Expansão de empresas transforma Pouso Alegre em polo farmacêutico

Nova empresa deve gerar cerca de 600 empregos diretos no município.

Por Jornal da EPTV 2ª Edição, Pouso Alegre, MG

25/07/2017 19h36

O anúncio de uma nova empresa farmacêutica em Pouso Alegre (MG) tem colocado o município em posição de destaque nesse ramo. A expectativa é de que a instalação da nova empresa possa gerar cerca de 600 empregos diretos. A cidade já tem outros três grupos que atuam nessa área.

"Indústria que tem um interesse muito grande por três motivos básicos. O primeiro é [que é] uma indústria que raramente tem crise. O segundo é uma indústria que gera empregos de alto nível e, nisso, a massa salarial que é injetada na cidade todo mês é vultosa. E o terceiro é um produto de alto valor agregado e você tem um recolhimento de ICMS muito alto”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Dino Francescato.

Só a Cimed, um dos maiores grupos do setor no país, está presente na cidade há 19 anos e tem 1,8 mil funcionários. A indústria tem capacidade de produção de 30 milhões de unidades de medicamentos por mês. Número que deve dobrar até 2020, com a ampliação da fábrica e a construção de um centro técnico para o lançamento de produtos. Um investimento de R$ 200 milhões, que segundo o diretor de operações industriais, se justifica pela localização da cidade.

"Geograficamente está muito bem localizado, facilita muito essa distribuição. Hoje além de um centro principal de distribuição que nós temos aqui em Boavista, há 20 km daqui, 100% da nossa distribuição segue para esse centro de distribuição, nós temos mais 25 centros de distribuição, praticamente um em cada estado do país. Então daqui segue para esses 25, que por sua vez, atendem 52 mil postos de venda”, explica Charles Mafra.

As obras da nova fábrica que foram anunciadas começam em breve e as atividades devem ser iniciadas no 2º semestre de 2019. Segundo um dos sócios do Grupo Biolab, serão R$ 450 milhões em investimentos para a construção da fábrica, que, a princípio, deve empregar cerca de 600 pessoas. Quando estiver totalmente instalada, a nova fábrica deverá produzir cerca de 200 milhões de unidades de medicamentos por ano.

"Temos uma região com inúmeras faculdades e universidades na área de farmácia, na área de saúde de uma maneira geral. O que disponibiliza no mercado profissionais novos, bem formados. São boas universidades, o que para a indústria farmacêutica, principalmente para uma indústria com o perfil da nossa, é muito importante”, diz Paulo de Castro Marques.

Segundo economistas, a chegada das novas fábricas trará uma grande vantagem para a região, principalmente por causa dos salários.

"Quanto mais dinheiro tem a pessoa, mais ela gasta, mais ela usa serviços, mais ela usa serviços, mais ela tem os seus filhos aprendendo outras línguas, em escola de línguas, escola de balés, ginásticas e tal, o que traz um perfil multiplicador dentro da economia”, afirma Linneu Pedroso de Faria.

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