SP cobra Ministério da Saúde sobre desabastecimento de medicamento contra esclerose múltipla
Fábio Mazzitelli
Sobre a falta de Betainterferona, usado por portadores de esclerose múltipla, nas farmácias de medicamentos de alto custo do governo estadual paulista, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que o Ministério da Saúde enviou somente 7% do total previsto desses medicamentos para atender à população paulista nos últimos três meses de 2017, o que causou o desabastecimento desse remédio na rede pública.
Segundo as autoridades de saúde de São Paulo, o ministério aprovou o envio de 12,6 mil comprimidos ao Estado, mas só encaminhou efetivamente 840. "A pasta estadual tem cobrado rotineiramente a União e aguarda pelo menos uma perspectiva de regularização", diz trecho da nota divulgada pela secretaria paulista.
O Ministério da Saúde não se posicionou até o fechamento desta nota, às 19h46.
Leia abaixo a íntegra da nota da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo sobre a falta de Betainterferona.
A Coordenadoria de Assistência Farmacêutica informa que a compra e distribuição do medicamento Betainterferona 1A aos Estados cabe ao Ministério da Saúde. O órgão federal, no entanto, descumpriu o prazo previsto em portaria federal e entregou quantitativos parciais e insuficientes para SP.
Para atender os pacientes no quarto trimestre, a pasta estadual solicitou 16,9 mil comprimidos. O Ministério da Saúde aprovou apenas 12,6 mil (75% do total solicitado) e enviou somente 840 comprimidos, o que corresponde 7% do total aprovado e cerca de 5% do que seria realmente necessário para atender as solicitações.
A pasta estadual tem cobrado rotineiramente a União e aguarda pelo menos uma perspectiva de regularização.
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