Automedicação pode encobrir doenças e mascarar sintomas

Abusos de analgésicos e anti-inflamatórios são os mais comuns

Franco Malheiro

O uso indiscriminado e sem consulta médica de antibióticos para tratar de crises de sinusite crônica levou a fotógrafa Ariane Faria ao hospital.

“Eu desmaiei, tive vômito, meu estômago foi completamente atacado”, relata a fotógrafa que estocava remédios em casa, por não completar os tratamentos prescritos pelos médicos. “O problema se agravou quando eu tomei com um intervalo menor do que o usual”.

De acordo com especialistas, uma das principais complicações da automedicação é ela encobrir um diagnóstico, o que pode causar danos desde intoxicações e até mascarar sintomas de doenças graves.

“Chamamos sempre atenção para o erro de diagnóstico. As pessoas acreditam estar tratando de uma doença, mas estão, na verdade, com outra e acabam utilizando medicamentos errados”, chama a atenção o médico Oswaldo Fortini, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, regional Minas Gerais.

O médico alerta para os riscos de mascarar os sintomas. “A pessoa aparece com uma dor forte no estômago e entra com medicamento sem consultar o médico, e aquela dor pode ser, por exemplo, uma apendicite que, se não cercada logo, pode se agravar muito”, destaca Fortini.

De acordo com o clínico geral, os abusos mais frequentes são de remédios como analgésicos e anti-inflamatórios. “Esses remédios mais corriqueiros e de fácil acesso, as pessoas abusam mais”, relata. Ele ressalta que, se utilizados de forma indiscriminada e por períodos prolongados, esses medicamentos podem causar sérios danos à saúde. “Anti-inflamatório com uso prolongado pode causar no paciente problemas renais, e analgésicos podem afetar o sangue, aumentando a probabilidade de hemorragias”, alerta.

A advogada Carolina Parreira, 25, sofre de enxaqueca e, por isso, sempre abusou do uso de analgésicos. “Chegou a um ponto em que a minha dor de cabeça estava muito frequente e cada vez mais intensa, além de não passar facilmente, mesmo com o uso de remédios”, conta a advogada. Ela comenta que precisou ficar um tempo sem fazer uso de analgésico, e com isso as crises de enxaquecas foram diminuindo. “Eu tomava todo dia. Sentia uma pontada e já tomava um comprimido. Precisei ficar um tempo sem tomar. Hoje, tenho menos crises, mais quando fico sem meus óculos”, completa.

Mistura. Os especialistas alertam para os riscos de interações medicamentosas. Alguns pacientes crônicos, que fazem uso de determinados medicamentos, correm o risco de intoxicação com automedicação.

Estatísticas. A cada quatro brasileiros que vão às farmácias comprar remédios, três o fazem sem receita médica, mostra pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Continuada da Federação Brasileira de Farmácias (Ifepec).

Remédios para nariz trazem risco à saúde

Nesse período do ano, devido ao tempo seco, é comum que as pessoas fiquem com o nariz ressecado e congestionado. Com isso, passam a recorrer ao uso de soros, e remédios de aplicação nasal.

O médico Oswaldo Fortini alerta para o grande risco que esses remédios oferecem. “Muitos desses remédios possuem efeito de vasoconstrição, prejudicando a circulação sanguínea, podendo causar até mesmo infarto”, ressalta.

A advogada Carolina Parreira fazia uso abusivo de um desses descongestionantes nasais, o que lhe causou dependência. “Meu nariz foi totalmente corroído pela química do remédio, e parei de sentir cheiro”, conta.

“Precisei ficar sem usar e, para isso, usava apenas algumas horas do dia, e fui diminuindo a dosagem até ficar apenas com o soro fisiológico”. De acordo com especialistas, é recomendável, nesta época do ano, o uso apenas de soro fisiológico puro.

Problemas medicamentosos

Anticoagulantes com anti-inflamatórios: Pode causar hemorragias.

