Raia Drogasil tem lucro de R$136,5 mi no 3º tri

Resultado representa alta de 16,8% na comparação com o mesmo período do ano passado

SÃO PAULO – A rede de farmácias Raia Drogasil teve lucro líquido de 136,5 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 16,8 por cento sobre o mesmo período do ano passado.

A companhia apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 296,5 milhões de reais no período, alta de 16,7 por cento na comparação anual.

(Por Natália Scalzaretto)

Reuters

Abrafarma capacita farmacêuticos em Curitiba

On 26 outubro, 2017

Cerca de 400 farmacêuticos participam nesta sexta-feira, dia 27, da etapa de Curitiba do Road Show Care Center, evento de capacitação e atualização científica promovido pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

“A iniciativa tem como propósito reforçar o processo de transformação das farmácias brasileiras em centros de assistência farmacêutica à população, com base na Lei Federal nº 13.021/2014 e a exemplo do que ocorre em países como Canadá, Estados Unidos ou Inglaterra”, comenta Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.

A capacitação dura em torno de dez horas, com formação em temas como composição corporal, cuidados dermatológicos, doenças imunizáveis e controle glicêmico. “Trata-se de um rico conteúdo que ressalta a importância dos farmacêuticos no atendimento de saúde primário”, acredita Barreto.

Até o momento, mais de 12 mil dos 21 mil farmacêuticos atuantes nas redes associadas à entidade já participaram do evento itinerante, que está contribuindo para transformar os pontos de venda em centros de referência nos cuidados com a saúde. Desde 2016, o road show já passou por Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. No próximo dia 10 de novembro, será a vez de Brasília receber a última etapa do ano.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Campanha Cidade Verde, das Farmácias Pague Menos, promove plantio de mudas em Sobral

On 26 outubro, 2017

Como parte da sexta edição da campanha Cidade Verde, as Farmácias Pague Menos promovem o plantio de mudas  em Sobral, do dia 28 de outubro.

Está programada, também, uma série de atividades gratuitas de orientação clínica e bem-estar, em parceria com a Prefeitura Municipal e a unidade local do Sesc.

Com concentração na loja da rede na Rua Coronel Diogo Gomes, 1.030, no centro da cidade, o evento terá início às 7h30min com uma caminhada rumo à Praça do Patrocínio, onde haverá a plantação de mudas de espécies nativas de reflorestamento, sob a orientação de especialistas.

Na sequência, o grupo dirige-se à Praça de Cuba, onde poderá passar por exames gratuitos de aferição de pressão e testes de glicemia, ministrados pela equipe do Clinic Farma, projeto de assistência farmacêutica mantido pela Pague Menos. Também receberão orientação nutricional e terão a oportunidade de participar de sessões de fisioterapia.

“Vamos engajar clientes e a comunidade de Sobral em uma grande rede cidadã, que contribui para disseminar boas práticas de saúde, bem-estar e responsabilidade social”, comenta a vice-presidente comercial Patriciana Rodrigues.

Fonte: O Povo

Antibióticos em excesso podem favorecer as superbactérias

Médicos explicam o que pode causar o surgimento desses micro-organismos

O uso indiscriminado de antibióticos e a imunidade baixa de um paciente são uma combinação propícia para o desenvolvimento de superbactérias no organismo. Entre elas a Acinetobacter baumanniina, que está entre as bactérias mais resistentes do mundo e fez com que uma idosa fosse isolada no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam).

Segundo o infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar dos hospitais Metropolitano e Dório Silva, Alexandre Rodrigues, as superbactérias, como a Acinetobacter baumanniina, são o resultado do uso excessivo de antibióticos, que consegue matar as bactérias mais fracas e fortalecer as mais resistentes. Ele alerta que as pessoas devem tomar antibióticos apenas em caso de necessidade, não fazendo uso indiscriminado.

“O uso exagerado de antibiótico provoca dois problemas: as bactérias ficam resistentes ao antibiótico e se multiplicam e também transmitem essa resistência para outra bactéria”, explica o médico.

