Aprenda alguns segredos para ler rótulos de alimentos como um especialista
A nomenclatura dos ingredientes e a função de certos nutrientes são aspectos chave para entender os benefícios de cada produto
A leitura de rótulos, principalmente em alimentos, pode ser uma tarefa complicada, especialmente, para quem não está familiarizado com os atributos de cada nutriente ou com a linguagem utilizada pelas empresas e exigida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A principal dica para quem quer analisar os atributos de um produto é atentar-se às informações presentes tanto na tabela nutricional, como na lista de ingredientes. Ambas as relações são importantes e não podem ser dissociadas e, para entender ao certo o que um alimento oferece, é preciso levar em conta essas duas fontes de informação. Conhecer alguns truques – como o fato de que a lista de ingredientes está em ordem decrescente (do item em maior quantidade, para o em menor) –, ajuda na hora de escolher o que levar para casa.
Algumas nomenclaturas, além de pouco conhecidas, podem assustar os consumidores, fazendo-os pensar que os produtos contêm muitos ingredientes desconhecidos. Muitas vezes, no entanto, acabam sendo apenas nomes técnicos, exigidos pela Anvisa, para itens que proporcionam benefícios à saúde. A Vitamina C, por exemplo, aparece com o nome de ácido ascórbico, enquanto que a Vitamina A é chamada de retinol e as fibras mais comuns são a polidextrose ou inulina. Outro item simples e bastante presente na lista de ingredientes é a lecitina de soja – um emulsificante, com função muito similar à gema do ovo, gelatina e amido de milho, todos utilizados para homogeneizar massas.
Outro fator que pode deixar os consumidores apreensivos e causar uma certa confusão é a tabela nutricional. Por lei, as empresas precisam declarar as quantidades de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e sódio, além do valor energético presente nos produtos que comercializam. É importante notar, no entanto, que cada tipo de alimento irá oferecer maior ou menor quantidade de determinado nutriente. Iogurtes e queijos, por exemplo, oferecem mais proteínas, cálcio, gorduras (nas versões não desnatadas) e alguns podem conter açúcar – como é o caso dos iogurtes -, enquanto que biscoitos salgados são, por vezes, fonte de fibras.
Certos nutrientes, que normalmente têm uma imagem pouco positiva na mente do público, não são necessariamente ruins para a saúde. As gorduras, por exemplo, além de fontes de energia, são veículos importantes de nutrientes, como vitaminas A, D, E e K, além de participarem do processo de formação de hormônios, por exemplo. Uma dica é priorizar a ingestão de gorduras insaturadas, presentes em alimentos de origem vegetal e peixes, que proporcionam mais benefícios ao organismo.
Estar atento aos nutrientes e ingredientes que compõem os alimentos é essencial para manter uma alimentação equilibrada. Por mais complicados que pareçam os nomes nos rótulos, muitas vezes os significados são simples e já fazem parte do cotidiano dos consumidores, ou seja, basta conhecer um pouco mais sobre essa linguagem específica. Além disso, é preciso ter conhecimento dos benefícios e papéis desempenhados por cada item da tabela nutricional. Com todas essas informações, já é possível entender melhor os rótulos e fazer escolhas mais conscientes.
Aprenda mais sobre os nutrientes
Valor Energético: é a quantidade de energia que o alimento fornece para o corpo, e cada nutriente proporciona uma quantidade diferente. Os carboidratos e as gorduras, por exemplo, são a principal fonte de energia para o corpo humano. O valor é expresso em quilocalorias (kcal) ou em quilojoules (kJ) e o consumo exagerado de alimentos – quando associados a baixos níveis de atividade física -, podem causar ganho de peso, uma vez que a energia se acumula no corpo, mas é fundamental tomar cuidado para não cortar nada da lista baseando-se apenas neste item. Alguns alimentos, como o abacate, têm um valor energético maior, mas, por outro lado, possuem vários nutrientes importantes para a saúde – neste caso, vitaminas e gorduras insaturadas, por exemplo.
Carboidratos: são os responsáveis por oferecer energia para corpo. É o principal componente de: pães, bolos, biscoitos e cereais integrais, entre outros.
Proteínas: compõem a estrutura das células do corpo e são responsáveis, principalmente, pela manutenção da massa muscular, além de participarem da renovação celular e contribuírem para sensação de saciedade. São encontradas principalmente em carnes, leites, ovos, iogurtes e queijos.
Fibras: estão presentes principalmente em alimentos integrais, frutas, verduras e legumes. Contribuem para o bom funcionamento do intestino e para sensação de saciedade, além de ajudarem no controle da glicemia e do colesterol.
Sódio: é o principal componente do sal de cozinha e está presente também nos produtos industrializados.
Gorduras: além de fonte de energia, são veículos importantes de nutrientes, como vitaminas A, D, E e K, além de participarem do processo de formação dos hormônios que regulam nosso organismo, entre outras funções.
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