Paracetamol com álcool: O paracetamol é bastante agressivo ao fígado. Usado para curar dores de cabeças de ressacas alcoólicas, pode envenenar fígado e rins.

Antibióticos: O mau uso pode criar resistência em bactérias, intensificando as infecções.

Descongestionantes nasais: Esses remédios podem causar dependências e problemas cardíacos sérios.

A venda de antidepressivos genéricos cresceu 21% no País

Fabricia Albuquerque

25 de setembro de 2017

Visto como um mercado resiliente, que costuma sentir menos os efeitos da crise, o setor de medicamentos continua registrando alta de vendas ano a ano. Mas a combinação de recessão e o aumento do estresse colocou em destaque o crescimento da demanda por antidepressivos e ansiolíticos nas versões genérica e similar, mais baratas que os medicamentos de referência, os “de marca”.

Um levantamento feito pela PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, mostra que as vendas de genéricos para tratamento de depressão cresceram 21% em unidades no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período do ano passado. Os similares, cópias aproximadas dos medicamentos de referência, apresentaram alta de 6,23%, e os de referência, de 4,22%.

O mesmo movimento se repetiu com a categoria de ansiolíticos. Enquanto as vendas em unidades dos genéricos para esta classe terapêutica cresceram 8,47%, no caso dos similares, houve retração de 2,42%. O desempenho também foi negativo para os de referência, com queda de 3,59%.

De acordo com a presidente da PróGenéricos, Telma Salles, em cenário de recessão há maior busca por produtos genéricos e similares. “E o fator crise em si deixa as pessoas mais estressadas, o que aumenta também o uso de medicamentos das categorias de antidepressivo e ansiolíticos.”

De acordo com Carlos Aguiar, diretor da Medley, do grupo francês Sanofi, a migração de um produto de referência para um genérico ou similar é um movimento natural, uma vez que essas versões são, no mínimo, 30% mais baratas. “As doenças relacionadas ao sistema nervoso central crescem no mundo todo”, ressalta, lembrando que há uma maior assertividade da classe médica nos diagnósticos. “Mas é inegável que períodos de problemas econômicos, como o que estamos passando, geram mudanças de comportamento”, disse.

O mercado de antidepressivo e ansiolíticos movimenta por ano R$ 2,6 bilhões, segundo dados da Pró-Genéricos, compilados pela consultoria IMS (dezembro do ano passado). Do total, os antidepressivos respondem por R$ 2,05 bilhões e os ansiolíticos por R$ 534 milhões.

Mercado geral

Mesmo com a crise econômica no País, a venda de medicamentos em todas as categorias não caiu – o que houve foi uma desaceleração. No primeiros seis meses do ano, a venda totais de remédios em unidades cresceu 3,9%, em relação ao ano passado. Somente o segmento de sistema nervoso central – onde antidepressivos e ansiolíticos estão inseridos – cresce cerca de 20% ao ano.

No mesmo período, a venda total de medicamentos genéricos em todas as categorias de tratamento registrou crescimento de 11,07% em volume no primeiro semestre, com a comercialização de 609,4 milhões de unidades. Com este resultado, os genéricos alcançaram o patamar de 31,74% de participação de mercado no País.

Estresse

Para Guilherme Barsaglini, diretor de marketing e inteligência de mercado da Sandoz (do grupo Novartis), o maior acesso da população aos medicamentos impulsiona a venda das versões genérica e similar e a crise é um fator de estresse, de modo geral.

Líder em medicamentos genéricos voltados para SNC (sistema nervoso central), a Eurofarma vê um crescimento robusto na categoria de medicamentos voltados para depressão e ansiolíticos. Segundo a companhia, o segmento de SNC é a principal classe terapêutica para unidade de genéricos da Eurofarma e representa 28% da receita líquida, que ficou em R$ 2,8 bilhões em 2016. Para unidade de prescrição também é a primeira, representando 24% do faturamento.

Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que a depressão afeta 4,4% da população mundial – no Brasil, atinge 5,8% dos brasileiros (maior prevalência da América Latina). O País tem a maior prevalência de ansiedade do mundo, com 9,3% da população afetada.

Preços de remédios genéricos variam até R$ 71 em JP; veja onde achar mais barato

Foram comparados os preços de 94 medicamentos, em 11 estabelecimentos da cidade
Economia | Em 22/09/17 às 14h50, atualizado em 22/09/17 às 14h53 | Por RedaçãoImagem ilustrativa

A diferença no preço do medicamento genérico nas farmácias da Capital chega a R$ 71,04 para um mesmo produto, de acordo com pesquisa do Procon-JP. O levantamento foi feito entre os dias 18 e 22 de setembro de 2017, em 11 estabelecimentos. Foram comparados os preços de 94 medicamentos destinados a controle de hipertensão, diabetes, colesterol, osteoporose e tireoide.

“A pesquisa para medicamentos genéricos vai ajudar ao consumidor da Capital a encontrar o seu remédio de uso constante mais barato. Qualquer economia hoje em dia é muito bem-vinda, principalmente de algo essencial para quem sofre de problemas como hipertensão, diabetes, colesterol, osteoporose e tireoide”, avaliou o secretário Helton Renê.

A maior variação, 220,54%, foi encontrada no medicamento para tireoide, Levotiroxina Sódica Merk, 75mg, com preços entre R$ 4,48 (Farmácia do Extra – Epitácio Pessoa) e R$ 14,36 (Francy – Geisel), diferença de R$ 9,88.

O remédio Rosuvastatina de 20mg do fabricante EMS para colesterol está com preços entre R$ 58,12 (farmácia Globo – Bairro dos Estados) e R$ 129,16 (farmácia do Hiper Bompreço – Bessa), com variação de 122,23%. Outras grandes oscilações nos valores ficaram com a Sinvastatina (colesterol) 40mg EMS, R$ 28,10, com preços entre R$ 19,99 (Farmácia do Trabalhador – Mangabeira) e R$ 48,09 (Hiper Bompreço – Bessa); Atorvastatina Cálcia (colesterol) de 20mg EMS, R$ 13,05, com preços entre R$ 20,85 (Drogaria Figueiredo – Valentina) e R$ 33,90 (Hiper Bompreço – Bessa); Residronato de sódio (osteoporose) de 35mg EMS, R$ 12,80, com preços entre R$ 35,07 (Farmácia do Trabalhador – Mangabeira) e R$ 47,87 (Hiper Bompreço – Bessa); Ciprofibrato (colesterol) de 100mg da Neo Química, R$ 11,77, com preços entre R$ 38,73 (farmáciaTambiá – Shopping Tambiá) e R$ 50,50 (Hiper Bompreço – Bessa).

O Procon-JP pesquisou preços nas seguintes farmácias: São Paulo e Permanente (Torre); Tambiá (Shopping Tambiá); Drogaria Figueiredo (Valentina); Francy (Geisel); Supermercado Extra e Globo (Epitácio Pessoa); 26 de Julho (Cristo); Hiper Bompreço (Bessa); Drogasil (Bancários); Farmácia do Trabalhador (Mangabeira).

11 dúvidas sobre antibióticos e resistência bacteriana

22/09/2017 Redação do Paranashop Vida e Saúde

Eles revolucionaram a maneira como tratamos infecções. Desde que o bacteriologista escocês Alexander Fleming descobriu a penicilina, em 1925, os antibióticos vêm desempenhando um papel fundamental no combate às infecções causadas por bactérias.

No entanto, o uso indiscriminado desse tipo de medicamento passou a preocupar as autoridades mundiais de saúde, pois, quando um antibiótico é utilizado, as bactérias que ele combate podem se tornar resistentes ao tratamento.

