Troca de medicamentos biológicos por biossimilares divide opiniões na saúde

Patrícia Oliveira | 15/08/2017, 17h50 – ATUALIZADO EM 15/08/2017, 19h23

A intercambialidade entre medicamentos biológicos e os biossimilares foi o tema da audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nesta terça-feira (15), a pedido da senadora Ana Amélia (PP-RS), que busca informações sobre a possibilidade de troca desses medicamentos de modo a garantir o uso com segurança e eficácia, a custo mais acessível para os pacientes.

Nos últimos 30 anos, os medicamentos biológicos passaram a revolucionar o tratamento de doenças como câncer, diabetes, artrite reumatoide e esclerose múltipla. São produtos inovadores, diferentes dos convencionais vendidos nas farmácias. Enquanto os medicamentos sintéticos são produzidos por meio da manipulação química de substâncias em laboratório – que dão origem aos conhecidos comprimidos, gotas e xaropes -, os biológicos são produzidos a partir de células vivas e são mais aplicados na forma injetável.

Para os remédios sintéticos da farmácia existem cópias idênticas conhecidas como genéricas, que podem ser automaticamente trocadas. Já as cópias dos produtos biológicos, chamadas biossimilares, não são totalmente idênticas. Devido à complexidade das moléculas e das doenças, os riscos associados a esses medicamentos são maiores. Por isso, a troca automática e até a substituição definitiva devem ser cuidadosamente estudadas antes.
Quem decide

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deixou a decisão sobre a troca para os médicos e para o Ministério da Saúde. Varley Dias Sousa, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência, ressaltou que a classificação de um medicamento como similar não o torna automaticamente cambiável.

Ele também lembrou que em muitos países estão ocorrendo consultas públicas sobre a aprovação de produtos biológicos novos. A agência reguladora norte-americana (FDA), por exemplo, não tem nenhum medicamento intercambiável, informou.

Como são poucos os produtos biossimilares registrados, além de ainda restritos e caros, a Anvisa recomenda que, além das provas realizadas em laboratório, haja acompanhamento do paciente após a troca ou substituição, para verificar se há falha no tratamento ou inconformidade.

– Hoje nós não temos esses dados. Então, o processo se dá de forma lenta. É importante que haja um sistema de fármaco-vigilância que envolva médicos, pacientes, agência e as próprias empresas para notificação e identificação do perfil farmacológico e farmacocinético desses produtos, o quanto eles são similares – disse Varley.
Regulamentação

O representante da Associação Médica Brasileira (AMB), Valdair Ferreira Pinto, discorda do posicionamento da Anvisa. Ele argumentou que, em princípio, os biossimilares nãos são intercambiáveis e exigem provas clínicas adicionais para serem usados sem prejuízo do tratamento dos pacientes. Por isso, enfatizou a necessidade de regulamentação.

– Nós, médicos, não estamos confortáveis com essa situação. O médico tem poder, autoridade e responsabilidade para trocar a medicação de qualquer paciente, mas ele não tem poder nem autoridade para decidir que produto farmacêutico vai constar nas listas das instituições de saúde. Deixar por conta do Ministério da Saúde, também não, por que ele está muito orientado para a questão econômica. A gente quer a regulamentação da intercambialidade – defendeu.
Mercado

Valderílio Feijó Azevedo, Conselheiro Científico da Biored Brasil, entende que, sem a geração de dados robustos sobre os produtos biológicos no mercado brasileiro, os médicos precisam ser esclarecidos.

– Todas as entidades, como a Sociedade de Reumatologia, apoiam fortemente a introdução de biossimilares no mercado, ninguém é contra. Desde que haja regras muito claras e, para haver substituição automática, que essas cópias sejam no mínimo intercambiáveis. Uma das sugestões é que haja um programa de educação continuada para os profissionais que atendem a rede pública e que isso seja proporcionado pelo Ministério da Saúde – disse.
Custo

Ivan Zimmermann, da Comissão de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS), destacou a equação custo-efetividade, que é levada em conta na definição do recurso investido: o impacto econômico em relação à quantidade de população a ser tratada.

A comissão, explicou ele, tem um prazo de 180 dias para avaliar a nova tecnologia, buscar a redução de custos e priorizar os pacientes mais graves.

