AstraZeneca testa inteligência artificial na descoberta de medicamentos em acordo com a Berg

28/08/201715h09

LONDRES (Reuters) – A AstraZeneca formou uma colaboração de pesquisa com a Berg, uma especialista no uso inteligência artificial (IA) na descoberta de medicamentos com sede em Boston, no mais recente sinal do interesse de grande farmacêutica em usar supercomputadores para descoberta de medicamentos.

A parceria vai focar na busca e avaliação de novas formas de tratar Mal de Parkinson e outros distúrbios neurológicos.

Os termos financeiros não foram divulgados, mas o acordo envolve o fornecimento pela AstraZeneca de fragmentos químicos para que a empresa norte-americana possa buscar potenciais candidatos a medicamentos.

Os cientistas da Berg já usaram inteligência artificial para descobrir novos alvos biológicos para novos remédios ao comparar dados detalhados de amostras de tecidos coletadas em indivíduos saudáveis e doentes.

A AstraZeneca terá o direito de assegurar uma licença exclusiva para qualquer dos candidatos a medicamento que seja produzido pelo trabalho.

Um número crescente de grandes empresas farmacêuticas, incluindo GlaxoSmithKline, Sanofi e Merck estão explorando o potencial da inteligência artificial através de alianças com startups.

O objetivo é aproveitar os sistemas de computação modernos para prever como as moléculas se comportam e a probabilidade de serem uma droga útil, economizando tempo e dinheiro em testes desnecessários.

"2017 tem sido realmente o ano em que a inteligência artificial passou a ser levada a sério e agora estamos vendo sinais iniciais de adoção e implementação na indústria mais ampla", disse Niven Narain, diretor executivo da empresa privada Berg, à Reuters. "Nos anos anteriores, houve algum ceticismo."

Para a Berg, que também possui seus próprios medicamentos experimentais de câncer desenvolvidos com inteligência artificial em testes clínicos, o acordo com a AstraZeneca é a primeira colaboração farmacêutica importante.

(Por Ben Hirschler)

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