Novos fármacos para o tratamento da tuberculose

Pesquisa da Unesp utiliza as ferramentas da Química Medicinal

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada por micobactérias do complexo Mycobacterium, no entanto, a espécie responsável pelo maior número de casos de morbidade e mortalidade em humanos é o Mycobacterium tuberculosis (MTB).

Ocupando o ranking mundial como a doença infecciosa responsável pelo maior número de mortes, nos últimos anos a tuberculose ultrapassou em número de casos e mortes a infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O último levantamento realizado em 2015 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou 9.6 milhões de novos casos no mundo e 2 milhões de mortes causadas pela doença. Ainda de acordo com a OMS, estimativas apontam que um terço da população mundial esteja infectada com a forma latente/dormente da doença, na qual o tratamento é frequentemente ineficaz devido à falta de fármacos com capacidade para atuar no estado adormecido das bactérias.

Além disso, o aumento da disseminação de cepas com multirresistência aos fármacos (MDR), extensiva resistência (XDR) e totalmente resistentes (TDR), representa um grande desafio a ser superado em todo o mundo na luta contra a tuberculose.

Motivados pelos dados alarmantes relacionados à doença e o aumento do número de casos de cepas resistentes, foi instituída uma linha de pesquisa chefiada pelo Professor Dr. Jean Leandro dos Santos no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP Araraquara com o objetivo de desenvolver novos fármacos para o tratamento da tuberculose utilizando das ferramentas da Química Medicinal.

Atuando em colaboração intima com o Laboratório de Micobactérias da mesma faculdade chefiado pelo Professor Dr. Fernando Rogerio Pavan, o qual desenvolve pesquisas relacionadas a busca de novos fármacos para o tratamento da doença com foco em estudos microbiológicos, acaba de gerar uma publicação de alto impacto em uma das revistas de maior prestígio na área de Química Medicinal: ‘The Journal of Medicinal Chemistry’, que faz parte do rol das revistas da American Chemical Society com fator de impacto de 6,259.

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