Rede Bahamas de supermercados pode se instalar na cidade

sex, 2 de março de 2018 05:47

Com Assessoria

Começando o mês de março, o prefeito Marcos Coelho (MDB) recebeu Diego Rezende, gerente de expansão da Rede Bahamas de Supermercados.

A rede de supermercado Bahamas foi fundada há 30 anos em Juiz de Fora. E é a primeira de seu segmento do interior de Minas Gerais, contando hoje com 45 lojas funcionando, todas no estado de Minas.

Rede Bahamas de supermercados pode se instalar na cidade

Na reunião, Diego Rezende afirmou que o foco do supermercado hoje é investir no Triângulo Mineiro. Os investimentos são para várias cidades do Triângulo entre elas está Araguari. “Estamos construindo várias unidades nas cidades próximas a Araguari e esperamos iniciar a construção da unidade no município o mais rápido possível”, informou o gerente.

O prefeito deu as boas-vindas, pois, conforme disse “é uma grande satisfação para a cidade receber novos investimentos e novas empresas. São vários postos de trabalho e também recursos financeiros. Araguari precisa desse tipo de aplicação para fomentar a economia e proporcionar o desenvolvimento”,

Também presente no encontro, o secretário de Desenvolvimento e Turismo, Juberson Melo enfatizou a importância desse momento para a cidade. “Precisamos de novas empresas gerando frentes de trabalho e investindo na cidade.”

O poder Legislativo se fez representar pelos vereadores Wesley Mendonça (PPS); Wanderlei Inácio (PRTB) e Warley Morais (PMB).

O vereador Wesley Mendonça, disse que “a Câmara Municipal de Araguari trabalha para proporcionar melhorias ao cidadão, por isso, é um grande prazer apoiar a vinda do Supermercado Bahamas para Araguari”.

Quanto ao vereador Wanderlei Inácio, “ espera poder auxiliar no que for preciso para que o supermercado possa ser inaugurado o mais rápido possível.”

Warley Morais reforçou o entusiasmo do Legislativo, pois, segundo ele “Araguari precisa disso, de gente que queira investir na nossa gente, no nosso município”.

A expectativa é que o supermercado seja inaugurado no segundo semestre de 2018. A área construída será de aproximadamente 15 mil m² e o investimento está orçado em 20 milhões de reais. A previsão é que o supermercado irá gerar 150 empregos diretos e dezenas de empregos indiretos.

Otimismo alcança 40% dos empresários de supermercados em janeiro, diz Apas

Jornal do Brasil

Os empresários do setor de supermercados começaram 2018 mais otimistas com o ambiente econômico do que estavam ao final do ano passado, segundo levantamento da Associação Paulista de Supermercados (APAS). Em janeiro deste ano, 40% dos supermercadistas demonstraram otimismo de uma maneira geral com o ambiente econômico atual e futuro. Em novembro passado, esse porcentual era de apenas 23,9%.

A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo (PCS/Apas) detectou ainda que, quando perguntados apenas sobre a situação futura e não a atual, os empresários se mostram ainda mais confiantes. O otimismo nesse caso chega a 49% dos entrevistados.

A entidade avaliou em nota que o aumento de confiança está relacionada a elementos macroeconômicos que sugerem um melhor ambiente de consumo.

O economista da Apas, Thiago Berka, menciona a redução da taxa de juros e uma tendência de queda no desemprego.

Fonte: Estadão Conteúdo

Sindicato do comércio varejista de alimentos estima em 8% crescimento nas vendas dos supermercados de SP nesta Páscoa

3 mar 2018
05h39

O Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo), entidade patronal que representa 40 mil empresas desta categoria econômica, estima que os supermercados da capital paulista podem ter um aumento nas vendas nesta Páscoa em torno de 8%, em comparação com o desempenho de 2017.

A expectativa para a data, a segunda melhor do ano depois do Natal, é condizente com a realidade de melhora nas vendas do varejo de alimentos, segundo o presidente do Sincovaga, Alvaro Furtado. "Tanto a indústria quanto o varejo estão apostando em um crescimento, ainda que modesto, próximo de 8% em relação às vendas de 2017, com preços maiores entre 3% e 5% em relação ao ano passado."

