Pacientes buscam descontos em medicamentos para doenças crônicas
Vitor Garcia – vitorgarcia@diariodepetropolis.com.br
As doenças crônicas, que não são resolvidas em um curto espaço de tempo, demandam não só um tratamento regular, mas também elevados gastos financeiros aos bolsos dos pacientes. Uma alternativa aos altos custos para a manutenção da saúde, muitos estão procurando comprar medicamentos diretamente de laboratórios farmacêuticos, ou por meio de programas governamentais, que saem mais em conta. Em Petrópolis, remédios pertencentes à Atenção Básica vinculados aos programas de Saúde, são oferecidos gratuitamente.
Jaíra Maia, de 62 anos, utiliza diariamente um remédio para o controle da pressão arterial, Há pelo menos cinco anos, de forma gratuita, através do programa “Aqui tem Farmácia Popular”, que é uma parceria do Ministério da Saúde com as farmácias particulares.
– Foi muito positivo ter conseguido o medicamento sem precisar pagar. De certa forma, é uma contenção de despesas. Apenas preciso manter a data da receita em dia, assim como a ida regular ao médico – contou.
Atualmente, o município de Petrópolis tem 17.301 hipertensos e 4.768 diabéticos que são assistidos pelos grupos de apoio dentro das unidades de saúde da família. A farmácia central fornece medicamentos mensalmente a 27.110 hipertensos. O número elevado preocupa, uma vez que a hipertensão é uma das principais causas de agravos das doenças cardíacas e pode ser controlada com mudanças de hábitos no dia a dia.
Com o fim das farmácias populares, em julho de 2017, medicamentos de tratamento para pacientes psiquiátricos, hipertensos, diabéticos, asmáticos, entre outros, passaram a ser fornecidos gratuitamente por meio do Centro de Saúde e das Unidades de Saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Para receber o remédio o paciente precisa apresentar a receita médica na unidade.
Descontos compra direta
Outra forma de conseguir a redução do custo do tratamento, e que muitas pessoas desconhecem, são as compras diretas junto aos grandes laboratórios. Muitos laboratórios mantêm programas de apoio à saúde onde oferecem descontos que podem variar entre 10% e 68%. Para ter acesso ao benefício, o paciente precisa apresentar a receita médica, efetuando em seguida um cadastro, que pode ser feito pela internet.
Procurando por informações se o remédio para o tratamento de bronquite asmática possuía algum desconto, a auxiliar de saúde bucal Sara Carvalho obteve êxito.
– Meu filho de 15 anos utiliza dois remédios desde os quatro anos de idade. Um dos medicamentos eu consegui de forma gratuita, enquanto o outro tive desconto de 15% em um laboratório – disse.
Aqui tem Farmácia Popular
De acordo com o farmacêutico Daniel Ruffolo, a estabilização no tratamento pode acontecer de forma que a população não tenha altos custos.
– Por exemplo, o “Aqui tem Farmácia Popular” é um convênio em que os pontos de venda particulares adquirem os medicamentos junto ao Governo, que libera o valor dos remédios às farmácias, sem que o paciente seja cobrado. Vale lembrar que não são todos os medicamentos existentes no mercado.
Para o farmacêutico Daniel, é importante que a população tenha a devida atenção voltada às cobranças em todos os tipos de medicamentos. A Lei do Medicamento Genérico (número 9.787), oferece medicamentos ao público com um valor mais acessível.
– A qualidade acaba sendo a mesma, e favorece a todos – disse o farmacêutico.
– No Brasil, os preços são tabelados. Ou seja, o Governo estipula o preço máximo que as drogarias podem cobrar sobre um remédio. Se algum local cobrar o valor maior que o da tabela, o cliente deve procurar seus direitos, pois a legislação protege o cliente nesse caso. Em cima do preço máximo ao consumidor, cada farmácia vai dar o seu devido desconto – concluiu.
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