Este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma lista de bactérias resistentes a múltiplos antibióticos[i]. Esses organismos têm capacidades inatas de encontrar formas de resistir ao ataque dos medicamentos e podem transmitir seu material genético para outras bactérias, fazendo com que também se tornem resistentes aos fármacos.

A lista da OMS é dividida em três categorias principais: Acinetobacter, Pseudomonas e várias Enterobacteriaceae (incluindo Klebsiella, E. coli, Serratia e Proteus), responsáveis por causar problemas graves e que podem levar à morte, como infecções da corrente sanguínea e pneumonia.

Um relatório encomendado pelo governo britânico estima a morte de 10 milhões de pessoas por resistência bacteriana, em 2050, ultrapassando as mortes por câncer e diabetes, caso nenhuma medida de combate à resistência bacteriana seja instituída[ii].

Seja dentro de casa (sob prescrição médica) ou no ambiente hospitalar, o uso de antibióticos e a resistência bacteriana ainda causam muitas dúvidas. Abaixo, a Dra. Ana Gales, coordenadora do Comitê de Resistência Antimicrobiana da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), esclarece as principais. Confira!

Qual a função dos antibióticos e por que sua invenção representa um marco na história da humanidade?

Os antibióticos são substâncias capazes de matar bactérias – microrganismos que causam infecções. Algumas dessas infecções são graves e podem levar à morte. O uso desses medicamentos evita consequências mais graves. Antes dos antibióticos, algumas infecções, como a meningite bacteriana e a pneumonia bacteriana tinham altas taxas de mortalidade, que foram reduzidas consideravelmente.

O que são as chamadas “superbactérias”?

Nem sempre as superbactérias são as mais mortais. O que acontece é que elas carregam consigo muitos genes de resistência. Dessa maneira, há poucas opções terapêuticas para combatê-las, o que não significa uma sentença de morte e sim uma dificuldade maior de encontrar o tratamento mais adequado.

Quais são os riscos da resistência bacteriana?

O principal risco da resistência bacteriana é a redução do número de opções disponíveis para tratar as infecções.

Muito se fala sobre o relação do uso inadequado de antibióticos e o aumento da resistência bacteriana. Como isso acontece e o que pode ser feito para evitar o problema?

A bactéria resistente já existe na natureza. Quando utilizamos um antibiótico, involuntariamente favorecemos seu crescimento, porque o tratamento atinge as bactérias mais sensíveis dando espaço e condições para que as remanescentes (mais resistentes) cresçam e se multipliquem.

A chave para frear o crescimento das bactérias resistentes é evitar o uso de antibióticos, não só em humanos, mas na criação de animais, de desinfetantes e de metais pesados que têm ação antimicrobiana e podem favorecer a resistência bacteriana.

A população em geral tem a ideia de que as bactérias necessariamente são vilãs, que sempre causam doenças. Na realidade, muitas são benéficas, a exemplo das presentes na microbiota intestinal que são responsáveis por vários processos como a digestão de alimentos.

O que define o uso inadequado dos antibióticos?

Primeiro devemos definir o que é considerado adequado. Quando falamos em uso adequado, estamos falando daquele feito de acordo com o resultado do antibiograma, que é o teste realizado em laboratório para saber se a bactéria é sensível ao antibiótico ou não. Com isso estabelecido, a dose correta deve ser prescrita pelo período apropriado de tempo. No caso de infecções mais graves, a aplicação deve acontecer o mais rápido possível.

Existe algum risco de se tomar antibióticos prolongadamente? Quanto mais eu tomo um antibiótico, menos efeito ele faz?

Nesse caso, maior é a chance de ter uma mudança no equilíbrio da microbiota (bactérias naturalmente presentes no corpo). Existem algumas bactérias no organismo humano cuja função é proteção. Quando tomamos um antibiótico de maneira inadequada, podemos matar as bactérias “boas” e dar espaço para bactérias não habituais aparecerem, sobreviverem e se multiplicarem.

