Estudo mostra que Repatha® (Evolocumabe) reduz pela metade o risco relativo de eventos cardiovasculares em pacientes com doença arterial periférica
Fonte: Amgen
A Amgen, biofarmacêutica focada no desenvolvimento de medicamentos para doenças de difícil tratamento, apresentou durante o congresso da American Heart Association (AHA), cinco novas análises de subgrupo do estudo de desfechos cardiovasculares FOURIER, de Repatha® (evolocumabe). Os resultados mostraram que o uso de Repatha® associado à estatina promoveu redução significativa de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, em pacientes de alto risco com doença arterial periférica (DAP), e em pacientes com histórico de infarto do miocárdio.
O principal destaque foi em relação aos benefícios do tratamento com Repatha® em pacientes com doença arterial periférica (DAP), condição em que o acúmulo de gordura estreita os vasos sanguíneos, reduz o fluxo de sangue para os membros inferiores do corpo, causando dores intensas e formigamento, e aumenta ainda mais o risco de eventos cardiovasculares. No estudo que contou com mais de mais de 27 mil pacientes, 3.642 tinham histórico da condição. Dentro desta população, o grupo de pacientes que tinha histórico de DAP, sem história prévia de infarto do miocárdio ou AVC apresentou redução do risco relativo de eventos cardiovasculares de 48%, e o número de pacientes tratados para atingir o desfecho desejado foi de 16 pacientes para 1.
No grupo de pacientes com histórico de DAP houve ainda uma redução de 21% no desfecho primário, que inclui hospitalização para angina instável, revascularização coronária, ataque cardíaco, derrame ou morte e 27% no desfecho secundário, que inclui ataque cardíaco, derrame ou morte. Além disso, com o uso de Repatha® os níveis de LDL-C, colesterol ruim, desses pacientes passou de uma média de 93 para 31mg/dL em 2,5 anos, abaixo do recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, 50mg/dL.
“Dependendo do estágio, a doença arterial periférica pode ser incapacitante, prejudicando a qualidade de vida e até impedindo que o paciente trabalhe. Esses resultados mudam o modo como vamos tratar os pacientes daqui para frente porque mostram que com a redução do LDL é possível estabilizar ou diminuir a progressão da doença, promovendo uma vida normal ou próxima do normal para esses pacientes, com menos morbidades e mortalidade em decorrência da condição”, diz o cardiologista Dr. Sergio Timerman, cardiologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Outro resultado apresentado foram os benefícios do tratamento com Repatha® para pacientes com histórico de infarto do miocárdio (N=22,351). Neste grupo os pacientes com um histórico de infarto foram caracterizados de acordo com o tempo desde seu evento mais recente, número de eventos anteriores e presença de doença arterial coronária (DAC) multiarterial. O tratamento com Repatha® resultou em redução de risco relativo (RRR) de 24% em pacientes que enfartaram há menos de 2 anos comparado com 13% para os que tiveram o evento há mais de 2 anos. Naqueles com múltiplos infartos a RRR foi de 21% comparado com 16% para os pacientes que tiveram apenas um evento anterior. Pacientes com um histórico de DAC multiarterial tiveram uma RRR de 30% comparado a 11% em pacientes sem DAC multiarterial.
A análise (Resumo #183) que avaliou a totalidade de eventos de desfecho primário (primeiro evento ou recorrente) durante o curso do estudo revelou que o tratamento com Repatha® melhorou desfechos clínicos com reduções significativas de eventos do objetivo primário total direcionadas por diminuições em infarto, AVC e revascularização coronária. Repatha® reduziu eventos do desfecho primário composto em 18%.
Participantes do estudo foram estratificados de acordo com sua Pontuação de Risco de Trombólise em Infarto do Miocárdio (TIMI) para Prevenção Secundária para identificar aqueles com maior potencial de benefício clínico após tratamento com Repatha®. Consistente com resultados anteriores, risco mais elevado foi associado com maior redução de risco absoluto.
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