Segundo ele, o varejo alimentar aprendeu muito com a crise e não aposta só na venda de ovos de Páscoa. "A intenção é investir forte em chocolates em geral, considerando a perspectiva de que o consumidor não deve gastar muito e que produtos na faixa de R$ 20,00 serão os mais atrativos", avalia o especialista.

Sobre o Sincovaga
Com 87 anos de história, o Sincovaga representa mais de 40 mil empresas da categoria econômica do varejo de gêneros alimentícios, entre elas as que comercializam, predominantemente, alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica no Estado de São Paulo. Dentre os estabelecimentos representados estão hipermercados, supermercados, autosserviços, mercados, mercadinhos, lojas de conveniência, quitandas, mercearias, empórios, laticínios e sacolões.
_______________________________________________________________
Mais informações:
Veropress Comunicação Corporativa – Assessoria de imprensa da Sincovaga
Thais Abrahão (thais@veropress.com.br) – (11) 9900-8402 / (11) 3061-2263 e Rosana Monteiro – (Rosana1@veropress.com.br) – (11) 3062-0843

Website: http://www.sincovaga.com.br
Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra

Projeto regulamenta o comércio de queijo artesanal

02/03/2018 12:15h

O comércio artesanal de leite de queijo de leite cru por um período de maturação inferior a 60 dias no Estado do Piauí, deverá ser regulamentado através do Projeto de lei nº 08, de 26 de fevereiro de 2018, apresentado pelo deputado João Mádison Nogueira (MDB) no último dia 26 de fevereiro desse ano, na Assembleia legislativa.

Na justificativa o parlamentar informa, que “os processos de produção de queijo proveniente de leite cru envolvem gerações, com conhecimentos ao longo dos tempos no Estado do Piauí”. Os produtores de queijo impossibilitados de formalizarem suas atividades resistem em manter suas tradições.

Existe repressão à produção de alimentos impróprios para o consumo. Ocorre, que, na repressão inclui aos produtos impróprios para consumo, inclui-se também os queijos artesanais de produtores que não conseguem formalizar suas atividades e vender legalmente seus produtos em virtude de legislação específica para esses alimentos.

Conforme o projeto será considerado queijo artesanal aquele elaborado com leite cru da fazenda, com regulamento técnico de identidade e qualidade estabelecido para cada tipo e variedade. O local, destinado à produção de queijo artesanal localizado em propriedade rural.

O queijo artesanal será constituído da matéria-prima (leite cru, condimentos naturais, corantes naturais,coalhos/coagulantes, sal (cloreto de sódio ou outro que exerça a mesma função).

Quando se tratar da utilização de leite fresco, a produção do queijo deverá ser iniciada até 120 minutos após o início da ordenha. Todo leite deverá ser submetido à filtração antes de qualquer operação, refrigeração ou processamento.

Emerson Brandão – Edição: Katya D'Angelles

Fonte: Alepi Fonte: Alepi

Chocolates Garoto terá fábrica em São Paulo

Com a operação da segunda unidade, empresa do grupo Nestlé vai se transformar na maior produtora de chocolates do país

Publicado em 02/03/2018 às 20h32

Sullivan Silva

susilva@redegazeta.com.br

A tradicional Chocolates Garoto, em Vila Velha, vai se tornar a maior produtora de chocolates do país. Para colocar em prática a estratégia de expansão, a planta da multinacional Nestlé em Caçapava, São Paulo, vai se transformar em uma unidade da Garoto e fabricar produtos das duas marcas a partir de abril.

"Essa alteração, exclusivamente interna, visa à sustentabilidade, maior competitividade e eficiência, amplificando o potencial do negócio no médio e longo prazo", informou a Nestlé, acrescentando que a iniciativa também vai ampliar o potencial de exportação.

A unidade capixaba da Chocolates Garoto foi fundada pelo imigrante alemão Heinrich Meyerfreund em 1929. Em 2002, a empresa foi vendida para o grupo Nestlé e atualmente figura entre as 10 maiores fábricas de chocolates do mundo.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Alimentação do Espírito Santo (Sindialimentação), uma reunião da empresa com os funcionários foi realizada no último dia 28 para esclarecer os impactos das alterações para os colaboradores. A multinacional afirmou que não haverá nenhuma mudança estrutural e de produção na fábrica de Vila Velha.

