Central de medicamentos em terminal entregou um remédio
Painel de acompanhamento da logística de distribuição de medicamentos em Fortaleza foi divulgado na manhã de ontem, após cerca de um mês de uso. Entrega de remédio em terminal deve ser "opção de reserva"
01:30 | 09/09/2017
Em três semanas de funcionamento, a primeira Central de Distribuição de Medicamentos em terminal de ônibus de Fortaleza, localizada no Antônio Bezerra, fez a entrega de apenas um remédio. Apresentada como uma das estratégias para melhorar a logística para os 84 itens considerados essenciais pela Prefeitura, a central deve fazer a entrega do remédio quando o paciente não o encontra no posto de saúde. A promessa é de que, até o fim do ano, todos os terminais de ônibus da Cidade tenham uma central.
Esse tipo de entrega faz parte de um novo programa de logística implantado em agosto e apresentado na manhã de ontem, no Paço Municipal. A ideia é que a busca do medicamento no terminal seja uma “opção de reserva”. Durante a apresentação do projeto, painel de acompanhamento indicava que 106 das 107 unidades básicas de saúde em funcionamento na Capital estavam com todos os medicamentos em estoque.
O sistema informatizado disponibiliza aos gestores do posto, das regionais e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informações sobre o estoque de medicamentos em cada unidade e o status de compra dos remédios, possibilitando “um regime mais eficiente de compras, logística e dispensação de medicamentos”, de acordo com o prefeito Roberto Cláudio (PDT). A rede é ligada à Central de Abastecimento de Farmácia (CAF), localizada no Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) — organização que compra, armazena e distribui os remédios da rede municipal de saúde.
“Ele (sistema) vai garantir que a gente saiba em tempo real como está a situação dos medicamentos em cada um dos postos de saúde e como é que o sistema de compras e aquisição no estoque da central que abastece cada um dos postos. Isso vai permitir que a gente venha a agir de forma muito mais rápida, que a gente monitore e controle o abastecimento de cada unidade”, detalhou o prefeito.
Ainda este ano, segundo RC, outro módulo do novo sistema do painel de acompanhamento será lançado. Nele, dados dos recursos humanos também serão acompanhados. Para o início de 2018, o gestor prevê a ligação do prontuário eletrônico dos pacientes, já disponível nos postos de saúde, aos hospitais e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“O objetivo é que o usuário chegue em qualquer ponto da nossa rede e, através do sistema, toda a história clínica desse paciente esteja disponível aos profissionais — o que ele tem, que tratamento ele faz, os medicamentos que ele usa, qual intercorrência levou ao internamento”, detalhou a secretária-adjunta da Saúde, Itamárcia de Araújo. (Ana Rute Ramires)
Números
84 medicamentos são considerados essenciais pela Prefeitura
Saiba mais
Logística de distribuição de medicamentos da Prefeitura
Os medicamentos partem da Central Abastecimento de Farmácia (CAF) e devem ser distribuídos nas 110 unidades básicas de saúde com farmácias em Fortaleza. Desse total, três estão em reforma e 107 estão ativos atualmente.
Situação dos postos
A nova logística de dispensação dos medicamentos classifica os postos de acordo com o estoque. As unidades são consideradas “normalizadas” quando estão com 100% dos medicamentos em estoque.
Os postos são classificados como: de alta performance – quando os itens faltando são os mesmo que faltam na CAF;
média performance – quando possuem itens faltando na unidade que não estão faltando na CAF (o que é considerado um problema de logística); e baixa performance – quando estão com medicamentos faltando e deficiência entre aquisição e logística Formas de distribuição de medicamentos em Fortaleza
A compra de medicamentos é feita pela SMS dentro do chamado “tempo crítico”, que é o tempo previsto para zerar o estoque. Antes, a Prefeitura adquiria medicamentos somente quando faltavam 60 dias para o fim do estoque. Agora, o tempo crítico é considerado de 120 dias. Com isso, há mais tempo para a nova compra abastecer os postos, evitando que eles fiquem sem medicamentos.
Se o remédio faltar antes do dia previsto para a entrega do medicamento no posto, uma rota extra pode ser solicitada pelo gestor do posto para que o remédio seja recebido antes do período previsto.
Centrais de medicamentos nos terminais de ônibus: o paciente deve ter um encaminhamento feito pelo posto de saúde. Se algum item estiver em falta, a farmácia fará reserva de 48 horas no sistema para retirada no terminal.
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