Coca-Cola muda forma de desenvolver novas bebidas no Brasil

A Coca-Cola, maior empresa de refrigerantes do mundo, está mudando no Brasil a maneira como desenvolve outros tipos de bebidas como sucos, águas, chás, bebidas vegetais e cafés. O objetivo é reduzir o prazo para testar novidades e acelerar mudanças no portfólio.

O sistema "agile", ou ágil, em inglês, é adotado tradicionalmente por empresas de tecnologia para lançar produtos e tirar do mercado rapidamente aqueles que não dão certo. E é esta metodologia que está sendo usada por Claudia Lorenzo, vice-presidente de novas bebidas da Coca-Cola. Ela, há 21 anos na empresa, comanda uma equipe de 50 pessoas e responde pelas bebidas que não são refrigerantes – um portfólio de 150 produtos.

Uma bebida nova leva, em geral, um ano para ser lançada no mercado. A ideia, agora, é reduzir esse prazo para algo entre três e quatro meses. O primeiro produto feito dessa forma começou a ser desenvolvido em outubro e chegou ao mercado em fevereiro deste ano. Trata-se de um suco de uva e maçã, 100% integral e sem adição de açúcar, em embalagem de vidro de um litro e meio. Essa bebida, batizada de Del Valle Origens, é fabricada fora do sistema Coca-Cola, pela Maison Forestier, em Bento Gonçalves (RS). Dessa forma, a Coca-Cola não precisa investir em uma linha de produção própria. "Se o produto não der certo, é só pôr um fim ao contrato. Não é necessário desmontar a linha de produção", diz Claudia.

Não é o primeiro produto feito fora do sistema Coca-Cola. Em 2016, a companhia lançou o Café Leão, fabricado pela Cooxupé. E, em 2017, lançou o Natural Whey Shake, fabricado pela Verde Campo. Mas, é a primeira vez que a companhia reduz o prazo para ver se o produto agrada ou não o consumidor. Até agora, a empresa testava suas bebidas por um ano. No quinto trimestre, mantinha ou retirava o produto do portfólio. Daqui em diante, a Coca-Cola vai tomar essa decisão em nove meses.

"Meu portfólio deve mudar totalmente até dezembro", disse Claudia ao Valor. Ela observa que, embora o Brasil seja o quarto país para a Coca-Cola em refrigerantes, é o 66º em consumo de sucos prontos, o 61º em chás prontos e o 34º em água engarrafada. "Existe muito espaço para crescer no Brasil em bebidas, e atingir um público que hoje não alcança", afirmou. A companhia pretende que suas vendas cresçam três vezes mais rápido do que nos últimos três anos. E, para isso, vai acelerar os lançamentos.

Claudia tem no horizonte "a taxa de erro" – assim como ocorre com as empresas de tecnologia, que costumam ir corrigindo seus produtos, lançando novas versões. Isso deve ser encarado naturalmente, pois faz parte do novo modelo de trabalho.

A metodologia "agile" prevê convocar pessoas de fora da companhia para desenvolver produtos e, se necessário, terceirizar a produção. "Quando não tivermos os 'assets' [recursos], buscaremos fora", diz Claudia, que está sendo apoiada pela CI&T, empresa brasileira de tecnologia.

Fernando Ostanelli, diretor da CI&T, diz que a empresa fornece tecnologia para a Coca-Cola no Brasil e nos Estados Unidos, há mais de dez anos. Mas o trabalho para desenvolver produtos começou em julho de 2017.

Ele explicou que a consultoria envolve mudanças nas análises sobre o perfil dos consumidores, nas etapas de elaboração de produtos e no método de produção. "Em algumas empresas, o método muda até a cultura da companhia, que passa a ser menos engessada e mais horizontal nas decisões", disse o diretor. "O consumidor hoje se informa mais e muda de gosto mais rapidamente. As indústrias precisam acompanhar essa velocidade. Não é mais possível demorar um ano para desenvolver um produto", observou Ostanelli.

