Poupatempo distribuirá remédios

Medida visa evitar que usuários esperem até quatro horas para retirar medicamentos no Mário Covas

Daniel Macário

24/03/2018 | 07:00

Depois de longo processo de discussão, o projeto de descentralização da farmácia de alto custo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, foi aprovado pelo governo estadual. A proposta é a de que os medicamentos sejam distribuídos nos Poupatempos de Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá (atenderá também Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) e em unidade de Saúde de São Caetano.

O acordo para execução do projeto, segundo apurado pelo Diário, foi firmado na última semana durante encontro entre secretários de Saúde da região e representantes do Estado. A proposta estaria somente na dependência de aval do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que seja executada. A Secretaria de Estado da Saúde, no entanto, não confirma a informação.

“Pacientes da região não precisarão mais se deslocar até o Hospital Mário Covas para retirar os seus medicamentos, com exceção de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, onde o serviço será ofertado no Poupatempo de Mauá”, explica a secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura Zetone.

Para que o projeto seja efetivado, estão previstas reformas nas unidades do Poupatempo da região. A medida visa criar espaço adequado para que a distribuição dos medicamentos seja feita nos equipamentos. Dentre as intervenções a serem executadas estão a criação de área refrigerada e também de almoxarifado. No caso do Centro de Saúde Dr. Manoel Augusto Pirajá da Silva, que deve abrigar a distribuição em São Caetano, também estão previstas obras similares.

“Embora não se tenha um cronograma estabelecido para que a descentralização seja efetivada, para nós já é uma grande conquista ter tido essa pré-aprovação da proposta por parte do Estado”, comemora Regina Maura Zetone.

Conforme o secretário de Saúde de Santo André, Márcio Chaves, a expectativa é a de que o Estado se posicione sobre a proposta nas próximas semanas. “Só dependemos da resposta do governador”, enfatiza.

Antiga reivindicação por parte de moradores dos sete municípios, a descentralização da farmácia de alto custo do Hospital Mário Covas tem sido uma das bandeiras levantadas por prefeitos da região. A discussão se arrasta há pelo menos três anos, porém, até então sem grandes avanços.

Em 2016, representantes estaduais chegaram a recusar a sugestão do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC de ofertar a distribuição de medicamentos em unidades do AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) espalhadas pela região. Após o fracasso na negociação, prefeitos da região retomaram o debate no ano passado com outras alternativas.

Hoje concentrada no Hospital Mário Covas, a farmácia de alto custo da região realiza cerca de 2.000 atendimentos por dia. Superlotado, o serviço chega a ter média de espera de quatro horas. 

Grande ABC ganhará unidade da Cross

Municípios do Grande ABC formalizaram, na semana passada, acordo com o governo do Estado para instalação de unidade da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) na região. O equipamento deve ser instalado, ainda neste ano, nas dependências do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em Santo André.

Criada em 2011, a Cross terá, na região, a missão de distribuir, de forma mais adequada, os pacientes do Grande ABC para as vagas de atendimento nos equipamentos públicos de Saúde, propiciando, dessa forma, o ajuste da oferta disponível às necessidades imediatas do cidadão.

“Hoje recorremos à Cross da Capital para esse serviço, o que gera alguns transtornos. Em alguns casos, por exemplo, pacientes daqui acabam sendo transferidos para hospitais de municípios distantes. Com esse serviço mais próximo, poderemos sanar a necessidade de cada paciente de uma melhor forma”, explica a secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura Zetone.

Ainda não foi detalhado o custo para implantação do serviço.

SUS vai adotar remédio para tuberculose que substitui três comprimidos por um

Em 2017, foram registrados 69,5 mil novos casos da doença e 13.347 casos de abandono do tratamento de tuberculose

Agência Brasil

24 Março 2018 | 10h33

Um novo medicamento para tratar tuberculose deve chegar à rede pública de saúde em maio. Trata-se de nova apresentação do medicamento isoniazida, de 300 miligramas (mg), que permitirá a substituição de três comprimidos por apenas um. A expectativa é que a mudança garanta mais conforto aos pacientes.

Segundo o Ministério da Saúde, foram adquiridas 5 mil caixas do remédio, que correspondem a 2,5 milhões de comprimidos. Para o acompanhamento da implantação da isoniazida 300 mg, será financiada uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Os estudos terão apoio de pesquisadores externos nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal, que receberão, inicialmente, o medicamento.

