Crise faz procura por medicamento gratuito crescer 115% no Banco de Remédios da Diocese de Piracicaba

Devido ao aumento nas buscas, horário de atendimento na unidade foi ampliado em duas horas e passa a funcionar das 10h às 16h.

Por G1 Piracicaba e Região

04/08/2017 19h13

A procura por medicamentos gratuitos no Banco de Remédios da Diocese de Piracicaba (SP) cresceu 115% entre abril e julho, segundo o órgão religioso. De acordo com a farmacêutica da unidade, o número passou de 80 para 170 atendimentos diários. A crise e o desemprego são fatores responsáveis pelo aumento da busca por doações.

Com o aumento na demanda, o horário de funcionamento do Banco de Remédios, ligado à Pastoral do Serviço da Caridade (Pasca), foi ampliado em duas horas no período da manhã e passará a atender das 10h às 12h e das 13h às 16h30, sempre de segunda a sexta-feira.

Crise e desemprego

A unidade atribuiu à crise e ao desemprego, o aumento da procura. "Muitas pessoas que perderam seus planos de saúde têm procurado o Banco de Remédios em busca de medicamentos”, afirmou a farmacêutica responsável pelo espaço, Debora Pedrino.

O novo horário passa a valer a partir da próxima segunda-feira (7). “Tivemos um aumento de cerca de 115%, principalmente de idosos cujo recursos da aposentadoria não são suficientes para a compra de remédios”, afirmou a farmacêutica.

No Banco de Remédios são fornecidos gratuitamente os medicamentos que não são encontrados nas farmácias da rede pública, como: cardiovasculares, vasos dilatadores, antialérgicos, diuréticos e anti-hipertensivos.

A maioria dos medicamentos chega como doações de consultórios médicos, empresas farmacêuticas, de amostra grátis e ou de particulares na forma de medicamentos sem uso e dentro do prazo de validade, explicou a diocese.

"Há também campanhas realizadas pela equipe de voluntários e em parceria com o poder público e iniciativa privada. “Quando os medicamentos chegam é feita uma triagem pelas voluntárias para verificar a validade e a integridade dos fármacos e em seguida são agrupados nas prateleiras de acordo com a classe terapêutica em ordem alfabética”, salientou Debora.

Bazar

Na próxima sexta-feira (11), acontece o "Bazar da Caridade" com o objetivo de angariar recursos que serão revertidos para a compra de medicamentos para o Banco de Remédios.

No bazar podem ser encontradas roupas masculinas, femininas, infantil, sapatos, lençóis, vestidos e acessórios. O bazar ficará aberto na sexta-feira, das 9h às 15h, no Centro Diocesano de Pastoral, localizado na avenida Independência, nº 1146, em Piracicaba. Mais informações pelo (19) 2106-7561.

Serviço

O Banco de Remédios da Diocese de Piracicaba atende no Centro Diocesano de Pastoral, localizado na avenida Independência, 1146, de segunda a sexta-feira, das 10 às 12h e das 13h às 16h30.

Funcionários de farmácias denunciam mercado clandestino de receitas falsas

Psiquiatra que atende em Novo Hamburgo é a mais recente vítima Silvio Milani 06/08/2017 20:00 06/08/2017 21:18

O psiquiatra José Tadeu de Toledo, que tem consultório em Novo Hamburgo, levou um susto ao ver, há duas semanas, receita médica prescrita com o registro profissional e nome dele. O carimbo, a assinatura e até o nome do medicamento têm erros grosseiros. Mesmo assim, o remédio de uso controlado foi vendido em uma farmácia no bairro Canudos. A fraude só foi descoberta durante conferência da farmacêutica. “Sabemos que há mais dessas circulando”, alerta ela, que pediu para não ser identificada.

Foi a farmacêutica quem avisou o médico. “Logo desconfiei pela forma como estava preenchida e fui comparar com outras receitas do doutor.” Ela enviou cópia para o psiquiatra, que confirmou a falsificação. Era para o Divalproato – escrito “Divaproato” na requisição -, um antiepilético indicado também para transtorno bipolar. “Eu não estava na loja na hora da venda, mas sei que é uma cliente na faixa dos 60 anos.