O sistema "agile" está sendo usado também no banco Itaú, na rede de laboratórios Dasa e em outras empresas dos setores de seguro, aviação e da indústria automobilística. A meta, diz Ostanelli, é fazer com que as empresas tracem objetivos trimestrais. O aumento no ritmo de lançamentos, perseguido pela Coca-Cola, já é uma tendência no setor de bebidas. No ano passado, o setor de bebidas no Brasil produziu 300 lançamentos. Historicamente, a média de lançamentos por ano varia entre 100 e 150 produtos.

Também é tendência no setor oferecer bebidas com menos açúcar. No caso da Coca-Cola, foram feitas 15 mudanças no ano passado para reduzir o açúcar em suas fórmulas. Oito delas foram feitas em bebidas da marca Del Valle.

As informações são do jornal Valor Econômico.

Superbom lança linha de salgadinhos saudáveis

A Superbom amplia seu portfólio com o lançamento de uma linha de salgadinhos saudáveis. O produto, apresentado em embalagens flexíveis de 45 gramas, tem os sabores barbecue, ervas finas, pizza e cebola e oliva.

Os snacks são elaborados à base de insumos como a quinoa, grão de bico, ervilha e lentilha. “Sempre na busca de desenvolver produtos verdadeiramente saudáveis, a Superbom mirou seus esforços no público infantil. O crescimento da população dessa faixa etária com sobrepeso nos motivou a desenvolver uma linha de salgadinhos totalmente inovadora. Sem dúvidas, não há nenhum produto similar no mercado brasileiro”, explica David Oliveira, gerente de marketing da Superbom.

A embalagem do produto foi desenvolvida para que os biscoitos mantivessem o aspecto crocante por mais tempo. “O centro de P&D realizou estudos durante um ano para que a novidade tivesse uma elevada vida de prateleira”, explica Oliveira.

A novidade complementa as versões doces do Snack Krock, que tem os sabores chocolate, avelã, morango, amendoim com mel e integral.

Drogaria Araujo completa 112 anos de olho em expansão

Última atualização 23 Março, 2018

Neste mês de março, a Drogaria Araujo comemora 112 anos, com previsão de faturamento de R$ 2,1 bilhões e abertura de mais 32 pontos de venda até o fim do ano. Segundo o ranking da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o grupo mineiro, que detém 180 lojas, ocupa a segunda colocação em faturamento por loja e a sétima em faturamento no varejo. Em 2018 já foram inauguradas unidades em Barbacena e Conselheiro Lafaiete e, na próxima, semana será a vez de Nova Serrana.

Na década de 60, Modesto Carvalho de Araujo, o fundador da rede, já vislumbrava abrir uma unidade em cada esquina de Belo Horizonte. Ele fez isto com a criação do Drogatel em 1963, o primeiro delivery do Brasil. Agora, Modesto Araujo Neto, terceira geração à frente da drogaria, está realizando o sonho de seu avô com a abertura de lojas por todo o estado de Minas Gerais. “O segredo da longevidade é satisfazer e encantar nossos clientes, ter visão de futuro, evoluir com ousadia, investir em tecnologia e valorizar cada um dos nossos colaboradores”, enfatiza o presidente. A empresa mantém mais de 7 mil funcionários, atendendo 45 milhões de clientes por ano.

A drogaria conta com um mix completo de produtos. São mais de 18 mil itens comercializados, que contemplam as áreas de higiene pessoal, mamãe e bebê, beleza, dermocosméticos, pet shop, fitness, melhor idade, ortopédicos e diets.

Para completar, a Araujo também dispõe da Central Farmacêutica, que oferece atendimento 24 horas de farmacêuticos em vídeo-chamada em loja; e o Serviço Farmacêutico, programa de atendimento personalizado que orienta a adoção de novos hábitos de saúde e complementa o tratamento prescrito pelo médico.
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Como parte das comemorações, a rede lançou uma criativa campanha de marketing nas redes sociais

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Farmácias realizarão ações gratuitas contra obesidade

Público contará com avaliação de peso, altura e taxa de gordura corpórea
por Nathan Santos sab, 24/03/2018 – 14:59

Obesidade atinge milhões de pessoas Pixabay

Da próxima segunda-feira (26) até 30 de março, grandes redes de farmácias realizarão ações em todo o país contra a obesidade. As iniciativas integram as campanhas temáticas de saúde da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

De acordo com a Abrafarma, os clientes contarão, de maneira gratuita, com orientações clínicas e testes rápidos, como avaliação de peso, altura e taxa de gordura corpórea. A escolha do tema obesidade, sobretudo, faz alusão ao Dia da Saúde e da Nutrição (31 de março).

O presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, garante que o público terá um atendimento especializado. “Profissionais farmacêuticos estarão à disposição para medir o Índice de Massa Corporal (IMC) e a circunferência do abdômen, medidas simples para saber se há gordura em excesso, que pode ser um sinal de perigo”, destacou Barreto, conforme informações da assessoria de imprensa.

Ao todo, 1.600 farmácias das grandes redes, tais como Pague Menos e Drogasil, oferecem atendimentos de saúde em mais de 300 cidades. As campanhas temáticas promovidas pela Abrafarma seguirão até novembro e abordarão ainda os temas vacinação, tabagismo, asma, autocuidado, colesterol, hipertensão, revisão da medicação e diabetes.

Obesidade – Hipertensão, diabetes, infarto e dificuldades de articulação. Esses são alguns dos problemas ocasionados pelo sobrepeso. A Organização Mundial da Saúde estima que 700 milhões de adultos serão considerados, até 2015, obesos. No Brasil, o Ministério da Saúde calcula que metade da população está acima do peso considerado ideal.

Ministério Público investiga uso de dados de clientes por farmácias

Gizmodo 11 horas atrás Alessandro Feitosa Jr.

É comum ouvir do caixa na farmácia: "CPF para desconto?" A frase parece inocente e bem é convidativa afinal, quem é que não quer um desconto? No entanto, como foi muito bem apontado nesta reportagem da Vice, o buraco é mais embaixo: o pedido faz parte de uma coleta sistemática de dados dos cidadãos que pode beneficiar empresas e prejudicar você no final das contas.

Agora, o Ministério Público do Distrito Federal abriu uma investigação para saber o que as farmácias estão fazendo com esses dados. A preocupação é se elas repassam ou vendem as informações dos clientes para empresas de planos de saúde e de análise de crédito.

A iniciativa começou em janeiro deste ano quando o MP enviou dez perguntas sobre o tratamento de dados dos consumidores ao Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma). A entidade disse que não poderia falar pelos procedimentos adotados por cada uma.

O próximo passo é enviar as perguntas para as dez maiores redes farmacêuticas do Brasil e não poderão negar esclarecimentos, já que se trata de uma requisição oficial.

Por que é preciso saber o que estão fazendo com seu CPF
A ideia do MP é entender, entre outras coisas, por que o CPF é exigido para se obter desconto. “Existe uma verdadeira obsessão das farmácias em dar desconto. E no capitalismo, não existe obsessão de graça. Há um interesse por trás", disse o promotor Frederico Meinberg, coordenador da Comissão de Dados Pessoais do MP, diz ao G1.

Caso as farmácias realmente estejam repassando os dados dos consumidores para terceiros, o MP deve acionar a Justiça para coibir a conduta em todo o país. O caso pode configurar violação do direito constitucional à privacidade, muito embora não tenhamos uma legislação específica que trate sobre a privacidade de nossos dados. O Projeto de Lei 5276/16, hoje anexado ao PL 4060/2012, aguarda parecer do relator em Comissão Especial da Câmara – o projeto não avança há mais de um ano.

Ainda assim, o caso pode configurar violação do direito constitucional à privacidade e caberia indenização coletiva. Não está claro ainda como isso se desenrolaria, já que o impacto desse esquema é desconhecido.

A proteção desse tipo de dado é importante para evitar que empresas façam campanhas publicitárias altamente direcionadas e mais do que isso, para que as informações não interfiram em outros momentos da vida do consumidor. Como bem apontado por Meinberg, um cruzamento entre o seu CPF e o tipo de remédio que compra poderia mostrar para uma prestadora de plano de saúde que você tem uma condição médica específica – o que poderia encarecer o contrato.

