Mercado de água engarrafada ameaça o meio ambiente
Jornal Local 31 agosto, 2017 Água nascente em risco por causa da exploração de empresa engarrafadora
A água engarrafada pode ser de dois tipos: de nascente e de fonte de mineral natural. Na maioria das vezes, a água de nascentes é igual a mineral natural pois ambas têm origem subterrânea, e em geral são consideradas próprias para o consumo. Elas possuem características diversas quanto a quantidade e teores de componentes minerais que vão distinguir a sua qualidade final.
No mercado o consumidor pode encontrar água engarrafada que não se enquadra nessas classificações “mineral natural” ou “nascente” o que será classificado no rótulo.
Consumir água da torneira é saudável já que as empresas de saneamento investem cada vez mais no tratamento e purificação deste liquido precioso à condição humana e animal. Consumir água de torneira é mais econômico e mais barato. Mas, por razões de gosto pessoal ou devido a qualidade da água de torneira que chega as casas do consumidor, ele opta por comprar a água engarrafada.
Nos Estados Unidos, a maioria da população consume água mineral, ultrapassando até a venda de refrigerante, leite e cerveja. No mercado brasileiro a margem ainda é pequena e não chega a 10%. Segundo dados da Associação Internacional de Águas Engarrafadas, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de produtores.
O Brasil consome mais água engarrafada que países como Itália, Alemanha, França e Espanha e está atrás dos Estados Unidos, México e da China, cuja demanda aumenta 17,5% a cada ano.
Carlos Lancia, presidente da Abinam, ressalta que muitos consumidores não sabem que os garrafões têm data de validade de três anos e que o mesmo vasilhame pode ser usado para diversas empresas. “O aumento da fiscalização no setor é o melhor para todos, inclusive para nós, produtores”, salientou. “No Brasil, o consumidor não pede por uma marca, mas por água mineral, e é importante ter segurança no produto”.
Até o final da década de 1960, a produção e venda de água engarrafada era pouco expressivo. A ruptura deste padrão começou a ocorrer em 1968, quando se lançou no Distrito Federal o garrafão de vidro de 20 litros, usado principalmente dentro de empresas e instituições públicas. Em 1972 começou a conquista do consumidor fora delas, com a aparição das garrafinhas plásticas. Este foi o ponto de partida da passagem do mercado para a esfera corporativa.
A água engarrafada contém características diversas quanto ao teor em minerais e há uma grande variedade de marcas disponíveis, volumes e embalagens e os rótulos trazem designações técnicas específicas.
Para cada litro de água engarrafada os ambientalistas estimam a utilização de 200ml de petróleo para a sua produção com embalagem, transporte e refrigeração. Um estudo norte-americano revelou que pode haver a presença de fertilizantes, desinfetantes, e outras substancias químicas. Além disso, pode gerar mil toneladas de emissão de gases efeito estudo.
A Organização das Nações Unidas (ONU), estima de 900 milhões ao redor do planeta não têm acesso à água de boa qualidade enquanto outras preferem a água engarrafa o que pode levar a superexploração de aquíferos e causar a falta do líquido décadas depois.
As garrafas utilizadas geram 1,5 milhões de toneladas de resíduos por ano. Mesmo podendo ser recicladas, para se produzir o plástico são gastos 47 milhões de litros de óleo.
O preço da água engarrafada é quase 100 vezes mais alto do que a disponibilizada pelo sistema público. Além disso, o lucro com a venda do produto, que poderia ser investido na melhoria do abastecimento público de água, permanece privatizado.
Ph: indica o nível de acidez numa escala de 0 a 14. A água é neutra se media 7. É acida se inferior a 7 e alcalina se exceder esse valor.
Sílica: sem inconveniente para a saúde.
Mineralização total ou u seco: Até 50 mg/litro a água é muito pouco mineralizada, entre 50 e 1500 mg/litro é oligomineral ou mineralizada e acima de 1500 mg/litro é rica em minerais. O menos mineralizado é ideal para saúde
Bicarbonato: águas com mais de 600 mg/l são bicarbonatadas e estão indicadas com moderação para quem tem hiperacidez gástrica ou problemas de acido úrico.
Sulfato: em grande quantidade pode ser laxante, sobretudo associado ao magnésio. Com mais de 200 mg/litro são águas sulfatadas.
Nitrato: Proibido acima de 50 mg/litro. As grávidas, lactantes e bebês não devem beber com mais de 10 – 15 mg/litro
Sódio: Em quantidade elevada pode nocivo. Caso siga uma dieta pobre em sódio, opte por água com menos de 20 mg/litro. Para alimentação infantil escolha com baixas taxas de sódio.
Magnésio: em grande quantidade pode ser laxante, sobretudo sde associado ao sulfato. Com mais de com mis de 50 mg/litros são águas magnesianas.
Cálcio: teores elevados podem causar interferir na absorção de nutrientes como o potássio, o ferro e o zinco. Com mais de 150 mg/litros são águas cálcicas.
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