Falta de remédio para tratamento de câncer no HC da Unicamp preocupa pacientes

Desabastecimento acontece desde o início do mês e afeta 17 pacientes. Estado afirmou que medicamentos já foram entregues e estarão disponíveis até segunda-feira.

Por Jornal da EPTV 1ª Edição

18/08/2017 12h59

Remédios para o tratamento de pacientes com câncer estão em falta no HC da Unicamp

Medicamentos para tratamento de câncer no rim e fígado estão em falta no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. De acordo com a unidade médica, o desabastecimento acontece desde o início do mês e afeta pelo menos 17 pacientes. A instituição informou que a responsabilidade pelo fornecimento dos produtos à farmácia de alto custo do local é do governo estadual.

A Secretaria Estadual de Saúde disse que os medicamentos Sorafenibe e Sunitibe foram entregues à Unicamp e funcionários do HC foram até São Paulo para buscar os produtos. De acordo com a unidade, até segunda-feira (21) eles estarão disponíveis. No entanto, o governo estadual não explicou o motivo da falta dos remédios.

O aposentado Sebastião Silva tem 60 anos e luta contra um câncer que atingiu o pulmão, rins e fígado. O idoso faz tratamento na Unicamp há 1 ano e sete meses e, sem o remédio na farmácia do Hospital de Clínicas, a única alternativa é ele pagar R$ 5 mil para conseguir a medicação.

“Eu nem sei onde compra e também não tenho dinheiro. É muito caro, eu realmente não tenho condições de comprar. A gente sofre muito sem o remédio, começa a sentir dores. A esperança é que chegue logo porque a gente depende muito dessa medicação”, afirmou.

Já o serralheiro Alexandre Faria também precisa do remédio para tratar a doença. Segundo ele, um tratamento de 30 dias custa R$ 16 mil. Nesta sexta-feira, a EPTV, afiliada da TV Globo, acompanhou a tentativa do paciente de conseguir o medicamento, mas o produto continua em falta. “É impossível pagar, não tenho da onde tirar o dinheiro”, afirmou.

O oncologista disse que os medicamentos são essenciais para o tratamento dos cânceres de fígado e rim porque, especificamente para estes casos, a quimioterapia não faz efeito. “Os dois remédios vieram para revolucionar essas doenças e sem eles a doença acaba progredindo realmente”, explicou.

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