Campanha da Pfizer alerta sobre avanço da resistência bacteriana
Ao reduzir o arsenal médico para tratar infecções graves, a resistência bacteriana representa uma das principais ameaças à saúde global. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, a partir de 2050, mais de 10 milhões de pessoas morrerão por ano por causa de bactérias resistentes a antibióticos, superando o número anual de óbitos por câncer, por exemplo, que atualmente chega a 8,2 milhões. Nesse contexto, a Pfizer – empresa associada da Aberje – acaba de lançar a campanha digital “Pequenas Ações Salvarão Milhões de Vidas“, em parceria com a Associação Pan-americana de Infectologia (API).
“Convidamos todos os latino-americanos a adotarem comportamentos que conduzam à redução das ameaças bacterianas. Isso inclui atos simples, como lavar as mãos frequentemente, evitar o contato com doentes e ter a carteira de vacinação em dia”, destaca o presidente Regional da Pfizer para América Latina e Canadá, Guillermo Azuero. “Na Pfizer, temos o compromisso contínuo de educar a sociedade sobre o uso adequado de antibióticos e melhorar a prevenção e o controle das infecções. Essa campanha é um exemplo deste compromisso”, complementa.
Durante o mês de novembro, um quiz online com 5 perguntas com o principal objetivo de fortalecer o conhecimento da população geral sobre resistência bacteriana estará disponível no site www.acoesquesalvamvidas.com.
No Brasil, as discussões em torno da resistência microbiana se intensificaram desde 2010, quando dezenas de pessoas morreram após surtos da bactéria multirresistente Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC). Os dados mais recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a respeito do problema apontam que, ainda em 2015, esse micro-organismo era uma das bactérias multirresistentes mais notificadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do País¹. No ano passado, novos surtos de KPC foram registrados em diferentes Estados, entre eles São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Bahia. “A resistência bacteriana é um problema que pode acometer qualquer pessoa, em qualquer idade ou país, limitando as alternativas de tratamento. Todas as bactérias podem adquirir resistência aos antibióticos, mas as bactérias do tipo gram-negativo, como a KPC, são as mais preocupantes. Essas infecções se associam a um aumento tanto na mortalidade dos pacientes, como nos custos médicos”, afirma o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia.
Compromisso Pfizer – Em abril, a Pfizer lançou a plataforma ATLAS, uma base de dados desenhada para proporcionar fácil acesso a informações críticas sobre a eficácia de tratamentos antibióticos e novos padrões de resistência microbiana em mais de 60 países. A plataforma também está disponível via aplicativos móveis e os dados são atualizados a cada seis meses. “Compreender a evolução dos padrões de resistência bacteriana é um elemento-chave na luta contra a resistência microbiana. Por isso, o ATLAS não só ajuda os médicos a escolher as opções de tratamento mais apropriadas aos seus pacientes, como também permite que autoridades sanitárias mundiais desenvolvam estratégias para controle da resistência baseada em dados”, ressalta Correia.
Desde o seu trabalho pioneiro envolvendo a penicilina, nos anos 1940, a Pfizer tem se empenhado ativamente em políticas e programas educacionais inovadores para atender às necessidades dos pacientes e médicos na área de doenças infecciosas, oferecendo um pipeline com mais de 80 medicamentos.
A Anvisa avalia, neste momento, o pedido de aprovação da Pfizer para ceftazidima-avibactam, o primeiro antibiótico direcionado para o combate à KPC. Já comercializado nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, onde recebeu o nome de Zavicefta, o medicamento combina ceftazidima (antibiótico de 3ª geração) com avibactam, um inibidor enzimático que confere ao produto um mecanismo de ação inovador, eficaz sobre as bactérias multirresistentes. Outros três produtos com moléculas associadas ao avibactam integram o pipeline da companhia nesse segmento.
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