Por que não conseguimos mais comprar antibióticos sem receita?

O uso de antibióticos sempre foi condicionado à prescrição médica, mas desde outubro de 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a exigir a retenção de receita para a compra de antibióticos. Isso aconteceu devido ao reconhecimento de que a resistência bacteriana ao antibiótico é um grave problema de saúde pública.

Houve queda nos índices de uso de antibióticos no país desde a implementação da medida em 2010?

Sabemos que houve uma queda no uso de antibióticos pela população – que geralmente não são os mesmos prescritos no ambiente hospitalar. Enquanto, na maioria dos casos, para o público geral são prescritos medicamentos orais, no ambiente hospitalar geralmente são utilizados antibióticos de outros grupos, mais fortes e de administração intravenosa.

A questão é que a redução do uso de antimicrobianos terá resultados visíveis em longo prazo. Porém, outros fatores interferem na resistência. O uso de antibióticos em animais de criação (pecuária, suinocultura, avicultura, piscicultura) e agricultura – também influencia na taxa de resistência. Aliás, 70% dos antimicrobianos são de uso veterinário e não humano.

Por que alguns antibióticos devem ser tomados de 6h em 6h, outros de 8h em 8h e outros de 12h em 12h?

A dose de um antibiótico varia de acordo com o tempo que cada um leva para sua concentração ser reduzida no sangue. Se eu tomar um antibiótico via oral, ele vai ser absorvido e passar para o sangue. Dependendo do tempo que demora para sua concentração cair no sangue – o que varia de medicamento para medicamento – haverá a metabolização e depois a excreção. Em linguagem clínica, o intervalo de doses é estabelecido pela meia-vida do antibiótico.

Qual é o risco de tratar um paciente com antibiótico sem que haja a real necessidade de utilizá-lo?

O antibiótico pode salvar muitas vidas, realmente, mas é muito utilizado erroneamente em casos de doenças respiratórias virais. As pessoas têm a impressão de que um antibiótico pode, por exemplo, evitar que uma gripe se transforme em pneumonia e pressionam o médico pela prescrição. Não adianta tomar um antibiótico se não houver infecção bacteriana, pois caso haja uma posteriormente, o caso pode se agravar ou haverá infecção por uma bactéria pouco comum ou já resistente aos medicamentos mais indicados para o tratamento.

Há novos antibióticos sendo pesquisados para ajudar a conter a resistência bacteriana?
Algumas companhias farmacêuticas estão enfrentando o desafio de desenvolver novos medicamentos eficazes no tratamento das bactérias multiresistentes. Um exemplo dessa movimentação é o investimento da MSD para disponibilizar um antibiótico que une de forma inédita os princípios ativos ceftolozana e tazobactam. O produto é indicado para tratar infecções intra-abdominais e das vias urinárias complicadas, causadas por Pseudômonasresistentes a carbapenêmicos como as Pseudomonas aeruginosa. Essas bactérias estão na lista de prioridade divulgada pela OMS.

Sobre a MSD

Há mais de um século, a MSD, uma das líderes globais do ramo biofarmacêutico, cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. MSD é o nome pelo qual é conhecida a Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e Canadá e que está sediada em Kenilworth (New Jersey, EUA). Por meio dos nossos medicamentos de prescrição, vacinas, terapias biológicas e produtos de saúde animal, trabalhamos com clientes em mais de 140 países para oferecer soluções de saúde inovadoras. Também demonstramos nosso compromisso de melhorar o acesso aos cuidados de saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo alcance. Hoje em dia, a MSD continua na linha de frente da área de pesquisa para avançar na prevenção e no tratamento de doenças que ameaçam pessoas e comunidades ao redor do mundo – inclusive o câncer, doenças cardiometabólicas, doenças emergentes de animais, Alzheimer e doenças infecciosas como HIV e Ebola. Para mais informações, acesse www.msd.com e nos siga no Twitter.

