Manutenção de simples dispensário de medicamentos não exige contratação de farmacêutico

Poder Judiciário
Sexta-Feira, Dia 24 de Novembro de 2017

A manutenção de simples dispensário de medicamentos não exige a contratação de profissional de farmácia. Com essa fundamentação, a 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região julgou improcedente recurso apresentado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de Rondônia (CRF/RO) contra sentença que extinguiu a execução fiscal por ausência de pressuposto de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo.

Na apelação, o Conselho defendeu a regularidade da Certidão da Dívida Ativa que instruiu a execução. O Colegiado, no entanto, discordou. “Observo que a apelada não é drogaria ou farmácia, o que afasta a obrigatoriedade do registro em Conselho de Farmácia”, explicou o relator, desembargador federal Hercules Fajoses, em seu voto.

O magistrado citou jurisprudência do próprio TRF1 no sentido de que “é a atividade básica da empresa que vincula sua inscrição perante os conselhos de fiscalização de exercício profissional, vedada a duplicidade de registros”.

Ele acrescentou que a Lei 6.839/80 é clara ao afirmar que “o registro de empresas e a anotação dos profissionais legalmente habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades competentes para a fiscalização do exercício das diversas profissões, em razão da atividade básica”. Na hipótese, concluiu o relator, o objeto social da apelada consiste na exploração de serviços hospitalares em geral sendo, portando, dispensável a contratação de profissional de farmácia.

A decisão foi unânime.

Processo nº 001224737.2016.4.01.9199/RO

Fonte: Da redação (Justiça em Foco), com TRF1.

Os remédios para dormir provocam dependência e devem ser prescritos com bastante cautela

Pedro Marques 24 de novembro de 2017

Sedativos, hipnóticos, antidepressivos, relaxantes. A lista de medicamentos para dormir é imensa e a de efeitos colaterais também. Onze milhões de brasileiros tomam remédios para dormir.

A melatonina é um hormônio e, entre outras funções, regula o sono. À noite, quando começa a ser produzida, ela sinaliza para o sistema nervoso central que é hora de acabar com o período de atividade e começar o período de repouso. Para isso, alguns mecanismos fisiológicos são acionados e o principal é o sono. Enquanto a melatonina é produzida normalmente, ela garante um sono saudável.

Alguns fatores podem interferir e até bloquear a produção da melatonina: a luz (principalmente a azul, proveniente dos celulares, tablets e televisão), remédios e a idade, pois a produção de melatonina cai com o passar dos anos. Aos 70/80 anos, a gente produz 20% menos melatonina que quando jovem.

No Brasil, a melatonina é vendida em farmácias de manipulação e a sua ingestão deve ser orientada por um médico. É preciso saber a dose correta, formulação adequada e o horário certo para tomar. Se tomado de maneira errada, o hormônio desregula todo o organismo: metabolismo, sono e vigília, sistema cardiovascular e imunológico.

Relógio biológico

O endocrinologista José Cipolla Neto explica que é a partir da informação do tempo, se é dia ou noite, que o nosso relógio biológico prepara o corpo para um dos períodos. “De dia: a gente acorda, ficamos ativos, nos alimentamos, interagimos, o metabolismo está ativo e aproveita o que comemos, a pressão e a temperatura do corpo estão mais altas. À noite: dormimos, estamos em repouso, o metabolismo garante o jejum, o sistema nervoso se recupera, os músculos se recuperam, a pressão e a temperatura do corpo permanecem mais baixas.”

De acordo com o pneumologista do sono Geraldo Lorenzi, cada um tem um relógio biológico diferente, são os cronotipos. Algumas pessoas são vespertinas, outras matutinas e outras noturnas. Por conta disso, há muita confusão entre privação de sono e insônia. Por exemplo: uma pessoa que é vespertina, tem problemas para conseguir dormir cedo e acorda com muito sono. Essa pessoa vai ao médico e diz que tem insônia, mas na verdade, ela só não está respeitando o relógio biológico interno e tem privação de sono. Com o tempo, é possível flexibilizar esse relógio biológico, mas algumas pessoas têm mais dificuldade.

Remédios

Existem dois tipos de insônia: a inicial e a dificuldade de manutenção de sono. Os remédios agem dependendo da insônia de cada um, mas todos eles agem no sistema nervoso central com diferentes mecanismos.

