Dispositivos para diagnóstico rápido de Zika, dengue e chikungunya serão produzidos
18 de janeiro de 2018
Agência FAPESP – O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou no dia 16 de janeiro, no Palácio dos Bandeirantes, documento que autoriza o repasse de R$ 12 milhões do Fundo Estadual Científico e Tecnológico (Funcet), administrado pela Desenvolve SP, à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paulo (SDECTI), os recursos serão destinados à implantação da primeira fase do projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma plataforma para produção de dispositivos do tipo “point of care” (chips) voltados ao diagnóstico rápido de Zika, dengue e chikungunya. A plataforma será instalada no Supera Parque, em Ribeirão Preto.
O dispositivo permitirá diagnóstico molecular rápido, preciso e diferencial entre as doenças, incluindo a diferenciação entre os quatro sorotipos do vírus da dengue, em cerca de 20 minutos.
“As ações a serem realizadas em colaboração com o governo do Estado de São Paulo têm grande valor estratégico para o estado e para o país. No caso dessa colaboração, ressalta-se a possibilidade de aproveitar solidariamente as capacidades da Fiocruz e da Universidade de São Paulo com vistas ao fortalecimento do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação em saúde, ao acesso à saúde e à redução das desigualdades sociais e territoriais”, disse Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz.
O investimento foi aprovado durante reunião extraordinária do Conselho do Funcet realizada em 28 de dezembro. A atuação da Fiocruz no Supera Parque será voltada à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde.
Na primeira etapa será montada uma plataforma que reunirá profissionais em farmacologia, imunologia, bioinformática, biotecnologia e nanotecnologia com o objetivo de desenvolver bioinsumos para vacinas, biofarmacêuticos e dispositivos para diagnósticos complexos que fortalecerão o Sistema Único de Saúde, ampliando o acesso da população a produtos com conteúdo tecnológico nacional.
A comissão criada pelo decreto nº 62.590, e liderada pela SDECTI, foi responsável pela elaboração da metodologia de estudo para implantação dessa plataforma da Fiocruz, em parceria com a USP, além da elaboração de relatórios mensais dos trabalhos desenvolvidos e o encaminhamento de parecer final com as proposições definidas pelos participantes, entre eles representantes da Investe SP, Desenvolve SP, Fiocruz, Secretaria da Fazenda e prefeitura de Ribeirão Preto.
Segundo o vice-governador e secretário da SDECTI, Márcio França, a iniciativa da Fiocruz no interior paulista será importante para os avanços na área da saúde.
“A planta será instalada em um ambiente estratégico e propício para o desenvolvimento de pesquisas aplicadas. O Supera Parque faz parte do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTEc) e tem como principal vocação a área da saúde. Reúne em um mesmo local instituições de ensino renomadas, como a USP, empresas incubadas e técnicos especializados nos segmentos de equipamentos médico-hospitalares, biotecnologia, fármacos, cosméticos, bioenergia e tecnologia da informação e comunicação”, ressaltou.
Mais informações: www.desenvolvimento.sp.gov.br,
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