Outra possibilidade para empresas é consultar a sua reputação para crédito. As informações poderiam revelar que você sofre de uma doença terminal e assim cobrar juros mais altos por entender que existem mais riscos para o não pagamento da dívida.

Em nota enviada por email ao Gizmodo Brasil, a Serasa Experian disse que "não utiliza dados de compra de remédios em redes de farmácias em seus relatórios e scores de crédito". O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) foi na mesma linha e afirmou que "não utiliza informações de compra de remédios e dados de saúde de consumidores para a elaboração de produtos, relatórios e consultas relacionadas a crédito".

A ANS disse que "caso o MP confirme o envolvimento de operadoras no caso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) adotará as providências administrativas cabíveis".

A Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde nos enviou um posicionamento por email:

A Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde – ressalta que, ao contrário do aventado, as operadoras não diferenciam o preço do plano de saúde segundo o perfil dos beneficiários, muito menos conforme a utilização dos medicamentos. A legislação e a regulação do setor, inclusive, proíbem tal prática.

Logo, o interesse das operadoras de planos de saúde ao firmar convênios junto às redes de farmácia é único e exclusivamente para facilitar o acesso do beneficiário ao tratamento indicado pelo profissional de saúde, com vistas a evitar o agravamento de doenças e promover a saúde do beneficiário.

É importante esclarecer para que fins esses dados estejam sendo utilizados, caso a investigação do MP aponte que as informações de consumo de medicamento estão sendo comercializadas tanto para a indústria farmacêutica quanto para as empresas de crédito.
O Gizmodo Brasil entrou em contato também com a ABCFARMA (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico) e com a ABRAFARMA (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. Atualizaremos a publicação se obtivermos alguma resposta.

Grupo Martins, dono da rede Smart, vai atuar nos segmentos de fármacos e materiais de construção a partir de 2019

– 23/03/2018

Um dos maiores distribuidores atacadistas do País, o Grupo Martins, sediado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem cada vez mais se especializado no setor de franchising. Por meio da rede varejista de bandeira Smart, o grupo já está presente em 23 estados brasileiros, com um modelo que, aos poucos, se aproxima de uma franquia. E, a partir do ano que vem, vai começar a franquear também nos segmentos de fármacos e materiais de construção, com as redes “Mais que Farma” e “Para casa”, além de construir Centros de Distribuição (CDs) voltados para suas filiais.

Para isso, o grupo está investindo pesado no que chama de Sistema Integrado Martins, que inclui as empresas: Martins Atacado, Tribanco, Tricard, Tribanco Seguros, Rede Smart de Supermercados, Universidade Martins de Varejo, Instituto Alair Martins, Efacil (e-commerce), e o business-to-business (B2B) do atacado.

De acordo com o diretor da Rede Smart, Ismael Carrijo, este é o diferencial do grupo: oferecer uma série de serviços aos clientes, de maneira que seus negócios funcionem de forma integrada, organizada e chancelada pela marca Martins. E os resultados da rede Smart têm mostrado que este é o caminho.

“Trata-se de um modelo de fidelização junto aos mais de 300 mil clientes do grupo. Trabalhamos basicamente com o pequeno e médio varejista, perfil de empresário que precisa de informação, metodologia e também união para se fortalecer e vencer a concorrência. Mas somos mais do que uma central de compras, porque além da negociação conjunta com fornecedores, oferecemos uma carteira de outros benefícios que complementam e otimizam o negócio”, explicou.

Ao todo são 780 lojas com a bandeira Smart em quase todo o País. Essas são administradas por 520 empresários diferentes. A maioria se encontra em Minas Gerais (239), logo em seguida destaca-se a Bahia, com 91 pontos de vendas. A meta para este exercício é chegar a 1.000 lojas filiadas, que serão concentradas nos estados de Minas, Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Porém, por questões estratégicas, o volume a ser aportado não foi revelado.

