Chapa 2 tem propostas inovadoras para os farmacêuticos do Acre

Assessoria
06/11/2017

No próximo dia 8 de novembro, quarta-feira, os farmacêuticos do Acre vão eleger a nova diretoria do Conselho Regional de Farmácia – CRF/AC que terá dois anos de mandato, e pela primeira vez há duas chapas concorrendo. Em todo Acre, atuam 360 farmacêuticos em unidades de saúde públicas e na rede privada.

Os profissionais que moram e trabalham no interior do Estado poderão votar da mesma forma que os colegas da Capital: por meio do site www.votafarmaceutico.org.br, mediante senha individual e intransferível. A votação será das 12h (meio-dia) do dia 08/11/2017 até às 12h (meio-dia) do dia 10/11/2017 (conforme o horário da localidade do CRF).

Entre as atribuições do Conselho está a fiscalização do exercício da profissão, de modo que o profissional exerça seu ofício de acordo com as normas do Conselho Federal de Farmácia, evitando qualquer tipo de exploração da categoria.

Os farmacêuticos podem atuar em mais de 70 áreas, como farmácias e drogarias particulares, unidades públicas de saúde, nas indústrias farmacêuticas e de alimentos, nas análises clínicas, perícia criminal e na área de estética. Somente os profissionais farmacêuticos podem fazer a dispensação de medicamentos controlados e antibióticos  nas farmácias e nas unidades públicas de saúde.

Chapa 2, um novo tempo

A Chapa 2 tem como slogan “Um novo tempo”.  O candidato a presidente da Chapa 2, João  Vítor, ressalta que a formação da chapa atendeu a pedidos dos colegas farmacêuticos, pelo anseio de mudança “ que não querem mais do mesmo”, ressalta ele. “Nossa categoria não se sente mais representada pela atual diretoria, que precisa ser renovada.  Por isso, nos pediram e colocamos nosso nome para disputa”, cita.

A Chapa 2 é formada por profissionais farmacêuticos que  atuam em várias áreas, como em unidade de saúde municipais e estaduais e empresas da iniciativa privada. “Formamos uma chapa com profissionais comprometidos com a defesa da categoria, com a vontade de avançar mais ainda nas conquistas e acima de tudo: querem mudanças”, explicou Luana Esteves, candidata a Conselheira Regional.

“Juntos iremos discutir e aprovar regulamentações, que valorizem as atribuições da profissão farmacêutica. Vamos fiscalizar as ações do Conselho Regional, diminuindo conflitos, garantindo qualidade e agilidade na prestação dos serviços. Zelaremos pela saúde pública e pela inserção do farmacêutico nas equipes multiprofissionais”, explicou Romeu Cordeiro, candidato a Conselheiro Federal da Chapa 2.

A descentralização é uma das grandes metas. O objetivo é ampliar o trabalho de forma a garantir à sociedade o direito ao atendimento em farmácias e drogarias por profissional qualificado em todo o Estado. A ideia é intensificar a ida da equipe do CRF AC ao interior para reuniões com gestores públicos e empresários do ramo de farmácias e drogarias, de forma a assegurar aos inscritos – os farmacêuticos, e à sociedade, que o mercado do medicamento, está em conformidade com a lei.Uma aproximação cada vez maior dos alunos do curso de Farmácia, também é objetivo da direção do CRF AC.

Propostas da Chapa 2

Entre os objetivos da Chapa 2, para o Conselho Regional de Farmácia do Acre – CRF/AC, estão: a construção de forma participativa do Plano Anual de Fiscalização, incentivo  ao empreendedorismo na profissão farmacêutica, priorizando atividades educativas e preocupando-se com as condições de trabalho do profissional farmacêutico, inovação dos métodos e procedimentos internos, buscando agilidade e qualidade na prestação dos serviços, reaproximando o CRF da classe farmacêutica, ampliação  de forma participativa das ações educativas e capacitações, parcerias com outros Conselhos de Classe e Instituições de Ensino Superior, com intuito de melhorar a qualidade das prescrições realizadas e implementar ações educativas, valorização das atribuições essenciais da profissão, nas diversas áreas de atuação (análises clínicas, estética, farmácia comunitária, farmácia clínica, farmácia magistral, pesquisa, docência, etc), implantação da Comissão de Assuntos Jurídicos, com intuito de acompanhar e reverter ações judiciais em desfavor da categoria, implantação de seccionais em regionais do Estado, assegurar melhor direcionamento dos recursos oriundos do pagamento de anuidade de acordo com a definição do orçamento participativo e democrático.