De acordo com a coordenadora geral do Sindialimentação, Linda Moraes, haverá outras reuniões do sindicato com a empresa. "A diretoria do sindicato estará em outras reuniões, com a Nestlé, para se assegurar da garantia das propostas feitas em prol da continuidade do crescimento da fábrica Chocolate Garoto no Espírito Santo" afirmou.

Por nota, a Nestlé afirmou para a reportagem que a nova fábrica em São Paulo não vai provocar demissões no Espírito Santo. "Essa iniciativa não implicará em alteração no número de colaboradores da empresa", disse.

Nestlé lança creme de leite zero lactose

O novo Creme de Leite Zero Lactose Nestlé será distribuído nas redes varejistas de todo o Brasil em embalagem de 200 gramas.

A Nestlé lança, em março, a versão zero lactose de seu Creme de Leite, marca que já está presente no país há 102 anos. Segundo a empresa de alimentos e bebidas, o produto não contém lactose e pode ser utilizado nas preparações doces e salgadas. A novidade chega para agregar ao portfólio da marca, que já conta com as versões lata e caixinha tradicional e lata light. O novo Creme de Leite Zero Lactose Nestlé será distribuído nas redes varejistas de todo o Brasil em embalagem de 200 gramas com preço médio sugerido de R$3,29.

Fabricante da Nabisco fecha as portas e anuncia demissão de 600 funcionários

A empresa Mondelez Internacional, fabricante dos biscoitos Nabisco, vai fechar a fábrica na Avenida Cássio Paschoal Padovani, no jardim Morumbi, em Piracicaba, e demitir 600 funcionários até agosto deste ano. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e confirmado pela empresa. Também será fechada a unidade de Bauru. Segundo a empresa, ela passa por um processo de reestruturação e concentração de suas fábricas em nível mundial. Diante do encerramento das atividades, o sindicato negociou benefícios à categoria.

A empresa comunicou ontem aos funcionários que está encerrando suas atividades na planta fabril de Piracicaba. O diretor de comunicação do sindicato, Adney Araújo, informou que a unidade tem 600 funcionários que serão dispensados de março até agosto deste ano. A dispensa será em três fases. A partir de hoje, informou Araújo, a empresa fará reuniões com os funcionários para definir aqueles que serão demitidos em cada fase.

O sindicato negociou vantagens de benefícios para as dispensas, que serão estendidas por seis meses após o desligamento de cada funcionário, com pagamento das verbas rescisórias. “Para mim, é um momento muito difícil de passar esta notícia, pois sou funcionário desta empresa. Porém, sigamos de cabeça erguida com fé”, disse Araújo, em nota.

A fábrica funcionava há 30 anos e ele trabalhava na unidade há 25 anos. Nesse período, teve quatro nomes: Fleishman Royal, Nabisco, Trip Morrison e Modelez. A fábrica produz biscoitos doces, salgados e snacks. Araújo informou que a empresa é idônea e nunca atrasou os salários. A empresa ofereceu 150 vagas para os funcionários que quiserem trabalhar nas unidades em outros estados.

“Com esta decisão estratégica de negócios, a companhia concentrará sua produção em Curitiba (PR) e Vitória de Santo Antão (PE) – fábricas que já operam no modelo multicategoria. Com esse passo, as unidades de Bauru e Piracicaba terão suas linhas transferidas e serão gradativamente descontinuadas até dezembro de 2018. Como resultado dessas mudanças, Curitiba e Vitória de Santo Antão serão as duas maiores plantas de produção da companhia na América Latina”, traz a nota da empresa.

Gomas e balas, chocolates, bebidas em pó, sobremesas e cream cheese serão produzidos em Curitiba, e biscoitos e chocolates em Vitória de Santo Antão. “Decisões que afetam nossas pessoas e as cidades onde atuamos são sempre difíceis e essa não é exceção. A determinação não está relacionada ao desempenho de nossas pessoas e estamos comprometidos em tratá-las com dignidade e respeito. Além dos direitos assegurados pela lei, nossos colaboradores poderão contar também com um sólido plano de recolocação profissional e de transição de carreira. Internamente, a companhia promoverá treinamentos, feiras de emprego e workshops”, traz a nota.