– A ampliação do acesso, a redução do custo, seja do genérico seja do biossimilar que tenha essa prova de intercambialidade e substituição automática, tem benefícios enormes para a população e para a produção do complexo industrial em saúde do Brasil – avaliou.

Agência Senado

Farmácias aguardam chegada de teste rápido para HIV, em Goiás

Produto deve confirmar ou não a doença em 20 minutos. Especialistas citam avanço na iniciativa, mas alertam para 'risco psicológico' a pacientes em caso de resultado positivo.

Por Sílvio Túlio, G1 GO

15/08/2017 09h55

As mais de 4,3 mil farmácias de Goiás estão na expectativa para receber e poder comercializar o teste rápido para detectar infecção pelo vírus HIV. O produto, que se chama Action e é o primeiro a ser registrado e liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, deve estar disponível já na próxima semana. Especialistas citam avanço na iniciativa, mas ponderam os 'riscos psicológicos' para os pacientes que receberem diagnóstico positivo.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Goiás (Sincofarma), João Aguiar Neto, a previsão é que a partir do próximo dia 20 o Action comece a chegar nos estabelecimentos da capital goiana.

"Inicialmente, esse prazo era no final de julho. Porém, como trata-se de apenas um fabricante, houve uma procura muito grande e dificuldade em atender toda a demanda. Alguns estados das regiões sul e sudeste já estão vendendo o teste", disse ao G1.

A assessoria de imprensa da Orange Life, fabricante do produto, confirmou em nota ao G1 que "por diversas questões burocráticas e a alta demanda" houve atraso na distribuição. No entanto, ressaltou que até o final de agosto todas as farmácias do país devem receber o Action.

De acordo com a Anvisa, a possibilidade o registro de um autoteste de HIV surgiu em 2015. A regra denomina que a empresa tenha um canal de comunicação que funcione 24 h para atendimento aos clientes. Na embalagem, também deve constar o número do Disque Saúde: 136.

Teste tradicional x farmácia

João Aguiar Neto explica que o teste de farmácia deve custar entre R$ 60 e R$ 70 e pode ser adquirido por qualquer pessoa. O resultado se dá de forma idêntica ao exame de gravidez: se o marcador apontar uma linha, não há infecção, já no caso de duas, a pessoa possui o vírus.

A forma de fazer é muito semelhante a um exame de glicemia: após um pequeno furo no dedo, o sangue é colocado sobre um filete para ser analisado. O resultado sai em até 20 minutos e, conforme Neto, tem 99,9% de confiabilidade. No entanto, mesmo assim, é orientado ao paciente a realização do exame sanguíneo posteriormente.

A embalagem contém um lenço embebido em álcool 70% para desinfetar a área, uma lanceta para fazer o furo e o filete para o depósito do sangue. O teste só tem eficácia se realizado ao menos 30 dias após a relação sexual de risco ou a situação que motivou a suspeita.

Em relação ao teste tradicional, existem algumas diferenças . Chamado de Elisa, trata-se também de um exame de sangue. Ele é gratuito e pode ser feito em qualquer unidade de saúde da rede pública, mas o resultado sai em cerca de dois dias.

Teste tradicional x Teste de farmácia

Tradicional Farmácia
Custo Gratuito Entre R$ 60 e R$ 70
Prazo para ficar pronto Mais ou menos de dois dias Cerca de 20 minutos
Confiabilidade 99,9% 99,9%
Onde é feito? Qualquer unidade de saúde do SUS Farmácia, casa, etc
Fonte: Sincofarma/Boaventura Queiroz

Fator psicológico

Para o médico infectologista Boaventura Braz de Queiroz, o avanço na criação de um teste rápido para detecção da doença é muito importante para a medicina. Porém, ele alerta para a possibilidade de problemas psicológicos em pacientes que descobrirem, desta forma, que estão infectados.

"Vem para somar, mas merece muito cuidado. Minha dúvida é: quem vai estar atendendo essa pessoa? Teria de existir um padrão mínimo aceitável para orientá-la senão podemos ter uma situação de risco. Qualquer paciente que receber um diagnóstico positivo de HIV tem que ser bem amparado. É uma coisa complicada", ponderou.

Presidente do Conselho Regional de Psicologia – 9ª Região (CRP09), a psicóloga Ionara Rabelo destaca que é preciso ter uma "teia" especializada para dar suporte aos pacientes que apresentarem resultado positivo. "É preciso ser acompanhado, tanto na esfera clinica, quanto na psicológica", pontua.

