Falta de remédios em Curitiba está perto de um final feliz
A esperança ressurgiu nesta quarta-feira (5) durante o Ato pelo Avanço da Saúde de Curitiba realizado pelo prefeito Rafael Greca
Por Raquel Derevecki
A falta de remédios básicos disponíveis nos 110 postos de saúde e nas oito Unidades de Pronto Atendimento espalhadas por Curitiba deve estar solucionada em 15 dias. A esperança ressurgiu nesta quarta-feira (5) durante o Ato pelo Avanço da Saúde de Curitiba realizado pelo prefeito Rafael Greca e a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak. O evento aconteceu no Salão Brasil da Prefeitura e marcou o início do pagamento aos fornecedores de saúde que não haviam recebido na gestão anterior.
De acordo com a secretária, a ação foi possível devido à recente aprovação do Pacote de Ajuste Fiscal pela Câmara Municipal, que possibilitou a liberação de mais de R$ 7,8 milhões aos fornecedores de medicamentos, insumos e materiais da saúde, todos referentes a pagamentos atrasados de 2016.
“Nós fomos surpreendidos no início da gestão com um problema gravíssimo de dívidas. E, sem receber o valor devido, muitos fornecedores de medicamentos deixaram de entregar seus produtos este ano, o que fez com que a população ficasse sem os remédios que precisa”, explicou Márcia, que assumiu o cargo oficialmente nesta quarta-feira, após o afastamento de João Carlos Baracho para tratamento de saúde.
No início do ano, por exemplo, cerca de 50 dos 116 itens que compõem o almoxarifado da área seguiam em falta nos postos. Já na primeira quinzena de junho, ao menos 21 itens entre analgésicos, antitérmicos e medicamentos para refluxo, gastrite, pressão arterial e diabetes continuavam em déficit no estoque.
Em sua campanha, o prefeito Greca se comprometeu a colocar ordem nessa situação durante os primeiros 180 dias de governo. “Eu queria que o primeiro ato de recuperação de Curitiba fosse um ato de recuperação da saúde. Não queremos que nada falte e que a população seja bem servida”, afirmou.
O prazo estabelecido pelo prefeito terminou no dia 30 de junho, mas a secretária Márcia garante que a regularização está prestes a se concretizar. “Nós já fizemos o pagamento, firmamos um compromisso com os representantes das grandes empresas e temos recebido entregas de remédios diariamente. Então, acreditamos que até 20 de julho já teremos toda a Farmácia Curitibana em pleno funcionamento e nosso almoxarifado abastecido”, garantiu, em entrevista à Tribuna.
No entanto, ter os estoques restabelecidos não significa 100% das dívidas pagas, pois, segundo ela, ainda existem despesas com fornecedores que a gestão anterior não documentou. “Essas dívidas não foram empenhadas, mas nosso compromisso é quitá-las aos poucos”, prometeu.
Outras metas
Além disso, a secretária adianta que investirá em novos projetos para promoção e prevenção da saúde. “Esse é nosso grande desafio a partir de agora, pois não adianta apenas oferecer um bom tratamento. Nós precisamos trabalhar ações que incentivem mudanças no estilo de vida da população para evitar doenças como diabetes e hipertensão, por exemplo”.
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