CERVEJARIA WALFÔNGER LANÇA CERVEJA NO FESTIVAL DE BLUMENAU

Por
Redação Tribuna –

2 de Março de 2018 | 14:30

A Cervejaria Walfänger, de Ribeirão Preto, lança sua primeira cerveja de guarda Vennbahn, estilo Doppelsticke, no Festival Brasileiro da Cerveja, que será realizado entre os dias 7 e 10 de março, no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC).

Envelhecida em barris de carvalho desde agosto de 2017, a cerveja de alta fer­mentação teve produção colaborativa e leva a assinatura de Caio Balieiro, diretor industrial da Walfänger, Davi Falconi, gerente de produção da cervejaria e Paulo Schiaveto, mestre-cervejeiro e consultor.

Originária de Dusseldorf, na Alemanha, a Doppelsticke é uma cerveja cuja história se inicia com um erro na produção da Altbier. Foram adicionados baldes extras de malte na receita original da Altbier e, para corrigir o erro, o cervejeiro teve que balancear a cerveja com lúpulo. Nascia assim a Doppelsticke, uma cerveja mais alcoólica, mais encorpada e mais amarga do que a Altbier tradicional.

Diz a lenda que, por muitos anos, a receita foi repassada entre os cervejeiros como se fosse um segredo, daí a origem do nome, pois no dialeto local sticke significa segredo.

A linha Trigênios é formada pela Albert (German IPA), Sebastian (Düsseldorf Altbier) e Sigmund (Vienna Lager). Qualquer associação aos gênios Einstein, Bach e Freud não é coincidência, pois a linha faz menção a esses três grandes nomes que têm em comum a origem austro-germânica.

Os vasilhames estão de volta

Trocar o vasilhame antigo por desconto no preço da nova bebida. Cada vez mais, essa mensagem será usada para convencer o consumidor a aderir aos retornáveis. Faz parte da estratégia para chegar às metas de destinação correta de embalagens pós uso de empresas de refrigerantes e cervejas.

A Ambev, empresa mais valiosa da América Latina e dona de 30 marcas de cerveja, tem a primeira PET feita 100% com material reciclado e afirma que 40% de todas as embalagens PET são produzidas com reciclados. Os vasilhames de vidro são feitos com 60% de cacos das próprias cervejarias ou vindos de cooperativas associadas.

Com incremento dos retornáveis, ampliação do uso de resina reciclada na produção de garrafas e apoio a 200 cooperativas de reciclagem, a Coca-Cola passou de um índice de destinação correta de 36% de suas embalagens em 2016 a 51% em 2017. Até 2020, quer atingir 66%. Para isso, afirma que vai investir R$ 1,2 bilhão. O valor será aplicado em maquinário para produzir novas linhas de retornáveis, os novos vasilhames propriamente ditos, campanhas para vender a ideia e investimento em cooperativas de catadores.

Até 2030, a meta global é de ter 100% de embalagens destinadas corretamente, ou seja, tudo deverá ser recolhido, reciclado ou reincorporado à linha de produção.

A empresa é a maior produtora de bebidas não alcoólicas do Brasil, com atuação em água, café, chás, refrigerantes, sucos, bebidas lácteas e energéticos. Hoje, do total de embalagens vendidas em todos esses segmentos, apenas 20% são retornáveis. São 10% em vasilhames de vidro e 10% em RefPET, que são PETs mais duráveis. Eles têm 25 vidas e taxa de retorno de 98%: voltam para a fábrica, são lavados e entram de novo na esteira de envasilhamento. "Até 2020, a taxa de retornáveis deve subir de 20% para 30%", diz Thais Vojvodic, diretora de sustentabilidade da empresa.

Além de aumentar o uso dos retornáveis, a empresa quer intensificar a porcentagem de material reciclado incorporado à produção das embalagens. Hoje, do total das vendas, 24% das embalagens têm reciclados na composição. Na composição do alumínio das latas, 60% é proveniente de material reciclado. Os 40% restantes são de material virgem, o que exige extração de bauxita. No vidro, também 60% provém de reciclados. Nos PETs, apenas 35% vêm de resina reciclada.

Um dos motivos do uso restrito de reciclados na composição de alumínio e vidro é, segundo Thais, a falta desses materiais no mercado. O alumínio, por exemplo, é disputado por outras indústrias que o usam como matéria-prima.