Mercado clandestino

Conforme funcionários de farmácias da região, há um mercado clandestino de receitas falsificadas. Na maioria dos casos, os médicos que tiveram os dados usados nem ficam sabendo. “Há poucos dias, tivemos uma cliente que tinha pago 10 reais pela receita. Era tarja preta. Mas ela não contou de quem comprou”, revela a farmacêutica que avisou o psiquiatra.
“Minha reação foi de indignação”

O médico foi à Polícia assim que soube da falsificação. “Minha reação foi de indignação, de estar sendo desrespeitado.” Toledo observa que o carimbo praticamente valida a receita. “Como existem impressos-padrão, torna-se fácil emitir receitas de remédios controlados, como antibióticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, hipnóticos.”

O psiquiatra alerta para o perigo da automedicação. “Se existe controle, é porque há o risco no uso sem critério. No caso do Divalproato, pode causar malformações no feto, ovários policísticos, pancreatite, alterações no fígado, entre outras reações. Por isso requer a realização de exames periódicos.”

Polícia apura origem e vai ouvir mulher

A mulher que conseguiu comprar o Divalproato com receita falsa deve ser ouvida pela Polícia Civil na tentativa de se chegar a quem produz e vende os documentos. “Vamos intimar essa pessoa para ver se tem algo a nos informar quanto à origem do material”, declara o chefe de Investigação da 1ª DP, inspetor José Urbano Lourenço.

A ocorrência policial foi registrada como falsificação de documentos particulares, do artigo 298 do Código Penal, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão. Porém, como a suspeita é de fraude em larga escala, o tempo de condenação deve ser maior.

Saúde: Operação da Vigilância Sanitária de Quixeramobim fecha três farmácias clandestinas

A Coordenadoria de Vigilância Sanitária de Quixeramobim fechou três farmácias que comercializavam medicamentos irregulares e vendiam remédios até proibido no Brasil. Tudo só foi possível, graças a uma denúncia de populares, que afirmavam que uma farmácia estava comercializando medicamentos de forma criminosa.

Conforme a fiscalização, os comerciantes compravam os medicamentos para uma farmácia Matriz e distribuíam para outros dois pontos clandestinos, um no bairro Conjunto Esperança e outro no Distrito de São Miguel, na zona rural de Quixeramobim. Os estabelecimentos foram fechados.

A operação fechou as três farmácias clandestinas em Quixeramobim, todo o material foi processado e apresentado à autoridade policial para as devidas providências criminais.

Os locais funcionavam sem a presença de farmacêutico e sem qualquer documentação. Além disso, eram vendidos medicamentos de tarja preta sem receita. Também foi encontrado remédio proibido no Brasil.

Os responsáveis devem ser processados por com base no art. 282, do Código Penal – (Art. 282 – Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites), bem como art. 273, do CP (Art. 273 – Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998).

A operação recebeu o apoio das Polícias Militar e Civil da cidade de Quixeramobim.

MPF Amapá e Conselho de Farmácia firmam cooperação para eficiência na fiscalização

Assim, a entidade poderá instaurar sindicâncias para apuração dos fatos e promover as punições necessárias.

4/8/2017 | 13:50

O Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) e o Conselho Regional de Farmácia (CRF/AP) celebraram termo de mútua cooperação técnica, científica e operacional. Assinado pelo procurador-chefe do MPF/AP, Everton Aguiar, e pelo presidente do CRF/AP, Márcio Silva de Lima, o documento possui como finalidade principal estabelecer, no âmbito das atribuições de cada órgão, um mecanismo de atuação conjunta e eficiente de fiscalização.

