Remédios para enjoo podem ter efeitos colaterais graves; entenda
Bem Estar 1 de Julho de 2017, 10:33
Muita gente enjoa em viagem, mas por que isso acontece? Pra evitar, é bom comer antes ou viajar em jejum? O Bem Estar tirou essas dúvidas durante programa, que teve a participação da consultora e pediatra Ana Escobar e a otorrinolaringologista Juliana Duarte.
Segurar uma chave, cheirar limão, cheirar a palma da mão… Nada disso tem comprovação científica de que evita o enjoo. Os especialistas sugerem medidas mais eficazes, como evitar álcool e refeições pesadas antes de viajar, ficar o mais parado possível, olhar algo estável como o horizonte ou fechar os olhos. Temperatura agradável e a ventilação no carro, por exemplo, também podem ajudar.
De acordo com a otorrinolaringologista, enjoo e tontura estão relacionados a várias situações. A tontura pode ocorrer após uma crise de vômito causado pelo movimento ou com origem no sistema digestivo. Quem tem problemas do labirinto, como a labirintite, pode sentir enjoo, assim como quem tem enxaqueca.
É preciso investigar a causa do vômito ou tontura e ficar alerta aos sinais como: vômito verde ou com sangue, vômito que não cessa sozinho, desmaios, alterações no nível de consciência, visão dupla, alterações de força muscular e alterações na fala.
E nada de se automedicar. Alguns medicamentos podem provocar graves efeitos colaterais. Uma das reações é a extrapiramidal, uma sensação de que você está fora do mundo. Essa reação tá na bula de remédios que têm na composição as substâncias bromoprida e metaclopramida, e acontece porque age na dopamina, responsável por manter o equilíbrio. Quem tem esse tipo de reação deve sempre avisar ao médico ou enfermeiro.
Segundo a Anvisa, 10% das pessoas têm reação extrapiramidal com essas duas substâncias. Os sintomas podem durar até 12 horas. Não há como saber com antecedência se a pessoa tem ou não suscetibilidade a ter uma reação adversa.
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