O ministério espera que também ocorra ampliação da adesão ao tratamento. “Nosso objetivo é garantir o que há de mais inovador no tratamento da doença. Estamos investindo na cura, mas precisamos garantir que o paciente inicie e conclua o tratamento. Com a nova apresentação, vamos facilitar a vida do paciente que precisará tomar apenas um comprimido por dia”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante.

Em 2017, foram registrados 69,5 mil novos casos e 13.347 casos de abandono do tratamento de tuberculose. No mesmo ano, o percentual de cura de casos novos foi 73%, sendo que os estados do Acre (84,2%), de São Paulo (81,6%) e do Amapá (81,7%) alcançaram os maiores percentuais de cura.

Para estimular o tratamento da doença, neste sábado, 24, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o ministério lança a campanha Tuberculose Tem Cura. Todos juntos contra a tuberculose. A campanha vai ao ar entre os dias 23 e 30 de março e visa a conscientizar as pessoas a procurarem unidades de saúde para o diagnóstico, e os pacientes a realizarem o tratamento completo para atingir a cura.

Falta de medicamentos parece ser problema sem fim no ABC

Bruno Coelho

Fornecer à população condições ideais de Saúde é um direito previsto na Constituição Federal. Portanto, o acesso aos medicamentos é uma prerrogativa constitucional e prevista também no artigo 6º da lei federal 8.080 de 1990, que estabelece as diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde). Entretanto, assim como vários direitos são limados na prática, a aquisição de remédios nos serviços públicos também é prejudicada.

Nesse cenário, o ABC não foge à regra da distância entre o direito legal e o dia a dia de quem depende do SUS. Morador do Jardim Irene, em Santo André, Maurilio Silva, 67 anos, está há quase dois anos sem conseguir retirar o medicamento Selozok, para tratamento de arritmia cardíaca. “Até parei de verificar se tinha ou não, porque ficavam dizendo que em tal posto tinha, eu chegava lá e nada do remédio”, conta.

Silva paga R$ 45 em cada caixa de comprimido, com 30 unidades. No entanto, como ele precisa tomar duas pílulas ao dia, a despesa mensal sobe para R$ 90. O gasto seria evitado em meio a uma renda de R$ 1,5 mil por mês do munícipe, se a administração municipal garantisse o direito constitucional de acesso ao medicamento.

Prefeituras se calam

O RD questionou todas as sete prefeituras da região sobre percentual de medicamentos armazenados, quais estão mais em falta, os produtos mais solicitados pelos moradores e gastos públicos. Por parte de São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, houve omissão de esclarecimentos à população.

A falta de transparência das administrações públicas não esconde, porém, a realidade de moradores que passam meses à espera de medicamentos. Esse é o caso da professora de História, Thaís Ribeiro, 25 anos, que precisa buscar Sertralina, Fluoxetina (ambos para depressão) e Gliclazida (tratamento de diabetes), na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Assis, em Mauá, para si própria e também para sua mãe e avó.

Com até dois meses de espera, Thaís enfim conseguiu nesta terça-feira (20) Sertralina e Fluoxetina, após ouvir várias vezes que a UBS não tinha tais produtos. No entanto, ela segue desde outubro sem Gliclazida. “Sempre falam que não têm, não chegou e não há previsão. Já tentei também nas UBSs do (Jardim) Zaíra e (Jardim) Primavera. E quando falta, a gente gasta com Sertralina até R$ 60 e o Gliclazida fica em R$ 30”, relata.

Moradora do Parque Aliança, em Ribeirão Pires, a aposentada Encarnação Beltran Martines, 72 anos, também está com problemas para retirar medicamentos no município. A munícipe é usuária de Carvedilol (tratamento de insuficiência cardíaca), Somalgin (anticoagulante), Cloridrato de Propafenona (antiarrítmico), Sinvastatina (para colesterol), Levotiroxina Sódica (para tiroide) e Hidroclorotiazida (para a pressão).