Em termos de desempenho, Carrijo afirmou que enquanto o setor supermercadista nacional cresceu 4,3% em 2017 sobre 2016, as lojas Smart tiveram um desempenho 12% maior na mesma base de comparação. A justificativa para o aumento bem acima da média, segundo o diretor, está no modelo de gestão. “Dificilmente você vê um supermercado quebrar por falta de vendas. O empresário supermercadista quebra porque tem uma gestão ruim. E é neste ponto que a rede entra, ajudando na capacidade de administrar e gerar resultados”, ressaltou.

Em termos de relevância para os negócios do grupo, ele contou que a bandeira tem uma importância muito grande, porque dentro dos 300 mil clientes, os pequenos varejistas estão no topo da cadeia. “Eles têm uma representatividade de 10% dos negócios e nosso objetivo é aumentar essa participação para 25% em cinco anos”, revelou.

Desta forma, a rede pretende se desenvolver mais, crescer e abrir novas lojas. Além disso, desde o ano passado, começou a investir também em CDs voltados para as filiais. O primeiro deles foi construído em Goiânia (GO), mas a partir de 2019, outras unidades serão abertas em outros estados.

Tendência

Carrijo defendeu que o modelo de franchising é uma tendência para o setor supermercadista. Isso porque, segundo ele, o empresário precisa de um modelo de gestão que o permita administrar o negócio e, ao mesmo tempo, se dedicar ao ponto de venda. “A grande diferença do pequeno varejo para os grandes concorrentes é que ele está dentro das lojas e o consumidor final sabe quem ele é. Quanto mais tempo ele estiver na loja, melhor ele vai administrar o negócio e o modelo de franquia permite isso”, concluiu.

O diretor da Rede Smart participou, na última quarta-feira, do Bloco do Conhecimento com o tema “O futuro do franchising no setor supermercadista”, durante a 52ª edição da Convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), realizada no Rio de Janeiro e reunindo milhares de varejistas de todo o Brasil.

(Fonte: Diário do Comércio)

Droga Raia expande atuação e inaugura duas lojas no Paraná

A Droga Raia avança na abertura de lojas pelo Brasil com duas inaugurações no Paraná. Localizadas em Londrina e Campo Largo, as novas unidades seguem o padrão de excelência de atendimento, serviços e o mesmo sortimento de produtos de higiene, beleza e medicamentos presentes nas outras 745 filiais da rede em oito Estados.

“Ficamos felizes de chegar a Londrina e Campo Largo. Acreditamos muito nestas novas lojas. Estamos trazendo para os moradores do município o que há de melhor no varejo farmacêutico. Entendemos que é fundamental oferecer bom atendimento, preços competitivos, amplo estoque de medicamentos e a maior variedade de produtos de higiene e beleza, para que o consumidor tenha sempre as melhores vantagens para manter sua saúde em dia”, afirma Eugênio De Zagottis, vice-presidente de Planejamento e Relações com Investidores da empresa.

Na Droga Raia, os consumidores encontram um ambiente diferenciado e uma equipe de especialistas pronta para cuidar da sua saúde, qualidade de vida e bem-estar.

Com 110 anos de tradição, a Droga Raia faz parte da RD, maior empresa do varejo farmacêutico na América Latina, com mais de 1.610 unidades distribuídas em 20 Estados, gerando mais de 32 mil empregos em todo o país. Com a inauguração dessa loja, a Droga Raia dá continuidade à sua estratégia de consolidação em território nacional.

Ministério reduz repasse para 22 produtos do Farmácia Popular

Medida não atinge população, mas provoca reação do setor farmacêutico; pasta estima economia de até R$ 800 milhões

Lígia Formenti, O Estado de S.Paulo

23 Março 2018 | 18h45

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde vai alterar a forma de cálculo do pagamento de medicamentos do Aqui Tem Farmácia Popular. Portaria que será editada na próxima semana vai trazer detalhes da mudança. Pela regra atual, o valor do repasse feito pelo ministério às farmácias credenciadas tem como ponto de partida o preço máximo de venda permitida para o produto no varejo, estabelecido pela Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos. Pelo novo formato, o valor do reembolso para farmácias será norteado pelo Sistema de Acompanhamento de Mercado de Medicamentos (que leva em conta não o preço máximo, mas o valor que as distribuidoras vendem os produtos para as farmácias).