Com o acordo firmado, o Conselho Regional de Farmácia, sempre que solicitado, irá cooperar com o MPF/AP na discussão, avaliação e deliberação sobre assuntos ligados à área farmacêutica e à saúde. O termo também prevê que o CRF/AP realize ações de fiscalização para instruir procedimentos administrativos instaurados pelo MPF e a emissão de pareceres técnicos opinativos sobre matérias de competência do conselho.

Já o Ministério Público Federal compromete-se a dar amplo acesso aos processos e inquéritos em andamento, sempre que tenham relação com a atividade farmacêutica, com exceção dos documentos sigilosos. Além disso, o MPF irá representar ao conselho sempre que identificar infrações na área de farmácia.

Moradores denunciam falta de remédios na Farmácia Municipal de Brotas, SP

Prefeitura diz que situação deve ser normalizada nos próximos dias.

Por G1 São Carlos e Araraquara

05/08/2017 10h34

Pacientes reclamam da dificuldade para comprar remédios na Farmácia Municipal em Brotas

Moradores que dependem dos remédios fornecidos pela Farmácia Municipal de Brotas (SP) estão com dificuldades de encontrar os medicamentos. Eles afirmam que o problema já dura alguns meses e que os funcionários da unidade dizem que não há previsão de normalização.

Procurada, a prefeitura informou que concluiu a licitação para compra de medicamentos na segunda-feira (31) e espera que os remédios em falta sejam repostos em alguns dias. Disse ainda que está providenciando a licitação para o próximo lote.

Sem previsão

A dona de casa Luciana Martins e seu marido, José Valdir Anzolin, estão entre os moradores prejudicados pelo desabastecimento. Os remédios de que precisam não estão disponíveis e os dois cortaram despesas básicas para adquirir os itens, que passam de R$ 200.

“Já deixamos de pagar a conta de luz", afirmou a dona de casa. “Faço uso de fluoxetina e diazepam, faz quatro meses que estou procurando medicamento e não estou encontrando. Como eu não posso ficar sem, tenho que arcar com dinheiro, sem ter, para poder comprar”, contou.

A medicação de Valdir também não está disponível. “Faço uso do combodart, é um remédio para a próstata, essa prostatite é uma inflamação da próstata que pode se tornar um câncer”, relatou.

A dona de casa explicou que quando vai até a farmácia municipal os funcionários avisam que a unidade está sem os remédios e não há uma previsão de quando os medicamentos irão chegar.

“Não tem resposta, não tem previsão, não consegui nada. Tanto que devolverão a receita do medicamento dele porque não foi liberado, não foi permitida a compra. Agora vou ver o que eu faço para estar comprando. Os meus remédios também não chegaram, não têm previsão”, falou emocionada.

A dona de casa Antonia da Silva dos Santos também passa por essa situação. Ela e o filho dependem de remédios de uso controlado que estão em falta.

“O remédio de tireoide eu tenho que tomar sempre, direto. O de pressão também, direto, tudo tem que ser direto tomando. Remédio controlado, que é caro, para a convulsão. Eu não sei como é que eu vou fazer”, contou ela.

G1 São Carlos e Araraquara.

Drogaria Onofre anuncia novo diretor de TI

Sexta, 04 Agosto 2017 13:35 Escrito por Ana Paula Soares
Joaquim Dias Garcia Neto assume setor para amparar crescimento sustentável da companhia

O executivo Joaquim Dias Garcia Neto assume a diretoria de TI da Drogaria Onofre, pertencente à CVS Health, maior empresa de saúde do mundo.

Formado em engenharia mecânica pela PUC/RJ e com MBA em Finanças pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da UFRJ, Joaquim acumula mais de 35 anos de experiência em TI, tendo passado por grandes empresas como o Grupo Pão de Açúcar, Livraria Cultura, International Meal Company (IMC), Casas Sendas, Lojas Americanas, entre outras. Em 2009 foi indicado a CIO do Ano pela InformationWeek/CIO e em 2014 foi eleito o Melhor Executivo de TI do Varejo pela FORBES e GS&MD.

Será responsável pela gestão estratégica dos recursos e processos da área de Tecnologia de Informação, visando assegurar o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos assim como amparar o crescimento sustentável da companhia.

