Congresso no Rio de Janeiro discute novidades no tratamento de doenças raras

Evento médico de pneumologia e tisiologia no Rio de Janeiro apresenta novidades sobre diagnóstico e tratamento de doenças pulmonares. Congresso terá cerca de 300 palestras de médicos renomados e espera receber aproximadamente mil pessoas durante três dias de evento.

Médicos, especialistas em pneumologia, estarão reunidos durante os dias 28, 29 e 30 de setembro(quinta, sexta e sábado), no XVI Congresso de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro para debater os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento de algumas doenças pulmonares, como a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), doença rara e progressiva, caracterizada pela falta de ar.

O evento vai receber aproximadamente 300 palestras de médicos renomados e de diferentes especialidades, como o Dr. Rogério Rufino, pneumologista da Policlínica Piquet Carneiro e Presidente do Congresso. Além de médicos, também são esperados a presença de pesquisadores para mostrar o panorama e avanço da pesquisa científica brasileira.

Com expectativa de receber cerca de 1.100 pessoas, o evento vai abordar a importância do diagnóstico precoce e os avanços da medicina especialmente na área de doenças pulmonares, e busca trazer o que há de novo em terapias para Hipertensão Arterial Pulmonar.

No dia 29, o Congresso de Pneumologia e Tisiologia vai contar com uma palestra focada na HAP, ministrada pelos médicos Dr. Rogério Rufino e Dr. Marcelo Gazzana, que vão apresentar os resultados obtidos até o momento com o uso de uma nova terapia para HAP que proporciona melhor qualidade e sobrevida ao paciente.

Segundo estudo de longo prazo, a nova terapia, Macitentana, aprovada pela ANVISA é capaz de reduzir os riscos de hospitalização relacionados à doença em 50%, além de prolongar a expectativa de vida dos pacientes uma vez que, após três anos de tratamento com Macitentana, 64% dos pacientes estavam livres de qualquer evento de morbimortalidade (morte envolvendo todas as causas, septostomia atrial, transplante de pulmão, início da terapia com prostanóides IV/SC e outros eventos de piora em HAP).

“O medicamento possui maior penetração tecidual, ou seja, o paciente terá mais substância no local em que deve agir e esta ação será mais eficaz. Esse medicamento representa uma geração de terapia acima do que os pacientes possuíam até agora, possibilitando uma melhor qualidade de vida”, comenta Dr. Rufino.

HAP: mais ameaçadora do que muitos tipos de câncer, a HAP é uma doença rara e progressiva caracterizada pelo aumento da pressão nas artérias pulmonares. Na Hipertensão Arterial Pulmonar, as artérias que levam o sangue do coração aos pulmões estreitam por razões que ainda não são totalmente compreendidas. O coração enfrenta dificuldade de bombear sangue através das artérias reduzidas, resultando em pressão arterial alta nos pulmões e dilatação do coração. Com o tempo, o coração sobrecarregado de trabalho se desgasta podendo causar insuficiência cardíaca e morte.

Apesar de já existirem tratamentos específicos, a HAP continua sendo uma doença grave e devastadora. A taxa de mortalidade de pacientes com HAP é elevada, chegando a um percentual de 43% depois de cinco anos. Falta de ar, cansaço extremo e fadiga são alguns sintomas da HAP. Por isso, seu diagnóstico é difícil de ser reconhecido uma vez que os sinais são comuns a outras enfermidades como asma, bronquite ou insuficiência cardíaca.

Embora seja mais comum em adultos jovens e em mulheres, a HAP atinge pessoas de todas idades, e em casos graves, pode levar à morte em menos de três anos. Estima-se que no mundo existam certa de 350 mil pessoas com a doença e mais de 10 mil só no Brasil. A maioria dos tratamentos disponíveis hoje no mercado brasileiro são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ajudam a retardar a progressão da doença.

.XVI Congresso de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro, dias 28, 29 e 30 de setembro (quinta, sexta e sábado), no Centro de Convenções SulAmérica – Av. Paulo de Frontin, Cidade Nova, Rio de Janeiro (RJ).

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