Sanofi não pretende desenvolver vacina contra a zika
A empresa farmacêutica francesa Sanofi abandonou seu programa para desenvolver uma vacina contra o vírus da zika depois que uma agência dos EUA decidiu reduzir seu financiamento devido à redução da epidemia. A US Biomedical Research and Development Authority (BARDA) comprometeu-se em 2016 a fornecer US$ 43,2 milhões para financiar o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.
No mês passado, porém, a instituição decidiu reduzir drasticamente seu acordo com a Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas do grupo, de acordo com uma declaração da Sanofi discretamente publicada em seu site no início de setembro. "Portanto, a Sanofi não pretende continuar" desenvolvendo uma vacina contra a zika no momento, informou a empresa francesa.
O desenvolvimento desta vacina levaria mais tempo e custaria mais dinheiro do que o planejado originalmente. A Sanofi "respeita a decisão da BARDA de reajustar o foco de seus limitados recursos às suas prioridades", em um contexto de "uma redução acentuada no número de novos casos de zika nos Estados Unidos e no mundo até 2017", afirmou o grupo.
Em novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou seu status de "emergência global da saúde pública" ao vírus da zika, que pode provocar anomalias cerebrais graves em recém-nascidos e que tem afeteado principalmente países da América Latina. Foram estudadas dezenas de vacinas contra a zika, mas nenhuma estará disponível para mulheres em idade fértil antes de 2020, disse a OMS.
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