“Face às mudanças rápidas e disruptivas que estão acontecendo no mercado e especificamente no varejo, tratamos TI como uma área estratégica na Onofre. Temos grandes projetos em desenvolvimento e somos incansáveis na busca de melhorar a nossa capacidade visando entregar a melhor experiência de compra para o nosso cliente. Por isso, precisávamos de um profissional que mesclasse a experiência com a disposição de inovar. Eis o motivo da escolha de Joaquim”, afirma Elizangela Kioko, diretora-geral da Drogaria Onofre.

Sobre a Drogaria Onofre

A Drogaria Onofre tem uma história de mais de 80 anos de paixão pela farmácia, possui 37 lojas em 3 Estados do Brasil. Atualmente, emprega direta e indiretamente mais de 2 mil pessoas. É a empresa que apresenta a maior venda por m², por funcionário e por loja do País e o único e-commerce que entrega em até 4 horas nas principais capitais.

Desde 2013 faz parte da maior empresa de saúde do mundo, a CVS Health, que conta com mais de 8 mil drogarias distribuídas por todo o território americano e emprega mais de 200 mil pessoas, sendo o maior empregador de farmacêuticos e enfermeiros do mundo.

Site: www.onofre.com.br
Instagram: @drogariaonofre
Facebook: www.facebook.com/DrogariaOnofreOficial
Informações para a imprensa:
Encaso Comunicação Corporativa
Tel.: +55 11 2950-2849

Com reajuste acima da inflação, piso salarial dos farmacêuticos sobe para R$ 3.890

04/08/2017 – 09:23 Por: Assessoria de Imprensa

O piso salarial dos cerca de 1.100 farmacêuticos que trabalham nas mais de 800 farmácias do Estado subiu de R$ 3.750 para R$ 3.890, em um aumento de 3,75%, bem acima da inflação dos últimos 12 meses, que ficou em 2,56%. O reajusta salarial foi resultado do acordo de Convenção Coletiva do Trabalho entre o Sindifato (Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins) e o Sindifarma (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Tocantins), durante reunião para discutir a CCT (Convenção Coletiva do Trabalho) na quarta-feira, 2 de agosto, em Gurupi.

A reunião contou com as presenças do presidente do Sindifato, Pedro Henrique Goulart Machado Rocha, do presidente do Sindifarma, Domingos Tavares Souza, e outros representantes das duas categorias. “Em um ano de inflação baixa, conquistamos um reajuste acima do que estava previsto, com um ganho real de 1,19 ponto percentual”, destacou Pedro Henrique, ao salientar que o acordo fechado vai possibilitar que, no início de setembro, os farmacêuticos do Estado já recebam seus salários reajustados. “Teremos a aplicação do índice em setembro, como previsto na nossa CCT”, comemorou o presidente.

Além disso, o secretário-geral do Sindifato, Renato Soares Pires Melo, lembra que o percentual de 3,75% é estendido ao vale alimentação e ao plantão paga aos farmacêuticos. “Conquistamos um reajuste acima da inflação no salário, no vale alimentação e nos plantões. O Sindifato atuou para conquistar um bom acordo para os colegas”, ressaltou Renato Melo.

Raia Drogasil desacelera vendas e fecha trimestre com R$ 3,4 bilhões em receitas

Apesar da desaceleração, a Raia Drogasil continuou crescendo e aumentando o número de lojas pelas regiões do Pais. Confira a atual situação da empresa

A Raia Drogasil, uma das maiores redes de farmácias dos País, desacelerou as vendas e fechou o segundo trimestre deste ano com receita bruta de R$ 3,4 bilhões. Apesar de menor em relação ao trimestre anterior, o crescimento de 16% garantiu a a empresa o valor de mercado atual de R$ 22.883 milhões.

As informações foram divulgadas para os acionistas na última semana. Em comparação com o trimestre anterior, cujo crescimento havia sido de 21,6%, o momento não é de grandes comemorações.