Além do valor apresentado por esse sistema, cuja sigla é Sammed, o ministério irá repassar às farmácias 40%, que será a margem de lucro, somado ainda os gastos com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que varia de acordo com Estado.

A pasta estima que a mudança trará uma economia de até R$ 800 milhões. A alteração, no entanto, vale apenas para produtos distribuídos no Aqui Tem Farmácia Popular gratuitamente para população. Nesta lista, estão remédios para hipertensão, diabete e asma.

O ministério afirma que a mudança não vai alterar a vida do paciente. A medida é anunciada dias antes da saída de Ricardo Barros do posto de ministro da Saúde. Ele deixará o cargo para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Estado do Paraná.

O valor repassado para insulina também será alterado. O reembolso para farmácias será calculado com base no preço pago pelas compras públicas. A esse valor, será acrescido 40% como margem de lucro e o ICMS. De acordo com a pasta, a verba desembolsada pelo ministério com cada insulina fornecida no Aqui Tem Farmácia Popular é 152% maior do que aquele que a pasta adquire diretamente para distribuição nas unidades públicas de saúde.

O orçamento do Farmácia Popular para este ano é de R$ 2,8 bilhões.

Estão incluídos no Aqui Tem Farmácia Popular 42 produtos. Do total, 26 medicamentos (para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma) são adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos pacientes de forma gratuita. Para os demais produtos, os descontos chegam a 90%.

Para o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Nelson Mussolini, as mudanças vão desordenar o setor e colocar em risco um programa que auxilia o acesso da população a medicamentos usados para doenças crônicas, como hipertensão e asma.

"Não entendemos por que isso foi feito sem debate. Desde janeiro o ministro Ricardo Barros já havia anunciado a intenção de fazer as mudanças. E alertamos sobre os riscos de fazer isso de forma apressada", disse Mussolini. Na ocasião, foi acertado que um grupo de trabalho seria criado. "Nenhuma reunião foi feita."

Mal foi anunciada, a medida provocou uma rápida reação do setor da indústria e comércio varejista de medicamentos. Em uma nota conjunta, assinada pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), pela Sindusfarma, pela Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica de Pesquisa e de Capital Nacional (Farmabrasil) e pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Prógenéricos), entidades afirmam que a mudança "não parece oportuna ou sensata", principalmente às vésperas da mudança de ministro.

"O setor privado quer essa discussão. Mas quer, ao mesmo tempo, garantir que a população brasileira não será gravemente afetada por equívocos que podem inviabilizar um programa que vem dando certo."

Estado tem 30 dias para apresentar proposta para fornecedores de medicamentos

Durante audiência de conciliação, realizada na tarde dessa última quinta-feira, 22, na Justiça Federal, em Palmas, representantes de nove dos principais laboratórios de medicamentos do País e o Governo do Tocantins fizeram acordo para que, no prazo de até 30 dias, o Estado apresente uma proposta com as principais necessidades da Rede Estadual de Saúde. A intenção é concluir, de forma amigável, a Ação Civil Pública que tramita na Justiça Federal que trata do fornecimento de medicamentos contra o câncer para a Secretaria Estadual de Saúde. O acordo foi homologado pelo juiz federal Adelmar Aires Pimenta, titular da 2a Vara Federal de Palmas.

"Estamos pedindo que vocês entrem nas nossas licitações", disse o superintendente de compras da Secretaria, Afonso Piva. Os advogados dos laboratórios cobraram uma proposta por parte do Governo do Tocantins, mas nenhuma foi apresentada. Por tal motivo, concordaram em suspender o processo no período de 30 dias para que o Estado tenha tempo de apresentar uma proposta para ser apreciada pelos fornecedores de medicamentos.

