Novo medicamento reforça arsenal de tratamento contra mieloma múltiplo
Daratumumabe é alternativa inovadora para muitos pacientes que, até o momento, contavam com poucas opções de tratamento.
São Paulo — Uma nova opção de tratamento para o mieloma múltiplo já está disponível para os brasileiros. Daratumumabe chega para responder a uma necessidade não atendida de pacientes que experimentam recaída ou não respondem às terapias já existentes. O registro da droga, primeira molécula de uma nova classe terapêutica, está sendo considerado pela comunidade médica um avanço considerável e expressivo. A chegada de Daratumumabe renova a esperança de muitos pacientes que, até o momento, contavam com poucas opções de medicamentos.
O medicamento foi avaliado em regime de priorização pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (Anvisa), o que antecipou em um ano e meio o acesso dos brasileiros à terapia, praticamente ao mesmo tempo em que os principais países do mundo. O Brasil foi o segundo a ter o medicamento aprovado para o tratamento combinado da doença a partir da segunda linha. Daratumumabe aumenta de forma significativa o tempo em que a doença não progride, além disso, atua no resgate de pacientes que não conseguem mais responder a outros tratamentos.
A droga pertence a uma nova classe de medicamentos por ser uma terapia-alvo, que foca especificamente nas células tumorais, na tentativa de tratar as doentes sem atingir as saudáveis, garantindo, assim, maior precisão ao tratamento, menos efeitos colaterais e, consequentemente, melhora na qualidade de vida do paciente. Além disso, Daratumumabe é o único anticorpo monoclonal aprovado para o mieloma múltiplo e introduz, no tratamento da doença, o conceito de imuno-oncologia, que usa o próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer.
Os resultados apresentados fazem Daratumumabe ser considerado no meio científico como um marco na evolução do tratamento para mieloma múltiplo. Segundo o hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Jairo Sobrinho, o medicamento demonstrou resultados considerados sem precedentes em seus estudos clínicos, tanto em uso exclusivo quanto em combinação com outras drogas. O retardo na progressão da doença e as taxas de resposta foram os achados mais impactantes dessas pesquisas.
Mieloma Múltiplo — O mieloma múltiplo é um câncer hematológico incurável, que ocorre quando as células plasmáticas malignas crescem descontroladamente na medula óssea. O mieloma múltiplo refratário ocorre quando a doença progride em vigência de um determinado tratamento ou num curto período após o término do tratamento. Mieloma múltiplo recorrente é quando a doença retornou após um período de remissão inicial, parcial ou completa. Representando cerca de 1% de todos os cânceres e 15%-20% de malignidades hematológicas em todo o mundo, o mieloma múltiplo é o segundo câncer hematológico mais frequente e continua sendo uma doença incurável devido à sua recidiva inevitável e à evolução da resistência aos medicamentos disponíveis. A sua evolução pode variar muito de paciente para paciente, exigindo avaliação criteriosa para a definição da melhor abordagem. Pacientes com doença recidivada e refratária ao tratamento padrão normalmente têm prognósticos menos favoráveis.
Tratamentos — Atualmente, o tratamento da doença no Brasil é feito com quimioterapia, drogas antineoplásicas, administração de corticoides ou transplante de medula óssea. Neste contexto, a aprovação de daratumumabe representa uma grande evolução, pois os estudos com o novo medicamento em combinação com bortezomibe e dexametasona mostram que este esquema reduz o risco de progressão de doença ou morte em 67% vs. o tratamento padrão, além de proporcionar uma taxa de resposta global ao tratamento de84%. Quando utilizado mais precocemente, em 2ª linha de tratamento, a redução do risco de avanço da doença chega em 78%, sugerindo que os pacientes que utilizam antes tenham maior benefício.
O daratumumabe — Daratumumabe é o primeiro anticorpo monoclonal (mAb) anti-CD38, que é uma proteína altamente presente nas células do mieloma, independente do estágio da doença. Estudos adicionais estão em curso ou planejados para avaliar o seu potencial em outras doenças malignas e pré-malignas em que o CD38 se expressa, como o mieloma assintomático e linfoma não-Hodgkin. Daratumumabe foi aprovado nos EUA em regime de priorização por ser considerado uma terapia breakthrough, e já está disponível na Europa, no Canadá e em alguns países da América Latina. Daratumumabe foi aprovado no Brasil pela Anvisa em regime de priorização.
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