AM: cooperativas catarinenses e amazonenses podem firmar parcerias de intercooperação, diz Fecoagro/SC
Manaus/AM
Os produtos Aurora já são conhecidos e muito apreciados na Região Norte do país. As grandes redes de supermercados vendem e ampliaram o mercado após o episódio da carne fraca. A informação foi colhida durante o Seminário Sobre as Potencialidades e Peculiaridades do Amazonas Rural, realizado, na última semana, na Assembleia Legislativa do Amazonas, fazendo parte da programação da viagem empreendida pelas cooperativas da Aurora na Região Norte do país. A organização do seminário foi da Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas, cujo superintendente é o catarinense de Itapiranga Adriano Trentin Fassini, que já trabalhou na então Cooperita.
Participaram do seminário, além das cooperativas catarinenses, um grupo de cooperativas do Amazonas; o secretário de Produção Rural do Estado, José Sidnei Lobo; o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo Estadual, deputado Luiz Castro; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas, Muni Lourenço Silva Júnior e diversos dirigentes de entidades do agronegócio dessa região.
Além de conhecer os números da agropecuária do Estado, a reunião serviu para proposições de parcerias entre as cooperativas de SC e cooperativas do Amazonas, para desenvolver projetos de intercooperação entre os dois estados.
Os amazonenses solicitaram apoio técnico da Coopercentral Aurora Alimentos para desenvolver projetos de cooperação com as cooperativas e reivindicaram que a cooperativa colocasse os produtos daqui nos seus pontos de distribuição por esse país a fora.
O presidente da Ocesc e da Coopervil de Videira, Luiz Vicente Suzin, demonstrou interesse em envasar na sua fábrica de Videira o suco de açaí, produzindo abundantemente no Amazonas e que vem conquistando os mercados, inclusive com a possibilidade de desenvolver uma nova marca das cooperativas dos dois estados.
O deputado Luiz Castro, presidente da Frencoop, fez ampla exposição das ações da Frente na Assembleia e demonstrou grande conhecimento sobre o agronegócio e também dos demais ramos do cooperativismo, especialmente na área de crédito.
O secretário de Produção Rural do Estado reclamou da falta de apoio oficial dos governos anteriores para com o setor agropecuário, não tendo existido prioridade governamental. Lembrou que a predominância de agricultores é extrativista com a produção de castanha, borracha, frutas tropicais e horticultura. O custo de produção por aqui é elevado devido à logística. Exemplificou que dependendo das distâncias ao destino, o calcário pode variar de R$ 650,00 a R$ 1.200,00 por tonelada e o calcário é indispensável para corrigir o solo.
O secretário da Agricultura de SC, Moacir Sopelsa, que acompanha a delegação, ao se pronunciar no seminário destacou o trabalho das cooperativas de SC para a Pasta, ressaltando que os programas da Secretaria somente chegam ao pequeno produtor graças às parcerias com a Fecoagro e as cooperativas.
Representante do Instituto Idam, órgão responsável pelo serviço de extensão rural do Amazonas, apresentou uma panorâmica da situação agropecuária do Estado, ficando evidente que são muitas as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais, especialmente devido às distâncias nesse território, nas dificuldades dos transportes, que é realizado predominantemente por barcos. Relatou que existem percursos de mais de 4 mil km de rios para chegar zona rural, demorando de 12 a 15 dias para os produtos chegarem ao seu destino.
Fonte: Fecoagro/SC
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