Encarnação recebe de aposentadoria R$ 954 mensais e, por conta da insuficiência do poder público, gasta em média R$ 150 para comprar os remédios do próprio bolso. “Tento retirar os medicamentos há mais de seis meses na UBS Centro ou na da Vila Suíssa, mas nunca têm. Então todo mês já tenho que reservar parte do dinheiro só para os remédios”, lamenta.

A situação de auxiliar de enfermagem Milena Ardenghe, 35 anos, também é grave. Após ter um tromboembolismo pulmonar, em fevereiro de 2017, seu pneumologista receitou o Xarelto, por ser o medicamento mais seguro para seu tratamento. No entanto, ao tentar obtê-lo no Centro Policlínico Gentil Rstom, no bairro Nova Gerty, São Caetano, foi informada que esse produto não é fornecido, exceto por ação judicial.

Milena conta que recebeu a sugestão na unidade para tomar outro medicamento, porém, seu médico não autoriza a troca. “Esse é o único medicamento com total eficácia, não posso simplesmente trocar porque o posto não fornece”, diz.

Com o desconto do laboratório, Milena paga R$ 211 na caixa do medicamento, que dura em média 28 dias. O remédio compromete 19% de sua renda mensal de R$ 1,1 mil. A moradora cogita entrar com uma ação judicial contra a Prefeitura de São Caetano para ter acesso ao medicamento.

Santo André amplia abastecimento

O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), garante que a rede municipal de Saúde já conta com 90% dos medicamentos abastecidos. No início do ano passado, o índice apontado pela administração municipal estava em 25%, com agravamento no estoque de psicotrópicos, em percentual de 10%. O motivo para o cenário crítico era os atrasos de pagamentos a fornecedores.

De acordo com a Prefeitura de Santo André, houve o pagamento de aproximadamente R$ 7 milhões em débitos atrasados com as distribuidoras. Dessa forma, o governo diz ter uma situação regularizada nos postos de saúde, exceto por “algumas faltas pontuais de medicamentos”, cenário, que segundo nota, não ocorre constantemente para moradores dependentes do sistema público.
Entre as razões para consideradas para “eventuais” ausências de determinados remédios no estoque são burocracia legal e o fato do Brasil ser dependente do mercado externo para aquisição de farmoquímicos (matéria-prima básica para a produção de medicamentos). A Coordenadoria Municipal de Assistência Farmacêutica adquire cerca de 500 tipos de medicamentos para rede municipal e atendimentos de demandas judiciais.

São Bernardo

A Prefeitura de São Bernardo informa que os medicamentos mais solicitados são Losartan (hipertensão arterial), Sinvastatina (doenças cardiovasculares), Omeprazol (usado contra problemas estomacais como acidez e gastrite) Hidroclorotiazida (tratamento da pressão alta) e Metformina (antidiabético). O governo, porém, não informou o percentual de armazenamento de produtos para rede municipal.

O valor gasto pela administração ao serviço de medicamentos é de R$ 39 milhões anuais, para materiais hospitalares, insumos para diabetes e medicamentos de ação judicial. (Colaborou Amanda Lemos)

Farmacêutica Apsen teve faturamento de R$ 650 milhões em 2017

Com sede em Santo Amaro, São Paulo, a Apsen é uma companhia farmacêutica brasileira que investe em pesquisa e inovação para comercializar mais de 35 produtos em 85 apresentações, sendo especialmente forte nas principais capitais brasileiras. Fundada há 48 anos por um casal de imigrantes italianos, hoje a empresa emprega mais de 1000 colaboradores divididos nas áreas de Vendas, Administrativo, Industrial, Técnica e Assuntos Corporativos.

Voltada para produtos de marca, a Apsen está presente nas principais áreas terapêuticas: Neurologia, Psiquiatria, Otorrinolaringologia, Urologia, Ginecologia, Reumatologia, Ortopedia, Gastroenterologia, Geriatria, Endocrinologia, Angiologia e está crescendo a cada dia na área de MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) e Alimentos Funcionais.