Ela explica que uma pesquisa realizada em 2011 concluiu que 62% dos entrevistados usariam o autoteste. No entanto, a justificativa não foi para saber rapidamente se possui ou não a doença, mas sim, para poder ter relações desprotegidas com determinado parceiro ou parceira.

"Quem faz esse teste que manter a confidencialidade. Mas ele não pode servir de caminho simplesmente para as pessoas terem relações sexuais sem se proteger", salienta.

A farmacêutica Simone Divina da Silva partilha da mesma opinião. Ela afirma que a unidade onde ela trabalha ainda estuda a aquisição do produto por este e outros motivos.

"O impacto na vida de uma pessoa é muito grande. Fazer sozinha no balcão de uma farmácia ou em casa é complicado. A gente não sabe como vai ser a reação. Também temos que analisar o preço de custo para ver se compensa", explica.

Por outro lado, a também farmacêutica Ludmylla Costa e Silva vê mais pontos benéficos na inovação. Ela diz que a pessoa deve se sentir mais à vontade fazendo o teste na farmácia. Porém, a aquisição ainda deve ser alvo de preconceito.

"Muitas pessoas ainda ficam com vergonha de comprar itens básicos como preservativo, absorvente e pílula do dia seguinte. Acho que com esse teste não vai ser diferente", pontua.

Novidades no Marketing da Onofre

15/8/2017 11:10:00

Eduardo acumula quase 20 anos de experiência nas áreas de marketing e tecnologia

A Drogaria Onofre acaba de anunciar novo diretor para a área de Marketing. O executivo Eduardo Mangione (foto) assume, além da diretoria de Marketing, as áreas de E-commerce, Televendas, SAC e Visual Merchandising, sendo responsável também pela estratégia omnichannel da Drogaria Onofre, pertencente à CVS Health, maior empresa de saúde do mundo.

Formado em Economia pela FAAP e com MBA em Marketing pela ESPM, Eduardo acumula quase 20 anos de experiência nas áreas de marketing e tecnologia, tendo passado por grandes empresas como a AMCHAM, P&G América Latina e Netfarma.

“A escolha do Eduardo para comandar a área de Marketing reforça nosso foco de colocar o cliente no centro das nossas decisões, com o propósito de entregar a melhor experiência de atendimento em saúde e beleza”, afirma Elizangela Kioko, diretora-geral da Drogaria Onofre.

Tomar constantes remédios sem prescrição pode ser sintoma de ansiedade

O abuso de medicamentos pode influenciar no organismo e trazer diversos malefícios à saúde. Saiba quais

Por Raisa Carvalho Em 15/08/2017 às 00:29

Tomar remédio sem conhecimento médico pode ser prejudicial à saúde porque estes têm reações adversas e contraindicações que devem ser respeitadas. De acordo com o médico psiquiatra Alberto Iglesias, tomar constantes remédios sem prescrição pode ser sintoma de ansiedade.

“Tomar remédios em compulsão é quase uma hipocondria, que é mania de doença, pode disfarçar os verdadeiros sintomas, no caso, uma ansiedade e nervosismo”, explica. Nesse caso, o abuso de medicamentos pode influenciar no organismo e trazer diversos malefícios para a saúde.

O médico explica que uma pessoa pode tomar um analgésico ou um antiinflamatório quando tem uma dor de cabeça ou tiver uma dor de garganta, mas estes medicamentos não devem ser consumidos por mais de três dias e persistência destes sintomas ou com o surgimento de outros sintomas é importante ir ao médico.

Segundo o médico, o uso de antibióticos por conta própria aumenta o risco de a pessoa tomar a dose errada ou por menos tempo do que deveria aumentando assim a resistência dos vírus e bactérias, e diminuindo a eficiência dos antibióticos. Isso pode acontecer quando a pessoa toma antibióticos em forma de cápsulas, comprimidos, injeções ou até mesmo pomadas antibióticas.