A suspeita da presença da superbactéria se dá quando o tratamento realizado deixa de ser eficaz. A comprovação é feita com a realização de cultura e teste de sensibilidade aos antibióticos.

IMUNIDADE

A infectologista do Hucam Myrian Almeida explica que a Acinetobacter baumanniina, é uma bactéria hospitalar que pode ou não estar no organismo do paciente. No entanto, ela se desenvolve em quem tem a imunidade baixa ou por facilitadores da infecção, como, por exemplo, um catéter.

“Ela é oportunista e tem chance de se desenvolver em pacientes internados e que estão em uso de antibiótico. Ela pode já estar hospedada no corpo ou não, mas em pessoa saudável não tem potencial de causar infecção. No entanto, quanto mais grave a doença e menor a imunidade, mais chance de desenvolve-la”, informou.

A médica afirma que a superbactéria pode causar diversos tipos de infecção e pode levar à morte. As mais comuns são a infecção generalizada e pneumonia. No entanto, também causa infecção urinária, pulmonar e infecção cirúrgica.

Ela acrescenta que o Hucam é um hospital de alta complexidade com referência em doenças infecciosas e com uso de antibióticos de amplo espectro, o que promove o aparecimento desses germes multirresistentes.

Revista discute serviços farmacêuticos na atenção primária à saúde

Publicação traz resultados de pesquisa nacional sobre serviços farmacêuticos e mais de 20 análises sobre o tema

Por Larissa Lopes – Editorias: Ciências da Saúde

A Revista de Saúde Pública, produzida pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, acaba de lançar sua mais nova edição (volume 51, 2017, suplemento 2).

A publicação traz resultados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) e destaca a avaliação dos serviços de atenção farmacêutica primária.

A revista conta com mais de 20 análises sobre o serviço farmacêutico relacionado ao Sistema Unificado de Saúde (SUS) e à atenção primária à saúde. A edição apresenta questões sobre os avanços e desafios da área, acesso a remédios, satisfação do paciente brasileiro e administração e financiamento dos serviços farmacêuticos.

O novo número pode ser lido na íntegra no Portal de Revistas da USP.

Mais informações: e-mail revsp@usp.br

Nissei vai investir R$ 153 milhões para abrir 120 novas lojas

Empresa emitiu debêntures para financiar o seu crescimento e aumentar a sua competitividade dentro do setor farmacêutico

Da Redação [26/10/2017]

A rede paranaense de farmácias Nissei vai investir R$ 153 milhões durante este e os próximos quatro anos para acelerar o seu crescimento. A empresa vai abrir 120 novas lojas até 2021 e concluir o processo de reforma das 245 unidades em funcionamento. O objetivo é quase dobrar de tamanho e ampliar o nível de competitividade da empresa, que já é o oitavo maior grupo farmacêutico do Brasil, com faturamento de R$ 1,13 bilhão.

O investimento será financiado através da emissão de debêntures. A empresa informou nesta quinta-feira (26) que emitiu debêntures de R$ 153 milhões, de forma privada, com prazo de até 72 meses para o vencimento. Isso quer dizer que um fundo de investimento de São Paulo comprou as debêntures da empresa e emprestou os R$ 153 milhões que a Nissei precisa para financiar o seu crescimento. Em até seis anos, a Nissei vai quitar esse empréstimo, em valores corrigidos, junto ao fundo de investimento.

Expansão

O dinheiro será usado para financiar o “Plano Nissei 2021”, um projeto de expansão que começou a ser implantado em 2016. A empresa investiu R$ 35 milhões no ano passado para dar início à abertura e reforma de lojas e agora usará o capital vindo a partir de debêntures para acelerar esse processo.

A Nissei pretende abrir 120 lojas nos próximos quatro anos, sendo, pelo menos, cinco unidades até o fim deste ano. As farmácias devem ser abertas em cidades do Paraná, São Paulo e Santa Catarina, estados em que a empresa já atua.

