Cervejaria Imperial investe em segunda fábrica
O aporte será em torno de R$ 244 milhões
A Cervejaria Cidade Imperial Petrópolis, que produz cervejas artesanais e especiais sob a marca Cidade Imperial, vai investir R$ 244 milhões na instalação de sua segunda fábrica, em Petrópolis (RJ). O advogado da cervejaria, Antonio Glaucius de Morais, sócio do escritório Meira Morais Advogados, informou que a unidade já está em fase pré-operacional e deve começar a produzir ainda neste ano.
A unidade, instalada em uma área de 14 mil metros quadrados, terá capacidade para produzir 450 mil hectolitros de cerveja por ano. Quando entrar em operação, segundo o advogado, a unidade vai gerar 400 empregos diretos.
A empresa foi incluída no Programa de Atração de Investimentos Estruturantes do Rio de Janeiro (RioInvest), que permite usar recursos do Fundes (Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar projetos industriais. A companhia terá direito a um crédito de até R$ 166,3 milhões. A empresa se financiará com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que ela mesma gerar.
Pelas regras do Fundes, não há desembolso de recursos pelo Estado. No caso da Cervejaria Cidade Imperial, as parcelas liberadas mensalmente corresponderão a até 9% do seu faturamento bruto, limitado a 75% do ICMS a ser pago. A cervejaria terá ainda isenção de ICMS para compra de insumos e equipamentos.
A Cidade Imperial foi fundada em 1997 por D. Francisco de Orleans e Bragança – tetraneto de D. Pedro II. Em 2015, a empresa foi vendida para a CF Administração e Participações, empresa controlada por Cléber Faria, sobrinho de Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis (que produz a Itaipava). Cléber Faria chegou a ser diretor comercial e sócio do Grupo Petrópolis, mas deixou a companhia em 2011, após romper relações com o tio.
De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, Walter Faria e Cléber Faria se desentenderam após o dono do Grupo Petrópolis reclamar de patrocínios autorizados por Cléber Faria a campeonatos e equipes de automobilismo. Cléber competia no campeonato nacional de Gran Turismo (GT). O Grupo Petrópolis patrocinou, entre 2009 e 2011, a organização do GT3 Brasil. À época, o Grupo Petrópolis informou que optou por promover ações de marketing na Fórmula 1, com a equipe Ferrari, porque dava mais visibilidade à TNT. Walter Faria demitiu Cléber e seu irmão Vanuê Faria e também excluiu os sobrinhos da sociedade no Grupo Petrópolis. O advogado de Cléber Faria disse que ele não mantém relações com Walter Faria.
Fonte: Valor Econômico
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