Estudantes de Sinop desenvolvem sorvete que promete auxiliar no combate à diabetes e são premiadas por conselho nacional

Publicado em 11/11/2017 às 09:40 | RONEIR CORRÊA/CENÁRIOMT

Em quatro meses de pesquisa, as alunas Deymili Fray e Ana Paula, ambas de 12 anos, descobriram que o quiabo é rico em propriedades que auxiliam no controle da taxa de glicose no sangue, e desenvolveram o “Sorvete de Quiabo”. As estudantes frequentam o 7º Ano do Ensino Fundamental, na Escola Estadual Rosa dos Ventos e a apresentaram a ideia durante a Feira de Ciência Municipal.

“O quiabo é muito rico em vitaminas A, B, C e K, minerais como potássio, zinco, magnésio, ferro e também rico em fibras que diminui a absorção de carboidratos que posteriormente se tornam açúcar no sangue”, comentou Deymili à uma equipe de televisão de Cuiabá.

O alimento promete ajudar as pessoas que sofrem com diabetes, isso porque o legume é rico em fibras solúveis. Essa substância se dissolve facilmente na água e absorve os carboidratos, que são os grandes responsáveis pelo aumento da taxa de glicose no sangue – a chamada diabetes. Além disso, as pesquisadoras criaram também a versão diet, ou seja, o sorvete com menor quantidade de açúcar.

“Nós fizemos o sorvete comum e o diet para as pessoas que não podem ingerir muito açúcar. Descobrimos também na pesquisa de quatro meses que fizemos, que as crianças que fazem quimioterapia que não podem consumir muito açúcar, tomam sorvete para ingerirem as fibras. Então elas poderão tomar o sorvete de quiabo e adquirir as fibras, vitaminas e os minerais que ele tem”, explicou Ana Paula.

Além de ser premiada na feira municipal, a ideia inovadora foi apresentada na Feira Nacional de Ciências da Educação Básica de Mato Grosso, realizada na capital Cuiabá. O sorvete de quiabo recebeu incentivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para desenvolver a pesquisa do alimento por mais um ano.
O projeto foi desenvolvido sob supervisão da professora de ciências, Sulamyta Cargnin. “O meu papel foi realmente orientar o desenvolvimento do trabalho e a gente percebeu uma melhora tanto na atividade escolar, como também deles. Percebi também um engrandecimento do próprio intelecto dos alunos. Foi uma experiência maravilhosa”, comentou.

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