A Nissei também vai usar o dinheiro para concluir o processo de remodelagem das atuais unidades. Em 2016, a companhia mudou a sua logomarca e criou um novo layout para suas lojas, com espaços mais amplos e maior variedade de produtos, tanto de medicamentos quanto de beleza e bem-estar . As reformas começaram no ano passado e cerca de 40 farmácias já concluíram o processo.

Em nota enviada à imprensa, a companhia destacou que o “Plano Nissei 2021” é um projeto que busca aumentar o seu nível de competitividade. O plano inclui, além da abertura e reforma de lojas, melhorias em tecnologia da informação, gestão de pessoas e processos, parque logístico, inteligência de mercado e parceria com fornecedores.

A Nissei é o maior grupo farmacêutico do Paraná e o oitavo maior do país, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A empresa tem 245 lojas nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Em 2016, faturou R$ 1,13 bilhão.

Rosário inaugura hoje sua 23ª loja

Escrito por Redação

A Rosário Farmácia e Drogarias inaugura hoje, 26, sua 23ª loja, sendo a 19ª unidade em São Carlos. Ela está localizada na Av: Comendador Alfredo Maffei, 3700, Vila Monteiro. Além de ótima localização e estacionamento, esta nova unidade está preparada para atender as novas demandas de atendimento farmacêutico, previsto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para ter início o ano que vem.  

A unidade inaugurada hoje vai gerar doze novos empregos na cidade, e a rede prevê que, até o final do ano, três novas unidades sejam inauguradas: uma em São Carlos e as outras duas na região.  

Fundada no dia treze de julho de 1931 pelo farmacêutico Pedro de Almeida, chamado carinhosamente por todos como "Pedrinho", a rede vem se destacando a cada dia pela qualidade de serviço e atendimento dispensada aos clientes pelos funcionários; característica que vem sendo mantida pela família.    

Christiano, o filho mais velho do senhor Pedro, sempre se interessou pelas habilidades do pai. Com isso, desde pequeno já pensava em dar continuidade aos negócios, pois a farmácia e o trabalho de Pedro já eram respeitados por todos os São-carlenses.

Após muitos anos aprendendo a importância de prestar bons serviços à coletividade do município, Christiano seguiu os passos do pai e também se tornou farmacêutico, sem deixar de lado os avanços e as inovações, e hoje a Rosário possui uma unidade homeopática, com produtos naturais e manipulação de fórmulas.

Em todas as lojas são comercializados vários produtos como perfumarias, medicamentos, linha diet, vitaminas nacionais e importadas e acessórios em geral. Outro serviço oferecido pela rede é o benefício ao aposentado, que oferece descontos especiais. A Rosário também mantem convênios com as principais empresas do município, graças a credibilidade, confiança e respeito pelos profissionais responsáveis pela rede.

400 kg de remédios vencidos serão incinerados em Itu

25/10/17 | Equipe Online – online@jcruzeiro.com.br

O vereador Reginaldo Carlota (PTB), da cidade de Itu, informou ontem que na segunda-feira flagrou funcionários da Prefeitura embalando aproximadamente 400 quilos de medicamentos para serem destinados à incineração. Segundo ele, o "flagrante" aconteceu numa "batida surpresa" que fez ao almoxarifado municipal. Nos seus cálculos, havia mais de 10 caixas de remédios "paracetamol" e "dipirona", que somavam mais de três mil frasquinhos. A unidade pode ser encontrada a R$ 5,00 cada na farmácia. Em nota, a Prefeitura negou eventual prejuízo aos moradores nem aos cofres públicos.

Reginaldo distribuiu a informação à imprensa por e-mail, com fotos dos medicamentos. Ele escreveu que os remédios tinham validade até setembro de 2017. E lamentou: "Mais de 400 quilos de medicamentos, numa cidade que está vivendo um colapso na saúde pública, indo pra incineração. Por que não foram distribuídos para a população?"

Também acrescentou que vai protocolar pedido de investigação ao Ministério Público. Disse que não vai pedir explicações à Prefeitura com requerimento via Câmara porque, como vereador de oposição, acredita que o pedido seria rejeitado.

