Melitta deve implantar fábrica em Varginha

Prefeito é quem confirma operação
Mara Bianchetti
Além de cafés, a multinacional alemã Melitta tem em seu portifólio no País filtros, cappuccinos e acessórios para cafés/Melitta Sverige

Após ter adquirido a Café Barão, empresa brasileira tradicional do setor com sede em Piumhi, região Centro-Oeste de Minas Gerais, em abril deste ano, a Melitta, multinacional alemã especialista em café, estaria agora investindo na implantação de uma fábrica em Varginha, no Sul do Estado. Embora o grupo não tenha confirmado, há informações de que o protocolo de intenções já teria sido assinado e que o início das operações está previsto para o ano que vem.

De acordo com o prefeito de Varginha, Antônio Silva, o aporte está acertado e depende apenas de trâmites burocráticos de escritura, uma vez que o terreno e o imóvel que vão abrigar as futuras instalações da unidade estão sendo transferidos para a companhia.
“A inauguração está prevista para julho de 2018. O processo vai ser mais rápido, porque já existe uma área construída no terreno. A empresa vai precisar apenas de algumas adequações ao seu parque fabril”, explicou.

A Melitta, por sua vez, alegou que está sempre em busca de oportunidades de negócios nesse segmento, mas que não confirma o fechamento de nenhum contrato de aquisição ou transferência no mercado brasileiro.

Ainda segundo o prefeito, a transferência do imóvel foi aprovada na Câmara Municipal na última semana, e a sanção ocorreria na segunda-feira (14). Ele informou que se trata de um terreno de mais de 20 mil metros quadrados e uma instalação de 4 mil metros quadrados, o que permitirá que a empresa já nasça com potencial para futuras ampliações.
“Varginha é um polo mundial na comercialização de café. Temos mais de 100 armazéns dessa importante commodity brasileira e grande parte das empresas do setor está presente na cidade. Agora, vamos ter a presença da Melitta também, que vai trazer para a região parte de seu processo de industrialização de café”, completou.

Em relação aos investimentos que serão realizados pelo grupo no município, o prefeito preferiu não adiantar. Segundo ele, a própria empresa fará o anúncio no momento oportuno.

Por outro lado, Silva destacou que não somente a expertise na cafeicultura, mas também características referentes à infraestrutura do município têm atraído essa e outras empresas para a região.

“Nosso aeroporto é muito bem equipado e tem caráter regional, contamos com uma estação aduaneira no município, que realiza todo despacho de importação e exportação diretamente na cidade, além de todo suporte básico da cidade e mão de obra disponível”, apontou.

Assim como a Melitta, uma grande distribuidora estaria negociando com o município. O aporte já estaria praticamente definido e, afirmou Silva, deve levar alto faturamento e geração de empregos para a cidade.

Aquisição – Sobre a compra do Café Barão, conforme publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO em abril, o negócio integrou a política de crescimento da empresa alemã, que está no Brasil há 49 anos.

O negócio incluiu não somente a detenção da marca, mas também a compra dos equipamentos para a produção do café torrado e moído. O valor, na época, também não foi revelado, mas o grupo anunciou que manteria a operação do Café Barão e faria investimentos para desenvolver ainda mais a marca, além de elevar a capacidade de produção, visando ao crescimento das marcas em Minas e em outras regiões do País.

Presente em 60 países, o Brasil é o segundo maior mercado da Melitta. Compõem o portfólio da empresa, além de cafés, filtros, cappuccinos e acessórios para café, outros como garrafas térmicas e suportes para filtro.

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