Fiocruz planeja investimentos de R$ 10 mi e construção de fábrica em MS
Fábrica para produção de medicamentos seria o primeiro laboratório público do Centro-Oeste
Richelieu de Carlo
Com escritório em Campo Grande desde 2011, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) planeja nos próximos anos "evoluir" sua infraestrutura na Capital e, com investimentos de R$ 10 milhões, gerar postos de trabalho com uma fábrica para produção de medicamentos.
Um dos passos para essa expansão foi realizado nesta sexta-feira (30), com a assinatura pelo prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), do termo que desafeta terreno da prefeitura e doa à Fundação Oswaldo Cruz, no bairro Parati.
Com isso, a Fiocruz vai poder evoluir na sua segunda etapa do seu plano diretor. "Essa é a fase que vai oferecer realmente a infraestrutura física e tecnológica para ter o trabalho completo aqui no Estado, para que possamos evoluir de um escritório técnico regional para uma unidade técnico-científica", explica a diretora da Fundação em Mato Grosso do Sul, Jislaine de Fátima Guilhermino.
A Fiocruz atualmente não tem laboratórios no Estado, então os trabalhos de pesquisa são desenvolvidos em parceria com as instituições locais e com unidades da instituição em outros locais do País.
"O nosso principal desafio hoje é sensibilizar a sociedade, Poder Executivo estadual e municipal, bancada federal sobre a construção e consolidação da Fiocruz no Estado", relata Jislaine Guilhermino.
A unidade em Campo Grande faz parte da política de expansão e regionalização das atividades de ciência e tecnologia e redução das desigualdades regionais pela Fiocruz.
No processo de ampliação das atividades em solo sul-mato-grossense está a possibilidade de construção de uma fábrica de medicamentos, o que traria investimentos e postos de trabalho.
"Nós temos uma área de expansão, o projeto ainda não foi avaliado, mas nós pensamos que no futuro poderíamos ter uma fábrica para produção de medicamentos, seria o primeiro laboratório público na região Centro-Oeste", afirma Jislaine, que apontou uma expectativa de investimentos de R$ 10 milhões nos próximos anos em Campo Grande.
A diretora destaca que nestes anos de atuação no Estado que o maior destaque está na área de educação e formação de profissionais para o SUS (Sistema Único de Saúde).
Em cinco anos, segundo Jislaine, a quantidade de profissionais formados atendendo em todos os municípios do Estrado atualmente, se fosse feito pelos métodos convencionais, seriam necessários 100 anos para formar o mesmo número.
Simpósio – Na manhã desta sexta-feira, foi realizado na Câmara Municipal de Campo Grande o Simpósio de Inovação em Saúde – A Fiocruz Mato Grosso do Sul.
O simpósio contou com palestras com o objetivo de resgatar e dar continuidade ao debate sobre relevância da consolidação da unidade da Fiocruz no
Estado. Além de conjugar a vocação da fundação nas áreas de pesquisa, ensino, serviços de referência e produção de insumos para a saúde na solução de problemas regionais.
O processo de implantação da Fiocruz em Mato Grosso do Sul teve início em 2008. Inaugurou o prédio administrativo em 2011 e, hoje, abriga mais de 30 profissionais distribuídos na área de gestão e pesquisa.
A instituição atua na capacitação de recursos humanos com a formação de mais de 4 mil especialistas em Atenção Básica em Saúde da Família, Gestão em Saúde no Sistema Prisional e profissionais de saúde em áreas estratégicas para todos os municípios do Estado.
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