adenilde Bringel
Mudança destaca que o produto é 100% suco e não contém adição de açúcares, conservantes ou aditivos artificiais

A multinacional Yakult acaba de renovar a embalagem do tradicional Suco de Maçã Yakult para destacar que o produto é 100% suco, sem adição de açúcar, conservantes ou aditivos artificiais. A renovação tem como objetivo apresentar os benefícios do produto de forma mais clara para os consumidores, dar mais destaque à embalagem nos pontos de venda e adequar as informações de rotulagem à legislação vigente.

A nova embalagem traz a imagem de uma suculenta maçã – que se assemelha à Fuji in natura – com gotas d´água para dar maior naturalidade e aparência de fruta fresca. A maçã ocupa metade da embalagem do produto, que é um dos únicos no mercado com sabor natural da fruta. Diferentemente dos néctares de fruta comercializados que possuem adição de açúcar, no Suco de Maçã Yakult o açúcar presente é da própria fruta.

“Estamos aproveitando o bom momento de vendas do Suco de Maçã Yakult para essa renovação. Com a nova embalagem, queremos chamar a atenção do consumidor para que tenha certeza de que está adquirindo um produto bem fresco e natural, que pode ser consumido a qualquer hora e por toda a família”, ressalta o vice-presidente da Yakult do Brasil, Atsushi Nemoto. O Suco de Maçã Yakult é produzido com maçãs de fazenda localizada em São Joaquim, Santa Catarina, tradicional região produtora da fruta no Brasil.

Outro diferencial é que a própria Yakult faz a extração e o processamento do suco das maçãs, que são cuidadosamente selecionadas e processadas com a mais alta tecnologia na unidade fabril da empresa localizada em Lages, também em Santa Catarina, o que garante maior segurança ao processo. O suco é envasado na fábrica da Yakult em Lorena, interior de São Paulo, uma das maiores e mais modernas da companhia no mundo.

“A utilização de mão de obra especializada e de equipamentos altamente tecnológicos é fundamental para a preservação das características nutricionais e do sabor natural da maçã”, destaca o vice-presidente da empresa. O Suco de Maçã Yakult é comercializado tanto pela tradicional venda porta a porta quanto no comércio em geral, de pequenas mercearias e padarias a grandes redes de hipermercados. O Suco de Maçã Yakult é produzido no Brasil desde 1986 e cada embalagem de 200 ml possui 80 calorias.

Preço sugerido do suco de maçã na venda porta a porta – R$ 1,90

A MAÇÃ
Entre os principais nutrientes da maçã estão os minerais fósforo, cobre, potássio, cálcio e sódio; as vitaminas A, B e C e um carboidrato complexo chamado pectina – fibra solúvel não absorvida pelo intestino que retém água e diversas substâncias residuais, facilita a eliminação de toxinas junto com as fezes, promove a proteção da mucosa e auxilia no bom funcionamento intestinal. O sabor doce característico da maçã advém da frutose, naturalmente presente na fruta, e a pequena quantidade de ácidos orgânicos, principalmente o málico, confere a acidez que dá o equilíbrio final.

Sobre a Yakult – A matriz japonesa da Yakult completa 83 anos em 2018. Desde o início de suas atividades, em 1935, quando o médico Minoru Shirota criou o leite fermentado com Lactobacillus casei Shirota, a empresa sempre teve grande preocupação em desenvolver alimentos que pudessem beneficiar a saúde das pessoas. Por isso, mantém o Instituto Central Yakult, em Tóquio, no Japão, que realiza inúmeros estudos relacionados ao intestino humano. A Yakult, que é líder mundial no segmento de leite fermentado, está presente em 37 países e regiões, além do Japão (incluindo escritórios de representação), e possui aproximadamente 35 mil comerciantes autônomas no Japão (conhecidas como Yakult Ladies) e 45 mil em outros 12 países. No mundo, mais de 35 milhões de pessoas consomem Leite Fermentado Yakult com Lactobacillus casei Shirota diariamente. A fábrica brasileira, localizada em Lorena, produz média de 2 milhões de frascos de Leite Fermentado Yakult com Lactobacillus casei Shirota por dia e é uma das mais modernas da companhia no mundo. Para outras informações acesse o site www.yakult.com.br.