Nestlé compra participação em empresa de refeições saudáveis Freshly
A participação foi adquirida por US$ 77 milhões
O Estado de S.Paulo
20 Junho 2017 | 10h26
A Nestlé anunciou nesta terça-feira, 20, que comprou uma participação minoritária na Freshly, empresa que vende refeições saudáveis nos EUA usando um modelo de assinatura. A participação foi adquirida por US$ 77 milhões. O presidente da Divisão de Alimentos da Nestlé nos EUA, Jeff Hamilton, terá um assento no conselho de administração da Freshly. A Nestlé e outras empresas do setor vêm enfrentando uma rápida mudança na preferência dos consumidores, que estão abandonando alimentos embalados e migrando para opções mais saudáveis.
A Freshly foi fundada em 2015 e emprega 400 pessoas. A companhia vende diretamente aos clientes por meio de um serviço online semanal que oferece um menu rotativo com opções sem glúten, com alto teor de proteína, baixo teor de carboidratos e vegetarianas. Além de ampliar a oferta de produtos da Nestlé, a participação na Freshly dá à companhia acesso direto aos dados dos clientes.
"Embora a maioria das escolhas alimentares ainda seja feita nos supermercados, está claro que os consumidores estão respondendo a um crescente universo de opções de vendas diretas", afirmou o CEO da Nestlé nos EUA, Paul Grimwood. Segundo ele, a Nestlé terá acesso aos dados analíticos e à rede de distribuição da Freshly, enquanto a companhia norte-americana se beneficiará da experiência da Nestlé em pesquisa e desenvolvimento e nutrição.
Além disso, o investimento mais recente da Nestlé dá à empresa uma fatia do mercado de alimentos preparados vendidos online, estimado em US$ 10 bilhões somente nos EUA. O CEO da companhia, Mark Schneider, que assumiu o cargo em janeiro, vem enfrentando pressão de acionistas para encontrar novas opções de crescimento.
Embora a América do Norte represente 20% das vendas globais da Nestlé em alimentos embalados, a companhia continua perdendo participação nesse importante mercado, disse a analista de alimentos Lianne van den Bos, da Euromonitor. / DOW JONES NEWSWIRES
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