A longa jornada da inovação tecnológica

Imprescindível para a sobrevivência do setor, a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos requerem atualização das regras vigentes e incentivos por parte das empresas, governos e universidades

Existe um forte consenso na área de Farmácia de que a inovação tecnológica é um fator primordial para a competitividade entre empresas e países, sendo vital para a sobrevivência deste setor. No entanto, trata-se de um processo extremamente complexo, longo e caro. Segundo informações do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Farmanguinhos/Fiocruz, leva-se de cinco a 12 anos para trazer à comercialização um novo medicamento.

Embora algumas empresas farmacêuticas nacionais pratiquem, efetivamente, a inovação voltada para o desenvolvimento tecnológico, obtendo resultados satisfatórios nesse sentido a médio e longo prazos, a realidade para muitas empresas é que o cenário é praticamente o mesmo de três décadas atrás.

Na avaliação de Dante Alário Junior, farmacêutico e presidente científico da Biolab, faltam ações no sentido de alterar favoravelmente o quadro vigente.

Ele aponta como principais dificuldades fatores como a ausência de ação conjunta entre os vários ministérios no tocante à inovação, a falta de projetos de longo prazo que auxiliem a viabilizar a inovação no Brasil, as universidades que não preparam seus alunos para a pesquisa aplicada, somente para a científica, quando ocorre e a burocracia nos processos de compras de equipamentos, intermediários, reagentes, padrões e outros que fazem com que a operação seja extremamente lenta e, consequentemente, custosa.

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