Dados da companhia

Faturamento: R$650 milhões (2017)

Unidades vendidas: + de 22 milhões (2017)

Média de medicamentos vendidos por minuto: 44 unidades (2017)

Mais de 1000 colaboradores, sendo aproximadamente 500 representantes em nível nacional

Governo Federal anuncia R$ 642,9 milhões para conclusão de fábrica da Hemobrás em Goiana (PE)

Escrito por André | Publicado: Sexta, 23 de Março de 2018, 19h11 | Última atualização em Sexta, 23 de Março de 2018, 19h17

Recurso é oriundo de nova parceria para internalizar a tecnologia do fracionamento de plasma e livrar o país da dependência do mercado externo

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) irá receber do Governo Federal e de parceiros privados cerca de R$ 642,9 milhões para concluir a fábrica de fracionamento de plasma em Goiana (PE). O recurso é oriundo de uma nova parceria tecnológica firmada entre a Hemobrás/Ministério da Saúde e Tecpar/Octapharma, assinada nesta sexta-feira (23/03), durante visita do presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Saúde, Ricardo Barros, às instalações da empresa pública. Com os novos investimentos, a fábrica deverá estar concluída em dois anos.

Para o presidente da República, Michel Temer, os incentivos realizados na fábrica vêm em resposta à dimensão e importância da Hemobrás para a produção de hemoderivados. “Nós estamos ligando a responsabilidade fiscal com a responsabilidade social. Juntos estamos no caminho certo”. Do total de investimentos, R$ 195,5 milhões foram destinados pelo Ministério da Saúde; R$ 101,1 milhões de recursos próprios da Hemobrás e R$ 346,2 milhões da nova parceira, a Octapharma. O novo parceiro tecnológico irá substituir a empresa francesa LFB.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, ressaltou a importância de se investir na internalização desta tecnologia no país. “Quando a fábrica entrar em funcionamento, vamos economizar R$ 600 milhões por ano, por fracionarmos aqui o sangue que nós, hoje, mandamos para o exterior para ser fracionado e devolvido para o Brasil. Portanto, é um investimento que se paga muito rapidamente e que permitirá a solução de diversos outros problemas que temos”.

Com o novo acordo, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) terá a função de gerir o plasma colhido na região centro-sul e sudeste do país, além do processamento inicial, logística e o controle de qualidade e envase do produto.

A Hemobrás ficará com o processamento efetivo, a gestão do plasma nas demais áreas do país, o fracionamento e, também, com o envase dos hemoderivados. À Octapharma caberá transferir a tecnologia às empresas públicas e garantir o investimento para a produção no país.

Ao todo, serão produzidos os seis hemoderivados de maior consumo no mundo e que hoje são 100% importados (albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX plasmáticos, fator de von Willebrand e complexo protrombínico).

Em seu discurso, o ministro Ricardo Barros ainda garantiu a construção da fábrica de Fator VIII Recombinante no complexo da Hemobrás. “Está autorizado a diretoria da Hemobrás a construção da fábrica de fator VIII recombinante que está em negociações com a Shire e há outros parceiros tecnológicos dispostos a construir a fábrica com recursos próprios, e parcerias no empreendimento”.

O fator de coagulação VIII recombinante, é obtido por meio de engenharia genética e considerado como o tratamento mais moderno no mundo para a hemofilia tipo A. Esses produtos são fundamentais para portadores de hemofilia, imunodeficiências primárias, cânceres, cirrose, queimaduras graves, crianças com Aids e pessoas em terapia intensiva. O Ministério da Saúde implementa, com esses investimentos, importantes soluções para o avanço da política de sangue do país.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde
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Corpo em um chip substitui cobaias em testes de medicamentos

Redação do Diário da Saúde

O biochip contém células de até 10 órgãos diferentes: fígado, pulmão, intestino, endométrio, cérebro, coração, pâncreas, rim, pele e músculo-esquelético.

Engenheiros do MIT desenvolveram uma nova tecnologia que poderá ser usada para avaliar novos candidatos a medicamentos e detectar possíveis efeitos colaterais antes que esses fármacos sejam testados em humanos.

Usando um biochip microfluídico aberto, eles conectaram tecidos cultivados em laboratório de 10 órgãos do corpo, criando uma imitação das interações dos órgãos humanos por semanas, permitindo medir os efeitos das drogas em diferentes partes do corpo.

A expectativa é que sistemas desse tipo, quando totalmente desenvolvidos, revelem, por exemplo, se um medicamento que se destina a tratar um órgão terá efeitos adversos em outro.

"Os animais não representam as pessoas em todas as facetas que você precisa para desenvolver drogas e entender a doença. Isso está se tornando cada vez mais evidente à medida que olhamos para todos os tipos de drogas.