Segundo Cipolla, nenhum dos medicamentos consegue reproduzir perfeitamente o sono fisiológico, os médicos chamam esse sono de farmacológico. Apenas a melatonina é capaz de induzir ao sono naturalmente. Lorenzi alerta que os medicamentos para dormir causam dependência, perdem o efeito com o tempo e precisam ser prescritos com bastante cautela.

Farmácias ao largo da crise

Os dois anos de recessão, que diminuíram a economia brasileira em 7,2% na sua pior recessão, superando até a dos anos 1930, não afetaram todos os setores. É o caso das farmácias, que, ao contrário, cresceram e aumentaram suas redes. A São João – hoje, a quinta maior rede do País – registrou uma expansão média anual de 25% nos últimos oito anos e projeta um crescimento de 30% em 2017. Segundo balanço apresentado pelo presidente Pedro Henrique Blair, durante evento realizado na sexta-feira no Centro de Distribuição da empresa, em Passo Fundo, esta expansão foi impulsionada pela abertura de novas lojas, que, hoje, já somam 670 unidades, 11 mil funcionários e 60 milhões de clientes, nos três estados da região Sul.

1 ano da tragédia na Pague Menos: 10 famílias destruídas

Escrito por: Sheila Barretto – Camaçari -23 de Novembro de 2017

Nesta quinta-feira (23), o acidente da farmácia Pague Menos de Camaçari completa um ano. A reportagem do Camaçari entrou em contato com o parente de uma das vítimas que pediu para não ser identificado, mas contou um pouco sobre a sensação de impunidade que sente até hoje.

A pessoa conta que os indícios de que algo estava errado começaram bem antes, com um problema no telhado, que causou um grande vazamento no local devido à chuva, e também um defeito no aparelho de ar condicionado, que levou os operários a fazer os reparos naquele dia, mesmo com a loja em pleno funcionamento. “Houve a irresponsabilidade, houve a impunidade. A partir do momento que alguém falou que havia um risco, eles assumiram o risco. Se tinha a possibilidade de fechar a loja e eles não fecharam, alguém tem que ser culpado. Se houve a negligência, eles têm que pagar por isso. Foram 10 pessoas que morreram, foram 10 vidas, existem 10 famílias destruídas hoje e a quantidade poderia ter sido bem maior. Será que se o número fosse maior, a impunidade seria a mesma?”, questiona.

O familiar acredita que a gerente da loja foi indiciada injustamente, pois, segundo ele, ela é tão vítima quanto os outros funcionários por não ter autonomia para mandar fechar o estabelecimento no momento do reparo. “Isso só quem poderia fazer era o supervisor e o gerente regional, ela aguardava uma autorização”.

Ele ainda criticou a postura das pessoas que estavam na rua no momento do acidente. “Quando você tanta gente parada filmando enquanto poderia tá fazendo uma corrente, jogando um balde de água. Se todo mundo se unisse ali no propósito de salvar vidas, poderia ter sido uma tragédia bem menor. Mas a gente vive um tempo em que todo mundo só olha pro seu próprio umbigo, infelizmente”.

Relembre o caso

Quarta-feira, 23 de novembro de 2016, um dia que ficaria marcado para sempre na memória de Camaçari. Era um dia normal de trabalho na farmácia Pague Menos da Avenida Getúlio Vargas, quando um incêndio deu início à tragédia. Uma explosão, a queda de uma laje, nove pessoas mortas, pelo menos 14 feridas.

Viaturas da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, SAMU, e em questão de minutos dezenas de pessoas lotavam a rua, celulares em punho registrando tudo, a fumaça, as chamas, o resgate. Parentes desesperados também chegavam à procura de uma informação, uma notícia, e aos poucos as lágrimas se juntavam ao suor e à incerteza naquela tarde quente de sol.

A noite caiu e vieram as primeiras confirmações de vítimas fatais, que continuaram durante toda a madrugada até às 5h da manhã, quando o corpo da última vítima foi localizado, Cristiana do Nascimento de Souza, funcionária da farmácia. Nove mulheres mortas, algumas asfixiadas pela fumaça, outras consumidas pelo fogo, outras esmagadas pela queda da laje. Entre elas, uma menina de apenas 9 anos, Celine Pires Souza Carlos, com uma vida inteira pela frente.