Farmarcas fatura R$1,2 bilhão e cresce 48,6% no último ano com modelo inovador

6 de novembro de 2017 Ray Santos

Dados da QuintilesIMS apresentados recentemente com os resultados do último ano das lojas das redes administradas pelas Farmarcas demosntraram um crescimento muito acima do mercado. No período de um ano, findado em junho de 2017, o faturamento da rede cresceu 48,6%, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, o valor saltou de R$ 800 milhões para, aproximadamente, R$1,2 bilhão.

O dado impressiona ainda mais se considerar que, no mesmo período, o mercado farmacêutico cresceu apenas 13%. Segundo o diretor operacional da Farmarcas, Ângelo Vieira, existem alguns fatores que explicam os resultados.

“Como mostra o estudo da QuintilesIMS, aceleradores do crescimento da Farmarcas foram o aumento no volume de vendas das farmácias e o aumento no número de lojas. Na composição do aumento de faturamento, 17,5% é representado por volume de vendas, 20,6% é representado por novas lojas e 10,5% por aumento do preço médio do mix de produtos”, explica Vieira.

Análise dos dados

O modelo desenvolvido, priorizando preços acessíveis, fez com que a Farmarcas se destacasse com um crescimento intenso nas vendas, principalmente em relação ao volume, perante todo o mercado no período farmacêutico. O mercado cresceu nesse ponto 1,2%, frente os 17,5% da Farmarcas no período.

Outro ponto destacado foi o aumento no número de lojas, uma vez que, em 2016, a administradora de redes era responsável por cerca de 500 unidades e, neste ano, o estudo da QuintilesIMS considerou 639, mas o número já é maior.

“Os números demonstram que estamos no rumo certo, mas ainda temos um longo caminho para percorrer, pois estamos em constante transformação, aprimorando nossos principais diferenciais, como é o caso de ferramentas de gestão e da padronização nos layouts e atendimentos de todas as lojas”, explica Vieira.

Outro diferencial é o trabalho desenvolvido pelos chamados “anjos”, um grupo de profissionais responsáveis pela gestão do relacionamento entre a Farmarcas e as farmácias. Eles possuem um painel de lojas e, a partir das ordens de serviço registradas no sistema de controle do cadastro de associados, monitoram e acompanham para que todas as demandas sejam resolvidas com rapidez e eficiência.

Eles também são responsáveis por orientar as lojas quanto ao correto preenchimento das ferramentas disponibilizadas, como correções e ajustes nos relatórios de lucratividade, e também na divulgação das inúmeras campanhas promocionais desenvolvidas pela equipe comercial.

Sobre a Farmarcas

A Farmarcas é uma associação criada para administrar agrupamentos farmacêuticos e redes associativistas, tendo como foco a capacitação dos empresários e a excelência na gestão das lojas. Atualmente, fazem parte da empresa as redes Drogarias Ultra Popular, Farmácia Super Popular, Farma100, Entrefarma, Drogarias Maxi Popular, Farmácias BigFort, AC Farma, Megapharma e Farmaestra.

Na Farmarcas, uma equipe de especialistas dispõe de ferramentas gerenciais exclusivas, desenvolvidas e testadas pela Febrafar (federação que reúne mais de 9 mil farmácias independentes em todo o Brasil), e todos possuem o compromisso de orientar, apoiar e servir os associados, para que atuem com alta eficiência operacional e se tornem cada vez mais competitivos e prósperos. A equipe trabalha para fazer com que a empresa seja reconhecida como a melhor e mais eficiente na gestão de agrupamentos de farmácias do Brasil.