Outra preocupação é quando tomar muitos remédios em seguida, pode mascarar os verdadeiros sintomas. “Ao tomar analgésicos, antiinflamatórios ou antipiréticos por conta própria a pessoa pode disfarçar os sintomas que apresenta e por isso o médico pode ter mais dificuldade em encontrar o diagnóstico da doença. Além disso, os antiinflamatórios como Ibuprofeno podem causar gastrite, úlcera ou causar hemorragia digestiva que podem não estar diretamente relacionados à doença, sendo somente uma complicação do remédio usado”, ressalta o médico.

O uso de remédios sem receita médica pode levar à intoxicação do fígado, já que os medicamentos podem se acumular nesse órgão, e também prejudicar o funcionamento dos rins. “Como os rins são responsáveis pela filtração do sangue, quando este se encontra cheio de medicamentos fica mais difícil garantir a eliminação de toxinas. Apesar de o funcionamento renal ser mais prejudicado em pessoas que já sofrem com problemas renais, isso também pode acontecer em pessoas aparentemente saudáveis”, disse.

Alguns medicamentos de venda livre como o Paracetamol, que parecem ser inofensivos podem levar à hemorragia digestiva, especialmente em pessoas que tem um estômago mais sensível.

Geralmente isso acontece quando a pessoa ingere uma grande quantidade de paracetamol de uma só vez, mas também pode acontecer ao ingerir 500mg por dia ao longo dos meses e por isso é melhor evitar sua ingestão desnecessária.

“As aspirinas também aumentam o risco de hemorragias e por isso só devem ser consumidas após conselho médico, principalmente em época de epidemias como dengue, já que este é um medicamento proibido em caso de dengue ou suspeita de dengue”, relata.

Reações adversas

Certos medicamentos não devem ser tomados ao mesmo tempo e por isso, se a pessoa sofre de asma ou hipertensão e precisa tomar remédios diariamente, não é recomendado tomar nenhum outro medicamento sem conhecimento médico.

“Pessoas com asma não podem tomar nem mesmo Ibuprofeno, que pode ser comprado sem receita porque podem sofrer com uma crise de asma, por exemplo. Já os remédios para pressão só devem ser usados após a indicação do cardiologista porque quando usados de forma indevida podem causar desequilíbrio eletrolítico, dor de cabeça, tontura e queda da pressão”, explica o médico.

Além disso, a pessoa pode ter uma reação alérgica ao medicamento, o que leva ao surgimento de sintomas como dificuldade em respirar, bolinhas ou inchaço da pele, sendo mais comum após o uso de antibióticos, analgésicos ou antiinflamatórios.

Dependência

Analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos podem causar dependência e deixam a pessoa viciada. Além de, com o passar do tempo, ser necessário uma dose cada vez maior para atingir o mesmo objetivo eles podem causar sonolência, falta de coordenação motora, vertigens e problemas cardiovasculares e por isso só devem ser usados por indicação médica, devendo ser respeitada sua dosagem e tempo de tratamento.

Hipertensão arterial: Prevenção e tratamento

A hipertensão arterial é um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos.

A hipertensão arterial é um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos. É uma doença vascular de todo o organismo e deixa "marcas" nos órgãos atingidos: coração, cérebro, rins, vasos e visão.

Há duas formas de tratamento: sem e com medicamentos.

O tratamento sem medicamentos tem como objetivo auxiliar na diminuição da pressão, e se possível evitar as complicações e os riscos por meio de modificações nas atitudes e formas de viver, são elas:

Reduzir o peso corporal através de dieta calórica controlada: substituir as gorduras animais por óleos vegetais, diminuir os açúcares e aumentar a ingestão de fibras
Reduzir o sal de cozinha, embutidos, enlatados, conservas, bacalhau, charque e queijos salgados
Reduzir o consumo de álcool
Exercitar-se regularmente 30-45 minutos, de três a cinco vezes por semana
Abandonar o tabagismo
Controlar as alterações das gorduras sangüíneas (dislipemias), evitando os alimentos que aumentam os triglicerídeos como os açúcares, mel, melado, rapadura, álcool e os ricos em colesterol ou gorduras saturadas: banha, torresmo, leite integral, manteiga, creme de leite, lingüiça, salame, presunto, frituras, frutos do mar, miúdos, pele de frango, dobradinha, mocotó, gema de ovo, carne gorda, azeite de dendê, castanha, amendoins, chocolate e sorvetes
Controlar o estresse
Reduzir o sal é muito importante para os hipertensos da raça negra, pois neles a hipertensão arterial é mais severa e provoca mais acidentes cardiovasculares, necessitando controles médicos constantes e periódicos
Evitar drogas que elevam a pressão arterial: anticoncepcionais, antiinflamatórios, moderadores de apetite, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides, derivados da ergotamina, estimulantes (anfetaminas), cafeína, cocaína e outros.
O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado. Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.