Dois dias depois, na sexta-feira, morria a décima vítima no Hospital Geral do Estado (HGE), a décima mulher. Vilma Conceição dos Santos, de 40 anos, que lutou pela vida na UTI de queimados, mas que não conseguiu resistir aos gravíssimos ferimentos.

Após o choque, veio a dor e logo em seguida a indignação. A população não podia entender ou aceitar como aquilo havia acontecido. Negligência dos responsáveis pelo estabelecimento que permitiram uma obra de manutenção durante o expediente? Isso só a perícia poderia responder e a conclusão do inquérito veio seis meses depois.

Acompanhada do perito criminal Eduardo Rodamilans, coordenador de Engenharia Legal do Departamento de Polícia Técnica (DPT), a delegada Thaís Siqueira, titular da 18ª Delegacia Territorial (DT), disse que chegou à conclusão baseada no depoimento de mais de 60 pessoas e nos laudos produzidos pelo DPT. Segundo ela, os envolvidos agiram diretamente para o desfecho dos fatos ao infringir as normas regulamentares relacionadas ao trabalho de manutenção que vinha sendo realizado na loja.

Oito pessoas foram indiciadas: Josué Ubiranilson Alves, diretor da empresa Pague Menos, Augusto Alves Pereira, gerente regional, Maria Rita Santos Sampaio, gerente da farmácia incendiada, Erick Bezerra Chianca, sócio da empresa de manutenção Chianca, Fernando Vieira de Farias e Edilson Soares de Souza, funcionários da empresa de manutenção Chianca, Rafael Fabrício Nascimento de Almeida, sócio da empresa de manutenção AR Empreendimentos, e Luciano Santos Silva, técnico em refrigeração pela AR.

Um ano após a tragédia, nada de concreto aconteceu. O inquérito concluído foi remetido ao Ministério Público de Camaçari que aguarda a decisão da Justiça para marcar as audiências, segundo a assessoria de comunicação. Para as famílias das vítimas e os sobreviventes resta somente a dor e a esperança de que a justiça seja feita.

Prefeito Marcos Neves entrega as novas instalações da Farmácia Especializada

No sábado, dia 25, a partir das 10 horas, a Prefeitura de Carapicuíba entrega as novas instalações da Farmácia Especializada, dentro do Plaza Shopping Carapicuíba. A unidade possui os programas Componente Especializado (Alto Custo) e Dose Certa.

Durante muitos anos quem precisava de remédio do “Componente Especializado” tinha de ir até o CEMM (Centro de Especialidades Médica Municipal), em local inapropriado e precário. Agora, a Prefeitura conseguiu um novo espaço para este programa, que abrigará também o “Dose Certa”. As pessoas vão contar com um lugar mais moderno, seguro e confortável, proporcionando mais dignidade à população.

“As novas instalações da Farmácia Especializada é mais um compromisso cumprido da nossa gestão. Na segunda-feira (27), os usuários já serão atendidos de forma previamente agendada, em ambiente com ar-condicionado, confortável e totalmente informatizado”, afirma o prefeito Marcos Neves.

Em Carapicuíba, o Programa do Componente Especializado proporciona medicamentos gratuitos para mais de 5 mil pessoas por mês, que já possuem cadastro e atendem aos critérios do Governo do Estado.

Componente Especializado

Para saber se o medicamento faz parte do Programa, o cidadão deve comparecer até a Farmácia Especializada com a receita médica e se informar com o atendente. Caso o medicamento pertença ao programa, o profissional irá disponibilizar o laudo para ser preenchido pelo médico.

Veja os documentos necessários para realizar o cadastro:

– Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica – LME;
– Receita médica;
– Cópia dos documentos pessoais (RG, CPF e comprovante de residência).
*Atenção! Quem já é cadastrado e recebia os medicamentos no CEMM continuará sendo atendido da mesma forma. Não é preciso atualizar o cadastro.

Dose Certa

Para ter acesso aos medicamentos que fazem parte do Programa Dose Certa, o paciente ou familiar deve comparecer à Farmácia Especializada com o RG e a receita específica (branca, azul ou amarela), prescrita pelo médico especialista.

Confira a lista dos medicamentos dos programas Componente Especializado e Dose Certa no site www.saude.sp.gov.br.

