Saiba porque existem tantos tipos de pílula e quando ela pode falhar
AreaM
Para as mulheres, uma coisa na vida é praticamente certa: pílulas anticoncepcionais. É muito comum que, quando começam a namorar, as adolescentes e mulheres heterossexuais comecem a tomar a pílula como uma proteção anticoncepcional extra, além da camisinha.
A grande variedade de pílulas serve para que cada mulher ache o anticoncepcional ideal
A pílula existe desde 1960 e já evoluiu muito, diminuindo seus riscos e efeitos colaterais. Porém, apesar de ter seu uso tão difundido, a pílula também representa riscos e tem contra-indicações.
Segundo o ginecologista Ricardo Luba, não são todas as mulheres que podem fazer uso da pílula. Entre as principais contra-indicações, ele pontua: trombose venosa profunda ou trombose arterial, diabetes, sobrepeso, hipertensão arterial, doenças cardíacas, altos níveis de colesterol, algumas doenças no fígado, câncer de mama, alergias aos componentes do anticoncepcional, colite ulcerativa e anemia falciforme. Por isso, é importante que a pílula seja recomendada por um médico, que avaliará a saúde da paciente.
Além disso, Ricardo explica que existem diversos tipos de anticoncepcionais e o que varia é o tipo e a dose dos hormônios. Essa variedade serve para que cada mulher tenha um tipo ideal para seu uso. “Tudo é avaliado, desde o peso da paciente, queixas de queda de libido, acne, pelos no corpo, oleosidade do cabelo, e como alternativa para as pacientes que não desejam menstruar”, explica Ricardo. “No Brasil, é muito comum a mulher usar a pílula da melhor amiga, mas isso pode ser muito perigoso”, reforça o ginecologista Gustavo Ventura.
É importante que a pílula seja recomendada por um médico, que avaliará a saúde da paciente
É importante que alguns medicamentos podem cortar ou diminuir a absorção da pílula, alterando sua eficácia. Gustavo explicou que esses medicamentos são os antibióticos, anti-depressivos, anti-convulsivantes e laxantes. Dessa forma, é sempre importante perguntar ao seu médico sobre os efeitos entre a pílula anticoncepcional e qualquer outro remédio receitado. Ligar para o laboratório responsável pela pílula também ajuda a sanar dúvidas. Apesar de métodos de barreira, como a camisinha, serem sempre importantes para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, em casos em que o efeito da pílula pode ser cortado, vale ressaltar a necessidade do uso desses métodos adicionais. Casos de diarreia ou vômito também podem diminuir a absorção da pílula.
Além disso, a mulher deve estar sempre atenta aos efeitos colaterais da pílula. Segundo Ricardo, o tempo de adaptação geralmente é de dois a três meses. Dessa forma, se algum efeito colateral persistir após três meses, como sangramento irregular, queda da libido, ganho de peso, mudança de humor, náuseas, vômitos, dores de cabeça, enjoo e dores de estômago, é importante procurar o profissional para que uma possível troca de anticoncepcional seja avaliada.