Anvisa proíbe venda de lote do azeite Lisboa
Natural Alimentos diz não ter sido informada sobre as avaliações e os resultados obtidos
por O Globo
19/06/2017 15:00 / Atualizado 19/06/2017 16:08
RIO — A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do lote 26454-361 do azeite de oliva extra virgem da marca Lisboa (válido até 23/05/2019), fabricado pela Natural Óleos Vegetais e Alimentos Ltda.
A decisão foi motivada por um laudo de análise fiscal emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, com resultado insatisfatório por apresentar características sensoriais, perfil de ácidos graxos, determinação de ácidos graxos monoinsaturados, determinação de ácidos graxos poli-insaturados e pesquisas de matérias estranhas acima das faixas recomendadas.
Procurada, a Natural Alimentos informou que, desde fevereiro deste ano, não comercializa o azeite de oliva Extra Virgem, Virgem e tipo Único Lisboa. Salienta, entretanto, que mesmo não comercializando o produto citado há mais de cinco meses, não foi informada a cerca de avaliações e análises realizados e ou solicitadas pela Anvisa.
“Não sabemos dos resultados obtidos, quem recolheu e em qual condição a amostra foi acolhida. Ou seja, a Natural Alimentos não teve sequer direito e também condições de se defender”, ressalta na nota enviada a esta seção.
A Natural Alimentos disse ainda cumprir restritamente a nossa legislação em todos os aspectos em que atua.
“Somos uma empresa brasileira de 12 anos, possuímos mais de 150 colaboradores (diretos e indiretos). O nosso time de profissionais incluindo engenheiros e técnicos em alimentos, administradores, gestores em saúde alimentar, especialistas em tecnologia e produção, trabalha com a missão de produzir produtos de alta qualidade e facilitar a vida do consumidor”, conclui a empresa.
Classificação do azeite de oliva
O azeite de oliva virgem pode ser classificado em três tipos: o extra virgem (acidez entre 0,8% e 2%), virgem (acidez menor que 0,8%), lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos benéficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado.
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