"Alguns desses efeitos são realmente difíceis de prever a partir de modelos animais porque as situações que levam a eles são idiossincráticas. Com o nosso chip, você pode distribuir um medicamento e depois procurar os efeitos em outros tecidos e medir a exposição e como ele é metabolizado," disse a professora Linda Griffith.

Além disso, esses biochips também poderão ser usados para testar medicamentos contra anticorpos e outras imunoterapias, que são difíceis de testar completamente em animais porque são projetados para interagir com o sistema imunológico humano.

10 órgãos em um chip

A maior parte dos biochips envolve sistemas microfluídicos fechados, que permitem alimentar as células e injetar os medicamentos, mas não oferecem uma maneira fácil de manipular o que está acontecendo dentro do chip.

A equipe então decidiu criar um sistema aberto, que essencialmente remove a tampa e facilita a manipulação do sistema e a retirada de amostras para análise.

O chip também incorpora várias bombas que permitem controlar o fluxo de líquido entre os "órgãos", simulando a circulação do sangue, das células imunes e das proteínas através do corpo humano.

Os pesquisadores criaram várias versões do chip, ligando até 10 órgãos: fígado, pulmão, intestino, endométrio, cérebro, coração, pâncreas, rim, pele e músculo-esquelético. Cada "órgão" consiste de aglomerados de 1 milhão a 2 milhões de células. Esses tecidos não replicam todo o órgão, mas desempenham algumas das suas funções mais importantes.

Questionado uso de cobaias para pesquisas sobre câncer humano

Qual é o melhor remédio para tratar o diabetes tipo 2?

saude.abril

Na minha humilde opinião, em pleno 2018 a medicina ainda está longe de ser personalizada e individualizada.

Ora, usamos os mesmos medicamentos e doses semelhantes desses remédios para pessoas de sexo, idade e composição corporal diferentes. Calma que já chego no diabetes.

Não sabemos se determinado tipo de exercício físico será tão bom para um indivíduo quanto foi para outro.

Tampouco conseguimos dizer se uma orientação alimentar específica trará benefícios duradouros para todos os membros de uma mesma família.

Mais recentemente, porém, estamos começando a ver os esboços de uma medicina efetivamente individualizada na seleção de tratamentos para alguns tipos de câncer e até mesmo para alguns transtornos depressivos.

No campo de estudo do diabetes, já podemos vislumbrar os primeiros esforços nesse sentido. Pesquisadores da Eslováquia e da República Tcheca, por exemplo, avaliaram há pouco se a presença de uma determinada mudança no código genético de pessoas com diabetes tipo 2 promoveria respostas diferentes aos remédios usados.

Na experiência, foram testados dois dos medicamentos antidiabéticos mais prescritos no mundo: a vildagliptina e a sitagliptina.

A análise acompanhou por seis meses 137 pacientes europeus fazendo uso desses fármacos. Quando se avaliaram as curvas de resposta às medicações, observou-se que a presença de uma discreta mudança genética — tão sutil a ponto de não podermos chamá-la de “mutação” — foi capaz de reduzir o efeito do medicamento em algo próximo a 50%.

Em paralelo a esse estudo, cientistas britânicos investigaram se o grau da resistência à insulina — quando o hormônio não consegue liberar a entrada da glicose para as células — também interferia na resposta a esses mesmos remédios.

A conclusão foi parecida: pessoas com maior grau de resistência insulínica apresentam pior resposta a esse tipo de medicação.

Achados como esses indicam que, muito em breve, poderemos escolher o remédio para tratar o diabetes tipo 2 dependendo do perfil metabólico e genético do paciente. Aí, sim, conseguiremos dizer que entramos na era da medicina personalizada e individualizada.

Sanofi é empresa onde profissionais brasileiros sonham trabalhar

Fonte: Sanofi

A Sanofi foi classificada como uma das “Top Companies – Onde os Brasileiros Sonham em Trabalhar”, em levantamento feito pelo LinkedIn, a maior rede profissional da internet, que revela as 25 empresas com mais de 500 funcionários mais procuradas na plataforma nos últimos 12 meses.