Na hipertensão arterial primária ou essencial, o tratamento é inespecífico e requer atenções especiais por parte do médico. A hipertensão secundária tem tratamento específico, por exemplo, cirurgia nos tumores da glândula supra-renal ou medicamentos no tratamento do hipertireoidismo.

O tratamento medicamentoso deve observar os seguintes princípios:

O medicamento deve ser eficaz por via oral e bem tolerado
Deve permitir o menor número de tomadas diárias
O tratamento deve ser iniciado com as doses menores possíveis e se necessário aumentado gradativamente ou associado a outros, com o mínimo de complicações
O medicamento deve ter custo compatível com as condições socioeconômicas do paciente para permitir a continuidade do tratamento
O mais sério problema no tratamento medicamentoso da hipertensão arterial é que ele pode ser necessário por toda a vida. Aí então o convencimento da necessidade do tratamento é muito importante para que o paciente tenha uma aderência permanente
Os controles médicos devem ser periódicos para o acerto das dosagens medicamentosas e acompanhamento da evolução da doença cardiovascular
Perguntas que você pode fazer ao seu médico

O que é pressão alta?

Qual o nível da minha pressão?

Devo fazer verificação da minha pressão em casa?

O que pode me acontecer se eu não tratar a pressão alta?

Quais os efeitos colaterais do tratamento?

Autor: abcdasaude.com.br
Fonte: abcdasaude.com.br

Nova farmácia é aposta de São José para fim de ‘crise dos remédios’

Agosto 14, 2017 – 22:59

A inauguração da Farmácia Central, nesta segunda-feira, é a nova aposta do governo Felicio Ramuth (PSDB) para combater a crise na distribuição de medicamentos, um dos principais gargalos na área da saúde em São José.

No ano passado, a administração enfrentou problemas com a distribuição de remédios do Estado. O novo prédio vai ser ponto de entrega de remédios dos governos municipal, estadual e federal. Atualmente, cerca de 6.800 pacientes recebem medicamentos na cidade, e a distribuição é alvo de críticas.

Segundo a prefeitura, atualmente são 660 tipos de remédios distribuídos em toda a cidade — 10 deles estão em falta. Nenhum na Farmácia Central. "Isso ocorre porque o fornecedor não tem os itens disponíveis que constam da ata de compra, o que obriga a prefeitura a abrir um processo para compra emergencial", disse o governo, em nota.

No novo local serão disponibilizados medicamentos liberados por processos administrativos. Município, Estado e União têm uma relação de 460 remédios disponibilizados. Antes, o atendimento era realizado na avenida Madre Tereza, e, agora, na avenida São José.

A oposição afirma que o governo precisa de resultados na distribuição. "Mudar de local não significa que terá mais remédio. Continuam faltando e descumprindo todos os prazos que prometeram com a população", afirmou o vereador Wagner Balieiro (PT).

No ano passado, a gestão do ex-prefeito Carlinhos Almeida (PT) entrou com uma ação no Ministério Público contra o governo do Estado. Na época, o município afirmava que 72 medicamentos estavam em falta.

Farmácia Carioca

Drogaria Venancio Estreia em Nova Iguaçu (RJ)

14/08/2017

A rede de farmácias carioca Drogaria Venancio inaugurou, na última sexta-feira (11), sua primeira unidade em Nova Iguaçu, município do estado do Rio de Janeiro. Localizada na Av. Nilo Peçanha, 213 e 217 – Centro, a loja oferece um ambiente aconchegante com atendimento personalizado e um mix de produtos diversificado. Desde 2010, a rede vem crescendo a uma média de seis lojas novas por ano. Hoje, a Drogaria Venancio conta com cerca de 3 mil colaboradores, distribuídos pelas dezenas de drogarias, megastore, lojas-conceito, Venancio Medical, centro de distribuição, televendas, e-commerce e escritório.