Fn | Dsop Educação Financeira

DESVENDANDO MEDICAMENTOS – SAIBA TUDO SOBRE ELES

6 de novembro de 2017 Ray Santos

Por trás de uma indústria que faturou 49 bilhões no ano passado existe uma certeza: cedo ou tarde todo mundo acaba precisando do produto. Trata-se da indústria de medicamentos, que viu um aumento de 42% nas vendas de remédios em farmácias nos últimos quatro anos, segundo levantamento da Interfarma/QuintilesIMS. Embora seja um item comum na prateleira de quase todo mundo, é importante se atentar ao fato de que remédio é coisa séria. E deve ser tratado como tal. Por isso é importante conhecer mais sobre os diversos tipos de remédios, como tomar, onde guardar, entre outras coisas. E quem responde essas dúvidas é a farmacêutica da Rede Compre Certo, Mirna Alves Silva Pires.

Para começar, a principal dúvida: o genérico tem realmente a mesma eficácia do remédio de marca? “É importante salientar que não existe diferença entre um e outro. O medicamento genérico tem a mesma eficácia terapêutica do medicamento de referência. Ele é submetido a testes de bioequivalência e biodisponibilidade justamente para verificar essa questão”, explica a especialista. O que acontece é que os genéricos geralmente são produzidos após a quebra da patente ou de outros direitos de exclusividade. Após aprovação da comercialização – que é feita pela ANVISA – o medicamento fica à disposição do consumidor, geralmente a um custo menor.

Já o remédio similar, como o nome indica, tem algumas diferenças. Entre as diferenças entre um e outro estão as características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo (substâncias que completam a massa ou volume do medicamento). “Desde 2003, os similares precisam apresentar testes de biodisponibilidade e equivalência farmacêutica para comprovar que o medicamento possui o mesmo comportamento no organismo e as mesmas características de qualidade do de referência”, explica Pires.

Medicamentos de referência, por sua vez, são remédios que possuem eficácia terapêutica, segurança e qualidade comprovadas cientificamente. Eles só são lançados no mercado após anos de pesquisa e desenvolvimento para comprovar a eficácia e segurança no tratamento das doenças indicadas.

E quanto aos homeopáticos e fitoterápicos? Dá para confiar? A filosofia da homeopatia é utilizar, em pequenas quantidades, substâncias que causam sintomas parecidos com os que paciente apresenta para que o corpo potencialize a capacidade curativa e seja capaz de combater a doença. Já a fitoterapia utiliza plantas para tratar os problemas. “Mas vale lembrar que os homeopatas não descartam o uso de medicamentos alopáticos. Pelo contrário, eles encorajam que o uso da homeopatia seja complementar ao tratamento tradicional”, explica a farmacêutica.

Quanto à forma de administração, os remédios que se apresentam na forma líquida, como xaropes, gotas, suspensão, comprimidos efervescentes ou em pó possuem efeito mais rápido no organismo. Já os comprimidos não podem ser partidos e devem ser tomados com um copo de água. “Quando são partidos podem perder o revestimento protetor, comprometendo sua ação terapêutica, principalmente, se os princípios ativos forem sensíveis ao ácido do estômago”, explica. As cápsulas não devem ser abertas, com exceção daquelas que contém indicação para isso. Quanto ao armazenamento, o ideal é manter os remédios em ambiente seco, longe do calor, umidade, sem exposição solar, e guardados na própria embalagem. E, claro, deixá-los sempre longe do alcance das crianças e animais.

Sobre a Rede Compre Certo

A Compre Certo é uma rede de farmácias que tem mais de 150 unidades em seis estados brasileiros. Sua principal atuação é em Minas Gerais. Criada em 2010, possui um amplo e personalizado mix de produtos, além de marca própria e serviços para a população, como a Blitz de Saúde e o Saúde Certa – Consultório Farmacêutico, com 25 serviços de saúde a preços acessíveis, como avaliação de problemas de sono e depressão, risco cardiovascular, entre outros.

Fn | Markable Com,.

