Assaí deve ampliar distância sobre outras bandeiras do GPA, diz presidente

Gomes avisou que o Assaí deve fechar o ano com presença em 18 Estados, ante 16 no fim do ano passado

SÃO PAULO – O Assaí vai expandir a posição como principal fonte de receitas do GPA nos próximos meses, à medida que aproveitará os sinais de retomada da economia para fortalecer sua rede no país nos próximos meses, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo da unidade de atacarejo, Belmiro Gomes.

Falando a profissionais do varejo durante o evento Latam Retail Show, Gomes avisou que o Assaí deve fechar o ano com presença em 18 Estados, ante 16 no fim do ano passado. Ele não revelou os nomes dos dois novos Estados.

"Nosso modelo mais recente de distribuição nos permitiu entrar em mais regiões sem ter que incorrer em grandes investimentos de logística", disse o executivo.

Com a rápida migração das compras de consumidores dos supermercados tradicionais para o modelo do atacarejo, o Assaí se tornou recentemente a maior fonte de faturamento do GPA, com 39 por cento do total do varejo alimentar do grupo, que inclui também as bandeiras Extra e Pão de Açúcar. Ao final do primeiro semestre do ano passado, o percentual era de 33,1 por cento.

Segundo Gomes, a tendência é que esse movimento se prolongue nos próximos meses, uma vez que a unidade deve ter um crescimento do faturamento próximo de 30 por cento ante mesma etapa de 2016.

O Assaí tem 16 lojas em construção e deve abrir mais de 20 neste ano, com a contratação de cerca de 7 mil pessoas, disse ele, reiterando a meta de manter o custo operacional subindo abaixo de dois dígitos.

PRESSÃO

Para Gomes, no entanto, todo o setor varejista no país deve conviver com pressão maior sobre as margens na segunda metade do ano, uma vez que a forte queda dos preços dos alimentos nos últimos meses dificilmente será compensada na mesma medida com aumento do volume de vendas.

"Não há aumento de vendas suficiente para compensar uma queda tão forte nos preços", disse Gomes à Reuters.

(Por Aluísio Alves)

Reuters

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