Sindifato convoca farmacêuticos para discussão da convenção coletiva no Ministério do Trabalho em Palmas

O Ministério do Trabalho marcou para o próximo dia 18, às 8h30, em Palmas, audiência de mediação para formalização da convenção coletiva dos farmacêuticos do Tocantins. A audiência atende pedido do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins (Sindifato).

O presidente do sindicato, Pedro Henrique Goulart Machado Rocha, deu início a mobilização para participação maciça dos farmacêuticos na reunião. “Precisamos do apoio e da presença dos profissionais, em especial aos que trabalham no setor hospitalar e laboratorial, para comprovarmos que somos uma categoria forte, concisa e que estamos dispostos a negociação desde que não percamos nossos direitos adquiridos e que as propostas fiquem dentro da razoabilidade”, ressaltou.

O Sindifato propôs reajuste de 9,1% aos farmacêuticos e farmacêuticos bioquímicos, índice que levaria o piso salarial para R$ 3.560,00. A proposta de ticket alimentação é de R$ 16,38 aos trabalhadores que têm jornada especial de 12×36 ou seis horas diárias, com intervalo de uma hora para refeição. “Para os empregados que estiverem submetidos à jornada de seis horas diárias fica assegurado: Limite de 30 horas semanal; mínimo de uma hora e no máximo de duas horas diárias de intervalo para alimentação [almoço ou jantar] ou descanso; e quinze minutos de intervalo diários para lanche”, aponta ofício protocolado.

Já o Sindessto apresentou, como contraproposta, reajuste de 7% de aumento de 13 para 15 plantões. “Esse percentual não foi aceito pelos farmacêuticos. Diante disso o Sindessto falou que não negociaria caso não aceitássemos os 15 plantões e, por isso, solicitamos a mediação do MTE”, afirmou o presidente do Sindicato.

Pesquisa mostra que 37% só compram genéricos; 32%, os de marca; e 31%, ambos

Conjuntura / 14 Agosto 2017

Estudo realizado pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) mostra que 37% dos consumidores apontaram que adquiriram medicamentos genéricos, outros 32% compraram os de marcas e 31% compraram uma mescla dos dois tipos.

Os dados são resultados da pesquisa Análise do Perfil de Compra dos Consumidores de Medicamentos, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (Ifepec).

– Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha – analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar, que encomendou a pesquisa.

Ele se refere ao fato de que a pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos. Segundo a pesquisa, 45% dos consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e a quase totalidade desses clientes buscavam economia.

A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o tipo de medicamento adquirido, o índice de troca de medicamento e os motivos que levaram a essa troca. Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificou parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.

– Esse fato demonstra a existência de uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso – explica o presidente da Febrafar.

A afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.

A pesquisa foi realizada com quatro mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias em que estiveram para efetuar a compra.

Crescimento de vendas de medicamentos para principais doenças crônicas – Levantamento realizado pela Associação das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base nos dados do IMS Health – instituto que audita o varejo farmacêutico no Brasil e no mundo, mostra os genéricos foram o segmento que mais cresceu nas classes de medicamentos para tratamento de hipertensão, colesterol alto e diabetes.

De acordo com o estudo, o maior avanço dos genéricos se deu entre os medicamentos para colesterol alto. As vendas de genéricos para o tratamento da doença, em unidades, registraram expansão de 35,92% no primeiro semestre do ano no comparativo com o mesmo período do ano anterior. No mesmo intervalo, os similares para a mesma classe de medicamentos apresentaram retração de 15,74%, enquanto os medicamentos de referência encolheram 13,80%, no mesmo período. A participação dos genéricos no mercado total para essa classe terapêutica subiu 11,82 pontos percentuais, fechando o primeiro semestre do ano com 56,37% frente aos 44,55% do ano anterior.

Os medicamentos para hipertensão também assistiram ao avanço dos genéricos no primeiro semestre: 16,63% de crescimento entre janeiro e junho na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Os similares para esta classe de medicamentos tiveram crescimento de 0,95%. Com isso, os genéricos ganharam 3,20 pontos percentuais de market share nesta que é uma das principais classes de medicamentos crônicos do mercado brasileiro, subindo de 66,20%, no primeiro semestre de 2016, para 69,41 nos primeiros seis meses deste ano.