Já em relação ao PET, a cadeia de reciclagem é mais recente e, por isso, menos estruturada. "O uso do reciclado no PET foi aprovado só em 2010, bem depois do vidro e do alumínio. A empresa tem apenas uma indústria de reciclagem homologada para esse serviço", afirma Thais. "Não é qualquer indústria recicladora que obtém a qualidade exigida, compatível com as exigências sanitárias, por se tratar de alimento e bebida." Para atingir a meta de 66% de destinação correta em 2020, o índice de resina reciclada utilizada nas embalagens tem de passar de 24% para 32%. De todas as embalagens que chegam ao mercado com bebidas produzidas pela empresa, 7% são triadas por 200 cooperativas que recebem apoio técnico e de infraestrutura. Para atingir a meta de 2020, o percentual terá de ser de 14%.

Segundo Thais, esse incremento será alcançado por uma ampliação do número de cooperativas atendidas e pelo maior investimento em profissionalização das pessoas que trabalham nessa atividade. Coca-Cola e Ambev anunciaram, em outubro de 2017, acordo para unificar suas iniciativas de reciclagem. "Decidimos parar de sobrepor investimento, chegamos à conclusão que era necessário unir esforços para estruturar a cadeia, que é muito desordenada", diz.

No Brasil, existem cerca de mil cooperativas de reciclagem, mas há muitos catadores independentes. Segundo Thais, a informalidade e a atuação de "atravessadores" entre os catadores e as recicladoras de PET dificulta o aumento do uso da resina reciclada na produção de embalagens.

"Os atravessadores armazenam PETs em grandes quantidades e por muito tempo, para conseguir preços maiores. O problema é que o PET vai perdendo a qualidade conforme o tempo passa. Ele fica pior e mais caro", relata. Por causa dessa inflação do preço, as empresas que produzem ou engarrafam bebidas acabam optando por recorrer às matérias-primas virgens para as embalagens, o que não se justifica do ponto de vista ecológico.

Para organizar a cadeira, as empresas estão estudando todos os fluxos atuais do setor. "A ideia da união das empresas é atuar como organizadoras de logística, porque elas têm expertise nisso. Vão entrar na cadeia sem colocar a margem de lucro que os atuais atravessadores têm e organizar o ciclo de forma compartilhada, para não perder valor."

Segundo Thais, além de Coca-Cola e Ambev, a iniciativa deve incluir mais quatro grandes indústrias, que já manifestaram interesse em aderir. "Nosso objetivo é engajar todos, ter resina reciclada com valor mais baixo e aumentar o valor pago pelo material aos catadores", afirma. "Não queremos perpetuar o trabalho da catação, e sim profissionalizar a cadeia", diz.

Como Blumenau virou referência em ensino e produção de cervejas especiais

Surgimento das duas principais cervejarias de Santa Catarina fez cidade do Vale do Itajaí assumir a vocação para o setor e chegar ao topo do Brasil em formação e fabricação da bebida

Até 2002, pouco se sabia sobre cervejas especiais no Brasil. Nas gôndolas de supermercado em Blumenau, latas e garrafas de marcas populares imperavam, enquanto o consumidor buscava quase que exclusivamente o preço mais barato. Beber era o objetivo. Apreciar o sabor e as características de cada bebida era realidade para poucos. É em meio a esse contexto que se inicia na cidade um período de transformação econômica. As prateleiras repletas de cervejas simples – por vezes vendidas a menos de R$ 1 – começam a receber naquele ano novos estilos e cores com a criação da Eisenbahn. Um ano depois é a vez da Bierland aparecer e oferecer uma nova opção de chope, muito além de rótulos nacionais conhecidos. As duas empresas blumenauenses criavam uma concorrência responsável por desenvolver um nicho que, anos mais tarde, traria à cidade uma aptidão até então adormecida. E o rótulo de Capital Nacional da Cerveja.

As lagers americanas – cervejas mais leves – deram lugar a outras opções, mais pomposas, com uma variedade quase infinita de possibilidades, aromas e sabores. Gradativamente, enquanto ganhavam o mercado nacional e potencializavam os lucros, as duas cervejarias foram conquistando o paladar do blumenauense. A partir daí os negócios deslancharam e passaram a desenrolar um período que se estende até hoje em que a cidade percebe – com o pano de fundo da Oktoberfest – uma vocação para fazer e vender cervejas de qualidade. Uma conjuntura que vai da produção de malte, à formação de mestres cervejeiros em sala de aula. Tudo desencadeado no início dos anos 2000.