CRF-RS presente em importante Congresso que conecta a Saúde com a Justiça no País

On 6 novembro, 2017

Realizado entre 27 e 29 de setembro, no Espírito Santo, o 5º Congresso Brasileiro Médico e Jurídico buscou a integração entre operadores da Saúde e do Direito no Brasil. O sistema CFF/CRFs esteve representado pelo Grupo de Trabalho de Farmacêuticos que atuam no Sistema de Justiça, entre eles o farmacêutico Everton Borges, assessor de Relações Institucionais do CRF-RS. No dia em que o Congresso debateu o “financiamento e gerenciamento de recursos públicos, desvios e regulação na prestação dos serviços públicos de saúde”, para uma plateia formada por agentes e gestores públicos, juristas e magistrados, Borges apresentou uma exposição a respeito das ordens judiciais e medicamentos de alto custo, destacando a economia que a assistência farmacêutica é capaz de proporcionar aos cofres públicos.

Na ocasião, através do seu GT de judicialização, o CFF oficializou solicitação para obter assento no Fórum Nacional da Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O documento foi recebido pelo Coordenador do Fórum Nacional, Arnaldo Hossepian, e pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto e Renato Dresch. “Na oportunidade, tivemos o apoio do juiz federal Clenio Schulze e da coordenadora executiva do 5º Congresso, Clenir Sani Avanza”, informa Borges, que completa. “O Fórum Nacional da Saúde é um significativo espaço de discussões, onde os profissionais farmacêuticos devem se fazer presentes, por meio dos seus representantes. Os medicamentos são o que mais impacta na judicialização da saúde, e neste debate o farmacêutico deve ser ouvido”.

Em sua exposição, Borges também trouxe reflexões sobre os efeitos positivos da assistência farmacêutica nos municípios, ilustrando o cenário atual e o que deveria ser o ideal. O assessor ainda ressaltou as possibilidades oferecidas pelo assessoramento técnico do profissional farmacêutico à Justiça, citando o caso do convênio estabelecido entre o CRF-RS e a Defensoria Pública, que proporcionou a redução e qualificação das demandas judiciais em saúde no RS, além de um concurso público que prevê a contratação de farmacêutico para o órgão.

“Desde 2012, a diretoria do CRF-RS possui o entendimento de que o Conselho precisa ocupar espaços relacionados às questões de saúde e medicamentos, inserindo e valorizando o profissional farmacêutico nos debates. Através da criação e manutenção de um núcleo estratégico/institucional do CRF-RS, é possível fortalecer o relacionamento com o Judiciário e o Legislativo, assim como outros órgãos profissionais e instituições”, analisa Borges, enfatizando que a plena autonomia deste núcleo resultou na inserção dos farmacêuticos no sistema de Justiça, levando o CFF a unificar outras experiências e instituir o GT de Farmacêuticos no Sistema de Justiça, com novas possibilidades de ações e mais resultados positivos aos profissionais e à sociedade. Também esteve presente no 5º Congresso Brasileiro Médico e Jurídico a assessora de Assuntos Estratégicos do CRF-RS, Zelma Padilha.

Conheça o GT de Farmacêuticos no Sistema de Justiça do CFF:

Coordenadora Rossana Freitas Spiguel (Conselha Federal pelo Acre)

Angela Cunha Castro Lopes (Conselha Federal pelo Acre)

Everton Borges (CRF-RS)

Junia Célia Medeiros (CRF-MG)

Douglas M. Costa (CRF-AP)

Zelma Padilha (CRF-RS)

Gilberto Dutra (CRF-ES)

Fonte: SIS Saúde

Seguridade debate preço e validade de medicamentos

A Comissão de Seguridade Social e Família realiza audiência pública nesta terça-feira (7) para discutir o preço e a validade dos medicamentos comercializados no País.

Os deputados Mandetta (DEM-MS) e Toninho Pinheiro (PP-MG) solicitaram o debate para obter esclarecimentos sobre algumas questões: possíveis descontos fornecidos pela indústria e não repassadas ao consumidor final, suficiência dos índices de reajuste aplicados e validade dos medicamentos.

Foram convidados para a audiência o secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), Leandro Safatle; o representante da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo; e representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Conselho Federal de Farmácia e do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sindusfarma).