Ele escreveu que suas perguntas incluem quem é o fornecedor dos medicamentos, por que não foram distribuídos à população, quanto custou todo o material, desde quando esse tipo de situação acontece em Itu e por que a população continua a reclamar de falta de remédios em postos de saúde se a Prefeitura joga fora "centenas de quilos de remédios". E quer saber qual é a autoridade municipal responsável pelo descarte dos remédios nessa situação.

O paracetamol é usado no tratamento de dores diversas (cabeça, dente, muscular, costas, cólicas etc.) e dipirona é para o combate a dores e febre normalmente provocadas por gripes e resfriados.

Prefeitura nega prejuízo

Em nota, por meio de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura informou que "os medicamentos apontados pelo vereador de oposição são recebidos pelo município de maneira espontânea e gratuita pela Furp – Fundação do Remédio Popular, laboratório farmacêutico oficial do Estado de São Paulo responsável pelo Programa Dose Certa".

A nota continua: "Ambos os medicamentos apontados (dipirona e paracetamol) não possuem custo para o município que, muitas vezes, já os recebe próximo da data de validade. Inexiste, portanto, prejuízo ao munícipe e tampouco aos cofres do município."

Segundo a Prefeitura de Itu, "para evitar o descarte há troca de medicamentos entre municípios, porém, dipirona e paracetamol, encontram-se com estoque alto em todas as cidades da região por não serem essenciais e de baixo custo." A nota concluiu: "Não há falta de nenhum tipo de medicamentos na rede municipal."

Conselho aponta falta de pessoal qualificado e falhas no armazenamento nas farmácias públicas de Campinas

On 25 outubro, 2017

Prefeitura diz que não foi notificada, mas destaca que Justiça garante a atuação de técnicos de farmácia e que atua conforme as boas práticas farmacêuticas.

O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) apontou uma série de irregularidades nas farmácias públicas de Campinas (SP), entre elas a distribuição de medicamentos controlados por leigos e o armazenamento inadequado dos remédios. O trabalho de fiscalização ocorreu no período de 5 a 13 de julho, e os dados foram divulgados nesta terça-feira (24). A Prefeitura informou que ainda não foi notificada.

De acordo com o relatório elaborado pelo Conselho, “na maioria das farmácias das unidades de saúde de Campinas não há, atualmente, assistência farmacêutica conforme determina a Lei Federal nº 13.021/14.” Na avaliação, o CRF destaca que a distribuição de medicamentos é realizada por técnicos de farmácia concursados.

O CRF destaca que os maiores problemas estão “na distribuição de medicamentos controlados, bem como o armazenamento inadequado desses medicamentos, ficando ao alcance de funcionários não habilitados legalmente para esta função.”

O Conselho divulgou que foram lavrados 53 autos de infração e 32 termos de visita durante o trabalho de fiscalização.

Outras irregularidades apontadas pelo CRF

Preenchimento inadequado de receituários de controle especial; faltam dados obrigatórios que garantam a rastreabilidade;

Medicamentos vencidos armazenados, inclusive controlados pela Portaria 344/98, com os demais medicamentos dentro do prazo de validade, sem identificação e segregação devida, conforme determina legislação vigente e boas práticas farmacêuticas;

Falta de documentos obrigatórios como “Manual de Boas Práticas Farmacêuticas e Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde”;

Ausência de termo-higrômetros e ar-condicionado em várias farmácias caracterizando armazenamento inadequado de medicamentos pois, em dias quentes, os locais destinados ao armazenamento atingem temperaturas superiores ao descrito pelo fabricante para manter a integridade, eficácia e segurança dos produtos conforme constatado nas inspeções.

O que diz a Prefeitura

A Secretaria de Saúde defendeu que a presença de técnicos de farmácia nas unidades é garantida pela Justiça, uma vez que “são apenas dispensários de medicamentos”. A pasta informou ainda que atua conforme as boas práticas farmacêuticas e todas as unidades possuem plano de gerenciamento de resíduos do serviço de saúde.