Fundador da Eisenbahn, o empresário Juliano Mendes conta que o mercado das cervejas artesanais em Santa Catarina era muito restrito e o movimento no Brasil era lento: apenas a Baden Baden, em Campos do Jordão (SP), e a Colorado, em Ribeirão Preto (SP), investiam para oferecer alternativas ao consumidor. Na opinião de Mendes, o impulso para a cervejaria foi desbravar mercados em que as paulistas não entravam. Era, digamos, o ciclo do ouro do setor no Brasil, onde a empresa precisou ter o perfil de um bandeirante do século 16 para encontrar riquezas.

– Fomos sozinhos ganhando o mercado brasileiro, já que éramos os primeiros a ir com mais força em redes, sem medo de desbravar e abrir portas. Foi justamente por entrarmos em mercados importantes que ganhamos respeito, e aí tudo ficou mais fácil até para termos espaço em Blumenau e região – conta Mendes, que vendeu a empresa ao Grupo Schinchariol em 2008. No ano passado, a empresa voltou a ser objeto de transação financeira, passando a pertencer à Heineken.

A colocação de novos rótulos para o consumidor e o crescimento exponencial a partir de 2005 despertou o interesse cervejeiro em Blumenau. Naquele ano a cidade sediou o 1º Grande Festival Brasileiro de Cerveja, embrião para o Festival Brasileiro da Cerveja, que viria em 2009 e consolidaria a cidade perante os grandes nomes do mercado no país. A 10ª edição do festival inicia na próxima quarta-feira, com a participação de mais de 100 cervejarias e mais de 800 rótulos à disposição do público.

Um dos sócios da Bierland, Rubens Deeke, avalia que esse caminho aberto para outros investimentos na cidade só foi possível graças à concorrência e à corrida pelo consumidor entre as duas marcas que, até então, predominavam na cidade:

– Uma coisa é você estar sozinho, outra é ter uma concorrente que te empurra e faz com que você queira crescer. Não tenho dúvida que esse desenvolvimento do ramo em Blumenau só se deu porque ambas (Bierland e Eisenbahn) queriam estar no mercado.

Tudo começa com o malte
Rodolfo Rebelo segura na mão direita um pequeno grão de malte germinado, símbolo do início de todo esse setor econômico na cidade. Fundador da Maltearia Blumenau – a primeira micromaltearia do Brasil –, o engenheiro químico e mestre malteiro produz aquele que é um dos principais insumos para as cervejarias da região. São 12 toneladas dos mais diferentes estilos do produto feitas mensalmente, direcionadas para empresas e também para o caseiro.

Rebelo conta que a empresa surgiu por oferta e procura: percebeu a necessidade de ofertar maltes especiais à demanda do Vale. A partir dali se desenvolveu e passou a mirar horizontes que vão além de Santa Catarina.

– Hoje falta apenas o Radar (registro necessário para exportação) para que possamos entrar em mercados da América do Sul, como o Peru e Uruguai – comemora Rebelo, ao projetar a ampliação do potencial produtivo da empresa.

Desafio das cervejarias é não disputar o mesmo público

É impossível contar nos dedos das mãos as cervejarias em Blumenau: já são 11 as opções para o público. Na avaliação do empresário Davi Zimmermann, diretor comercial da Alles Blau – a mais nova da turma e que vai estrear este ano no Festival Brasileiro da Cerveja –, o desafio é evitar a disputa pelo mesmo nicho de mercado e focar nas pessoas que ainda não consomem cervejas especiais:

– Blumenau é uma grife e aqui existe uma sinergia interessante entre investidores, mercado, consumidor e poder público, o que incentiva esse processo. Nosso desafio é difundir para o grande público o hábito de consumir a cerveja artesanal e quanto mais conseguirmos fazer isso, mais espaço ganharemos.