O debate está previsto para as 16 horas, no plenário 7.

Da Redação – MB

Panvel começa venda do autoteste para HIV. Action! tem precisão de 99,9% e resultado em 20 minutos

02/11/2017 Saúde

A Panvel Farmácias passou a comercializar o primeiro autoteste para HIV aprovado no Brasil. O Action!, desenvolvido pela OrangeLife, identifica a presença de anticorpos associados ao vírus com precisão de 99,9% e resultado em 20 minutos.

O kit conta com um dispositivo de teste, líquido reagente, lanceta específica para fazer o furo no dedo, sachê de álcool e tubo para coleta de sangue. O produto pode ser utilizado por quem busca agilidade ao suspeitar de infecção e favorece para o diagnóstico precoce em caso de exposição a situações de riscos.

O teste deve ser realizado em casa, de forma que o procedimento não deve ser realizado na farmácia. Como é um teste de triagem, exames complementares podem ser indicados para o diagnóstico.

A novidade está disponível em todas as lojas da rede Panvel no RS, SC, PR e SP, Alô Panvel, APP e também pela loja online www.panvel.com, com entrega para todo o país.

Farmácias do RS têm 1 mil vagas de emprego com salário de até R$ 5 mil

Pessoal pode se candidatar no site Adzuna
31/10/2017 – 08h50minAtualizada em 31/10/2017 – 08h51min

Giane Guerra

Quem nunca disse que tem farmácia abrindo em cada esquina de Porto Alegre? É um setor que cresce bastante. Inclusive, durante o auge da crise, foi o único segmento a sustentar crescimento de vendas nos indicadores.

No Rio Grande do Sul, há mais de 5,3 mil farmácias. É o dobro do que há 20 anos, segundo o Conselho Regional de Farmácia.

Quase 700 delas ficam em Porto Alegre. Detalhe observado pelo site Adzuna: é uma farmácia a cada 2 mil habitantes da Capital.

É um setor que gera uma quantidade interessante de empregos. Em parceria com a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, o portal Adzuna tem mais de 1 mil vagas de emprego em farmácias do Rio Grande do Sul. Algumas das vagas disponibilizam o nome da empresa que está buscando o trabalhador.

No levantamento enviado para a coluna Acerto de Contas, foi identificada uma média de salário de R$ 1.696. A remuneração mais alta atinge R$ 5 mil.

Além da tradicional vaga de farmacêutico e do auxiliar de farmácia, que exigem formação superior ou técnica na área, as grandes redes varejistas têm buscado profissionais capacitados em vendas, tecnologia, marketing e gestão de negócios para aumentar o faturamento e expandir presença nacional. Muitas empresas buscam um gerente de compras preocupado com produtos importados para diversificar o mix nas prateleiras.

TARJA-PRETA: Estudantes encontram facilidade para comprar medicamentos de alto controle pela Internet

Juana Castro e Cris Almeida, com colaboração de Cássia Carolina e Pablo Santana

Atualizado em 05/11/2017 às 22:27

A facilidade e a velocidade com que as coisas acontecem na Internet dão a impressão, muitas vezes, de que tudo é possível através da ferramenta. Até mesmo a venda de remédios de alto controle, cuja prescrição de receita é obrigatória por lei – e sujeita à retenção nas farmácias – acontece no mundo virtual.

Não é difícil encontrar usuários na busca por medicamentos tarja-preta na rede. E as respostas costumam aparecer rapidamente. Em grupos de discussão sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), pessoas comercializam drogas como Ritalina — bastante utilizada no tratamento do referido problema — abertamente, a exemplo das imagens abaixo, coletadas pela equipe de reportagem do Aratu Online.

Sobre o medicamento

A Ritalina  estimula o cérebro, através da metilfenidato, substância que facilita a circulação da dopamina, neurotransmissor responsável pela excitação do sistema nervoso central. Este, por sua vez, transmite informações para todo o organismo.

