Falta de remédios prejudica pacientes

Prefeitura diz que há medicações que chegarão em 30 dias e que farmácias devem ser abastecidas com 51 fardos de fraldas, mas não informou prazos Tamires Souza 02/08/2017 17:07 02/08/2017 17:15

A falta de medicamentos já virou rotina para muitos pacientes. A desempregada Marta da Silva, 46 anos, sente o peso deste problema no orçamento doméstico. Só em fraldas para a mãe, de 71 anos, são gastos R$ 270 em fraldas geriátricas, com média de uso de seis fraldas por dia. “A última vez que retirei na farmácia básica foi em 26 de abril. Só dizem que não tem previsão para chegar”, lamenta a desempregada. Para agravar a situação, a família ainda precisa desembolsar com os remédios como Sinvastatina, AAS, Omeoprazol e Fenetoína. “Temos que comprar, porque estão em falta e são muitas caixas que ela usa por mês”, revela.

Para a aposentada Marlene Danbrooski, 67 anos, as dificuldades são semelhantes. Ela usa o remédio Amitriptilina e há um mês ela vai à farmácia básica, na tentativa de conseguir a medicação. “Deram uma previsão de chegada, mas quando cheguei não tinha mais remédio. Agora prometeram para a sexta, vou novamente na esperança de conseguir o remédio”, conta a aposentada que já está comprando a medicação que custa R$ 50 por caixa. “É um custo muito alto para mim”, reclama.

O que diz a prefeitura

Diferente do que informam os pacientes, a Secretaria de Saúde afirma que não faltam as medicações AAS 100 mg, Sinvastatina de 10 mg, mas que ainda aguarda a medicação de 200 mg, prevista para ser entregue em 30 dias. A prefeitura também nega que esteja faltando Omeoprazol de 20 mg e Fenitoína. Já o Amitriptilina deve chegar em 30 dias, de acordo com a Secretaria de Saúde. As farmácias devem ter abastecimento com 51 fardos de fraldas, de todos os tamanhos, em caráter emergencial, mas a secretaria não informou prazos.

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