Praya: conheça a cerveja carioca que quer conquistar SP (e o Brasil)
A cerveja artesanal carioca Praya é uma das que mais cresce no Brasil. O segredo? Seu estilo praiano e relaxado
Essa poderia ser só mais uma história de um apaixonado por cerveja que decide fabricar sua própria marca na cozinha de casa para tomar com os amigos. Poderia, caso a cerveja em questão não fosse uma das que mais cresce no Brasil – e em velocidade assustadora.
Em apenas um ano de existência no mercado, a Praya passou de uma produção caseira de 20 litros para uma estrutura que produz 15 mil litros e já tem mais de 600 pontos pontos de distribuição no Rio de Janeiro e 100 em São Paulo. A previsão é chegar aos 50 mil litros até o fim de 2017 – e tudo isso com apenas um rótulo.
"Eu fiz a Praya para ela ser minha cerveja favorita", diz o surfista, base jumper, skydiver e autodidata Marcos Sifu, que criou a receita na cozinha de casa depois de descobrir que cervejas podem ser feitas em cozinhas. "Sempre gostei de cervejas de trigo, mas achava muito pesadas. Por isso, quando inventei a Praya decidi fazer uma Witbier mais leve, mais adaptada para o nosso clima, que é sempre verão", explica.
Crescimento
Da cozinha de Sifu para o mercado, a Praya contou com a ajuda de três novos sócios, Tunico Almeida, Duda Gaspar e Paulo de Castro – mais conhecido como o DJ Zeh Pretim. O primeiro lote foi vendido em janeiro de 2016. "De cara nós já procuramos fábricas e usamos nosso networking pra conseguir uma das maiores distribuidoras do rio", conta Zeh Pretim. "Com certeza isso já deu outra cara para o negócio, fez com que os restaurantes e os bares pudessem confiar em uma cerveja artesanal", completa.
A estratégia adotada pela equipe – formada só por amigos – foi o boca a boca. "No terceiro mês já éramos a segunda cerveja mais vendida de um dos maiores bares do Rio", lembra o DJ. "Todas as metas estão sendo batidas muito rápido. É a nossa sorte, mas também nossa experiência, nos planejamos muito bem para não faltar produto nunca", avalia.
Workaholics assumidos, Sifu e Pretim revelam os planos da Praya para 2018: se consolidar no Rio de Janeiro com 2 mil pontos de distribuição, ter uma fábrica no Nordeste e "fincar raízes" em São Paulo. "Nossa meta mais ousada é ser A local beer do Brasil, como a Red Stripe na Jamaica", revela Zeh Pretim.
Lifestyle
Mas como crescer tanto em pouco tempo sem perder as características artesanais? A ideia da Praya para encontrar o equilibrio entre o artesanal e o comercial é apostar em duas frentes: qualidade e identidade. "Minha intenção sempre foi fazer a melhor cerveja que eu fosse capaz de fazer: saborosa, leve, com apenas ingredientes naturais e de alta qualidade", diz Sifu. "O mais importante, então, é manter a mesma qualidade de quando eu produzia apenas para meus melhores amigos", explica.
Pretim concorda: "O crescimento é inevitável, então a estrategia é crescer sem precisar alterar os ingredientes do produto. Vamos seguir até onde o mercado quiser nos absorver. Queremos ser uma cerveja justa", pondera.
Parte de ser "justa" significa passar a diante seu lyfestyle. "Não pensamos em vários rótulos, só em uma cerveja democrática como a praia, leve e refrescante para beber em quantidade com os amigos", diz Zeh Pretim. "Nosso marketing não é cervejeiro, mas do nosso estilo de vida: saúde, esporte, arte e praia", brinca.
Esse marketing é importante para a avaliação que os sócios têm do futuro: a Praya ainda tem muito a crescer. E se subrótulos parecem "improváveis", uma família de bebidas pode aparecer por aí. Água e mate Praya também estão nos planos – todos com a mesma ideia ligada ao lazer, à quantidade e ao sabor.
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