Não à toa, o medicamento é conhecido como ‘pílula do conhecimento’ ou ‘droga dos concurseiros’, por ser utilizada por muitos estudantes para se manter alerta e focado, principalmente às vésperas de provas importantes. Nas redes sociais, ofertas do remédio sob a premissa de ‘incentivo para os estudos’ são comuns. Uma até possui imagem da contagem regressiva para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para ilustrar.

“Quem tiver precisando de incentivo para os ESTUDOS, só chamar inbox”, diz a publicação

Infiltrada no grupo e por meio de um aplicativo de conversa, a reportagem do Aratu Online procurou mais informações sobre a compra da Ritalina, com a pessoa que publicou o anúncio anterior. O(a) vendedor(a) fala em promoção e frete gratuito para o produto, o qual comercializa por R$ 190 (caixa).

Confira, abaixo, a conversa na íntegra:

Ao ser questionado(a) se o remédio chegaria mesmo em sua casa, o(a) vendedor(a) pareceu não gostar da abordagem e afirmou não ter motivos para ‘sacanear’ seus clientes. Ele(a) revela, ainda, que a cada cinco mil interessados, dois ou três mil compram o produto em sua mão. Se necessário, inclusive, em caso de transferência, pode passar o próprio CPF.

Riscos

O uso indiscriminado da Ritalina e outros remédios estimulantes podem trazer sérios danos à saúde e vida do indivíduo, como explica a psiquiatra Lívia Castelo Branco, especialista em psiquiatria pela Associação Brasileira da área: “Quem tem maior vulnerabilidade a ter transtorno psicótico ou alteração de humor grave pode ter esses problemas desencadeados”.

Além disso, como a droga também estimula o corpo, pode provocar taquicardia, insônia e agitação psicomotora. “Quadros mais graves, a exemplo da arritmia cardíaca, crise convulsiva, epilepsia e até uma morte súbita também podem ser causados”, afirma a médica.

Perguntada sobre o motivo de muitos estudantes recorrerem a esse tipo de estímulo, Lívia foi direta: “Muitas vezes, as pessoas escolhem o caminho mais fácil, sem levar em conta o perigo”. A orientação que a profissional faz, então, é “se organizar” e não “deixar tudo pra em cima da hora”, a fim de evitar o uso de uma espécie de “dopping” na tentativa de correr atrás do prejuízo.

“Ter uma vida saudável, com horas regulares de sono, e praticar atividade física adequadamente pode parecer mais complicado, porém é muito melhor a longo prazo. Se, ainda assim, sintomas e problemas persistirem, é preciso buscar ajuda profissional”, explica a médica.

Tipo “B”

Além dos estimulantes (psicotrópicos), classificados como “A”, em relação ao controle dos tipos de receita médica, outros medicamentos bastante prescritos por psiquiatras são os “B”, para tratar ansiedade e insônia, como é o caso do (famoso) Rivotril, Diazepam (Valium) e Alprazolam.

Assim como a Ritalina, são tarja-preta e sua comercialização deve seguir normas rígidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para verificar os procedimentos de venda desses remédios, o Aratu Online passou por 11 farmácias de Salvador, do Centro ao bairro da Graça. Em todas, a receita foi exigida e a compra não efetuada.

No entanto, ao ligar para um estabelecimento, também no Centro, que entrega em domicílio, o vendedor – falando em tom mais baixo – disse que poderia ‘dar um jeito’, caso a cliente/repórter não tivesse a receita, e entregar uma caixa de Rivotril na casa dela. “A gente tem como conseguir um aqui pra ti. Se precisar, é só falar que a gente consegue te mandar”, diz.

Confira abaixo:

Perigos

O uso crônico desses remédios pode causar quadros demenciais, de acordo com a psiquiatra Lívia Castelo Branco. “Quem usa Rivotril todos os dias, há anos, tem mais chance de ter demência, principalmente o Alzheimer. Já a curto prazo, pode causar o atraso dos reflexos, o que pode gerar quedas e até um acidente de trânsito”, explica.

