Café do Ponto mantém portfólio diverso

São Paulo – A fabricante de cafés torrados Café do Ponto está apostando na expansão do segmento premium da bebida com novos produtos, mas não deixará de manter as versões mais acessíveis no portfólio.

"A solução é ter produtos desde a versão mais popular até o café premium, porque assim atendemos a tipos diferentes de públicos", afirma o diretor de marketing do grupo Jacobs Douwe Egberts (JDE), dono da marca Café do Ponto, Ricardo Souza.

A expansão da demanda por cafés de maior valor agregado, entretanto, tem recebido mais atenção da companhia, na medida em que o consumo avança nos lares.

"O movimento de 'gourmetização' do café cresce dentro das casas dos brasileiros e o mercado nessa categoria está aumentando cerca de 20% todos os anos", diz o executivo.

Segundo ele, a expectativa é dobrar o faturamento da marca Café do Ponto com o aumento da linha premium.

Com 20% do mercado total de café torrado moído no Brasil, a fabricante detém uma fatia de apenas 4% na categoria de cafés de maior valor.

Segundo Souza, o preço dos cafés torrados classificados como premium é pelo menos 20% maior do que a média das versões populares. E, por ser uma categoria ainda em desenvolvimento, a marca tem muito espaço para ampliar as vendas. "O gasto médio do brasileiro com café fica em 17º lugar num ranking global, o que é muito baixo se considerarmos que somos um dos maiores consumidores."

A estratégia da fabricante para ganhar mais espaço nas prateleiras do varejo e atrair novos consumidores para a categoria foi relançar a marca brasileira, com novas versões dos cafés premium e, fora dos supermercados, renovar as cafeterias da rede Café do Ponto.

"Fizemos um investimento maior na marca e relançamos a linha de produtos para que se posicione como um café com preço acima dos tradicionais, mas ainda mais acessível entre as bebidas premium."

Experimentação

Souza conta que, nos supermercados, o apelo da linha repaginada é oferecer ao varejista um ticket maior. "Fizemos um road show com clientes, apresentando as novidades da marca e percebemos que eles também estão mais interessados em atrair os clientes para a gôndola de café, a exemplo do que já acontece com cerveja."

Na rede de cafeterias da marca, o executivo espera que a exposição dos tipos de café relançados recentemente ganhe mais visibilidade, impulsionando também a demanda para o consumo doméstico da bebida premium.

"A nossa rede própria ajuda muito na força da marca e as cafeterias serão renovadas até 2020, uma estratégia que também atrai mais clientes", cita.

Jéssica Kruckenfellner

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