Sobre a MSD no Brasil

Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas divisões de saúde humana, saúde animal e pesquisa clínica. Para mais informações, acesse www.msdonline.com.br.

[i] Organização Mundial da Saúde. Acessado em 01/09/2017 Disponível em http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5357:oms-publica-lista-de-bacterias-para-as-quais-se-necessitam-novos-antibioticos-urgentemente&Itemid=812

[ii] O’NEIL, J.Tackling Drug-Resistant Infections Globally: Final Report and Recommendations. Acessado em 12/09/2017 Disponível em: https://amr-review.org/sites/default/files/160525_Final%20paper_with%20cover.pdf

<suzanne.santos@ketchum.com.br>

Audiência pública discute segurança em farmácias e drogarias, nesta segunda-feira (25)

22/09/2017 17:05h

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), através da Comissão de Assistência Social e Trabalho, realizará, nesta segunda-feira (25), audiência pública para discutir a segurança em farmácias e drogarias do Estado.

A audiência, que acontecerá no plenário Ruy Araújo, do Parlamento Estadual, foi proposta pelo presidente da Comissão, deputado Dr. Gomes (PSD), atendendo a solicitação do Conselho Regional de Farmácia do Amazonas (CRF-AM).

No documento encaminhado ao Dr. Gomes, a presidente do CRF-AM, Ednilza Guedes, destaca que a violência e a sensação de insegurança dentro das farmácias e drogarias se tornaram recorrentes no Estado do Amazonas, fragilizando a adequada prestação do serviço à população.

Ednilza Guedes relatou uma série de assaltos ocorridos em estabelecimentos farmacêuticos, recentemente. Em um deles, no dia 19 de julho passado, a farmacêutica Larissa Straus da Costa foi baleada quando trabalhava em uma farmácia na Rua Rodrigo Otávio, no bairro Japiim, na zona sul de Manaus.

A presidente do CRF-AM informou que, somente entre os dias 16 e 17 de julho último, foram registrados aproximadamente seis assaltos em farmácias e drogarias, no bairro Japiim. “Certamente tal situação desperta a preocupação deste Conselho Regional, isso porque, para o pleno exercício da farmácia, é indispensável que o profissional farmacêutico tenha sua integridade física resguardada”, destaca um trecho da solicitação do CRF-AM.

O setor de farmácias repete processo vivido pelo comércio de eletrodomésticos há duas décadas: ameaças e alternativas para a economia regional

O mesmo movimento que se viu em Campos (e outras cidades de porte médio) há cerca de duas décadas, na área de eletrodomésticos, agora acontece com o setor farmacêutico.

A entrada no comércio local dos grandes grupos que atuavam nas regiões metropolitanas como o Ponto Frio, Tele Rio, Casas Bahia e outros, que foram responsáveis por desmontar o comércio local deste segmento com o fechamento da Icaraí Móveis, Distribuidora Mercantil, Tri Som e outras.

Agora este processo avança para um setor onde a característica de varejo – com pequenas e constante compras – é ainda forte, como no caso da venda de medicamentos e materiais de beleza e perfumaria, como é o caso das farmácias, onde se vende de tudo um pouco.

A invasão das lojas de redes como a Pacheco, Droga Raia e outras, já espreme o segmento varejista local do comércio de farmácias, mesmo aqueles que possuem não apenas lojas, mas uma base de distribuição, como é o caso da tradicional Isalvo Lima, grupo cada vez mais vinculado à área de imóveis e menos à de drogarias.

Este movimento não é um fenômeno local, mas atinge todo o interior, inicialmente nas cidades de porte médio em quase todo o Brasil.

Observa-se assim que o comércio no país é cada vez menos local e mais de massa, com grandes grupos e corporações comandando o varejo em boa parte do país. Tudo isto, sem falar nas vendas pela internet (e-commerce).

