CRF aponta R$ 3 milhões em remédios vencidos

Cidades

PEDRO HEIDERICH VINHEDO | 01/05/2017-20:01:59 Atualizado em 01/05/2017-20:05:47

Um relatório do CRF (Conselho Regional de Farmácia) apontou que ao menos R$ 3 milhões em remédios da Prefeitura de Vinhedo venceram. Concluído no dia 17 de abril, o documento atende solicitação da Promotoria de Justiça de Vinhedo. Segundo o levantamento, foram encontradas 248 caixas de remédios na Santa Casa (cerca de 433.276 unidades) em "procedimento inadequado".

O balanço aponta que a maior parte das substâncias venceu no almoxarifado municipal, mas só cerca de 13% estava na Santa Casa. E que, entre 2015 e 2016, 3.191.471 unidades de medicamentos foram perdidas. Somente os principais medicamentos catalogados, encontrados na Santa Casa, totalizam um desperdício de R$ 525.282,43, acrescenta o relatório.

De acordo com cálculo do vereador Rodrigo Paixão (Rede), que divulgou o relatório em seu site oficial anteontem, em apenas dois anos (2015 e 2016), o valor de desperdício e prejuízo com os remédios vencidos é de aproximadamente R$ 4 milhões.

O documento cita que entre as fórmulas encontradas, estavam insulinas (549 frascos), psicotrópicos, e até medicamentos de alto custo contra o câncer como o Zoladex (custo de R$ 1.162,76 o frasco) e o Zytiga (R$ 71,47 cada comprimido). Havia ainda anti-hipertensivos, como o Besilapin (208.460 unidades) e o Captopril (61.360 unidades), pomadas de Dexametasona (6.400), anticoncepcionais, como o Medroxiprogesterona (800 ampolas) e o Norestiderona (24.225 comprimidos). Além de remédios de uso da população haviam da urgência e emergência como Dopamina (1.500), Glicose (25.042) e Sulfadiazina de Prata (143 potes).

O laudo do CRF demonstrou que 72% dos medicamentos que faltavam e eram mais procurados pela população continuam faltando. Em processo de investigação de fiscalização foi verificado diversos problemas com a catalogação, acondicionamento, segregação e controle de medicamentos, ainda segundo o balanço.

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