Marinha abre seleção para farmacêuticos em Manaus

On 24 novembro, 2017

O Comando do 9º Distrito Naval da Marinha brasileira, localizado em Manaus (AM), divulgou a abertura do processo seletivo para farmacêuticos. Serão recrutados dois profissionais habilitados em análises clínicas, independentemente do sexo, para a prestação de Serviço Militar Voluntário (SMV) temporário como Oficial de 2ª Classe da Reserva da Marinha (RM2).

Podem participar candidatos com nível superior na área de apoio à saúde e idade de 18 a 45 anos. As inscrições devem ser feitas até 15 de dezembro pelo site, mediante pagamento de R$ 120 de taxa de participação. As oportunidades de trabalho foram disponibilizadas para preencher as vagas de militares na área de jurisdição do 9ºDN.

O processo seletivo é constituído de prova objetiva de língua portuguesa e formação militar naval, prova de títulos, verificação de dados biográficos, verificação documental e inspeção de saúde. A prova será realizada no dia 4 de março de 2018.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Saúde: 30 farmácias clandestinas fechadas na Bahia este ano

O CRF-BA destaca o Subúrbio Ferroviário de Salvador como a região da capital baiana com maior número drogarias punidas por operar fora da legalidade

Tribuna da Bahia, Salvador
23/11/2017 10:30

Por Jordânia Freitas

A sua saúde pode estar correndo perigo. Cerca de 30 farmácias clandestinas, que operavam sem alvará da Vigilância Sanitária, certidão de regularidade do Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia (CRF-BA) e farmacêutico responsável foram fechadas este ano na Bahia. A informação é do CRF-BA, que destaca o Subúrbio Ferroviário de Salvador como a região da capital baiana com maior número drogarias punidas por operar fora da legalidade.

De acordo com Mário Martinelli Júnior, presidente do CRF-BA, as drogarias clandestinas estão espalhadas por todo o estado, não há uma concentração maior em uma localidade específica baiana.

Ele explica que existe uma diferença entre farmácia clandestina e irregular. A primeira opera sem passar pelos requisitos das legislações sanitárias e lei federais, comercializando os medicamentos sem alvará da Vigilância e um farmacêutico como responsável técnico.

Já o estabelecimento irregular perante o Conselho “é aquele que contrata um farmacêutico, dá entrada no alvará, depois demite o farmacêutico e não contrata mais, porém, continua funcionando. Então ela só tem o alvará no início, porque o farmacêutico quando é demitido ele tem por obrigação recolher o alvará e entregar na vigilância sanitária”, explica Martinelli, acrescentando que só o profissional graduado em Farmácia pode solicitar as permissões de funcionamento das drogarias junto à Vigilância Sanitária e CRF de cada estado.

Conforme Mário Martinelli Júnior, havia uma grande quantidade de farmácias clandestinas no estado, mas devido às fiscalizações o número foi reduzido. “Hoje nós temos em torno de 196 estabelecimentos clandestinos, que funcionam à margem da lei”, revela.

Contudo, o presidente esclarece que esse número de estabelecimentos operando com irregularidades pode ser transitório, já que no período entre a demissão de um farmacêutico e a contratação de outro, o sistema do CRF-BA automaticamente enquadra a farmácia como irregular, pois está sem o profissional, que deu baixa nas licenças no Conselho e na Vigilância.

Fiscalização

Nestes casos, Mário Martinelli Júnior explica que os estabelecimentos são notificados sobre a necessidade de admitir um novo profissional de farmácia, para recuperar os documentos que autorizam seu funcionamento em até 30 dias. Caso esse prazo não seja cumprido, eles podem ser fechados pela Vigilância Sanitária. “Nós estamos intensificando a fiscalização, estreitando os laços com as Vigilâncias Sanitárias municipais e Ministério Público”, afirmou.

Os estabelecimentos também podem ser interditados em casos de acondicionamento inadequado de medicamentos e comercialização de remédios de origem duvidosa, sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na avaliação do presidente do CRF-BA, situações como essas ocorrem, em sua maioria, nas drogarias clandestinas, onde não há um farmacêutico para coordenar o estoque de drogas. Um risco para a vida dos clientes. Se ocorrências do gênero existirem mesmo com a presença do profissional, ele responderá eticamente dentro do Conselho.

