Pacientes com câncer denunciam falta de medicamentos em farmácia pública no MA
Medicamento para tipo raro de câncer na medula óssea está em falta na Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (Feme), responsável pela distribuição do medicamento no Maranhão.
Por Regina Souza, G1 MA, São Luís
14/10/2017 10h43
Pacientes denunciam falta de remédio para tratamento de câncer em São Luís
Pacientes com leucemia mielograma, um tipo de câncer não hereditário que atinge a medula óssea, denunciam que desde o começo do mês não conseguem receber o medicamento Mesilato de Imatinibe, essencial para o tratamento da doença. No Maranhão, o medicamento é distribuido pela Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (Feme).
A maranhense Anilda Maria Willers tem a doença e toma o medicamento que é distribuído pela Feme, há cerca de três anos. Ela afirma que desde o dia 5 deste mês não tem conseguido receber o medicamento. Em São Luís, o medicamento não é vendido nas farmácias. Em São Paulo, por exemplo, uma caixa com trinta comprimidos custa R$ 2.200 reais.
"Com o medicamento nós temos vida normal. Agora sem o medicamento nós ficamos impossibilitados de ter vida. Dia 5, quando fui ao laboratório receber o medicamento, cheguei lá e disseram que não havia o medicamento. E aí a gente fica, de certo modo, muito preocupada até porque a nossa vida depende do medicamento", denuncia a paciente.
O aposentado Adiel Gomes, que também tem a doença, sofre com a falta do medicamento. O maranhense conta que sem o uso do remédio ele sofre com os efeitos colaterais da doença. “Sem o uso a gente fica debilitado, cansado e tantas outras coisas. Então a gente depende muito desse comprimido. A gente fica esperando uma boa resposta para que a gente venha ter essa facilidade de continuar o tratamento e que, na realidade, acaba que prejudicando por não ter o retorno do medicamento apropriado para poder estabilizar a doença", reclama.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o fornecimento do Mesilato de Imatinibe é de responsabilidade do Ministério da Saúde e segundo o órgão, o Governo Federal já iniciou o processo para reabastecimento dos Estados. A SES disse, por meio de nota, que até o fim da próxima semana o problema deve estar solucionado.
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