Quedas

Segundo a rede, o enfraquecimento na taxa de crescimento se deu pela diminuição do volume de vendas em abril. O motivo, diz a empresa, seria os três feriados prolongados do mês que impactaram massivamente as vendas.

A inflação também impactou nos preços, justifica em seu relatório do trimestre, a Raia Drogasil. “É importante destacar que, como o nosso setor registra um aumento anual nos preços de lista e que ocorre no final de março, a forte desaceleração nos índices de inflação registrada nos trimestres anteriores só foi incorporada aos preços neste trimestre, fazendo com que a desaceleração do crescimento nominal fosse súbita ao invés de gradual”, diz no relatório.

Expansão

A rede de farmácias comemorou a expansão de lojas em relação ao mesmo período do ano anterior. A Raia Drogasil fechou o segundo semestre deste ano com mais de 1,5 mil lojas em operação.

Os estabelecimentos garantiram a companhia uma participação média de 11,7% do mercado nacional. O crescimento se deu principalmente pelo aumento na atuação na região Nordeste (1,3%).

Em São Paulo, a rede teve 22,8% entre maio e junho e nos demais estados do Sudeste a cobertura foi de 7,7%.

Lucros

A expansão do serviço e de novas lojas foram apresentados como o motivo da contração dos Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), ajustado de R$ 301,1 milhões no trimestre, 1,2% a menos que o mesmo período do ano anterior.

Segundo a empresa, as lojas abertas no ano, bem como aquelas já em processo de abertura, geraram uma redução no Ebitda de R$ 8,5 milhões no segundo semestre deste ano.

Em termos de lucro líquido a rede Raia Drogasil totalizou R$ 138,0 milhões no trimestre, uma retração de 12,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Encontro Farmarcas movimentará mercado farmacêutico em São Paulo

Quinta, 03 Agosto 2017 15:07 Escrito por Paulo Ucelli

A edição 2017 do Encontro de Associados Farmarcas (http://www.encontrofarmarcas.com.br/) ocorrerá nos dias 10 e 11 de agosto, em São Paulo, movimentando o mercado farmacêutico. Serão mais de 50 expositores (indústrias e distribuidores), que terão a oportunidade de realizar negócios com as 650 lojas da administradora de redes de farmácias.

O evento mescla capacitação e negócios e, para isso, foi preparada uma ampla estrutura, pensando no conforto de todos os participantes. Um dos grandes destaques do Encontro é a Feira de Negócios, que promove intensa rotatividade de empresários e administradores, em um espaço especialmente projetado para facilitar as negociações. O sucesso da estratégia foi comprovado nos últimos anos, quando, segundo estimativas da Farmarcas, mais de R$15 milhões em negócios foram realizados – para a satisfação dos expositores de indústrias, distribuidores e marcas, que superaram, em muito, as suas metas.

Expectativas positivas

Para esse ano, a expectativa é que mais de 1.500 pessoas passem pelo evento, entre representantes das lojas e expositores. “Estamos muito animados com a receptividade do evento, pois a aderência vem sendo bastante positiva e sabemos da importância para o crescimento de nossas redes. Uma de nossas políticas é o incentivo ao relacionamento de negócios de forma presencial e conjunta. Manter esse vínculo ativo e fortalecido é essencial para elevarmos a força empresarial do grupo, ampliando cada vez mais a atuação de todos os participantes no mercado de varejo farmacêutico”, detalha o diretor operacional da Farmarcas, Ângelo Vieira.

A relevância do evento é complementada pelo diretor executivo Paulo Roberto da Costa. “Para este ano, vamos apresentar aos nossos associados a oportunidade de capacitação para a gestão de farmácias. Mas os nossos principais objetivos são promover o alinhamento estratégico e colocar os associados em contato direto com nossos parceiros de indústrias, distribuidores e empresas”.