“Sobre a instalação de aparelhos de ar-condicionado, a Pasta esclarece que tem realizado essas adequações. Além disso, todas as novas unidades e as que estão sendo reformadas já estão sendo contempladas com os equipamentos”, informa a secretaria, em nota.

Em relação ao horário de funcionamento, não existe nenhuma lei que obrigue a farmácia a funcionar em todo o período de abertura da unidade de saúde. A assistência farmacêutica está garantida a todos os pacientes.

Fonte: Portal G1.com – Campinas e Região

AGU evita que drogaria suspeita de irregularidades venda remédios do Farmácia Popular

Publicado : 25/10/2017 – Atualizado às : 12:31:10

A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, na Justiça, a decisão do Ministério da Saúde de suspender preventivamente o acesso de uma farmácia de Pouso Alegre (MG) ao sistema DATASUS. A medida impediu o estabelecimento de comercializar medicamentos por meio do Programa Aqui Tem Farmácia Popular enquanto é realizada averiguação de indícios de irregularidades praticadas em 2015.

A empresa participava do programa, que é uma extensão do Farmácia Popular do Brasil à rede de farmácias particulares com o objetivo de comercializar medicamentos a baixo custo. No entanto, ingressou com ação para obrigar o SUS a reativar sua conexão com o sistema de vendas, bloqueada em julho de 2015 a pedido do Ministério da Saúde.

O estabelecimento alegou que a Portaria 971/2012, que regulamenta o programa no âmbito da iniciativa privada, seria inconstitucional. Também alegou violação dos princípios do contraditório, da ampla defesa, da presunção de inocência, da liberdade econômica, entre outros, razão pela qual requereu liminar para restaurar o acesso ao sistema.

Os pedidos foram contestados pela Procuradoria-Seccional da União (PSU) em Varginha. Inicialmente, a unidade da AGU explicou que as transações das farmácias cadastradas no programa são verificadas mensalmente, ou quando houver necessidade, para fins de controle. E que o artigo 30 da Portaria 971/2012 estabelece que o Ministério da Saúde solicitará ao credenciado informações detalhadas sobre suas operações de vendas.

Transações suspeitas

Os advogados da União informaram que foram constatados indícios de irregularidades na execução do programa pela farmácia que ingressou com a ação. A média de venda por paciente no mês de abril de 2015, por exemplo, foi 4,5 vezes maior que a média nacional. O faturamento do estabelecimento, acrescentaram, aumentou cerca de 220% entre janeiro e junho do mesmo ano. E houve oscilações consideráveis nos valores de venda diária e vendas sequenciais suspeitas, com intervalo de poucos minutos, no decorrer do dia.

A procuradoria explicou que no caso foi verificado que somente a solicitação de esclarecimentos à farmácia não seria suficiente para uma análise conclusiva do Ministério da Saúde acerca da regularidade das transações. Por isso, o órgão decidiu suspender preventivamente a conexão com o sistema de vendas do Farmácia Popular e instaurar procedimento de investigação sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Auditoria do SUS.

Proteção ao erário

A Advocacia-Geral enfatizou que a suspenção preventiva é uma medida cautelar, “adotada no intuito de evitar dano irreparável ao erário, pois não seria razoável que a administração pública permitisse que uma empresa com indícios de irregularidades na execução do programa continuasse a executar suas ações no âmbito do mesmo”.

A AGU ressaltou, ainda, que a suspensão da conexão não representaria o cancelamento do contrato ou descredenciamento, e que até o momento do bloqueio nenhuma penalidade prevista na Portaria 971/2012 havia sido tomada contra a empresa.

Acolhendo os argumentos dos advogados da União de que a medida era legítima ao fim que se prestava, a 2ª Vara Federal de Pouso Alegre (MG) indeferiu o pedido de liminar. A decisão destacou que os proprietários da farmácia não comprovaram que a suspensão foi abusiva, razão pela qual não haveria fundamento na concessão de antecipação de tutela para desbloquear o acesso ao sistema.

A PSU/Varginha é unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.

Ref.: Processo nº 3801-47.2015.4.01.3810 – 2ª Vara Federal de Pouso Alegre (MG).

Wilton Castro