Em sua terceira edição, o prêmio avalia as interações entre os usuários da rede social e as empresas. Dentre os critérios de avaliação para a elaboração do ranking estão: interesse em oportunidade de carreira; interesse na marca e nos colaboradores, isto é, quantidade de pessoas que visualizam e pedem para se conectar com os funcionários da empresa, quantidade de usuários que acessam a página e o alcance e engajamento nas publicações da empresa no LinkedIn; e retenção, ou seja, colaboradores que permanecem na companhia por pelo menos um ano.

“A Sanofi é uma empresa parceira da jornada de saúde dos pacientes e atrair os melhores talentos certamente ajudará a entregar resultados cada vez melhores para pacientes e comunidade médica”, afirma o diretor de Recursos Humanos da Sanofi, Pedro Pittella.

Sanofi no LinkedIn

O Brasil lidera o ranking de seguidores da página global da Sanofi com uma audiência local de 132 mil usuários, que acompanham oportunidades de carreira, notícias sobre as ações desenvolvidas pela companhia e atualidades sobre o setor de saúde.

“Com as redes sociais e a segmentação de plataformas, as pessoas estão cada vez mais engajadas em fazer networking e trocar experiências, ou seja, estão mais empoderadas. A Sanofi reforçou seu propósito de estar presente em canais como o LinkedIn para oferecer o máximo de informação àqueles que estão interessados na companhia e suas atividades”, explica a diretora de Comunicação e Responsabilidade Corporativa da Sanofi, Márcia Goraieb.

Esclarecimento

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Barros e Cida anunciam novo Tecpar em PG

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, e a vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, anunciam, no domingo (25), o investimento de R$ 33 milhões na modernização da unidade do Tecpar dentro da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Os recursos do Ministério da Saúde vão transformar a cidade de Ponta Grossa em um polo farmacêutica. A unidade do Tecpar vai produzir medicamentos sintéticos de alto valor agregado que serão fornecidos ao SUS.

A estrutura terá escala industrial, com capacidade de produção de 200 milhões de comprimidos/ano e 100 milhões de cápsulas/ano, quantidades suficientes para suprir a demanda do Ministério da Saúde.

A cerimônia está marcada para as 16h do domingo no campus da UEPG.

Indústria farmacêutica mineira pretende ser o maior fabricante de genéricos injetáveis do Brasil

Hipolabor definiu nova meta, que deve ser alcançada em cinco anos

Com o objetivo de continuar sua trajetória de crescimento e se consolidar como uma referência no mercado nacional, a indústria farmacêutica Hipolabor definiu, em seu novo planejamento estratégico, “ser o maior fabricante de genéricos injetáveis do Brasil até 2022”. Em 2012, a Hipolabor havia estabelecido que se tornaria a empresa brasileira líder na fabricação de injetáveis até 2017. Com planejamento e dedicação de toda a equipe, esse objetivo foi atingido dentro do prazo estipulado.

De acordo com o Anuário da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de 2016, a Hipolabor se destaca, superando as demais empresas que não têm foco em produção de injetáveis e atuam apenas no mercado de varejo. A diretora de Qualidade da Hipolabor, Dardânia Leite, afirma que confia na capacidade da equipe e a nova meta deverá ser alcançada conforme o planejado. “Temos colaboradores de altíssimo nível trabalhando em sintonia, além de diferenciais estratégicos. A Hipolabor está focada em ampliar sua produção de injetáveis, tendo já feito grandes investimentos recentemente, o que garantiu um ganho em competitividade”, afirma.

A trajetória da Hipolabor, atualmente a maior indústria farmacêutica de Minas Gerais, começou em 1984, com a implantação da primeira unidade no município de Contagem (MG). Com um expressivo volume de vendas alcançado em todo o território nacional, em 1988 a empresa foi transferida para uma área maior, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em 2001, foi inaugurada mais uma unidade, dessa vez na capital mineira.

A empresa, que possui atualizado o Certificado de Boas Práticas de Fabricação emitido pela Anvisa, está se expandindo cada vez mais. A construção de uma nova planta industrial, em Montes Claros (MG), é mais um investimento da Hipolabor. Com a nova unidade, a empresa pretende aumentar a sua capacidade produtiva em 500% na linha de sólidos e em 200% na linha de medicamentos injetáveis.

Informações: http://www.hipolabor.com.br