Entenda o Caso

Em maio de 2017, a Justiça Federal determinou, por meio de decisão liminar, que 16 laboratórios, de renome internacional, fornecessem medicamentos contra o câncer para o Governo do Tocantins com preços indicados pela tabela CMED, lista elaborada pelo Ministério da Saúde que, em alguns casos, contém valores inferiores aos praticados pelas grandes empresas. Na ocasião, o juiz federal Adelmar Aires Pimenta fixou multa diária no valor de R$ 50 mil em caso de descumprimento da determinação. Desde então, a Ação Civil Pública tramita na Justiça Federal.

O processo foi movido pelo Governo do Tocantins e Ministério Público Federal que alegaram que desde julho de 2016 a Secretaria de Saúde enfrentava dificuldades para abastecer seus hospitais com medicamentos destinados ao tratamento do câncer, pois, de acordo com a ação, nenhum laboratório, dos 42 que participaram da licitação de compra de medicamentos, se prontificou a atender o Poder Público.

Medicamento de uso diário está em falta há meses no Estado

A medicação de somatropina é essencial para o crescimento de crianças que não produzem o hormônio de forma natural. A interrupção do tratamento pode comprometer que a criança se desenvolva

por Jorge Cosme sex, 23/03/2018 – 14:06

Uma mãe entrou na Justiça contra o Governo de Pernambuco, que não está entregando um importante remédio para o desenvolvimento da filha com síndrome de Turner. Desde janeiro deste ano, a Farmácia da Secretaria Estadual de Saúde não tem repassado a somatropina, cuja entrega pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é determinada por lei federal.

Desde novembro de 2017, a jornalista e professora Gabriela Torres notou a entrega irregular do medicamento. Ela é mãe de uma menina de três anos que desde 2015 recebe a somatropina pelo Estado. A mulher recebia as doses em todo final do mês, mas, em novembro, o medicamento acabou antecipadamente.

"Fui na semana que tinha que ir, mas fui informada que estava em falta. Tinha chegado, mas tinha acabado. Em dezembro conseguimos com muita dificuldade. A partir de janeiro não consegui pegar o remédio de jeito nenhum", detalha Gabriela. Desde o dia 28 de dezembro, a professora liga todos os dias para a Ouvidoria do Estado de Pernambuco para saber se o medicamento chegou. 

A somatropina é conhecida como o hormônio do crescimento. "A Síndrome de Turner acomete só mulheres. Para minha filha crescer, precisa tomar somatropina, senão ela vai ficar com 1,40 metro de altura. Tem lei federal que diz que as meninas com Síndrome de Turner têm direito a receber o remédio pelo estado", explica a jornalista.

O medicamento é tomado todas as noites e não pode ser interrompido. Sem medicar a filha há dois meses, Gabriela acredita que o tratamento para o ano de 2018 já está prejudicado. Adriana Santana, outra professora e jornalista, também recebe a somatropina para uma de suas filhas que não produz o hormônio normalmente. "A Farmácia da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela entrega, não está fornecendo absolutamente nada. Adultos e crianças dependem desses remédios para viver e/ou ter qualidade de vida", escreveu Adriana em publicação no Facebook se referindo ao hormônio do crescimento e outros medicamentos.

Gabriela já procurou farmácias privadas, mas diz que o preço é inviável. Ela precisaria desembolsar R$ 2 mil por mês atualmente, sendo que a dose aumenta conforme a criança cresce. O marido dela abriu um protocolo na Secretaria de Saúde no dia 12 de março e recebeu a informação que o medicamento chegaria nesta sexta-feira (23), o que não ocorreu.

Sobre a somatropina, a Farmácia de Pernambuco respondeu que o atraso é do fornecedor. A Secretaria Estadual de Saúde, que já teria notificado oficialmente a empresa, alega estar tomando as medidas administrativas para garantir o fornecimento aos usuários do SUS. 

Outros remédios – O LeiaJá recebeu informações que a lista de remédios em falta é muito maior. Segundo informações, a Farmácia de Pernambuco remédio não está com remédio para hipertensão pulmonar, para tratamento das doenças oportunistas da Aids e colírio para glaucoma. A Secretaria de Saúde informou que precisa dos nomes exatos dos medicamentos para checar o motivo da falta.