Rubens Deeke, da Bierland, destaca que é preciso ter ousadia. Na avaliação dele, o público mais amplo que compra cervejas artesanais vai querer pagar menos e ao mesmo tempo ter um produto de qualidade para degustar, o que motiva a necessidade de ampliar o mercado, sem disputar o mesmo público no Vale. Essa é a receita que deixou o gráfico ascendente na Cerveja Blumenau. Com o nome do município no rótulo, em menos de dois anos a empresa passou de uma ideia para pontos de venda em 25 estados no país.

– As cervejarias da cidade têm que olhar com a mesma proposta, de oferecer qualidade no produto, no serviço, em algo que envolve toda a logística, e ultrapassar as barreiras regionais – argumenta Valmir Zanetti, sócio da Cerveja Blumenau.

Mercado direcionado aos também caseiros ganha espaço
O boom dos cervejeiros caseiros no Brasil teve reflexos também em Blumenau. A cidade passou de 50 pessoas que faziam a bebida em casa em 2012, para ao menos 600 até o fim do ano passado, crescimento de 1.200%, conforme dados das lojas na cidade que vendem insumos. É justamente o fato de existirem comércios focados em vender equipamentos e ingredientes para fazer cerveja (são três em operação no município) que alavancou o interesse da população pelo hobbie.

Escola, festivais e eventos consolidam o setor
Ao perceber a crescente do mercado na região, Carlo Enrique Bressiani virou a chave do Instituto de Administração e Direção de Empresas (Iade) para, em 2014, transformá-lo em Escola Superior de Cerveja e Malte. Pioneiro no ensino das questões que envolvem a cultura cervejeira na América Latina, ele encontrou uma lacuna em Blumenau. De lá para cá, já formou pelo menos 110 mestres cervejeiros e matriculou 6,3 mil alunos em dezenas de cursos diferentes. Tudo atrelado à marca que a cidade tem, o que atraiu estudantes de todos os estados do Brasil e de oito países – até do Cabo Verde, país africano que também fala português.

– Pegamos uma onda que já existia, e ajudamos a torná-la maior ainda – destaca Bressiani.

Com dezenas de cursos, que vão da análise laboratorial de produtos a workshops de degustação de cerveja, a escola se aprofundou e passou a colocar no mercado profissionais com condições de trabalhar nas cervejarias, ou até fundá-las, como em alguns casos.

Outros segmentos ainda compõem a Capital Nacional da Cerveja – rótulo dado a Blumenau em março do ano passado – e fazem a cidade honrar o título. O Festival Brasileiro da Cerveja, que inicia na próxima quarta-feira, é o principal da América Latina e traz consigo outros dois dos mais importantes eventos do setor no país: a Feira Brasileira da Cerveja (voltada exclusivamente para profissionais), e o Concurso Brasileiro da Cerveja (que premia os melhores do Brasil em cada estilo). São as cerejas do bolo de um setor consolidado e que ainda está em evolução e que, conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Moris Kohl, precisa ser fomentado.

– Esse segmento está cada vez mais organizado, com tecnologia, inovação e educação. Isso estimula aqueles que têm interesse em se desenvolver. O município tem a missão de fomentar, fortalecer, articular e promover o setor, e até o fato de não atrapalharmos com entraves já é um começo – sustenta Moris.

Indústria busca desenvolver maquinário
Uma ação organizada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau (Simmmeb) e a Escola Superior de Cerveja e Malte capacitou 20 empresas durante o último ano com o objetivo de colocar a cidade em condições de fabricar equipamentos para cervejarias. O que antes era ignorado, passou a ser entendido como um potencial para aumentar o faturamento. Na Feira Brasileira de Cerveja do ano passado, nenhum expositor era blumenauense. Neste ano, são 14.

– É um trabalho que tornamos constantes, com um grupo que se reúne periodicamente para discutir possibilidades para esse mercado, com tudo que a indústria metal-mecânica tem capacidade de produzir. Estamos evoluindo mais rapidamente do que imaginávamos e isso já é uma realidade para o setor – comemora o diretor executivo do Simmeb, Maurício Rossa.

Até o ano passado, empresários buscavam em indústrias da Serra Gaúcha e Minas Gerais a solução para tudo que envolvia tecnologia e equipamentos cervejeiros. Hoje, Blumenau também está inserida neste mercado, o que fecha um ciclo econômico do setor e a coloca como um polo industrial cervejeiro no leque de opções à cidade.