Há ainda, risco de depressão/parada respiratória, em casos de mistura com o álcool, por exemplo. Para reforçar o alerta, Lívia relembra o caso da cantora norte-americana Whitney Houston, morta em 2012. “Ela utilizou Alprazolam, ingeriu bebida alcoólica, deitou na banheira e se afogou, porque não conseguiu levantar para respirar”, diz a médica.

Fatores de risco

Mesmo que não misturado ao álcool, se o usuário da droga benzodiazepínica – nome dado ao fármaco do grupo dos sedativos e relaxantes musculares, entre outros – tiver um problema respiratório e “de base”, como apneia do sono ou obesidade, também pode sofrer uma parada respiratória, de acordo com Lívia.

Por isso, a indicação de remédios ansiolíticos e/ou estimulantes deve ser muito bem estudada, com uma avaliação psiquiátrica completa e exames complementares – como eletrograma e eletroencefalograma – que possam excluir doenças associadas, até porque essas drogas causam dependência e  tolerância, quando são necessárias doses cada vez maiores para fazer efeito. “É preciso checar se o benefício é maior que o risco de usá-las”, conclui Lívia.

Dados

No Brasil, o Rivotril e similares são muito utilizados no tratamento da depressão e ansiedade, problema este que já afeta 9,3% da população, o equivalente a mais de 18 milhões de brasileiros, segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em fevereiro deste ano. Assim, o país lidera o ranking da América Latina no que diz respeito ao transtorno.

Legislação

De acordo com a legislação, prevista no artigo 273, parágrafo 1º-B, do Código Penal, é entendida como prática criminosa o comércio de substância expressamente proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pena prevista é de três meses a um ano e “na mesma pena incide quem vende, entrega ou fornece medicamentos”.

O texto base do projeto leva em conta a potencialidade prejudicial que os efeitos colaterais dos medicamentos possam trazer ao usuário e problematiza a venda indiscriminada, sem prescrição médica.

Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuonline.com.br/aovivo e no facebook.com/aratuonline.

*Publicada originalmente às 22h27 (5/11)

Profissionais alertam para os riscos da automedicação

Matéria publicada em 4 de novembro de 2017, 08:50 horas

Volta Redonda – Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada. Os números compravam um risco que vem aumentando com a internet, segundo especialistas, a automedicação.
Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), da Fundação Oswaldo Cruz, o uso de medicamentos é a principal causa de intoxicação no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados.

A farmacêutica Malú Correia Mansur, que trabalha em uma rede de farmácias em Volta Redonda, contou que é cada vez mais comum clientes adquirirem remédios sem uma prescrição médica, esses em quantidades cada vez maiores.

– Medicamentos como antiácidos, antitérmicos e anti-inflamatórios e alguns xaropes são os que mais são procurados por pessoas que buscam se automedicar. Até os medicamentos considerados naturais, como os para a flora intestinal se consumidos em excesso podem causar diversos problemas de saúde. Os da flora intestinal, por exemplo, podem mascarar alguma inflamação intestinal – afirmou.

O hábito de se automedicar pode gerar outro problema ao organismo: a dependência química. Um caso comum é o uso de descongestionantes nasais, muito procurado por pessoas que sofrem de sinusite ou rinite.

– No caso do uso em excesso desses descongestionantes nasais, pode aumentar a pressão arterial. Isso é um risco para quem sofre com alterações dela. O mesmo ocorre com medicamentos usados no combate a dor de cabeça. Muitas pessoas não obedecem à prescrição médica e aumentam a dose, abaixando a pressão, além de provocar inflamação gástrica – comentou a farmacêutica, acrescentando: “Até um paracetamol faz mal. Em excesso a substância é tóxica ao fígado. Algumas pessoas podem ter choque anafilático e causar alergia. No caso de uso sem orientação médica, o ideal é que na dúvida sempre procure um profissional”.

A médica Mônica Campbell alertou que os efeitos colaterais podem ser causados por todos os tipos de medicamentos.

– O uso contínuo de anti-inflamatórios causa problemas renais e gástricos, podendo, em casos mais graves, levar ao hospital. No caso dos analgésicos, as chances de intoxicação são os efeitos mais comuns, mas podem acontecer reações alérgicas também – destacou.

por taboola