Como economizar na compra dos remédios
Medidas simples para você economizar dinheiro na próxima vez que for à farmácia
21/08/2017 – 06h59 – Atualizada às 07h05 – POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE
Em 2017, os remédios ficaram, em média, 4,76% mais caros. Este aumento, aliado à atual crise econômica que afeta o bolso da grande maioria dos brasileiros, faz com que os consumidores procurem mais alternativas para economizar. E na hora de comprar medicamentos, isso não é diferente.
Ao contrário de outros setores, a crise não afetou o consumo de remédios nas farmácias. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC), o aumento nos preços não levou à queda na venda de remédios. Entre os entrevistados, 72% adquiriram os medicamentos nas farmácias e apenas 24% compraram exatamente o que tinham planejado. Do total, 31% modificaram parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos. Quase todos os clientes que tomaram essa atitude buscavam economia.
A pesquisa também constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos na hora da compra, optaram por uma opção de menor preço.
O presidente da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias), Edison Tamascia, afirmou em nota que o brasileiro em busca de economia costuma deixar de ser fiel à marca que procura e ouve a indicação dos farmacêuticos para poupar ainda mais.
Com base nas pesquisas realizadas pela IFEPEC e em dicas dadas pelo PROTESTE Associação de Consumidores, saiba o que você deve fazer para economizar na compra de medicamentos.
Pesquisa de preços
De acordo com pesquisa sobre o comportamento do consumidor realizada pelo IFEPEC em 2010 e em 2016, o brasileiro ainda não tem o hábito de comparar preço entre diferentes estabelecimentos. Entretanto, o interesse em saber se a farmácia oferece uma alternativa mais em conta acontece na hora da compra.
A comparação é essencial para garantir a economia. Seja em diferentes redes de farmácias e drogarias ou através de comparadores online de preços de remédios, faça uma pesquisa para buscar o melhor preço. Depois de escolher, lembre-se de aderir ao esquema de fidelidade oferecido por algumas redes, em que o cliente preenche um cadastro e passa a ganhar descontos variados em produtos. E se você possui um plano de saúde, vale a pena ficar de olho se a drogaria dá desconto para o seu convênio. Dependendo do valor, você pode dar preferência a farmácias diferentes, conforme a compra.
Marcas x genéricos
Segundo a pesquisa, o consumidor que procura economizar na compra acaba escolhendo o medicamento genérico. Portanto, quando for ao médico, pergunte se é possível que ela prescreva o medicamento não pelo nome comercial, mas sim pelo nome do princípio ativo. Dessa maneira fica bem mais fácil de encontrar o genérico, que costuma ser mais barato. Por exemplo: em vez de Novalgina, a prescrição poderia trazer dipirona sódica. Outro exemplo: Cataflan é o nome do remédio, mas o princípio ativo é o diclofenaco sódico. Os preços também podem variar entre os laboratórios, por isso não se esqueça de comparar os valores do mesmo genérico em diferentes laboratórios.
Programas de fidelidade dos laboratórios
Além dos programas de fidelidade das farmácias e drogarias, você pode se cadastrar nos programas dos laboratórios que são aceitos em muitas farmácias. Com eles é possível conseguir até 70% de desconto.
Remédios gratuitos pelo SUS
Nas Unidades Básicas de Saúde, o Ministério da Saúde disponibiliza remédios gratuitos para diversas doenças. Basta levar a receita assinada, que não precisa ser de um médico do SUS, e o documento de identidade para retirar o medicamento. Quem necessita de fármacos específicos para doenças crônicas e raras – asma, diabetes, hemofilia, câncer etc –, também pode obtê-los gratuitamente, basta realizar previamente um cadastro no Programa de Medicamentos Excepcionais.
Cadastro no Programa Farmácia Popular
O programa Farmácia Popular, uma parceria entre o Ministério da Saúde e farmácias privadas, está presente em 80% dos país, segundo o site do ministério. No total, 42 produtos são disponibilizados. Quem sofre de hipertensão, diabetes ou asma, pode adquirir os medicamentos para tratamento dessas doenças gratuitamente pelo programa. Já quem precisa de remédios para dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência conseguem comprar com até 90% de desconto. Para participar do programa, basta ir até uma farmácia credenciada, apresentar a receita assinada, que não necessita ser de um médico do SUS, e o documento de identidade.
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