Vacina contra o vírus zika deverá ser testada no Brasil
A equipe brasileira pretende refazer os testes da fase 1 para verificar a segurança da vacina em pessoas que já contraíram dengue e participar da segunda etapa de avaliações ao lado de equipes dos Estados Unidos, Porto Rico, Peru, Costa, Panamá e México
Por meio de um acordo estabelecido com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid), dos Estados Unidos, no início deste ano, o Brasil deverá participar dos testes de avaliação da eficácia (fase 2) de uma vacina contra o vírus zika.
Formulada pelas equipes do Niaid e identificada pelo código VRC-ZKADNA085-00-VP, a vacina mostrou-se segura e capaz de ativar a produção de anticorpos contra o vírus em modelos animais e nos testes iniciais (fase 1) em pessoas saudáveis, não infectadas.
Os testes no País serão coordenados pelos médicos Jorge Kalil e Esper Kallas, professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). “Começamos a discutir a participação brasileira há um ano, quando Barney Graham, do Niaid, o inventor dessa vacina, esteve no Brasil”, diz Kalil.
“É uma vacina bastante promissora e segura, que pode ser produzida rapidamente.” Segundo ele, o plano dos testes encontra-se em análise na Comissão de Ética e Pesquisa da FM-USP e, se aprovado, deverá seguir para a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Kalil espera começar os testes no segundo semestre deste ano em um grupo previsto de 120 pessoas. A equipe brasileira pretende refazer os testes da fase 1 para verificar a segurança da vacina em pessoas que já contraíram dengue e participar da segunda etapa de avaliações ao lado de equipes dos Estados Unidos, Porto Rico, Peru, Costa, Panamá e México.
Revista Pesquisa Fapesp
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