No máximo, os interessados em investir nos comércios locais, quase que ficam restritos às franquias de marcas mais conhecidas e com os riscos já conhecidos, para quem se dispõe a colocar suas economias no setor. Neste tipo de alternativa, muita gente vem perdendo dinheiro iludido com as promessas das marcas.

Inicialmente, as comunidades tendem a ver neste processo, uma espécie de sinal de modernidade, pelo acesso a estas marcas, porém, mais adiante percebem que elas embutem outros problemas e riscos.

Desta forma, avança-se na oligopolização também ne varejo, em grande parte do comércio nacional. Os grupos ficam de olho nas economias locais/regionais que ganham algum dinamismo, com o objetivo de capturar seus excedentes que são levados para as metrópoles.

Assim, as economias e os comerciantes locais vão sendo ameaçados por um processo difícil de ser detido. Tratam-se de circuitos distintos da economia que merecem ser investigados. Um é ligado às grandes marcas (e fundos financeiros que são seus controladores) e o outro, “inferior”, cada vez mais empurrado para o comércio informal e marginalizado instalado mais próximo do cidadão.

Em alguns pontos eles se cruzam com o uso das informações digitais e buscam disfarces para fugir dos tributos e das fiscalizações governamentais.

Fato é que este movimento tende, no geral, a enfraquecer as economias locais-regionais e favorecer – com a captura de dinheiro e lucros – os maiores grupos econômicos do país.

A vida na sociedade contemporânea é cada vez mais complexa e o interesse e capacidade de atuação dos grandes grupos é quase avassalador.

O fato chama mais a atenção porque o comércio sempre foi um espaço de atuação da antiga burguesia, num momento pós-rural, nestes negócios de intermediação, que exigia menos investimentos, por exemplo do que a implantação de plantas industriais.

O caso parece ser apenas do comércio, mas ele aponta outras as dificuldades. Analisando mais profundamente este fato, ele mostra que a implantação de projetos regionais de desenvolvimento precisam ser integrados e envolver vários municípios. Será necessário visão de integração regional.

Será necessário um projeto de desenvolvimento regional que vá além do comércio e serviços. Será preciso envolver a produção material (agrícola e industrial), para assim arrastar os demais setores. Sem essa perspectiva, os municípios viverão sempre dependentes.

Não agir pró-ativamente nesta linha reforçará a velha ideia de esperar e estimular os grandes projetos que vêm de fora (exógenos), o chamados “Grandes Projetos de Investimentos” (GPI) que quando acontecem, tendem a se instalar como enclaves, com pouquíssimo diálogo e articulação com as comunidades locais que ficam isoladas.

É preciso investir nas pessoas da região com os recursos que ainda existem e que vão ficar mais escassos adiante quando a Economia dos Royalties tiver se liquefeito.

Mas, fiquemos por aqui com a análise que acaba levantando outras questões que esta postagem quer apenas provocar.

É preciso pensar saídas, num momento em que há um certo vazio, em termos de se pensar alternativas para a diversificação da economia (para além dos royalties do petróleo) e em implantar Políticas Públicas mais eficientes e de interesse do cidadão.

Postado por Roberto Moraes às 17:02

PL para farmacêutico dar receita é barrado

O presidente da Associação Médica do Amazonas, Aristóteles Alencar, e o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas, José Sobrinho, condenaram o projeto

Asafe Augusto /Redacao@diarioam.com.br

Manaus – O Projeto de Lei (PL) nº 155/2017 que permite a prescrição de receituário de medicamentos por profissionais farmacêuticos foi barrado, ontem (21), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado (ALE).  O PL foi de autoria do deputado Francisco Souza (Podemos).

De acordo com o autor do pedido que solicitou a queda do PL, deputado Belarmino Lins (Pros), a CCJ fez o que era coerente impedindo a tramitação do Projeto. “É um projeto inconstitucional já que a prescrição médica é matéria regida por legislação federal, sendo de exclusiva competência do profissional médico”, disse.