Outros produtos

Sorvete, sucos e refrigerantes. Há algum tempo, as farmácias diversificaram seu mix de produtos e passaram a oferecer itens que vão além dos medicamentos. Para o Conselho Regional, as farmácias são estabelecimentos de saúde e devem funcionar como tal, conforme rege a Lei Federal 13.021/14. As redes que seguem vendendo artigos não farmacêuticos operam por conta de liminar judicial, segundo a entidade.

Conheça como armazenar os medicamentos

On 23 novembro, 2017

Artemisa Azevedo conversou no programa Falando Francamente com o farmacêutico Osório Paiva e o assunto foi armazenamento de medicamentos.

“Para falar sobre armazenamento de medicamentos é importante remeter a assistência farmacêutica, um conceito dado para um grupo de ações voltado para a recuperação da saúde seja do individuo ou da comunidade”, foi o que disse Osório Paiva.

O farmacêutico tem a qualificação necessária para administrar e gerir toda essa assistência farmacêutica. Mas é importante que o usuário no momento da aquisição do remédio, mantenha o medicamento em local apropriado. Não guardar adequadamente o rémedio pode alterar a ação dele no paciente, afetando a saúde.

Osório Paiva aponta os erros mais comuns no armazenamento dos medicamentos. Colocar os remédios em banheiros,armários, próximos à paredes úmidas, lugares muito iluminados ou com temperaturas altas diminui a eficácia dele. A forma correta seria guardá-los em isopores ou em caixas plásticas, dentro da geladeira, se atentando em não armazenar na porta, e sim na parte de baixo da geladeira.

O farmacêutico acrescenta também que, quando finalizado o tratamento, não é recomendado guardar o medicamento e sim entregá-lo em postos de coletas ou farmácias.

E na hora de adquirir o remédio sempre questione a forma de armazenamento para o farmacêutico, ele passará todas as informações necessárias.

“É preciso ter um modelo positivo e buscar sempre o crescimento sustentável”

Autor: Édson Coltz

Visão é do presidente da Rede de Farmácias São João, Pedro Henrique Brair, que reúne em Passo Fundo colaboradores e empresas parceiras

“A empresa se perpetua se estiver crescendo, se organizando e se realmente satisfazer as exigências dos consumidores”. Foi com essa mensagem que um dos empresários mais bem sucedidos do Brasil, o presidente da Rede de Farmácias São João, Pedro Henrique Brair, recebeu centenas de pessoas no Encontro de Parceiros realizado pela empresa, em Passo Fundo, nessa quarta-feira (22) (atividade que prossegue hoje). Antes mesmo de tomar seu lugar no palco de um grande estande montado no local, ele já interagia com os participantes do almoço servido em meio às árvores de um espaço natural, cenário associado por Brair ao típico modo acolhedor do gaúcho.

Entre uma rápida conversa e outra com os convidados, cuidava de aspectos do próprio evento, atentando, por exemplo, ao ponto da carne que saia das churrasqueiras e se nada faltava nas mesas. Essa atenção e envolvimento geral, confidenciaram alguns presentes, é hábito do empresário.

O evento é festivo, com a presença de artistas da TV, como o apresentador Rodrigo Faro, da música, com show do cantor Gusttavo Lima, e de humor, do Guri de Uruguaiana. Mas, muito além disso, serve para as marcas que se relacionam com a rede exporem seus produtos e as principais novidades do setor. Marcando, praticamente, o encerramento de mais um ano é, ainda, a oportunidade de avaliar o período – com tantos percalços na política e economia nacional- e projetar 2018. “Com esse momento da economia que não é dos melhores, o empresário enfrenta muitas adversidades, mas não podemos pensar nisso, é preciso ter um modelo positivo e buscar sempre o crescimento sustentável”, comentou Pedro Henrique Brair, declarando uma máxima: “Não existe empresa estacionária, ou cresce ou desce, essa é a lei da física”.

Com essa visão, o empresário controla uma das maiores redes varejistas de medicamentos do país, com mais de 600 farmácias espalhadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Há cerca de um ano, ocorreu um marco importante no grupo, quando em dezembro de 2016 inaugurou o novo Centro de Distribuição e Operações Administrativas, empreendimento com cerca de 40 mil m² de área construída, em um espaço total de 100 mil m², às margens da Perimetral Leste. O investimento foi superior a R$ 100 milhões. “A empresa se perpetua se estiver crescendo, se organizando, e se realmente satisfazer as exigências dos consumidores. É isso que buscamos constantemente, melhoria contínua sempre embasada em pilares como: trabalho, se não der certo trabalhe diferente, e se ainda não alcançar os resultados, continue trabalhando. É isso que a empresa mais faz ao longo dos 365 dias do ano”, enalteceu.