Os genéricos também lideraram a expansão na categoria de medicamentos para tratamento de diabetes. As vendas em unidades dos genéricos para esta classe de medicamentos cresceu 19,19% no primeiro semestre deste ano contra igual intervalo de 2016. Os similares no mesmo período encolheram 5,04% enquanto os medicamentos de referência cresceram 17,18%. O market share dos genéricos avançou 2,03% neste intervalo.

Série longa – O estudo mostra que no comparativo do primeiro semestre dos últimos três anos (2015, 2016, 2017), os genéricos experimentaram crescimento ainda mais expressivo sobre os similares e medicamentos de referência.

No caso dos antilipêmicos por exemplo, os genéricos cresceram 60,78% no acumulado dos três primeiros de 2015 a 2017 contra retração de 7,78% dos similares e de encolhimento de 18,94% dos medicamentos de referência. O salto de market share dos genéricos neste período foi de 14,29 pontos percentuais: de 42,08% para 56,37%.

No caso dos anti-hipertensivos, os genéricos cresceram 36,08% no acumulado da série histórica de primeiro semestre entre 2015 a 2017. Já os similares e os medicamentos de marca cresceram apenas 2,22% e o referência 0,98% no mesmo período, respectivamente. Neste caso, os genéricos avançaram 6,5 pontos percentuais em participação de mercado, saltando de 62,91% no primeiro semestre de 2015 para 69,41% no primeiro semestre deste ano.

Nos medicamentos para diabetes, o fenômeno se repete. No acumulado dos primeiros seis meses entre 2015 e 2017, os genéricos cresceram 40,24%, contra expansão de 5,20% dos similares e 28,67% dos medicamentos de referência. Nesta classe, os genéricos ganharam 3,58 pontos de participação em vendas: de 36,66%, em 2015, de share para 40,24% de participação no primeiro semestre deste ano.

Com preços em média 60% menores que os medicamentos de referência (35% por lei), os genéricos já proporcionaram uma economia de aproximadamente R$ 90 bilhões aos brasileiros em gastos com medicamentos desde que chegaram ao mercado há 18 anos, em 1999.

App criado em Brasília ajuda a encontrar medicamentos mais baratos

Ideia usa tabela do Ministério da Saúde que põe teto para preço de remédios. Sistema funciona ao fotografar código de barras dos produtos.

Por G1 DF

14/08/2017 07h22

Grupo de amigos cria aplicativo para encontrar medicamentos mais baratos

Um grupo de amigos de Brasília criou um aplicativo gratuito para pesquisar preços e encontrar medicamentos mais em conta. Eles tiveram a ideia de usar uma tabela do Ministério da Saúde disponível na internet, que coloca um “teto” para os valores. O sistema compara na hora o preço do remédio encontrado na farmácia com o montante máximo estabelecido pelo governo.

É só fotografar o código de barras do remédio que os valores aparecem. “Nós conseguimos apresentar para a população o menor preço daquela região para aquele medicamento”, afirmou um dos desenvolvedores, Alexandre Máximo.

Até esta segunda-feira (14), 30 mil pessoas já tinham baixado o "Medipreço", disponível para plataformas Android aqui. Por ele, é possível consultar o preço de 25 mil remédios em 75 mil farmácias do país. Ele também mostra as bulas e tarjas dos medicamentos e faz a busca de farmácias mais próximas com desconto.

A iniciativa também depende da colaboração dos usuários. “Sempre que você comprar um medicamento, você pode colocar o preço e assim você vai ajudar outras pessoas. O aplicativo calcula de forma inteligente”, afirmou outro criador, Gregório Salles.

“O usuário vai estar ajudando a fiscalizar e ajudando a comunidade toda a pagar um preço mais justo.”

Em uma pesquisa rápida na “rua das farmácias”, na 102 Sul, uma cartela de dipirona custa R$ 4,77, R$ 3,76 e até R$ 1,90. Analgésicos idênticos variam entre R$ 11 e R$ 16. E antigripais do mesmo laboratório chegam a custar entre R$ 8,60 e R$ 17.

A jornalista Kelly Cordova passou por uma situação em que foi mais vantajoso dar uma pesquisada. “Quando cheguei na farmácia, custava R$ 89. Aí fui na outra, que custava R$ 79. Aí tinha uma farmácia do lado, eu resolvi perguntar quanto custava. Era R$ 29,20 e foi lá que comprei.”