O presidente da Associação Médica do Amazonas, Aristóteles Alencar, e o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM), José Bernardes Sobrinho, participaram da reunião da CCJ e condenaram o Projeto.

Conforme os dois órgãos, somente três categorias profissionais possuem atribuição legal para prescrever medicamentos: médicos, cirurgiões dentistas e médicos veterinários.

Os presidentes afirmaram que o projeto de Souza é incompatível com o Código de Ética Médico, que proíbe os profissionais médicos de exercerem sua profissão “valendo-se de artifícios espúrios, como o conluio e a obtenção de vantagens em razão de farmácias e indústrias farmacêuticas, tudo em detrimento da saúde do paciente”.

De acordo com eles, o projeto expressa uma contradição entre o livre exercício da profissão e a finalidade lucrativa que a medida visa acarretar, em detrimento da saúde da população.

Possíveis Irregularidades em Farmácias de Palmas é alvo de audiência no MPE

21/09/2017 – 18:24 Por: Daianne Fernandes

Possíveis irregularidades e omissões cometidas por farmácias de Palmas são objetos de investigação do Ministério Público Estadual (MPE) e de audiência realizada nesta quinta-feira, 21, entre a 23ª Promotoria de Justiça da Capital e representantes da Vigilância Sanitária Municipal (Visa) e Conselho Regional de Farmácia (CRF).

Na reunião a Promotora solicitou ao Conselho e a Visa que, no prazo de 10 dias, realizem fiscalização conjunta nas farmácias da Capital e apresentem uma relação atualizada daquelas que estão em situação irregular.

Entre as irregularidades apuradas em investigação, a Promotora de Justiça, Katia Gallieta citou a venda de antibióticos sem a presença de um farmacêutico e a ausência de salas de injetáveis em diversas farmácias de Palmas. Ela ainda questionou os órgãos sobre os resultados de uma fiscalização realizada em 2016.

Sobre o assunto, o CRF informou que em um primeiro momento as farmácias são notificadas e somente após a insistência na prática da irregularidade é que podem ser autuadas. Destacando que o Conselho não possui poder de polícia e que por isso não podem autuar ou fechar os estabelecimentos, para isso precisam de apoio da Vigilância Sanitária.

Questionados, os representantes da Visa municipal informaram que esse tipo de fiscalização é de competência da municipalidade, mas que nas cidades onde não há vigilância municipal, é a vigilância estadual que atua. Ainda esclareceram que muitas denúncias são feitas diretamente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que atua ou repassa a demanda direto ao município.

Farmácias Públicas

Outro ponto debatido foi em relação às irregularidades cometidas por órgãos do poder público como hospitais e outros estabelecimentos. Nesse sentido o CRF informou que tem mantido contato com os estabelecimentos farmacêuticos e que o problema é as certidões de regularidades junto ao órgão.

Farmácia em Ascensão

Drogaria São Paulo Inaugura 48ª Loja na Bahia

21/09/2017

A Drogaria São Paulo inaugurou, neste mês, mais uma loja na Bahia. Localizada no Salvador Shopping, a unidade é a 48ª unidade da rede no estado. Com atendimento personalizado, a nova loja oferece uma variedade em produtos de higiene, beleza e dermocosméticos. Para este ano, o Grupo DPSP, formado pelas redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, investiu mais de R$ 100 milhões em seu plano de expansão, que prevê 130 novas lojas até o final do ano. Além disso, de acordo com o Ranking da Abrafarma, a Drogaria São Paulo ocupa a 3ª posição quando analisado o faturamento isolado das varejistas farmacêuticas.

Serviço:
Drogaria São Paulo no Salvador Shopping
Endereço: Avenida Tancredo Neves, 3133, 1º piso – Caminho das Árvores
Horário de atendimento: segunda a sábado das 9h às 22h e domingo das 13h às 22h.