Confraternização

A companhia farmacêutica que conta com cerca de dez mil colaboradores, e atende a mais de seis milhões de clientes por mês, reúne nesta semana parte desse grupo e empresas fornecedoras para comemorar. “É um momento de celebração, por isso estamos muito contentes, diante de pessoas que fizeram história em nosso país”, disse ele citando alguns dos presentes. “Nossa empresa é voltada ao social, é muito simples, e tudo que fazemos aqui é para acolher bem as pessoas. O gaúcho por natureza é muito acolhedor e é isso que estamos fazendo neste momento, neste lugar”, disse ele, em referência ao ponto escolhido para o almoço ao ar livre.

O número de participantes da atividade, estimada em mais de duas mil, lotou os hotéis de Passo Fundo e mesmo de cidades da região. “A rede hoteleira que é muito boa em Passo Fundo não conseguiu atender a demanda e municípios vizinhos tiverem que os acolher. É sinal de sucesso, êxito e prestígio. Neste encontro de parceiros, estamos entrelaçados com todas as culturas nacionais, pois há pessoas de todo o país. É com muita satisfação que comemoramos com todos os nossos colaboradores, com a grande família São João”, finalizou Pedro Henrique Brair.

Farmácia do PR é destaque em congresso nacional

— 20 de novembro de 2017

A experiência de implantação do cuidado farmacêutico nas Farmácias do Paraná levou o terceiro lugar na área de Uso Racional de Medicamentos, no I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas. Cerca de 900 trabalhos foram apresentados. O evento organizado pelo Conselho Federal de Farmácia reuniu em torno de 4 mil participantes em Foz do Iguaçu.

O trabalho ‘Processo de implantação de serviços farmacêuticos no âmbito do cuidado farmacêutico nas farmácias de uma Secretaria de Estado da Saúde’ traz um relato sobre o serviço dos chamados consultórios farmacêuticos – espaços onde os usuários da farmácia recebem atendimento individual com orientações quanto à administração do medicamento, possíveis reações adversas e interações medicamentosas que podem prejudicar o tratamento.

No mesmo serviço o farmacêutico avalia se o tratamento do paciente está alcançando os resultados esperados e faz contato com o médico ou outro profissional de saúde caso detecte algum problema ou seja necessária alguma mudança no tratamento. O processo de implantação foi iniciado em 2015 com o Ministério da Saúde e, com o fim da parceria, passou por um redesenho adaptado à realidade das farmácias estaduais.

O trabalho é de autoria da farmacêutica Paula Rossignoli, com coautoria de Deise Pontarolli, Claudia Moretoni, Suzane Virtuoso e Nathalie Mingorance, todas do Departamento de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

“Aproveitamos o espaço em um evento tão relevante para a área farmacêutica para relatar esta experiência da Secretaria da Saúde que está sendo tão bem-sucedida. É uma oportunidade de compartilhar o que estamos fazendo, e de maneira pioneira no componente especializado, para que outras pessoas possam conhecer e até mesmo implantar de acordo com cada realidade”, fala Paula.

O cuidado farmacêutico faz parte do Plano Estadual de Saúde 2016-2019 como uma das metas para a qualificação da Assistência Farmacêutica no Estado. A ideia é implantar consultórios farmacêuticos nas Farmácias do Paraná das 22 regionais de saúde do Paraná até o fim de 2019. O serviço estará em 13 regionais no próximo mês. A previsão é de que a meta seja cumprida no final de 2018.

O trabalho dos profissionais de Farmácia na hemorrede paranaense foi tema de outra participação da Secretaria da Saúde no Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas. O diretor do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Paulo Hatschbach, falou sobre a participação dos farmacêuticos em todos os processos relacionados ao sangue distribuído para a rede pública de saúde no Estado.

O diretor participou da mesa que teve como tema ‘O papel do farmacêutico no hemocentro e nos serviços de hemoterapia’. O debate também contou com a presença de representantes da Coordenação-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde e da Coordenação-geral de Laboratórios de Saúde Pública do Mato Grosso do Sul.