Programação

O primeiro dia do evento será no Espaço Pró-Magno e contemplará a Feira de Negócios, que promete atingir números muito maiores do que os já registrados. “No último ano, chegamos ao evento prestes a atingir 500 farmácias. Para este, são 650, o que representa um crescimento de 30%. Contudo, o mais relevante é o crescimento orgânico de nossas lojas, que é muito acima no mercado. Isso faz com que a projeção de superação da movimentação de 2016 seja certa”, conta Ângelo Vieira.

No segundo dia, que será no Hotel Holiday Inn, ocorrerá a Assembleia Geral da Farmarcas e as palestras “Panorama do Mercado Farmacêutico”, com Eduardo Rocha (QuintilesIMS); “Cenários e tendências para o varejo farma”, com Artur Ferreira (Oficina de RH); “Gestão estratégica de varejo”, com Adir Ribeiro (Praxis Business); “Projeto SP Farma Metropolitana”, com Paulo Roberto Costa (Farmarcas); e “Palavra do Presidente e Encerramento”, com Edison Tamascia.

Para finalizar o evento, terá o já tradicional jantar de confraternização, que, será no Espaço Pró-Magno. O evento é exclusivo para as farmácias das redes administradas pela Farmarcas e para indústrias e distribuidores.

Avanço da receita nas grandes redes de farmácias perde força

Consumo. A alta de 8,7% no primeiro semestre, embora positiva, foi menor que nos últimos anos e um dos motivos foi a queda dos não medicamentos; daqui para frente o cenário será parecido

São Paulo – Após crescerem a dois dígitos nos últimos anos, as grandes redes de farmácias sentem pela primeira vez o impacto da crise. O volume de vendas dos não medicamentos recuou no primeiro semestre, puxando para baixo a receita do setor. As empresas enfrentaram ainda um reajuste menor dos preços, que impactou no resultado nominal e na margem bruta.

A situação aparece no balanço dos primeiros seis meses da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), antecipado pelo DCI. De acordo com o levantamento, as 27 maiores varejistas do ramo, entre elas Droga Raia, Drogasil, Pague Menos e Drogaria São Paulo, tiveram um crescimento nominal do faturamento de 8,76% de janeiro a junho deste ano, na comparação anual.

O resultado, embora ainda positivo, representa uma desaceleração, se comparado com os números que a entidade vinha mostrando nos anos anteriores. Em 2016 e 2015, por exemplo, o avanço foi de 11% e 12%, respectivamente. "Vemos uma desaceleração nítida, puxada principalmente pelos não medicamentos", diz o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto. Para o consolidado do ano o executivo prevê uma continuidade do cenário, com um crescimento próximo de 9%.

Pela primeira vez na última década a categoria (que engloba principalmente os produtos de perfumaria) retraiu em volume de unidades vendidas, com uma queda de 1,69% de janeiro a junho. Em valor, ainda houve crescimento, de 5,3%, mas muito abaixo do desempenho que vinha apresentando. Historicamente, conta Barreto, os produtos sempre cresceram mais do que os medicamentos e a uma taxa de dois dígitos. "Começamos a sentir uma desaceleração mais forte em março deste ano. No início pensámos que seria algo pontual, mas se manteve."

No setor como um todo, a perda do ritmo de crescimento dos itens de perfumaria não é nenhuma novidade, segundo o vice-presidente para a América Latina da consultoria Close-Up International, Paulo de Paiva Junior. Ele conta que a desaceleração começou a ser sentida desde 2015. "Ela vem ocorrendo pouco a pouco há cerca de dois anos. Demorou mais para chegar às grandes redes porque tradicionalmente elas têm um desempenho melhor do que o restante do mercado", explica.

Na Raia Drogasil, maior varejista do setor, a perda de ritmo da categoria é clara. De abril a junho deste ano, a receita dos produtos de perfumaria cresceu 10,8%, muito abaixo do crescimento dos medicamentos e do desempenho visto no mesmo período do ano passado, quando as vendas dos itens cresceram 25,9%. Com o avanço menor, a categoria perdeu participação na receita total da empresa, passando de 25,6%, no segundo trimestre de 2016, para 24,7% no mesmo período deste ano.

