Grupo Buaiz investe R$ 55 milhões em nova fábrica e abre 150 vagas
A previsão é de que a construção seja concluída até julho de 2018, quando o grupo poderá produzir mais de 500 toneladas por dia, aumentando em 133 toneladas a capacidade atual
Com um investimento de R$ 55 milhões, a Buaiz Alimentos vai ampliar sua capacidade de produção de farinha de trigo e massa para bolos em 35%. A empresa deu início as obras para a construção de um Centro de Distribuição e uma nova fábrica em São Torquato, em Vila Velha; além da expansão da unidade localizada no Centro de Vitória.
A mudança deve gerar, segundo estimativas do grupo, cerca de 150 empregos diretos e indiretos na fase de obras na nova estrutura. A previsão é de que a construção seja concluída até julho de 2018, quando a Buaiz poderá produzir mais de 500 toneladas por dia, aumentando em 133 toneladas a capacidade atual. O número de vagas para vendedores e operadores do setor de distribuição também deve aumentar, assim que ficarem prontas as novas instalações.
500 toneladas p/dia
Será a capacidade que a Buaiz terá para produzir quando a nova fábrica estiver pronta, em julho de 2018.
A partir de julho de 2018, a unidade de Vitória passará a fabricar apenas a farinha de trigo, enquanto que as misturas para bolo passarão a ser produzidas em São Torquato. Atualmente, as duas linhas são fabricas na capital capixaba. A expansão também contará com um novo terreno no Centro, onde antes funcionava o estacionamento da loja da Dadalto no bairro. O local será o novo estacionamento da Buaiz, enquanto que o antigo dará lugar à expansão da antiga fábrica.
O grupo concluiu as obras do novo Centro de Distribuição e já ergueu parte da nova fábrica, que está em fase de estancamento. De acordo com o presidente do Grupo Buaiz, Americo Buaiz Filho, o novo ritmo de produção será aumentado progressivamente e a perspectiva é de que em cinco anos possa chegar a capacidade máxima de 500 toneladas.
“Há uma demanda que queremos preencher em mercados vizinhos, principalmente no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e no próprio Espírito Santo. O mercado de alimentos não está aquecido, mas também não desaqueceu nestes últimos anos de crise. Investimos em tecnologia já pensando no público do futuro, que requer mais produtos naturais e linha integral, por exemplo. O plano é recuperar esse investimento em seis anos”, explica.
O novo maquinário será fabricado pela indústria suíça Bühler, que deve entregar os equipamentos em dezembro. Segundo Buaiz Filho, cerca de 30% do investimento será feito com recursos próprios e o restante através de linhas de financiamento. Um dos bancos que negocia com a empresa para gerar o crédito é o BNDES.
“Crise nos favoreceu”, diz dono da Buaiz
Desde 2013, Américo Buaiz Filho já vinha planejando a expansão de sua indústria de alimentos. Em um primeiro momento, com a economia do país mais aquecida, um estudo mostrou que o investimento necessário para atingir o patamar de produção que queria custaria entre R$ 110 milhões e R$ 120 milhões. Para ele, a crise acabou ajudando a baratear os custos.
“Para ser franco, a crise acabou nos favorecendo. Com muitas empresas sem recursos para investir e precisando fazer caixa, conseguimos comprar os terrenos que precisávamos com um preço melhor, facilitando também a negociação com nossos fornecedores, como a Bühler”, afirma.
Ao analisar a crise econômica e política que o país passa, o empresário não nega a dificuldade em se investir no Brasil, mas revela que as crises já fazem parte do cotidiano brasileiro e que um empreendedor não se deve se deixar paralisar por conta do cenário.
“Se a gente fosse se pautar pelas crises do país para investir, nossa empresa não teria sequer chegado aos 75 anos de existência, que completamos agora. Já tivemos crises até maiores que essa, com inflação de 1.000%. É claro que toda essa situação nos leva a planejar com mais cuidado, mas é preciso acreditar no país e no Espírito Santo. No ano que vem teremos uma eleição diferente, que deve nos reservar grandes emoções, mas estaremos com a nova fábrica pronta para enfrentar este período, independente do que acontecer”, brinca.
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