O movimento vai em linha com o cenário visto pela Abrafarma. Segundo o presidente da entidade, a participação dos não medicamentos na receita total das 27 maiores drogarias do ramo, que ao final de 2016 era de 32,7%, terminou o primeiro semestre deste ano em 31,7% (veja no gráfico).

Além do impacto nas vendas, a preocupação dos dois especialistas é que a perda de participação da categoria possa prejudicar a lucratividade das redes, já que as margens de perfumaria são maiores do que as de medicamentos. "A queda [dos não medicamentos] pode sim impactar as margens, mas como é um movimento recente só vamos sentir mais para frente, no ano que vem provavelmente", afirma Barreto.

Para compensar esse possível impacto, as varejistas têm buscado formas alternativas de incrementar as margens de lucro. Uma estratégia adotada pela Raia Drogasil, por exemplo, é a chamada 'plataforma de pricing'. O objetivo, segundo o presidente da rede, Marcílio Pousada, é melhorar a precificação dos produtos de perfumaria e dos medicamentos OTC (Over The Counter)."Estamos implementando agora a estratégia, e deve ajudar nas margens no futuro", disse em teleconferência com analistas. A empresa tem feito também um trabalho importante na redução de despesas operacionais, que já surtiu efeito, e que deve continuar contribuindo para os resultados nos próximos trimestres.

'Pré-alta'

Outra questão que impactou no resultado das grandes redes nos últimos meses foi o reajuste menor dos preços dos medicamentos. Enquanto no ano passado o reajuste foi de até 12,5%, este ano ele foi de 4,7%. As grandes drogarias, explica Barreto, costumam comprar um volume muito grande de remédios na chamada 'pré-alta' (ou seja, alguns meses antes da alta dos preços), para vender os produtos depois do aumento já com o novo valor – ganhando com a diferença. Com o aumento significativamente menor os ganhos deste ano também foram inferiores, impactando na margem.

A Raia Drogasil citou o problema em teleconferência com analistas. "Perdemos 1,6 ponto percentual de margem em função do aumento menor do preço. Mas isso é um efeito sazonal.Tivemos um ganho menor, porque a alta de preços foi inferior", disse o vice-presidente de planejamento da companhia, Eugênio de Zagottis. O impacto, segundo Barreto, foi sentido de forma similar pela maioria das redes associadas a entidade.

Com um aumento menor dos preços, a receita nominal do setor também deve ser impactada, diz Paiva, da Close-Up International. "Acaba sendo um freio no avanço do setor em valor".

Além dos dois problemas citados, o presidente da Abrafarma afirma que a migração do consumidor dos medicamentos de referência e genéricos para os similares também tem prejudicado as grandes redes. O movimento tem ocorrido, segundo ele, porque os similares, muitas vezes, possuem preços mais atrativos até do que os genéricos. "O problema é que a Abrafarma não trabalha com quase nenhum remédio similar, mas as farmácias independentes e as associativistas sim."

O vice-presidente da Close-Up também sentiu a migração, mas afirma que esse não o principal problema das redes. "Essa substituição existe, e é um dos fatores que impactam as grandes redes, mas não é o mais importante. O principal é a queda em volume, principalmente dos não medicamentos", diz.

Setor como um todo

Se as grandes redes têm visto um cenário complicado este ano, o setor de farmácias como um todo passa por uma situação ainda mais complexa.

Os dados da Close-Up International apontam para um crescimento, em valor, de 7% nos primeiros seis meses deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. A previsão do executivo para o consolidado é que o desempenho se mantenha similar, fechando o ano com uma alta entre 7% e 8%.

Nos últimos dez anos, conta, o crescimento médio do setor, em receita, foi de 17%. "Não acho que o setor deva voltar a esses níveis. Tínhamos uma situação no passado que permitiu isso, que foi uma camada muito grande da população – que não tinha acesso a esse mercado – passando a ter."

Pedro Arbex